segunda-feira, 8 de março de 2010
[ 3setor ] Luiz Fernando Veríssimo: "Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data"- Por Ayrton Centeno
Brasília Confidencial - Hoje, no Brasil, a mídia enxerga um país totalmente diferente daquele que a maioria da população vê. Enquanto a grande imprensa, pessimista, trabalha sobre uma paleta de escândalos, a população, otimista, toca a sua vida de modo mais tranquilo. Que país o Sr. vê?
Luís Fernando Veríssimo - A imprensa cumpre o seu papel fiscalizador, mas não há duvida que, com algumas exceções, antipatiza com o Lula e com o PT. Acho que os historiadores do futuro terão dificuldade em entender o contraste entre essa quase-unânime reprovação do Lula pela grande imprensa e sua também descomunal aprovação popular. O que vai se desgastar com isto é a idéia da grande imprensa como formadora de opinião.
BC - A grande imprensa enaltece a diversidade de opiniões, mas, curiosamente, os principais jornais do Brasil têm a mesma opinião sobre os mesmos assuntos. Este pensamento único não compromete uma pluralidade de opiniões que a mídia costuma defender quando não está olhando para si própria?
LFV - O irônico é que hoje existem menos alternativas à imprensa "oficial" do que existia nos tempos da censura. Mas as alternativas existem, e o tal pensamento único não é imposto, mas decorre de uma identificação dos grandes grupos jornalísticos do país com alguns princípios, como o da economia de mercado, o governo mínimo, etc.
BC - O senhor defende na sua coluna a reforma agrária e questiona a criminalização dos movimentos sociais. Não se sente muito solitário na mídia tratando desses temas?
LFV - Meus palpites não são muito consequentes. Acho que me toleram como a um parente excêntrico.
BC- Todas as pesquisas indicam a queda da circulação dos grandes diários dentro e fora do Brasil. Com uma longa trajetória no jornalismo, como percebe esta queda persistente, que expressa também o afastamento de uma geração do hábito de ler jornais? E como acompanha o trânsito de boa parte do público para a internet?
LFV - Quem é viciado em jornal e revista como eu só pode lamentar que a era da letrinha impressa esteja chegando ao fim, como anunciam. Mas este é um preconceito como qualquer outro. Mesmo mudando o veículo ainda existirá o texto, e um autor. Vou começar a me preocupar quando o próprio computador começar a escrever.
BC - Atribui-se a um advogado famoso, dono de clientela de altíssimo poder aquisitivo, uma reação irada ao saber que seu cliente endinheirado fora preso: "O que é isso? No Brasil só vão presos os três Ps: preto, puta e pobre!", reagiu indignado. Estamos no século 21, mas as elites parecem continuar no 19. Acredita que vá ver isto mudar?
LFV - As nossas elites não mudaram muito desde D. João VI. Vamos lhes dar mais um pouco de tempo.
BC - A atual política externa do Brasil, mais independente, colabora de alguma maneira para mudar este comportamento?
LFV - A política externa independente é uma das coisas positivas deste governo. Embora o pragmatismo excessivo possa levar a uma tolerância desnecessária com bandidos, às vezes.
BC - O escritor argentino Jorge Luís Borges dizia que a única notícia realmente nova em toda a sua vida foi a chegada do homem à Lua. O resto já tinha acontecido antes de uma ou outra forma. O que o surpreendeu, além disso? Borges tinha razão?
LFV - O sistema GPS. Finalmente, uma voz vinda do alto para guiar os nossos passos.
BC - Em que trabalha no momento ou pretende trabalhar? De outra parte, o que acha dos e-books?
LFV - Acabei de lançar um romance, chamado Os Espiões. Não tenho outro romance planejado no momento. Devem sair um livro para público juvenil, um de quadrinhos e um sobre futebol este ano, mas não sei bem quando. Quanto aos e-books, só vou aceitar quando tiverem cheiro de livro.
BC - Teremos eleições em 2010 e o governo Lula opera na proposta de um pleito plebiscitário - Nós x Eles - contrapondo os oito anos do PT contra os oito anos do PSDB. Se fosse fazer esta comparação o que diria?
LFV - De certo modo, este governo continuou o outro. E vou votar para que o próximo continue este.
Carta de Imperatriz - Maranhão em defesa da Amazônia, do Planeta e da Vida
Universitários e Secundaristas, Sindicais, Pastorais Sociais,
Quebradeiras de Coco, de Mulheres e Feministas e outras entidades da
Sociedade Civil Organizada, reunidos(as) no Sindicato de Trabalhadores
e Trabalhadoras Rurais de Imperatriz para discutir a proposta de
alteração do Código Florestal Brasileiro, a Lei de Política Nacional
de Meio Ambiente, a Lei de Crimes Ambientais, a Lei do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação; vimos por meio deste, apresentar
à Comissão Especial da Câmara Federal o Nosso Posicionamento:
Somos contrários à forma intempestiva com que está sendo conduzido o
processo de alteração do Código Florestal, posto que vem alijando a
ampla participação da Sociedade Civil Organizada;
A alteração do Código como está sendo proposto representa um explícito
contra censo, pois vai contra o que há de mais avançado na mentalidade
mundial atual – a necessidade da PRESERVAÇÃO e mais que isso, a
recuperação radical do que já foi devastado pela regente matriz
tecnológica;
Entendemos que a questão central a ser debatida com vista à uma
radical alteração é quanto à MATRIZ TECNOLÓGICA, predominante do
agronegócio brasileiro, que é ecologicamente insustentável,
economicamente excludente e socialmente injusta;
Propomos que os órgãos ambientais (IBAMA, SECRETARIAS E MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE), cumpram efetivamente com seus papeis de fiscalização e
punição dos crimes cometidos contra o meio ambiente em explícito
desacordo com o Código Florestal Vigente;
Conclamamos a Comissão Especial da Câmara Federal a fazer frente ao
cumprimento da função social e AMBIENTAL da terra, desapropriando os
imóveis rurais que descumprem tais funções, conforme autoriza a
Constituição Federal da República;
Entendemos que qualquer alteração na legislação ambiental só será
admissível se for, primeiro, para garantir um tratamento diferenciado
à agricultura familiar, através da adoção de critério da
proporcionalidade na definição dos percentuais imobiliários a ser
destinados as áreas de reserva permanente e reserva legal, bem como
para adotar o conceito de agricultor familiar contido na lei
11.326/2006 para todos os fins de direito; segundo, para estabelecer a
compensação do agricultor ou empreendedor familiar pela realização de
serviços de preservação ambiental.
Finalmente, manifestamos nossa total defesa de que o Estado do
Maranhão continue fazendo parte da AMAZÔNIA LEGAL.
Atenciosamente,
Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária
Associação de Apicultores de Presidente Juscelino
Associação Agroecológica Tijupá
Associação de Moradores da Vila Lobão
Associação de Mulheres do Bairro S .Salvador e Adjacensa
Centro Acadêmico de Biologia UEMA,
Centro Acadêmico de Geografia UEMA
Centro Acadêmico de História da UEMA,
Centro Acadêmico de Matemática da UEMA
Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo,
CENTRU- Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural,
Coletivo de Cultura e Meio Ambiente Arte Alternativa,
Comitê Amazônia Somos Nós,
Complexo Associação Planetária (Ong),
CPT- Comissão Pastoral da Terra,
DCE - Diretório Central dos Estudantes UEMA
FETAEMA- Federação dos Trabalhador(a)s na Agricultura,
Fórum Carajás
Fórum de Mulheres de Imperatriz,
Fórum Maranhense de Economia Solidária,
Gabinete da Deputada Estadual Helena Barros Heluy
Gabinete do Deputado Estadual Valdinar Barros
GAPD’S.- Grupo de Prevenção as DST’s e Aids
Grupo de Mulher: Ética e Libertação,
MMC - Movimento de Mulheres Camponesas
MST – Movimento dos Sem Terra
Pastorais Sociais da Igreja Católica,
Pólo Sindical da Região Tocantina,
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade ,
Rede de Agroecologia da Amazônia
Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino em Imperatriz
-STEEI
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Açailândia,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Arame,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Buritirana,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cidelândia,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Davinópolis,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Estreito,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Imperatriz,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Lisboa,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Porto Franco,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Francisco do
Brejão,
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Senador Lá Rocque,
Amazônia somos todos e todas Nós!
Dia Internacional da Mulher - Barbet

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História
1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
Assista a este vídeo em uma nova janelaEscada de metrô é transformada em piano - Barbet
A ação, feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela Volkswagen, foi implantada em um metrô de Estocolmo, na Suécia. Imagine que você está descendo as escadas do metrô, como faz habitualmente todos os dias, e começa a ouvir sons de piano, tocados em ritmo que vai de acordo com os seu passos. Essa foi a proposta da agência de publicidade DDB em uma parceria com a Volkswagen. As duas empresas se reuniram para criarem um experimento chamado, Fun Theory (algo como "teoria divertida", em inglês), uma tentativa bem ambiciosa de tentar mudar os hábitos sedentários dos moradores da capital da Suécia, Estocolmo. Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metrô em um piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%. O resultado você confere no vídeo.
domingo, 7 de março de 2010
[Carta O BERRO] Comissão de Anistia homenageia mulheres brasileiras - Vanderley Caixe

Brasília, (MJ) 05/03/2010 - Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Anistia realiza na próxima segunda-feira (8) uma sessão especial de julgamento. Serão apreciados os processos de 15 mulheres que foram perseguidas politicamente durante o regime militar (1964-1985). O julgamento acontecerá a partir das 10 horas, na sala 304 do Ministério da Justiça.
Será a terceira vez que a comissão promoverá sessão de homenagem às mulheres na data. Em 2007 e 2008, 24 brasileiras vítimas da ditadura tiveram seus requerimentos analisados pelo órgão em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
As homenagens fazem parte de uma sessão especial de julgamento da Comissão de Anistia que, desde 2007, tem como propósito democratizar o acesso às informações e contribuir para a formação cultural, humana e política da sociedade brasileira. A sessão da próxima segunda-feira será presidida pela vice-presidente da Comissão, Sueli Belato.
Confira os processos que serão julgados no próximo dia 8:
Maria Cândida Raizer Cardinalli Perez - Ex-esposa de Luiz Henrique Perez (militante estudantil e ex-preso político), é engenheira agrônoma formada pela USP. Foi demitida da Fundação IPARDES, no Paraná, no final em 1977 em função do nome de seu ex-esposo constar de lista do Serviço Nacional de Informações (SNI) como um dos 97 comunistas ocupantes de cargos público em esfera federal ou estadual.
Isa Mariano Macedo - Estudante e militante junto ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Belas Artes da UFRJ, foi presa em fevereiro de 1970. Ficou detida 50 dias no DOI-CODI, onde sofreu tortura física e psicológica. Transferida para o Presídio São Judas Tadeu, também no Rio, foi solta tempos depois em função das torturas que sofreu.
Maria Beatriz de Albuquerque David - Militante ativa, foi presa, pela primeira vez, em 1968, em sua residência, em XXX, enquanto dormia. Atingida pelo decreto 477/69, foi impedida de estudar no Brasil e compelida ao afastamento da atividade que desempenhava junto ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Refugiada no Chile, foi presa no Estádio Nacional do Chile, após o golpe que destitui o presidente, Salvador Allende, em 1973. Asilou-se na Suécia, onde permaneceu até fevereiro de 1979, quando retornou ao Brasil - foi presa pela Polícia Federal após desembarcar com seu filho, de 11 meses. Somente depois de prestar longo depoimento foi liberada.
Maria da Glória Lung - Estudante de psicologia na UFRJ e professora, era militante estudantil e integrante da organização política clandestina Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Detida em 1970, foi denunciada em processo da 2ª Auditoria da Aeronáutica. A anistianda afirma que diante da situação, e após muita pressão e ameaças, foi aconselhada a pedir exoneração para que não tivesse sua vida profissional "maculada por uma demissão por justa causa".
Denise Fraenkel Kose - Foi detida em setembro de 1969, quando era professora estadual em São Paulo e casada com Renato Hermann Fraenkel, militante da ALN - ele havia sido preso no XXX Congresso da UNE, em 1968, em Ibiúna. Denise viveu fora do país nos anos 1970 em função das perseguições políticas. Seu nome constava de lista do governo que citava os brasileiros exilados, refugiados, foragidos ou banidos do país. É filha de Joaquim Câmara Ferreira, que pertenceu ao Comando Nacional da ALN e foi preso em São Paulo em 23 de outubro de 1970 e morto sob torturas no mesmo dia.
Vera Lúcia Marão Sandroni - Presa em 1968, quando era estudante da Escola de Comunicações Sociais da USP, por também ter participado do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna. Foi indiciada em inquérito policial militar. Também teve que sair do país. Era monitorada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pela Polícia Federal.
Elizabel Maria da Paixão Couto - É filha de Francisco Raimundo da Paixão, anistiado pela Comissão de Anistia, e de Edna Maria da Paixão. Ambos militavam junto ao PCB em Governador Valadares (MG). Com o golpe militar de 1964, houve um cerco à entidade de representantes de classe da cidade, onde foram disparados vários tiros pela polícia. Os disparos atingiram Elizabel, com apenas cinco anos na época. Seu pai foi compelido ao exílio, deixando os filhos e a esposa desamparados no interior de Minas Gerais.
Maria Alice Albuquerque Saboya - Estudante da UFRJ, foi presa em 1970 pelo DOPS, quando foi compelida a deixar o estágio que fazia no Centro de Reeducação de Ipanema. Após ser indiciada pela polícia, ficou sob liberdade vigiada. Refugiou-se no Chile, Argentina e Alemanha.
Vera Lucia Carneiro Vital Brazil - Estudante, militante de movimento estudantil universitário, integrante do PCBR, foi presa e torturada no DOI-CODI do Rio de Janeiro. Também foi indiciada em inquérito-policial militar.
Vitória Lúcia Martins Pamplona Monteiro - Psicóloga, trabalhava com recrutamento de pessoal na Infraero quando foi presa no DOI-CODI do Rio de Janeiro. Foi torturada, indiciada em inquérito-policial militar e demitida por razões políticas.
Maria Inêz da Silva - Era estudante quando foi obrigada a exilar-se no Chile em 1973, em função de perseguição política. Logo após o golpe no Chile, refugiou-se na Argentina e posteriormente na Bélgica, só retornando ao Brasil em 1980 por causa da Lei de Anistia.
Maria Albertina Gomes Bernaccio - Era estudante de arquitetura da USP quando começou a militar ativamente nos movimentos estudantis e na ALN. Presa em abril de 1974, foi posta em liberdade quase um mês depois após pressões da imprensa, da Câmara dos Deputados e do então arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns.
Helena Sumiko Hirata - Estudante da USP, militava no Partido Operário Comunista (POC). Também foi presa durante o XXX Congresso de Ibiúna. Indiciada em inquérito-policial militar, exilou-se na França, onde permaneceu até a extinção da punibilidade da sentença que lhe havia condenado a quatro anos de reclusão.
Celeste Fon - Após ter o apartamento de sua família invadido em setembro de 1969, foi presa por agentes da Operação Bandeirantes (OBAN). Nos anos 1970, desenvolveu trabalho político ativo junto à Comissão de Familiares de Presos Políticos de São Paulo, participando em diversas atividades pela Campanha da Anistia. Atuou também junto ao Sindicato dos Bancários.
Ana Lima Carmo Montenegro (post mortem) - Ingressou no Partido Comunista ainda na década de 1940, época em que cursava Direito na UFRJ. Fundou diversas entidades de luta femininas e participou da Frente Nacionalista Feminina entre 1950 e 1964, além de uma série de outras atividades. Foi a primeira mulher exilada após o golpe. Morou no México e na Europa. Voltou ao Brasil com a anistia de 1979. Mais tarde atuou na Comissão de Direitos Humanos da OAB da Bahia. Faleceu em 30 de março de 2006 aos 91 anos.
Serviço
Anistia Cultural em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Data: 08/03/2010
Horário: 10 horas
Local: sala 304, Ministério da Justiça, Brasília
A Agência MJ mantém um serviço de Ouvidoria à disposição de todos os meios de comunicação e instituições que recebem nossos informes. Dúvidas, solicitações, críticas e sugestões serão recebidas por meio de nosso correio eletrônico:agenciamj@mj.gov.br . Essa interação é fundamental para o aperfeiçoamento do nosso trabalho. Fones: (61) 2025 3315 ou 2025 3135
Lembrete - Barbet
O SER REFLEXO/ESPELHO - Laerte Braga
A foto do governador José Collor Arruda Serra entre Aécio Neves e José Alencar na inauguração do centro administrativo do governo de Minas dá a sensação que o governador paulista é apenas um papagaio pirata em meio aos outros dois. Sorrindo um sorriso que não é seu, com uma aparência de humildade que não tem, acaba soando um espantalho atormentado por bicadas de pássaros espertos que percebem que ali está apenas um monte de palha vestido de gente.
Para atrapalhar, na foto mais publicada, dentre várias, Aécio estica a mão em direção a José Alencar, Serra está ao meio, apontando o vice-presidente com o indicador. É como se estivesse dizendo que aqui estamos nós dois, o terceiro, Serra, é só um acidente de percurso.
Na edição de quarta-feira o jornal THE GLOBE, em sua versão em português O GLOBO, traz como manchete de primeira página que o PSDB quis ampliar os benefícios do programa bolsa família, mas o governo foi contra. O jornal e os seus principais articulistas, toda a NET GLOBE (rádios, tevês, jornais do grupo) passaram todo o governo Lula criticando o programa e o que chamam de “uso eleitoral” dobolsa família.
Neste momento, engajados na campanha de José Collor Arruda Serra o bolsa família aparece como tábua para o náufrago desesperado diante das dificuldades que enfrenta por todos os lados.
François Mitterrand, ex-presidente da França, disse a jornalistas que uma campanha eleitoral hoje se assemelha a uma luta de boxe. A televisão domina o cenário com os debates, onde o mais importante é a aparência e não o que vai ou está sendo dito, o rádio, os jornais e revistas complementam o show.
Mitterrand disse isso após um debate em que era candidato a presidente. “Sinto-me como um boxeur”. O que levou o presidente francês a essa constatação foi uma simples pesquisa, imediata ao debate, onde as opiniões eram em sua esmagadora maioria sobre a aparência dos candidatos, o modelo do terno usado, a forma como olhavam para as câmeras, as pegadinhas em cima do adversário. Idéias? Menos de dois por cento (“O ESTADO DO ESPETÁCULO, Roger-Gérard Schawartzenberg, Difel, 1978)
Derrotado por John Kennedy em 1960 depois de um desastrado debate e uma aparição pior ainda na tevê, Richard Nixon volta oito depois e seus marqueteiros têm um candidato diferente. Vitorioso, capaz de estar presente na casa de cada norte-americano no momento de necessidade e invulnerável à kryptonita. Derrota a Huber Horacio Humprey, vice-presidente de Johnson e considerado, à época, um dos mais competentes políticos da história contemporânea dos EUA.
Huber pensa e expressa seus pensamentos. Nixon aprendeu com a derrota de 1960, transformou-se num produto. Num paralelo com a campanha presidencial de 1989 no Brasil, no debate em que Collor afirmou que não tinha um aparelho de som como o de Lula, era pobre, Nixon repete 1952, quando foi eleito vice-presidente ao lado do general Eisenhower. À época afirma que sua mulher Pat sequer tinha “casaco de vison”. Terminou como Collor, renunciando para não sofrer o impedimento.
A vista da secretária de Estado do governo Barack Bush Obama ao Brasil tinha um objetivo claro. O de abrir o debate público sobre o Irã e fazer com que o governo brasileiro engolisse o novo presidente de Honduras, produto de um golpe militar. E objetivos ocultos, evidente, favorecer com isso a um candidato de oposição, no caso José Collor Arruda Serra, assegurar o pré-sal para empresas de seu país, tentar minar a eventual aliança entre PT e PMDB para as eleições presidenciais, criar uma situação política difícil e melindrosa para o presidente Lula, muitos outros, como bombardear o governo da Venezuela, vender aviões caças de fabricação norte-americana para o Brasil, um monte.
Quando Hilary Clinton saiu dos EUA já havia, lógico, toda uma agenda programada para a sua viagem a diversos países latino-americanos e particularmente o Brasil. Entre os eventos dos quais a secretária participaria prevista uma palestra a estudantes de uma universidade em São Paulo. A palestra foi gravada e apresentada pelo canal GLOBONEWS, do grupo THE GLOBE, mediada pelos jornalistas Ana Maria Beltrão e William Haak. Um memorando do Departamento de Estado ao departamento de jornalismo da GLOBO determinava que assim o fosse. É o papel da mídia, no caso da maior rede de comunicação do Brasil, subordinada a interesses estrangeiros.
De um lado uma versão melhorada (pouco, mas melhorada) de Ana Maria Braga, para o toque de humor leve, o ser igual ao espectador, de outro um agente treinado para missões como essa, falo Ana Maria Beltrão e de William Haak.
No dia seguinte ao encontro de Hilary com o presidente Lula só o ESTADO DE SÃO PAULO (que acredita que D. Pedro II ainda governe o Brasil e que a escravidão não foi abolida) tratou do assunto e assim mesmo com uma manchete bem cretina na suposta ingenuidade, diante do fracasso dos objetivos pretendidos por Hilary. Lá estava – “EUA ACREDITAM QUE IRÃ ENGANA O BRASIL”
Os demais tiveram dificuldades em noticiar o encontro Lula-Hilary com o destaque que pretendiam. Imaginavam poder colocar o presidente do Brasil nas cordas, pronto a ser nocauteado pela secretária de Estado. E nem tanto pelo que aconteceu, mas pela impossibilidade de noticiar o que Lula disse a Hilary sobre sanções e o programa nuclear iraniano.
“O Brasil apóia o programa nuclear iraniano e considera um direito do povo do Irã alcançar desenvolvimento através dessa tecnologia. Se os Estados Unidos podem, por que os outros não podem?”
Façam o que eu falo e não o que eu faço?
A frase precisa ser digerida com mais tempo e aí então vai começar o pipocar da metralhadora made in USA. Foi isso que William Bonner quis dizer quando não noticiou determinado fato no JORNAL NACIONAL e explicou – “contraria os nossos amigos americanos” –, para em seguida rotular o telespectador de Homer Simpson.
É necessário encontrar um piloto para colocar a culpa como no caso do acidente com o avião da TAM.
Estão tentando imputar ao presidente Chávez ligações com o narcotráfico. Guardaram os documentos da CIA que mostraram que esse vínculo é privilégio do presidente colombiano Álvaro Uribe, aliado incondicional dos EUA.
As sucessivas campanhas eleitorais em países como os Estados Unidos, França, Inglaterra e outros, despertaram a atenção dos partidos políticos no Brasil. A necessidade de transformar cada candidato num produto, num sabão capaz de tirar manchas definitivamente e sem deixar vestígios.
José Roberto Arruda é um exemplo disso. Esteve envolvido na violação do painel de votação eletrônica do Senado Federal, renunciou para não ser cassado e anos depois se elegeu primeiro deputado federal, em seguida governador de Brasília, ia formar a dupla “vote num careca e leve dois” com José Collor Arruda Serra e está posto em recesso na Polícia Federal por conta de propinas.
“O candidato reflexo”, o “homem comum”. Foi o momento que se percebeu que “depois da estrela-ídolo, e da estrela modelo, vem a estrela reflexo”. “A estrela agora é um ser qualquer... o homem comum”. O candidato passa a ser “seu intérprete fiel, um mero reflexo”.
“Em harmonia com o sentimento democrático e igualitário” (o mesmo “O ESTADO DO ESPETACULO” citado acima).
“Essa constante da economia capitalista que é a baixa tendencial do valor de uso desenvolve uma nova forma de privação dentro da sobrevivência ampliada. Esta não se torna liberada da antiga penúria, pois exige a participação da grande maioria dos homens, como trabalhadores assalariados, na busca infinita de seu esforço; todos sabem que devem submeter-se a ela ou morrer. É a realidade dessa chantagem: o uso sob sua forma mais pobre (comer, morar) já não existe a não ser aprisionada na riqueza ilusória da sobrevivência ampliada, que é a base real da aceitação da ilusão geral no consumo das mercadorias modernas. O consumidor real torna-se consumidor de ilusões. A mercadoria é uma ilusão efetivamente real, e o espetáculo é sua manifestação geral” (“A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO”, Guy Debort, Contraponto, 1997).
Aécio Neves nunca escondeu o que pensa e sente em relação a José Collor Arruda Serra e seu guru, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Arrogantes, se acham os donos da verdade”. Dias antes da inauguração do centro administrativo do governo de Minas disse a quem quisesse ouvir que Serra havia pedido para vir e não porque fora convidado.
“O homem é um homem porque ele ri, porque ele espera e porque ele vive” (Herbert Gronemeyer, numa de suas canções, citado por Roberto Misik, em “MARX PARA OS APRESSADOS”, Edições Alva, Brasília, 2006).
“Rir, esperar, viver, amar são restos de humanidade que se rebelam contra a comercialização e que precisamente por isso vendem muito bem” (idem Misik).
Vem ai show das eleições. Já ouvi de algumas pessoas que a aparência de Dilma não é agradável, dá a sensação de autoritária. E a algumas delas perguntei se votariam em Lula novamente e todas foram unânimes em dizer que sim. Que seria o ideal. Mostraram repugnância por tucanos até na expressão com que respondem sobre o que pensam desse grupamento de agentes estrangeiros atuando no Brasil.
São contradições deliberadas e planejadas, minuciosamente montadas pela mídia para vender um produto de péssima qualidade, podre e fétida. O governador de São Paulo José Collor Arruda Serra.
Sabão em pó embalado para tirar manchas e vestígios que possam significar qualquer perspectiva de soberania nacional, de justiça social, de liberdade.
O tal “ser reflexo/espelho”, que saiu de Minas, longe do distinto eleitorado, do Homer Simpson, referindo a esse povo como “bando de vagabundos a repetir o que esse cheirador do Aécio mandou que dissessem”.
E são aliados.
Aguarda-se o pronunciamento do jornalista Juca Kfoury, porta-voz do governador Arruda Serra em matéria de pós e que tais.
[ 3setor ] Carta de Michael Moore a Barack Obama
Se você for a West Point, amanhã à noite (terça-feira, 8 horas) e anunciar que você está aumentando, em vez de retirar as tropas no Afeganistão, você é o presidente da nova guerra. Pura e simplesmente. E com isso você vai fazer a pior coisa possível que poderia fazer - destruir as esperanças e os sonhos de tantos milhões têm colocado em você. Com apenas um discurso amanhã à noite você vai transformar uma multidão de jovens que foram a espinha dorsal de sua campanha em cínicos desiludidos. Você vai ensinar-lhes o que sempre ouvi é verdade - que todos os políticos são iguais. Eu simplesmente não posso acreditar que você está prestes a fazer o que eles dizem que você está indo fazer. Por favor, diga que não é assim.
Não é o seu trabalho para fazer o que os generais dizem para fazer. Nós somos um governo civil. Dizemos aos militares o que fazer, e não o contrário. Essa é a maneira que Washington insistiu que devia ser. Isso é o que o presidente Truman disse ao general MacArthur MacArthur quando quis invadir a China. "Você está demitido!", disse Truman, e que era isso. E você deveria ter demitido o general McChrystal quando ele foi à imprensa para antecipar-lhe, dizendo à imprensa que você tinha que fazer. Vou ser franco: Nós amamos nossos jovens nas forças armadas, mas f * # & eu 'odeio esses generais, de Westmoreland no Vietnã até, sim, mesmo Colin Powell por mentir para as Nações Unidas com seus confeccionados desenhos de armas de destruição em massa.
Então agora você se sente apoiado em um canto. Fez 30 anos nesta quinta-feira passada (o Dia de Ação de Graças), que os generais soviéticos tinham uma boa idéia - "Vamos invadir o Afeganistão!" Bem, isso acabou por ser o último prego no caixão da URSS.
Esta é a razão pela qual eles não chamam o Afeganistão "Garden State" (embora eles provavelmente devam, vendo como o corrupto presidente Karzai, a quem apoiamos, tem a seu irmão no tráfico de heroína sensibilização papoula). O apelido do Afeganistão é o "Graveyard of Empires" (Túmulo dos Imérios). Se você não acreditar, chame um britânico. Eu queria que vocês falassem com Genghis Khan, mas eu perdi o telefone dele. Eu tenho o número de Gorbachev embora. É + 41 22 789 1662. Tenho certeza que ele poderia lhe dar uma bronca sobre o erro histórico que está prestes a cometer.
Com a nosso colapso econômico ainda em marcha e os nossos preciosos jovens - homens e mulheres - que estão sendo sacrificados no altar da arrogância e da ganância, a repartição desta grande civilização que chamamos de América mergulhará, bem depressa, no esquecimento, se você se tornar o presidente da guerra ". " Impérios nunca acham que o fim está próximo, até o final chegar. Impérios pensam que vão obrigar os pagãos a cumprir suas regras - e ainda que nunca funcione. Os pagãos geralmente rasgam-nos em pedaços.
Decida com cuidado, presidente Obama. Você, de todas as pessoas, sabem que isso não tem que ser desta maneira. Você ainda tem algumas horas para ouvir o seu coração e seu próprio pensamento claro. Você sabe que nada de bom pode vir de envio de mais tropas do outro lado do mundo para um lugar nem você nem eles entendem, para atingir um objetivo que nem você nem eles entendem, em um país onde não nos querem lá. Você pode sentir isso em seus ossos.
Eu sei que você sabe que há menos de um cem al-Qaeda perdidos no Afeganistão! Cem mil soldados tentam esmagar uma centena de indivíduos que vivem em cavernas? Você está falando sério? Você bebeu "Bush Kool-Aid" (a expressão significa aceitar cegamente um argumento implausível)? Eu me recuso a acreditar nisso.
Sua decisão potencial de expandir a guerra (embora dizendo que você está fazendo isso para que possa "acabar com a guerra") vai fazer mais para gravar em pedra o seu legado que qualquer uma das grandes coisas que você disse e fez em seu primeiro ano . Jogue mais um osso para os republicanos e a coligação dos esperançosos e dos desesperados pode ter ido embora - e esta nação estará de volta nas mãos dos inimigos mais rápido do que você perceber.
Escolha com cuidado, Sr. Presidente. Seu patrocinadores corporativos vão abandoná-lo tão logo é claro que você é um presidente com prazo de validade curto e que a nação estará de volta em segurança nas mãos dos idiotas quando estes fizerem o seu lance. Isso poderia ser depois de amanhã.
Nós, o povo, ainda amamos você. Nós, o povo ainda tem uma ponta de esperança. Mas o povo não aguenta mais. Nós não podemos que você ceda, mais e mais, quando se elegeu por uma larga margem, de variedade de milhões de votos, para entrar lá e fazer o trabalho. Que parte da "vitória esmagadora" você não entendeu?
Não seja engane em pensar que o envio de um pouco mais tropas para o Afeganistão vai fazer a diferença, ou fará você ganhar o respeito dos adversários. Eles não vão parar até que este país seja dilacerado e cada último dólar for extraído dos pobres e dos prestes a serem pobres. Você poderia enviar um milhão de soldados lá e os loucos da direita ainda não ficariam felizes. Você ainda seria vítima do veneno incessante do ódio do rádio e da televisão, porque não importa o que você faz, você não pode mudar uma coisa sobre você que os deixa no limite.
Os inimigos não eram os que o elegeram, e os inimigos não podem ser conquistados abandonando o resto de nós.
O presidente Obama, é hora de voltar para casa. Pergunte aos seus vizinhos em Chicago, e os pais dos jovens, homens e mulheres que iria fazer lutar e morrer se eles querem mais bilhões e mais tropas no Afeganistão. Você acha que eles vão dizer: "Não, nós não precisamos de cuidados de saúde, nós não precisamos de empregos, nós não precisamos de casas. Você vai em frente, Senhor Presidente, e envie nossas riquezas e nossos filhos e filhas no exterior, porque nós não precisamos deles, também. "
O que Martin Luther King faria? Qual seria a sua avó faria? Não enviar mais pessoas pobres para matar outras pessoas pobres que não representam qualquer ameaça para eles, é o que eles fariam. Não gastam bilhões e trilhões para fazer a guerra, enquanto as crianças americanas estão dormindo nas ruas e de pé em filas de pão.
Votei e orei por você e chorei a noite de sua vitória, por ter resistido um inferno orwelliano de oito anos de crimes cometidos em nosso nome: tortura, a entrega, a suspensão de direitos, invadindo as nações que não tinham nos atacaram, explodir bairros que Saddam "poderia" estar (mas onde nunca foi), bombardeando festas de casamento no Afeganistão. Nós prestamos atenção enquanto centenas de milhares de civis iraquianos foram mortos e de milhares de nossos bravos homens e mulheres jovens foram mortos, mutilados, ou suportaram angústia mental - o terror pleno que dificilmente se conhece.
Quando elegemos você não esperávamos milagres. Nós nem mesmo esperar grandes mudanças. Mas nós esperávamos alguma. Nós achamos que você iria parar a loucura. Parar a matança. Parar a idéia insana de que os homens com armas pode reorganizar uma nação que nem sequer funciona como uma nação e nunca, nunca foi.
Pare, pare, pare! Por uma questão de vida dos jovens americanos e civis afegãos, pare. Por razões de sua Presidência, a esperança eo futuro de nossa nação, pare. Pelo amor de Deus, pare.
Hoje à noite, ainda temos esperança.
Amanhã, veremos. A bola está com você. Você não tem que fazer isso. Você pode ter um perfil de coragem. Você pode ser filho de sua mãe.
Estamos contando com você.
Atenciosamente,
Michael Moore
[ 3setor ] URGENTE moção de repúdio
Nós, Conselheiras e Conselheiros do Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR vimos através desta, repudiar a opinião expressada pelo excelentíssimo senador da república sr. Demóstenes Torres, Presidente da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania do Senado Federal, no seu pronunciamento durante a Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), no dia 03 de Março de 2010, que analisava o recurso instituído pelo Partido Democratas contra as Cotas para Negros na Universidade de Brasília.
Na oportunidade o mesmo afirmou que: as mulheres negras não foram vítimas dos abusos sexuais, dos estupros cometidos pelos Senhores de Escravos e, que houve sim consentimento por parte destas mulheres. Na sua opinião: Tudo era consensual!. O excelentíssimo senador da república Demóstenes Torres, continua sua fala descartando a possibilidade da violência física e sexual vivida por negras africanas neste período supracitado. Relembra-nos a frase: Estupra, mas não mata!!!.
O excelentíssimo senador Demóstenes aprofunda mais ainda seu discurso machista e racista, quando afirma que as mulheres negras usam de um discurso vitimizado ao afirmarem que são as vítimas diretas dos maus tratos e discriminações no que se refere ao atendimento destas na saúde pública. Que as pesquisas apresentadas para justificar a necessidade de políticas públicas específicas, são duvidosas e que nem sempre são confiáveis, pois podem ser burladas e conter números falsos.
Enquanto o estado brasileiro reconhece a situação de violência física e sexual sofrida pelas mulheres brasileiras, criando mecanismos de proteção como a Lei Maria da Penha, quando neste ano comemoramos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, o excelentíssimo senador, vem na contramão da história e dos fatos expressando o mais refinado preconceito, machismo e racismo incrustado na sociedade brasileira.
Por isso, vimos através desta carta ao Povo Brasileiro repudiar a atitude do excelentíssimo senador Demóstenes Torres.
Ao tempo em que resgatamos a dignidade das mulheres negras e indígenas, que durante a formação desta grande nação, foram SIM abusadas, foram SIM estupradas, foram SIM torturadas, foram SIM violentadas em seu físico e sua dignidade. Aos filhos dos seus algozes, o leite do seu peito, aos seus filhos, o chicote. Não nos curvaremos ao discurso machista e racista do Senador! É inaceitável, que o pensamento dos Senhores de Engenho se expresse em atitudes no Parlamento Brasileiro.
Brasília, 05 de Março de 2010.
MULHERES - por LAERTE BRAGA
Na opinião de um arcebispo católico o “feminismo” só se justifica se as mulheres “tomarem a vida como filhas de Maria”. Não é o que pensa a “sister” Fernanda. Atendendo a um apelo da família resolveu soltar-se no programa BBB. Dançou de forma sensual. A, outra, ex-PM fez um strip tease e ficou só com a parte inferior do biquíni.
A família democrática, cristã e ocidental vota, mais de 60 milhões de ligações, para os telefones da arena contemporânea. Eliminar esse ou aquele no programa. Um frenesi “revolucionário”.
"Lembre do seu sonho e se doe a essa oportunidade: você conseguiu isso na melhor época da sua vida --solteira e começando sua profissão. Esquece o mundo aqui fora. Viva intensamente essa oportunidade surreal e não se esqueça que você é solteira e mostre o diabinho que tem dentro de você”. É um trecho da carta da irmã da “sister” interpretando o desejo e a vontade da família.
No final ao invés de uma cenoura, um milhão e meio de reais. A moça considerou a carta como uma “dica explícita”. Não só dançou, como bebeu e sem ser fumante, roubou um cigarro de um “brother” e deu umas tragadas.
É dentista, não deve conhecer aquele creme dental que protege você doze horas por dia, contra doze problemas bucais. Breve vai estar na telinha estalando os dentes.
Herbert Viana em texto postado na internet – “pelo amor de Deus, eu não quero usar ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração. Uma coisa e saúde, outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje Deus é a auto-imagem. Religião é dieta, fé só na estética, ritual é malhação”.
Inquirido, isso mesmo, inquirido sobre as mulheres às véspera do Dia Internacional da Mulher, um deputado de sobrenome Andrada (os Andradas mamam em tetas públicas desde os tempos da loba que amamentou Rômulo e Remo) disse o óbvio do absoluto vácuo cerebral –“conquistaram seu espaço sem perder a graça e a beleza femininas de mãe”.
Celso Furtado considerou a revolução feminista a mais importante do século XX. O notável brasileiro tinha formação marxista e considerava a caminhada das mulheres de maior importância que a revolução de 1917.
Ao longo dos séculos a mulher foi propriedade privada do homem. Essa caminhada foi deixando corpos e almas estendidos por esses mesmos séculos passados, num processo de lutas que certamente não pretendia e nem pretende terminar na dança sensual de uma “sister” aconselhada a liberar-se tendo em vista a cenoura no final da vara.
Existem milhões de trabalhadoras anônimas que sustentam os pilares da família cristã, democrática e ocidental, não aparecem na televisão e nem fazem danças sensuais, sequer imaginam o que seja uma lipo, sujeitam-se a privações de toda a sorte e emergem triunfantes na extraordinária capacidade do ser humano de amar a si no reconhecer o outro.
E empunham bandeiras por reforma agrária, como empunharam pelo direito do voto. Ou terminaram em fogueiras cristãs por conta de “bruxarias”. João o Inglês. Penso que o feminino de papa, papisa, existe só por conta de Joana ou Gilberta. Disfarçada de monge, por conta de sua inteligência e seus notáveis conhecimentos, sucedeu a Leão IV com o nome de João VII.
Teria morrido apedrejada em meio a uma procissão quando dava a luz a um filho gerado por outro monge. Fora fácil disfarçar a gravidez, mas impossível evitar o parto. Os cardeais gritavam “milagre, milagre”.
O arcebispo sugere que a vida seja tomada como Maria a tomou. A papisa foi apedrejada até a morte por ter “profanado o trono de São Pedro”.
Não se trata, necessariamente, da Igreja Católica, mas do que Foucauld chama de “desatino”, no que desatino representa em seu todo, historicamente, a contestação à ordem instituída.
Na exclusão. Na ordem natural dos registros não existe a papisa. Na “foto” desses arquivos ela foi apagada.
O dilema da “revolução feminista”, para usar a expressão de Celso Furtado, está exatamente na capacidade da mulher perceber que todo esse processo não pode ser, mas está sendo, apropriado pela ordem dominante dos nossos dias.
A “revolução” busca transformar seres em objetos. Um retrocesso cruel e perverso que leva ao nada. Homens e mulheres.
Uma nova Idade Média. Os shoppings e seus imensos fossos de neon e brilhos.
Ao longo da ditadura militar tombaram várias mulheres guerreiras. Capazes de indignarem-se com a bestialidade do regime. Empunharam metralhadoras como enfrentaram fogueiras em tempos passados. Ou marcharam pelo voto.
Há dias atrás Anita Leocádio Prestes, filha de Luís Carlos Prestes e Olga Benário, recusou os favores da ordem dita democrática. Pensões, indenizações, compensações.
Permaneceu íntegra e Maria em sua essência. Não aquela forjada pelos cardeais trezentos anos depois do Cristo. E desejada pelo arcebispo nos dias de hoje. Não cruza a fronteira da liberdade para ingressar nos shoppings. E tampouco veste o hábito da hipocrisia.
Nem se estende em danças sensuais numa prostituição travestida de liberdade, escondendo o real objeto. “Cacau dá água na boca”.
Nem vou falar de Maria Madalena.
São muitas “marias”.
Irmãos e irmãs, mas companheiros e companheiras numa luta que não terminou. Não tem só a cor da “revolução feminista”.
Tem todos os matizes do ser humano na busca de um outro mundo possível, onde a “ração seja exposta ao sol e dividida”.
É uma luta que permanece e não inclui, por exemplo, Hilary Clinton. Mas mulheres palestinas vítimas da boçalidade sionista. Ou mulheres muçulmanas castradas em sua essência, no que o Profeta não disse.
E mulheres objetos no capitalismo devasso dos que jogam água suja em “vadias”, de suas janelas limpas e cristalinas da verdade vaticana vendida em qualquer loja de conveniência ou numa mesa de um centro cirúrgico de lipos. A sede é em Wall Street.
E nem é uma luta solitária. É de mulheres e homens, no mesmo passo.
É pela vida, pelo ser humano. E antes que a “revolução” seja tragada pelas elites políticas e econômicas e vire uma Kátia de Abreu da vida.
É fundamental que seja Doroty Stang.
Toda a violência contra a mulher, contra qualquer ser, tem a sua raiz no “atino” dos que constroem monstruosos “hospitais/shoppings” para os “desatinados” se atinarem.
É a hora e a vez dos desatinos.
Uma outra etapa do processo. Aí sim, será uma revolução total.
A mulher cubana, a mulher vietnamita, a mulher afegã, a mulher camponesa. A mulher operária. A mulher DASPU.
Continuam a ser apedrejadas por profanarem o trono de Wall Street.
Torna-se necessário o retomar a revolução e caminhar desatinadas/os nas cidades imersas no grito silenciado do progresso transformado em alienação/exclusão nas telas/telinhas/páginas do desodorante que não exige máscaras para que os banheiros sejam limpos.
Que banheiros? Os que eles sempre sujaram.
O Dia Internacional da Mulher é de reflexão. De todo o ser humano. Há que ser a “volta dos mortos vivos” (para lembrar o extraordinário e centenário Roberto Menezes).
Eles continuam a nos impingir os bezerros de ouro. A homens e a mulheres.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Genoíno (PT) denuncia campanha orquestrada da mídia contra Dilma Roussef
Na reunião, com a presença de vários proprietários de meios de comunicação - como Globo, Folha de S. Paulo e Veja - , além de representações patronais, os "debatedores" deixaram clara a posição favorável à candidatura de José Serra (PSDB), observou Genoino. " E eles assumem (posição) pública e explícita nos ataques infundados ao PT e contra a companheira Dilma".
O parlamentar citou reportagem sobre o encontro publicada no site Carta Maior (www. cartamaior. com.br) que mostra declarações dos participantes do encontro que "cheiram aqueles tempos de autoritarismo e de perseguição". Eles atacaram, por exemplo, o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), e acusaram o governo Lula de querer cercear a liberdade de imprensa.
Genoino ressaltou que nem o Instituto Millenium nem a grande mídia têm destacado a importância de um projeto de iniciativa do Governo (PL nº 5.228/ 2009) que estabelece o direito de acesso à informação, justamente o contrário do que foi falado na reunião do Instituto Millenium.
"Esse projeto é a mais ampla liberdade de informação no Brasil, de interesse coletivo, de interesse particular. Todas as informações sobre o Poder público, interesses coletivos e sobre os indivíduos, ressalvadas aquelas que dizem respeito a segredo de justiça, interesse nacional, diplomacia, pesquisa e inovação tecnológica", informou Genoino.
O projeto, no patamar das legislações mais democráticas do mundo, como México, Chile, Estados Unidos, está pronto para entrar na pauta e ser debatido no plenário da Câmara dos Deputados. Genoino destacou como pontos importantes os recursos para garantir o acesso às informações e as penalidades para quem não garantir esse direito. O projeto define novos prazos para conceituar assunto secreto, assunto sigiloso e ultrassecreto.
Outro exemplo citado por Genoino de engajamento da mídia contra a ministra Dilma Rousseff foi manchete da Folha de S. Paulo de terça-feira (2) com dados distorcidos sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A reportagem foi desmentida pela Casa Civil. (Equipe Informes).
Na reunião, com a presença de vários proprietários de meios de comunicação - como Globo, Folha de S. Paulo e Veja - , além de representações patronais, os "debatedores" deixaram clara a posição favorável à candidatura de José Serra (PSDB), observou Genoino. " E eles assumem (posição) pública e explícita nos ataques infundados ao PT e contra a companheira Dilma".
O parlamentar citou reportagem sobre o encontro publicada no site Carta Maior (www. cartamaior. com.br) que mostra declarações dos participantes do encontro que "cheiram aqueles tempos de autoritarismo e de perseguição". Eles atacaram, por exemplo, o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), e acusaram o governo Lula de querer cercear a liberdade de imprensa.
Genoino ressaltou que nem o Instituto Millenium nem a grande mídia têm destacado a importância de um projeto de iniciativa do Governo (PL nº 5.228/ 2009) que estabelece o direito de acesso à informação, justamente o contrário do que foi falado na reunião do Instituto Millenium.
"Esse projeto é a mais ampla liberdade de informação no Brasil, de interesse coletivo, de interesse particular. Todas as informações sobre o Poder público, interesses coletivos e sobre os indivíduos, ressalvadas aquelas que dizem respeito a segredo de justiça, interesse nacional, diplomacia, pesquisa e inovação tecnológica", informou Genoino.
O projeto, no patamar das legislações mais democráticas do mundo, como México, Chile, Estados Unidos, está pronto para entrar na pauta e ser debatido no plenário da Câmara dos Deputados. Genoino destacou como pontos importantes os recursos para garantir o acesso às informações e as penalidades para quem não garantir esse direito. O projeto define novos prazos para conceituar assunto secreto, assunto sigiloso e ultrassecreto.
Outro exemplo citado por Genoino de engajamento da mídia contra a ministra Dilma Rousseff foi manchete da Folha de S. Paulo de terça-feira (2) com dados distorcidos sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A reportagem foi desmentida pela Casa Civil. (Equipe Informes).
Ministro chileno da saúde agradece presença de médicos cubanos - Qui 04/03/10 02:05h
HAVANA, Cuba, 03 mar (ACN) O ministro chileno da saúde Álvaro Erazo
agradeceu nesta quarta-feira a chegada de um grupo de médicos cubanos,
que oferecerão sua ajuda solidária às vítimas do terremoto que assolou
o Chile no sábado passado. Entre outros materiais e equipamentos, os médicos trouxeram consigo um hospital de campanha que será deslocado em Rancagua, a uns 90 km ao sul de Santiago do Chile, de acordo com Erazo, que ainda explicou que o hospital daquela cidade não pode cobrir todos os casos que chegam à instituição médica, disse Prensa Latina.
Ileana Díaz-Argüelles, embaixadora de Cuba nesse país também esteve no
aeroporto para receber o grupo de cerca de 30 médicos, enfermeiros e
técnicos, todos especializados em emergências.
Ao recebê-los, a diplomata disse que Cuba manifestou sua solidariedade
com o Chile, enviando o que tinha. Nós não temos recursos, mas temos a
sorte de contar com estes profissionais que já estarão nos hospitais
prestes a começar o trabalho de imediato, afirmou Díaz-Arguelles.
O grupo é formado por 11 doutores especializados em medicina geral,
terapia intensiva, cirurgia, ortopedia, medicina interna e anestesia,
bem como de cuidados intensivos e enfermeiros e técnicos em raios-X,
farmácia, técnicos elétricos e banco de sangue. José Ramón Balaguer, ministro da saúde, se despediu do contingente solidário em Havana que, aliás, tem outras brigadas trabalhando no Haiti, também vítima de um forte tremor de terra, que dessa vez causou mais de 200 mil vítimas. No Chile a
cifra beira as 800.
Agência Cubana de Notícias
www.cubanoticias.ain.cu
Senadora Marina caminha para a direita - [ 3setor ] Ana Santana - Comite Bolivariano de SP
Numa entrevista, Marina afirmou que o governo Lula perdeu a grande oportunidade de uma grande unidade com o PSDB. Não incluiu o PFL (DEM), com certeza, porque este é muito débil. Como se imagina que ela tivesse alguma afinidade ideológica com Chico Mendes, não é difícil concluir-se que muita gente ficou perplexa.
Na verdade, ainda que indiretamente, com tal afirmação, a senadora acabava de fazer elogio ao partido do entreguismo e dos lesa-pátria bem sucedidos.
Passam-se os dias. Ocorre a morte do dissidente cubano Zapata, após muitos dias de greve de fome. Aí, Marina não vacila: une-se às forças de direita, atacando a política externa de Lula â exatamente o que existe de mais avançado no governo lulista â por não aceitar determinação dos Estados Unidos de interferência nos assuntos internos dos países em geral. Fala ela de desrespeito aos direitos humanos em Cuba e aproveita para incluir a Venezuela entre os seus alvos de ataque.
Marina disse o que todas as oligarquias queriam ouvir de uma pré-candidata à Presidência da República. A grande mídia regozijou-se.
Para se aliar à direita, a pré-candidata do PV sequer se preocupou em fazer alguma comparação entre o que ocorre em Cuba e na Venezuela e o que se dá nos Estados Unidos e no nosso próprio país. Nesse caso, opta pela omissão. Por exemplo, tem esquecido de que dezenas de trabalhadores do campo foram assassinados por agentes do Estado em varias regiões do Brasil; que nos últimos 10 anos, segundo dados de jornais, cerca de 10 mil pessoas foram mortas por ações policiais; que os arquivos da ditadura continuam fechados, impossibilitando que se identifiquem os crimes da ditadura, com sua matança e torturas, não obstante nosso país ser signatário de leis internacionais que tratam tais delitos como atos de lesa-humanidade, por conseguinte, imprescritíveis. Marina não fala das torturas do Iraque, Afeganistão e de Guantânamo, praticadas pelas forças militares dos Estados Unidos, sem falar de genocídios cometidos nos países agredidos por tal
império.
Marina não fala que a Revolução Cubana foi um ato soberano de um povo para libertar-se de um ditador apoiado pelo imperialismo americano, responsável pela morte de milhares de cidadãos cubanos do campo e da cidade, que apenas queriam ser um povo livre, mormente livre da miséria. E oculta o fato de que nenhum dos chamados dissidentes, vivendo em Miami ou outras partes do mundo, chegou a afirmar ter sido vítima de tortura em Cuba. Quanto à Venezuela, esquece a senadora que quem aboliu a liberdade de expressão foram os que realizaram golpe contra Chávez, chegando a proibir que emissoras noticiassem o paradeiro do deposto.
Já sabemos: a liberdade de que fala Marina para a Venezuela é a liberdade de redes de televisão servirem-se de centro de organização de golpe de estado contra um governo eleito democraticamente pelo povo. Ela sequer imagina o que ocorreria com qualquer meio de comunicação americano que se metesse a participar da organização de um golpe de estado contra um governo dos Estados Unidos.
Não somos contra que se debata a questão dos direitos humanos em qualquer parte do mundo, mas essa discussão não queremos fazê-la com os agentes de um sistema que, para se manter a qualquer custo, realiza guerras mundiais, genocídios, colonialismo e neocolonialismo, que tenta convencer toda a humanidade que o direito do capital é direito humano. Queremos essa discussão com quem com erros e acertos persegue a construção de uma sociedade sem exploração, expressão concreta e única dos direitos de todos os humanos. Marina pensa diferente; une-se aos que tudo fazem para que apenas alguns humanos tenham direito. Uma lástima: mais um membro da esquerda que caminha para a direita.
Comitê Bolivariano de São Paulo
[ 3setor ] Ministério Público processa Garotinho, Rosinha (ex-governadores do RJ) e mais 86 por suposto desvio de R$ 410 milhões 04/03/2010 - MVM
Ministério Público processa Garotinho, Rosinha (ex-governadores do RJ) e mais 86 por suposto desvio de R$ 410 milhões
Ex-governadores Garotinho e Rosinha Atriz Débora Secco
04/03/2010 -
MP processa Garotinho, Rosinha (ex-governadores do RJ) e mais 86 por suposto desvio de R$ 410 milhões
Ministério Público diz que dinheiro vazou através de contratos com ONGs
Ex-governador do Rio classificou a ação de "jogada eleitoreira"
O Ministério Público afirmou nesta quinta-feira (4) que o esquema pelo qual 88 pessoas foram denunciadas em ação civil pública movida pelo MP teria desviado R$ 410 milhões dos cofres públicos. Todos os réus estão sendo denunciados por ato de improbidade administrativa. Entre eles, estão Anthony Garotinho (PRB, ex PMDB ) e Rosinha Mateus (PMDB), ex-governadores do Rio.
Os 88 réus são acusados de operar um esquema de desvio de verbas públicas por meio de ONGs e empresas de fachada durante o governo de Rosinha, no período de 2003 a 2007.
Ainda segundo o MP, a investigação durou dois anos e foi realizada pelas promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania.
Esquema complexo, segundo o MP
Para explicar o esquema, os procuradores usavam um programa de computador. “Havia uma diversidade muito grande de ações. Como pudemos perceber, são sete órgãos públicos que atuam em áreas totalmente diferentes. Há uma concentração em um único órgão público, que era a Fesp (Fundação Escola de Serviço Público). E a partir daí, houve uma diversificação de atividades muito grande. Nós concentramos, por causa do volume das provas que nós obtivemos até agora, o foco da investigação em quatro ONGs, ma, na verdade, chegava a mais de uma dezena”, disse Cavalleiro.
Segundo o promotor, o destino final do dinheiro atendia a diversas conveniências do grupo. “Muitos eram sacados na boca do caixa, em espécie, e outros (valores) depositados em contas de empresas que, comprovadamente, não exerciam nenhuma atividade empresarial”, garantiu.
O procurador Vinicius Cavalleiro afirma que boa parte do dinheiro proveniente do esquema seria para financiar a pré-candidatura do ex-governador Anthony Garotinho pelo PMDB à Presidência da República, em 2006.
“Do total que foi depositado, 90% do dinheiro eram dessas mesmas empresas que acabaram sendo contratadas pelas ONGs, que por sua vez foram contratadas pela Fesp.” Pelos cálculos estimados pelo MP, pelo menos R$ 600 mil teriam sido usados para esse fim.
Os promotores que participaram da investigação disseram que possuem provas contundentes de envolvimento da ex-governadora Rosinha Garotinho.
“Nós temos diversos depoimentos de pessoas, tanto ligadas às ONGS quanto aos órgãos públicos, que comprovaram que participaram de reuniões com a presença da então chefe do poder executivo e de seu marido, assim como também comprovamos que a partir de dois atos dela houve uma concentração incomum de poderes nas mãos do chefe, do poder executivo. Primeiro num decreto, que determinou que todas essas atividades de terceirização de serviços passassem pelo poder executivo, isso não é comum, e, num segundo momento, a alteração da atividade vinha sendo exercida através da Fesp. Ou seja, ela assinou um decreto alterando o seu estatuto. Fesp é uma fundação de serviços públicos que passou a terceirizar serviços”, completou.
Quatro ONGs, desvio de R$ 63 milhões
O esquema teria funcionado entre 2003 e 2006, com prejuízo de R$ 410 milhões para os cofres públicos. A fraude começaria com contratações de empresas através da Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), feitas, supostamente, sem licitação e envolvendo vários órgãos, como as secretarias estaduais de Educação, de Segurança Pública, de Saúde, o Instituto Vital Brazil, o Detran, a Cedae - a companhia estadual de águas e esgotos - e a Suderj - que administra os estádios, entre eles o Maracanã.
A Fesp teria subcontratado 14 Organizações Não-Governamentais. O Ministério Público concentrou as investigações em quatro delas, que teriam provocado um rombo de R$ 63 milhões ao patrimônio público.
À frente dessas ONGs estaria o empresário Ricardo Secco, que já havia sido preso durante a Operação Águas Profundas e que deu origem à denúncia do MP. Ricardo também foi denunciado, assim como sua atual mulher, Angelina Direnna Secco, sua ex-mulher, Silvia Regina Fialho Secco, e seus três filhos, a atriz Débora Secco, Ricardo Fialho Secco e Bárbara Fialho Secco. Segundo o MP, os três filhos teriam participação numa das empresas envolvidas na fraude.
Conhecida por sua atuação na TV e no cinema, a atriz Deborah Secco teve agora seu nome relacionado a supostas irregularidades contra o poder público do Rio de janeiro. Deborah é filha de Ricardo Secco, que vinha sendo investigado pelas relações com a família Garotinho e é apontado como gerenciador de todo o esquema, tanto na contratação como no direcionamento de ONGs, e responsável por receber o dinheiro.
O Ministério Público também informou que parte do dinheiro desviado no golpe teria sido usado para financiar uma pré-candidatura de Garotinho em 2006. Entre os denunciados está o superintendente de Saúde do Rio, Oscar Berro.
O que dizem os acusados pelo MP
Em seu blog, o ex-governador Garotinho chama a iniciativa do MP de “jogada eleitoreira”. A íntegra do post é a seguinte:
“Os mesmos promotores da Tutela Coletiva da Capital, que armaram uma ação de improbidade administrativa contra Rosinha, e contra os quais, eu entrei com representação no Conselho Nacional do Ministério Público, estão preparando mais uma jogada. Convocaram uma entrevista coletiva para esta tarde, onde vão anunciar mais uma ação por improbidade administrativa contra mim e Rosinha. É tudo jogada política para repercutir amanhã, nos jornais".
Duas ações semelhantes já foram propostas por esses mesmos promotores e foram extintas pela Justiça, por falta de base que as sustentasse. O destino da nova ação não será diferente. Eles sabem disso, mas querem fabricar manchetes, com o intuito de me prejudicar e bajular o governador Sérgio Cabral”. A assessoria de imprensa do ex-governador acrescentou que ele só se manifestará sobre o assunto por meio do seu site na internet.
O superintendente Oscar Berro disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento da denúncia do Ministério Público.
A assessoria de imprensa da atriz Débora Secco informou que ela não foi notificada da decisão e que por isso não poderia se pronunciar. Disse ainda que não poderia falar pelo restante da família, mas acrescentou que nenhum deles tinha sido notificado.
O Ministério Público informou que a ação já foi ajuizada, mas a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça diz que o processo ainda não aparece no seu sistema de informática.
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
5 de março de 2010
Juíza bloqueia os bens de Garotinho
Antes de decidir se recebe a Ação Civil Pública por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra os ex-governadores Anthony Garotinho e sua mulher Rosinha Garotinho, a juíza Mirella Letizia Guimarães Vizzini, da 3ª Vara Cível do Rio decretou a quebra do sigilo bancário e o bloqueio de todos os seus bens.Na tarde de ontem, o Judiciário concedeu liminar para quebra de sigilo bancário e bloqueio dos bens dos 88 acusados pelo MP. Na denúncia, os promotores identificam uma conexão entre o dinheiro usado na pré-campanha do ex-governador à Presidência e verbas que saíram do governo do Estado.
Confira a lista dos 88 acusados pelo MP-RJ por improbidade administrativa:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/03/04/confira-lista-dos-88-acusados-pelo-mp-rj-por-improbidade-administrativa-915989207.asp
quinta-feira, 4 de março de 2010
Ibama atualiza ranking de carros menos poluentes - Barbet
[Carta O BERRO] HOMENAGENS PARA LUIZ CARLOS PRESTES Dia 7 de março (DOMINGO) 10 horas da manhã - RJ - Vanderley Caixe
quarta-feira, 3 de março de 2010
Eu te compreendo ... por Antônio Roberto Soares - Psicólogo
Eu Te Compreendo...
Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado a procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos.
Eu te compreendo... Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem sentir esforços. Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana.
Percebo como te sentes pequeno quando teus sonho acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado. E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa. E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração.
Eu te compreendo... Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pela palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais... E os teus medos? Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal.
Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti. Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida. E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida. Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço. E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço. Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: "Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...".
Eu te compreendendo... Compreendo os teus sacrifícios. E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!... E sempre acham que é pouco... Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar às outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções. Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade.
Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa. Sei também que tens belos planos para o amanhã. Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela. Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo. O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações.
Eu te compreendo, e te compreendo mesmo. E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que te vou dizer: Eu Te Compreendo, mas não te apóio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer. Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer. Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompe-tência em tratar com os aspectos negativas delas, em nada posso te ajudar. Se trocaste o auto-apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se queres ter razão em tudo que pensas; se que-res obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se entendeste mal a regra máxima "Amar ao próximo como a ti mesmo", esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.
Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolo-rosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer. Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente; se usas a imperfeição do mun-do para justificar as tuas próprias imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente hu-mano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: "Apressa-te!", "Não erres nunca!", "Agrada sempre!"; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um Não quando necessário, em nada posso te ajudar. Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito: Eu Te Compreendo mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te!
Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonaste a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti.
Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que verdadeira Liber-dade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase "Eu tenho que..." na frase "Eu quero!"; se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, prova-velmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e a-migos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar.
Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar; se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portan-to, distanciando-te de teu próprio coração.
Tens presentes agora as tuas emoções? Tens presente agora o fluxo da tua respiração? Tens presente agora a batida do teu coração? Tens agora a consciência do teu próprio corpo? Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria. Somente através dele se encaminha o retorno à Paz
Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles. Começa do mais próximo, começa pelo corpo. Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina. Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os. Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor. Presta atenção, não negues a tua dor. Para que fingir estar alegre se estás triste? Para que fingir coragem se estás com medo? Para que fingir amor se estás com ódio? Para que fingir Paz se estás angustiado? Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos. Para, deixa que as coisas sejam exatamente como são. Entra nos teus sentimentos sem os jul-gar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles - depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação. Torna-te presente, por mais que te doa. E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá!
Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia. Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na Esperança e a vida entrando em ti. Se assim fizeres, entende-rás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida.
E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que: Eu Te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio! E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor!
Por
Antônio Roberto Soares
Psicólogo
Uma das melhores sátiras sobre a "Veja"! e sua reuniao de diretoria em fevereiro. - Vanderley Caixe
Caetano Veloso sobre a Veja:
"É preciso que se saiba que é abominável, que há muita desonestidade ali", desabafa o cantor e compositor baiano, em tom enérgico. "A classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo."
Fora de Moda? - Barbet
FORA DE MODA
(desconheço autoria)
Se não estivesse fora de moda... eu ia falar de Amor.
Daquele amor sincero, olhos nos olhos,
frio no coração,
aquela dorzinha gostosa
de ter muito medo de perder tudo.
Daqueles momentos que só quem já amou um dia...
conhece bem.
Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas,
mas não para retê-las no egoísmo material da posse,
mas para doá-las no sentimento nobre de amar.
Se não estivesse fora de moda... eu ia falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo de fidelidade,
... respeito mútuo ...e outras coisas mais.
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida...
que é ter, numa pessoa só,
a soma de tudo que as vezes procuramos em muitas.
A admiração pelas virtudes e aceitação dos defeitos,
mas sobretudo...
o respeito pela individualidade,
que até julgamos nos pertencerem,
tem o direito de possuir.
Se não estivesse tão fora de moda... eu ia falar em Amizade.
Na amizade que deve existir
entre duas pessoas que se querem.
O apoio, o interesse,
a solidariedade de uns pelas coisas dos outros e vice-versa.
A união além dos sentimentos,
a dedicação de compreender para depois gostar.
Se não estivesse tão fora de moda... eu ia falar em Família.
Sim ... família!!!
Essa instituição que ultimamente vive à beira da falência,
sofrendo contínuas e violentas agressões.
Pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, lar...
Isso mesmo, o bem maior de ter uma comunidade unida
pelos laços sanguíneos
e protegidas pelas bençãos divinas.
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada,
a fonte de descanso
e a renovação das energias.
Família,
o ser humano cumprindo sua missão mais sublime
de sequenciar a obra do criador.
E depois ... eu ia até,
quem sabe, falar sobre algo como... a Felicidade.
Mas é pena que a felicidade, como tudo mais,
há muito tempo já está fora de moda.
Me sinto feliz por estar tão fora de moda...
E você?
Também está fora de moda como eu???
A VISITA DE HILARY CLINTON - Laerte Braga
Hilary Clinton está no Brasil para tentar atenuar o impacto das posições do governo Lula sobre temas como esses que discutiu a portas fechadas com parlamentares no gabinete do presidente do Senado, José Sarney.
Os norte-americanos têm consciência que, a despeito do envolvimento de várias agências daquele país no processo eleitoral de outubro (a eleição do futuro presidente, entre outras), em franco apoio a candidatura José Collor Arruda Serra, o presidente Lula tem chances concretas de eleger sua candidata, a ministra Dilma Roussef. Essa perspectiva contraria interesses de Obama que pretende ver retomada a agenda do governo de FHC.
A privatização de empresas como a PETROBRAS, o BANCO DO BRASIL, uma parceria estreita (que significa controle) sobre a exploração das reservas petrolíferas do pré-sal e uma presença maior na Amazônia e na região Meridional do Brasil, tanto através de empresas, como das famosas “bases militares de combate ao tráfico de drogas”.
A política externa de Lula é o ponto alto de seu governo. O trabalho desenvolvido pelo ministro Celso Amorim deu ao Brasil uma credibilidade impressionante em todo o mundo e colocou o País no centro de importantes decisões, cada vez mais contrárias ao imperialismo norte-americano. E por dentro do próprio modelo neoliberal. Lula não mudou a estrutura político econômica do Brasil.
Deputados do PT, em resposta à clara intervenção de Hilary em assuntos internos do Brasil, questionaram a miséria nos EUA, a falta de atendimento médico a mais de 40 milhões de cidadãos norte-americanos, as intervenções militares em países do Oriente Médio e no Afeganistão, a morte de civis em flagrante violação aos direitos humanos, a prisão de Guantánamo e outros pontos, como o eixo EUA/Israel. O último “feito” desse eixo foi a falsificação de passaportes de países europeus para que agentes do serviço secreto de Israel, o MOSSAD, pudessem assassinar um líder do Hamas em Dubai.
Hilary esteve com o chanceler Celso Amorim e deve ter estranhado as diferenças entre o ministro brasileiro de Lula e os dois ministros de FHC. Lampreia e Celso Láfer. Lampreia aprendeu a dizer sim senhor faremos tudo que o mestre mandar e não dizia outra coisa durante o governo do marido da secretária. Láfer chegou a tirar os sapatos no aeroporto de New York para submeter-se a uma revista, fato inadmissível e que FHC engoliu em seco, já que funcionário da Fundação Ford, braço do governo e da iniciativa privada nos EUA para países latino-americanos.Há dias o presidente Lula fez duras críticas às posições dos EUA no Oriente Médio e citou a farsa das armas químicas e biológicas para a invasão do Iraque, no episódio que culminou com o afastamento do embaixador brasileiro José Maurício Bustani, então presidente da Agência de Energia Nuclear da ONU, por não aceitar pressões e recusar-se a assinar um relatório falso sobre essas armas inexistentes.
A passagem de Hilary pelo Chile a pretexto de dar solidariedade à presidente Bachelete diante da tragédia do terremoto e tsunamis que abalaram e abalam o país, trouxe de volta a participação crítica dos militares ao processo democrático e o novo presidente, eleito com apoio dos EUA, já disse que vai endurecer estendendo o toque de recolher no país e ampliando a presença militar em várias outras áreas.
A simples idéia que o Brasil possa continuar a trilhar caminhos de preservação de sua soberania e venha a avançar no processo de ocupação de seu próprio território, Amazônia e sul do País, assusta ao governo dos EUA. A perspectiva de um gigante adormecido que acorda e começa a caminhar por suas próprias pernas não interessa a Obama e nem a Wall Street. Querem o Brasil de quatro e por isso mesmo Hilary termina sua visita depois de avistar-se com Lula, em São Paulo, onde, naturalmente, José Collor Arruda Serra vai desmanchar-se em salamaleques e rodopios na valsa da submissão.
Conversar primeiro com congressistas antes de avistar-se com o presidente do Brasil é um insulto, um desrespeito e mostra os verdadeiros objetivos da visita de Hilary. Quando Obama disse, logo nos primeiros dias de seu governo, que Lula “é o cara”, estava contando que funcionasse aquele esquema de troca de colares, pirulitos e chicletes pela PETROBRAS, pelo BANCO DO BRASIL, tal e qual funcionava no governo FHC. Os colares, os pirulitos e os chicletes vinham recheados de dólares em contas no exterior.
Segundo Hilary o povo hondurenho está sofrendo com as sanções impostas pelo Brasil ao governo golpista e sua extensão. Não falou sobre o bloqueio norte-americano imposto a Cuba desde 1962 e seus efeitos. Na prática a secretária quer arrastar os governos da Venezuela, da Bolívia e do Equador ao reconhecimento da situação de fato em Honduras, golpe “legitimado” por uma grotesca farsa eleitoral, ao mesmo tempo que tenta afastar o Brasil das políticas de integração latino-americana e que envolvem governos populares na América do Sul e América Central.
A disposição de se criar um organismo latino-americano, que exclua EUA e Canadá, manifesta por governos dessa região, é inaceitável para os donos do mundo, acostumados a enxergarem a América Latina como quintal, como América Latrina.
Já que a moda é muro, levando em conta os problemas criados por norte-americanos em suas políticas colonialistas, imperialistas, qual tal cercar os Estados Unidos com um grande muro impedindo a exportação do modelo Disneyworld, aquele em que você imagina que as assombrações do trem fantasma são só ficção, quando na verdade chegam aos bandos com epíteto de “libertadores”.
Que o digam os presos quando da ocupação do Iraque, ou os detidos em Guantánamo.
As unhas e as garras do governo branco e ariano de Obama começam a ser mostradas sem disfarces em países como o Brasil.
Hilary não pediu a Lula que não vá ao Irã, mas de forma solerte, que tente convencer o governo de Teerã a desistir de seu programa nuclear.
Se Israel tem perto de 60 bombas nucleares, isso é outra história, a senhora Clinton não fala sobre esse assunto, é “legítima defesa” do estado terrorista contra palestinos. Direito divino de ocupação de terras palestinas.
“Democracia cristã, ocidental e capitalista” servida ao mundo em bolos gigantescos de onde saem mariners e aviões que bombardeiam tudo o que possa parecer inimigo. Inclusive participantes de uma festa de casamento no Afeganistão.
É só pedir desculpas depois.
Torna-se desnecessário dizer que a mídia brasileira está toda emperiquitada com a visita da senhora Clinton. É, afinal, a representante legítima dos patrões.
terça-feira, 2 de março de 2010
A Bela loucura Humana
Nem palavras, nem imagens suficientes, para transmitir a força libertadora desta música.
Que vivam os loucos, todos aqueles que acreditaram em seus sonhos e percorreram os duros caminhos da arte, seja na música, no teatro, no circo, na fotografia, etc.
Que vivam todos os loucos, que nos ajudam a viver nossas agruras e próprias loucuras.
Que viva a arte em nossos corações.