Há uma diferença abissal entre a crítica de setores e partidos de esquerda ao governo Dilma e a crítica feita, por exemplo, pela GLOBO, ou por VEJA. No jornal que apresenta às 18 horas de segunda a sexta a GLOBONEWS – tevê por assinatura – edição de quarta-feira, a apresentadora fez questão de ressaltar a importância da denúncia de irregularidades no governo, onde quer que seja como papel do jornalista de estar sempre indignado – uma espécie de reflexo da indignação pública – com a corrupção que resultou na demissão do ministro dos Transportes.
O PSDB divulgou, quinta-feira, nota oficial onde afirma que esse Ministério “é a herança maldita da ética”. Nota oficial do PSDB falando em ética é complicado. Não é um partido, é uma quadrilha. E a indignação da jornalista deveria se estender a toda a série de irregularidades acontecidas no governo FHC, nos governos de Serra e Alckimin no estado de São Paulo e em qualquer governo tucano em qualquer lugar do País, todos bandidos.
Circula na internet, no youtube, um vídeo mostrando as relações do ex-governador de Minas Aécio Neves com a rede GLOBO e o jornal ESTADO DE MINAS, o terror implantado em seu governo no sentido de silenciar a mídia crítica, as muitas demissões de jornalistas por ousarem enfrentar o hoje senador.
Ano passado, em plena campanha eleitoral, o ex-governador e pilantra José Serra denunciou a existência de um complô via dossiê contra sua candidatura armado pelo partido do governo, o PT (são tantos). Uma ligeira investigação e Serra deixou de lado a denúncia. É que o dossiê fora encomendado e pago por Aécio Neves, quando ele e o tucano paulista disputavam a indicação do partido como pré-candidatos presidenciais e Aécio se vingava de Serra que havia antes encomendado um outro dossiê sobre ele Aécio. Aquele insinuado pelo jornalista capacho de Serra, Juca Kfoury, sobre os boatos que o mineiro era usuário de drogas.
Lula e Dilma pagam o preço da opção por alianças com partidos como o PR – Partido da República. É um partido de ladrões, quadrilha, ligado a uma igreja neopentecostal, seus principais acionistas são pastores e essa gente não faz outra coisa que não ludibriar a boa fé das pessoas, aquele negócio de vender tijolinho para ir fazendo casa no céu, ou dependendo do dízimo, mansão nas paragens cuja portaria é controlada por São Pedro.
Os chefes mesmo preferem morar em Miami.
Lula segurou e continua sendo segura, a decisão de expropriação automática de terras onde seja descoberto trabalho escravo para fins de reforma agrária. Quase todo dia a Polícia Federal ou o Ministério do Trabalho descobrem latifundiários e empresas do agronegócio se valendo de trabalho escravo, inclusive um deles, o tal rei do feijão, prefeito de uma cidade mineira e tucano, óbvio.
Dilma está prestes – se já não transformou – um dos maiores bandidos da política brasileira, Blairo Maggi, ministro dos Transportes. Responsável por desmatamentos ilegais no Centro-Oeste, envolvido em corrupção generalizada em seu governo no Mato Grosso, ligado a contrabandistas e empresas estrangeiras interessadas no nióbio brasileiro (sem ele não existiria arsenal nuclear norte-americano, ou qualquer outro) e Lula e o ex-ministro José Dirceu estão envolvidos nisso até a alma. Maggi é useiro e vezeiro em trabalho escravo.
Os baús da ditadura, outro exemplo. Não se sabe por que razão permanecem sigilosos os documentos que mostram os crimes cometidos pelos militares durante a ditadura e nem se entende o receio do governo em exibi-los. Entender a covardia dos torturadores atrás da lei da anistia – feita para eles, para inocentá-los das felonias cometidas – é fácil. A tortura é da natureza de todo covarde como Brilhante Ulstra, hoje colunista do jornal FOLHA DE SÃO PAULO (que nunca é demais lembrar, emprestava os caminhões para a desova de presos políticos assassinados no DOI/CODI paulista, ou no OBAN – OPERAÇÃO BANDEIRANTES -, financiada por empresas como a Mercedes).
Quando o secretário geral do PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO – definiu o governo Lula como “capitalismo a brasileira”, estava indo muito além de uma frase de efeito, ou de uma constatação.
O que Ivan, com certeza, quis denunciar, caracterizar, era exatamente a opção que Lula fez e Dilma mantém por determinado setor do empresariado dentro do modelo. Ou seja, o ex-presidente e a atual presidente, agregaram parte do empresariado, do latifúndio e todos os banqueiros que atuam no Brasil para implementar suas políticas, algo como uma negociação em troca de ar que lhes permitisse respirar, avançar em alguns setores, sem mudar coisa alguma, mantendo intactos os cartórios.
Só isso. Nas alianças feitas pelos governos Lula e Dilma o que existe é isso. Aceita-se a participação de quadrilhas, PR, setores do PMDB (que ainda tem muita gente digna), fecha-se os olhos a determinadas irregularidades, enquanto se toca o que consideram principal dentro dos parâmetros ditados pelo modelo. Como? A política econômica. A política de juros altos. As privatizações agora dos aeroportos e outras
Abílio Diniz envolvido em várias irregularidades fiscais, trapaças, etc, num dado momento do governo Lula chamou o presidente de “grande estadista”. Ele não acha nada disso, apenas estava no grupo de empresários absorvidos por Lula.
Eike Batista sustenta o governo Sérgio Cabral – cada vez mais Collor de Mello e já carecendo de impeachement faz tempo – em troca de grandes contratos, de concessões, etc, etc.
Não é só a casinha de Luciano Huck (regularizada pela ex-mulher de Cabral, através de seu escritório de advocacia) multado agora por cercá-la de bóias afetando o ambiente. O cinismo desses pilantras globais é impressionante. Não é o caso da jornalista que apresenta o jornal da seis da GLOBONEWS, pelo contrário, é da organização GLOBO mesmo, quadrilha. São grandes trapaças, grandes negociatas e tudo bem. Cabral pede desculpas de público, continuam morrendo assassinadas pela PM crianças na “polícia pacificadora” (caso do menino Juan), nada acontece.
Dia desses, num consultório médico, enquanto aguardava, nessas revistas velhas que povoam consultórios médicos e odontológicos (os tais da colgate que resolve tudo), li uma declaração da apresentadora do JORNAL NACIONAL (um câncer na informação, nas comunicações), falo da jornalista Fátima Bernardes, que “o meu cabelo é patrimônio nacional”. Ora, a moça perdeu completamente a noção de ser humano, incorporou o espírito robô e se acha acima do bem e do mal.
Quando VEJA e a GLOBO se “indignam” com a corrupção é porque os empresários ligados a eles estão sendo “prejudicados” em alguma negociata. No caso do ministro (bandido) Alfredo Nascimento, a concorrência com a RECORDE. O PR é um braço do esquema neopentecostal, o melhor “negócio divino” existente no País hoje e em boa parte do mundo.
Ao se afirmar que Lula cometeu erros em concessões várias e Dilma está sem rumo, perdida (Jobim chamou figuras do governo que não nominou de “idiotas” diante de FHC e Serra e continua ministro), ao mesmo tempo que se propõe uma revisão de políticas públicas em vários setores, aí sim, para que o País possa avançar, não se está fazendo o jogo da direita. Esse jogo é feito pelas debilidades do governo Dilma. Ou o caso do ministro Alfredo Nascimento, quadrilheiro de carteirinha, foi inventado e deveria ser objeto de silêncio para não prejudicar “a governabilidade e os avanços”. Que avanços?
O custo do trem bala Rio/São Paulo está orçado em 80 milhões o quilômetro, o custo da ponte – a maior do mundo – construída agora e mostrada ao mundo pelos chineses foi de dois milhões de dólares o quilômetro. Quando o PSDB e VEJA, ou GLOBO denunciam uma irregularidade é briga de quadrilhas empresariais. É diferente da crítica, muito diferente, que se faz ao modelo e às práticas do governo, mesmo porque embora pense que tenha inventado a esquerda, o socialismo, não é bem assim. Arqueólogos já comprovaram que a esquerda, o socialismo é anterior ao PT. As lutas populares são anteriores ao PT.
A discussão da reforma política que senadores e deputados deitam sapiência no curso da semana com propostas assim e assado. O que tem sido feito é apenas uma busca meticulosa de uma “reforma” que não mude coisa alguma e permita a um corrupto sem entranhas como José Sarney, repulsivo, permanecer senador e pior, presidente do Senado e um dos grandes avalistas do governo.
A crítica feita pela mídia privada reflete o que a mídia privada o é. Um braço do capitalismo, de potência estrangeira, de uma forma de terrorismo que entre outras coisas busca alienar e aterrorizar o telespectador, ouvinte, leitor, o cidadão, quando lê matéria como a da revista VEJA imputando a muçulmanos inverdades e atos inexistentes.
VEJA é podre da primeira a última página.
A crítica feita por partidos à esquerda do PT (é hoje um partido social democrata, de centro-esquerda) trabalha ao mesmo tempo – e muitas vezes é dos movimentos sociais também – a importância do debate público, da participação popular, da luta de frente com essas quadrilhas que lotam a política brasileira, caso do PR, de transformações políticas e econômicas para que se possa ter um caminho alternativo a esse “capitalismo a brasileira”.
E acima de tudo é responsável. Tem plena consciência do que significa a perspectiva de volta do tucanato ao poder. Foi por isso mesmo que esses partidos ficaram com Dilma no segundo turno (a maior parte deles) e outra vez o PCB refletiu essa responsabilidade, essa consciência, ao proclamar “com Dilma nas urnas, contra Dilma nas ruas”.
O tamanho do tsunami que se forma para atingir a América Latina nessa crise que vive o capitalismo é apavorante. E nesse diapasão, nessas alianças, nesse chove não molha, nessas discussões estéreis a cúpula do PT (pelega) e os governos petistas terão uma parcela imensa de culpa. O não perceber que o caminho não passa por alianças, mas por enfrentar o modelo.
A história que não tem como ser diferente é bobagem, desculpa esfarrapada. Falta é peito mesmo. E aí, tem que conviver com Alfredo Nascimento, com Nelson Jobim, Moreira Franco, essa corja que pulula no governo Dilma. Blairo Maggi? É o senhor do agronegócio no Brasil. Continuamos no brejo do capitalismo disfarçado de programas sociais que longe de serem transformadores, apenas adéquam parcela da população ao modelo perverso que vive seus dias finais em termos de história.
E um aspecto importante. O PT não inventou a esquerda. Tanto não inventou que hoje mal consegue se segurar na centro-esquerda.
A propósito da nota do PSDB falando em ética os caras não entendem do assunto e ficam dando palpite errado, falando besteira. Hitler tinha uma ética. Ben Gurion o primeiro chefe de governo de Israel e colaborador do nazismo tinha uma ética. Drácula tem a ética do sanguessuga. A do PSDB é a da amoralidade. Tem horror de bafômetro e adora pedágio (propinas maiores). A de Israel, desde Ben Gurion é de ressuscitar a suástica e fundi-la à cruz de David e está conseguindo fazer.
Com urgência é necessário contatar o espírito de Marx e explicar a ele que nada do que disse ou escreveu vale se não tiver o crivo do PT. Marx e todos os pensadores de esquerda desde os primórdios.
sábado, 9 de julho de 2011
Quem é Jesus Cristo? - RAY PINHEIRO
Como a maioria de meus contatos na internet devem saber , sou ex seminarista catolico salesiano e hoje Espirita Cristão , estudioso da Doutrina Espirita (Leia-se Chico Xavier) Então sem fanatismo e preconceito religioso depois de algumas pesquisas compartilho com vocês:
![]()
Não ignore o mestre JESUS CRISTO, lembre-se que ELE disse: ‘ Se você me negar diante dos homens, Eu negarei você diante do Pai no céu' "Com sua vida e sua conduta, você prega um melhor sermão do que com suas palavras." Ah! não sou dono da verdade , sou humano e cheio de erros e acertos , mas tenho procurado ser mehor.
Eu sou Ray Pinheiro.
AH! QUEM É JESUS CRISTO?
Em Química, Ele transformou água em vinho;
Em biologia, Ele nasceu sem ter tido uma concepção normal;
Em física, Ele superou a gravidade quando Ele Ascendeu ao céu;
Em economia, Ele subverteu a lei dos rendimentos decrescentes ao alimentar 5000 pessoas com dois peixes e 5 pães;
Em medicina, Ele curou os doentes e os cegos Sem administrar absolutamente nenhum remédio,
Em, história, Ele é O começo e O fim;
Em direito, Ele disse que deveria ser chamado De Filho do Pai, Príncipe da Paz;
Em religião, Ele disse quem ninguém chega ao Pai Sem não for através dEle;
Quem é Jesus Cristo? Então quem é Ele?
Ele é Jesus Junte-se aos cristãos e vamos celebrá-lo Ele vale o esforço; Os olhos que lêem esta mensagem que lhes envio não verão o mal, As mãos que enviarem esta mensagem a todos, não terão agido em vão, e os lábios que disserem assim seja , amem a esta oração sorrirão para sempre.
Permaneça em Deus e procure sua face sempre. ASSIM SEJA , AMEM
Em Deus achamos Tudo , penso assim!
Quem é Jesus Cristo? O maior homem da história.
Jesus não tinha servos, ainda assim O chamavam de Mestre.
Não tinha escolaridade, ainda assim O chamavam de Professor.
Não tinha remédios, ainda assim O chamavam de Curador.
Não tinha exércitos, ainda assim reis O temiam.
Ele não venceu batalhas militares, ainda assim conquistou o mundo.
Ele não cometeu crime, ainda assim crucificaram-no.
Ele foi enterrado em uma tumba, ainda assim Ele vive hoje.
Sinto-me honrado de escrever e falar desse líder que nos ama!
Eu sou espirita cristão e creio em Deus e em Jesus Cristo.
Não ignore o mestre JESUS CRISTO, lembre-se que ELE disse: ‘ Se você me negar diante dos homens, Eu negarei você diante do Pai no céu' "Com sua vida e sua conduta, você prega um melhor sermão do que com suas palavras." Ah! não sou dono da verdade , sou humano e cheio de erros e acertos , mas tenho procurado ser mehor.
Eu sou Ray Pinheiro.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A fanfarronice do Johnbim. Comparato quer incriminá-lo - Olho Vivo
Um remédio contra a fanfarronice do ministro Jobim
O professor emérito e jurista Fábio Konder Comparato, baluarte na defesa dos direitos humanos, lembra, com base no afirmado pelo ministro Nelson Jobim, que existe um crime contra a Administração Pública que precisa ser apurado.
Só para recordar, Jobim informou que todos os documentos sigilosos da época da ditadura militar desapareceram dos arquivos das forças militares, ou seja, do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Uma informação grave é tratada por Jobim com leviandade. E devemos lembrar que em termos de leviandade, Jobim tem antecedentes. Em livro laudatório, Jobim confessou ter, ao tempo que era deputado constituinte, colocado emendas na Constituição da República sem submetê-las à apreciação e aprovação dos seus pares.
Pelo tom dado, Jobim parecia noticiar a perda de uma granada do paiol das Forças Armadas brasileiras.
Com toda a razão, Comparato entende ser dever do procurador-geral da República, como representante da sociedade e fiscal do cumprimento da lei, determinar a instauração de inquérito apuratório de crime.
A manifestação de Comparato encaminhada ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, segue, com exclusividade para Terra Magazine, abaixo:
“Em declarações recentes, de grande repercussão, o Exmo. Sr. Ministro da Defesa afirmou que todos os documentos públicos mantidos em sigilo, relativos ao período do regime de exceção em que viveu o país antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, desapareceram. Textualmente: “Não há documentos, já levantamos os documentos todos, não têm (sic). Eles desapareceram, foram consumidos à época” (CartaCapital, 06/7/2011, pág. 21).
É escusado lembrar, Senhor Presidente, que documentos públicos não ‘desaparecem’ por encanto. São destruídos (ou “consumidos”, como preferiu dizer o Ministro) em razão de caso fortuito, ou então por negligência culposa ou ato doloso.
Nesta última hipótese, configura-se o crime praticado por funcionário público contra a Administração em geral, definido no art. 314 do Código Penal como extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento:
“Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave”.
Importa desde logo ressaltar, Senhor Presidente, que não cabe, no caso, a alegação de anistia, não só porque a Corte Interamericana de Direitos Humanos expressamente a afastou, ao decidir em 24 de novembro de 2010 o caso Gomes Lund e outros v. Brasil (“Guerrilha do Araguaia”), como ainda porque não se sabe se a suposta destruição de tais documentos ocorreu após 15 de agosto de 1979, termo final de eficácia da Lei nº 6.683, de 28 de agosto daquele ano.
Incabível da mesma forma, na hipótese de comprovação de ato criminoso, a ocorrência de prescrição penal, pois o mesmo veredicto da Corte Interamericana de Direitos Humanos ressaltou que a doutrina e a jurisprudência internacionais são unânimes em afirmar o não-cabimento de prescrição na hipótese de crimes contra a humanidade, como foram considerados os delitos de Estado, praticados entre nós durante o referido regime militar de exceção.
Por todas essas razões, tenho a honra de propor que Vossa Excelência, em sua qualidade de representante de nossa instituição, e tendo em vista a sua finalidade magna, inscrita no art. 44, inciso I, da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, haja por bem representar ao Exmo. Sr. Procurador-Geral da República, no sentido de ser aberto um inquérito civil público para a apuração dos fatos aqui narrados, consoante o disposto no art. 129, inciso III, da Constituição Federal”.
PANO RÁPIDO. Impressiona o fato de o ministro Jobim, que já passou pelo Supremo Tribunal Federal, relatar a consumação de um crime sem anunciar providências. Jobim não tem respeito à memória histórica e às vítimas do terror de Estado deflagrado à época da ditadura militar.
Wálter Fanganiello Maierovich
O professor emérito e jurista Fábio Konder Comparato, baluarte na defesa dos direitos humanos, lembra, com base no afirmado pelo ministro Nelson Jobim, que existe um crime contra a Administração Pública que precisa ser apurado.
Só para recordar, Jobim informou que todos os documentos sigilosos da época da ditadura militar desapareceram dos arquivos das forças militares, ou seja, do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Uma informação grave é tratada por Jobim com leviandade. E devemos lembrar que em termos de leviandade, Jobim tem antecedentes. Em livro laudatório, Jobim confessou ter, ao tempo que era deputado constituinte, colocado emendas na Constituição da República sem submetê-las à apreciação e aprovação dos seus pares.
Pelo tom dado, Jobim parecia noticiar a perda de uma granada do paiol das Forças Armadas brasileiras.
Com toda a razão, Comparato entende ser dever do procurador-geral da República, como representante da sociedade e fiscal do cumprimento da lei, determinar a instauração de inquérito apuratório de crime.
A manifestação de Comparato encaminhada ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, segue, com exclusividade para Terra Magazine, abaixo:
“Em declarações recentes, de grande repercussão, o Exmo. Sr. Ministro da Defesa afirmou que todos os documentos públicos mantidos em sigilo, relativos ao período do regime de exceção em que viveu o país antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, desapareceram. Textualmente: “Não há documentos, já levantamos os documentos todos, não têm (sic). Eles desapareceram, foram consumidos à época” (CartaCapital, 06/7/2011, pág. 21).
É escusado lembrar, Senhor Presidente, que documentos públicos não ‘desaparecem’ por encanto. São destruídos (ou “consumidos”, como preferiu dizer o Ministro) em razão de caso fortuito, ou então por negligência culposa ou ato doloso.
Nesta última hipótese, configura-se o crime praticado por funcionário público contra a Administração em geral, definido no art. 314 do Código Penal como extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento:
“Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave”.
Importa desde logo ressaltar, Senhor Presidente, que não cabe, no caso, a alegação de anistia, não só porque a Corte Interamericana de Direitos Humanos expressamente a afastou, ao decidir em 24 de novembro de 2010 o caso Gomes Lund e outros v. Brasil (“Guerrilha do Araguaia”), como ainda porque não se sabe se a suposta destruição de tais documentos ocorreu após 15 de agosto de 1979, termo final de eficácia da Lei nº 6.683, de 28 de agosto daquele ano.
Incabível da mesma forma, na hipótese de comprovação de ato criminoso, a ocorrência de prescrição penal, pois o mesmo veredicto da Corte Interamericana de Direitos Humanos ressaltou que a doutrina e a jurisprudência internacionais são unânimes em afirmar o não-cabimento de prescrição na hipótese de crimes contra a humanidade, como foram considerados os delitos de Estado, praticados entre nós durante o referido regime militar de exceção.
Por todas essas razões, tenho a honra de propor que Vossa Excelência, em sua qualidade de representante de nossa instituição, e tendo em vista a sua finalidade magna, inscrita no art. 44, inciso I, da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, haja por bem representar ao Exmo. Sr. Procurador-Geral da República, no sentido de ser aberto um inquérito civil público para a apuração dos fatos aqui narrados, consoante o disposto no art. 129, inciso III, da Constituição Federal”.
PANO RÁPIDO. Impressiona o fato de o ministro Jobim, que já passou pelo Supremo Tribunal Federal, relatar a consumação de um crime sem anunciar providências. Jobim não tem respeito à memória histórica e às vítimas do terror de Estado deflagrado à época da ditadura militar.
Wálter Fanganiello Maierovich
A MARCHA DA MACONHA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO...Barbet
A MARCHA DA MACONHA E A "LIBERDADE DE EXPRESSÃO"
Jorge Linhaça
Antes de entrar na questão em si, uma placa na imagem chamou minha atenção.
Alguém empunha um cartaz com os dizeres " Deus Fez a Maconha"...verdade...mas também fez animais peçonhentos e outros venenos em foma de plantas...aí eu pergunto...será que esse boca-aberta que escreveu tal cartaz já tomou veneno de cobra ou sai por ai mastigando plantas venenosas?
Vamos ter um mínimo de bom senso!!! Dito isto passemos ao texto.
Acompanho ressabiado a liberação das tais "Marchas da maconha"
Embora as pessoas tenham o direito sagrado de manifestar-se sobre qualquer assunto , preocupa-me o que possa resultar disso.
Daqui a pouco teremos pessoas se manifestando sobre o direito de ser corrupto, quem sabe não começam a pipocar Marchas pela corrupção? Afinal se marchar pela maconha não é apologia ao crime, marchar pela corrupção também não é...e imaginem quantas marchas podem ser inventadas passando por essa premissa.
Quanto à descriminação da maconha, é importante realçar, a titulo de contribuição, que não se trata de descriminar o tráfico e sim o uso da maconha.
Na verdade a maconha seria vendida como o cigarro ou as bebidas alcoólicas.
Da parte dos governantes ( sabe-se lá se isentos ou não ) o olhar é para a arrecadação de impostos sobre o produto.
Por outro lado, que existem políticos enterrados no mar de lama do tráfico não é segredo para ninguém.
Dificilmente o crime organizado teria chegado ao patamar a que chegou em nosso país se não fosse a "vista grossa" das autoridades (in) competentes.
Ou alguém acredita que é "por acaso" que o policiamento de nossas fronteiras é feito por "meia dúzia" de policiais? E isso não é de hoje não...antes que alguém imagine que esse quadro iniciou-se durante o governo petista ( o que não o isenta da responsabilidade de não haver mudado em quase nada o quadro que recebeu).
A questão quanto à liberação das " marchas da maconha" , levando em conta a tão propalada liberdade de expressão, esbarra num problema mais do que comum em nosso país, onde os limite entre se manifestar a favor da liberação e a apologia ao uso de drogas é demasiado tênue.
Um dos grandes defensores da descriminação das drogas é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que incluiu no seu raciocínio que isso deve ser feito em conjunto com medidas na área de saúde para o tratamento dos dependentes químicos.
Oras, em um país onde a internação para tal tratamento é opcional e, dizem os especialistas, o tratamento não tem resultado se feito de maneira compulsória ; onde o estado simplesmente não dá conta nem de atender a saúde de um modo geral e onde levantou-se recentemente que vários médicos "de prestígio" inclusive o Secretário de Esportes do estado de São Paulo, recebem /biam do Governo sem dar os plantões ( e isso com certeza é apenas a ponta do iceberg, embora infelizmente logo vá cair no esquecimento), num país onde a saúde pública é tratada com descaso e o cidadão que depende de tratamento em hospitais públicos é tratado pior do que gado, imaginem de onde sairão os recursos para tal fim.
Pior, imaginem qual será o fim desses recursos ( provavelmente desviados para o pagamento de profissionais que não comparecerão aos locais de trabalho ) imagine quantos medicamentos não serão "devidamente" desviados desses locais a exemplo do que já acontece com os medicamentos para tratamento de doenças graves como o câncer e que acabam sendo encontrados em clínicas particulares, vendidos a peso de ouro.
Há muito mais por trás dessas passeatas do que "apenas" o direito de se expressar. Seria interessante saber quem as financia, afinal não é qualquer um que resolve deixar o trabalho ou seus afazeres para iniciar uma campanha dessas proporções.
Quem pretende faturar alto com esse movimento, tome ele o rumo que tomar?
Dinheiro, prestígio político, lavagem de dinheiro, tudo isso entra no jogo e quem estiver jogando pretende ganhar muito.
Não amigos, com a descriminação nenhum traficante será libertado para esvaziar cadeias, ao menos não se ficar apenas na descriminação do uso, afinal a maconha é mesmo "tolerada" discretamente dentro dos presídios pois "acalma" os detentos.
Mas, quem estabelecerá o limite de posse de drogas que possa ser considerado para uso pessoal ou o que é tráfico, quando a maconha estiver sendo vendida em bares e farmácias?
Vão limitar a quantidade de quanto o cidadão pode comprar?
E se ele comprar em vários lugares ? Quem fará o controle?
Em países europeus onde isso ( a descriminação ) acontece já estão restringindo as vendas apenas para os locais, pois habitantes de países vizinhos iam lá abastecer-se das drogas proibidas em sua pátria.
A geração dos anos 60, baseada em sexo , drogas e rock and roll,
parece ter deixado uma herança perversa para as gerações atuais.
A tal geração do sexo livre, do uso das drogas , deixou-nos a proliferação das drogas, a desculpa das novas gerações de que se meu pai, avô usou, usa, não há problemas.
Fica a questão, algum desses antigos usuários tem força moral para convencer seus filhos a seguir outro rumo?
Há aqueles que dizem que a maconha acalma e libera a sensibilidade artística...grandes nomes da música foram ou são usuários de drogas e arrastam uma multidão de fãs.
Não sei se a maconha tem esse feito, mas sei que nunca precisei dela para escrever uma única linha nem para atuar em um palco.
Enfim...muito há que se discutir sobre isso, eu , dentro do meu ponto de vista sou contra a descriminação da maconha ou de outras drogas. Mas cada um tem o seu pensar pra cada cabeça a sua sentença.
Hoje o mercado do tabaco investe pesado em campanhas e produtos que atraiam os mais jovens já que os mais velhos estão cessando com esse hábito.Hoje não é raro encontrar cigarros com vários sabores e coloridos.
Com as drogas a coisa não há de ser diferente.
O público alvo hão de ser realmente os jovens independente de sua classe social.
Pesquisas revelam que nossos filhos começam a beber cada vez mais cedo, estimulados mesmo pelos pais, alguns tem seu primeiro contato com o álcool por volta dos doze anos, Afinal, uam cachacinha , vinho ou cerveja não fazem mal...que o diga a saúde pública e/ou as estatísticas do trânsito.
Que o digam as milhares de famílias destruídas pelo àlcool.
Será que com a maconha será diferente?
Será que uma pai que "dá uns pegas" não levará seus filhos, desde a mais tenra idade pelo mesmo caminho?
Será que se um filho seu estiver em uma casa onde o uso de maconha é comum e não mais um crime, ele resistirá á "curiosidade" de conhecer seus efeitos?
O interessante é que me parece que estamos caminhando na contra mão da saúde, ou ao menos num grande paradoxo pois, afinal, os fumantes em todo o mundo tem seu "direito de fumar" cada vez mais restrito, mesmo áreas abertas como parques estão sendo alvos de lei contra esse hábito.
A maioria das pessoas aprova tais restrições em nome da saúde...alega-se que os não fumantes ficam expostos aos males do cigarro como fumantes passivos...o mesmo ocorre com a maconha, só que se dá o nome de "brisa" - fulano ficou chapado só na "brisa" ou seja, no meio do fumacê de quem consome. Qual a diferença ?
Enquanto isso se marcha a favor da maconha...vá lá entender a cabeça desse povo.
Contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com
ONU cita Lei Maria da Penha como pioneira na defesa da mulher - A Coragem de Dizer
Redação, com BBC
Um relatório sobre a situação das mulheres no mundo, divulgado nesta quarta-feira pela ONU, cita a Lei Maria da Penha, criada no Brasil para combater a violência doméstica, como uma das pioneiras no mundo na defesa dos direitos das mulheres.
A versão 2011/2012 do relatório Progresso das Mulheres no Mundo tem como foco o acesso da mulher à Justiça. O texto foi elaborado pela UN Women, entidade da ONU em favor da igualdade de gêneros e do fortalecimento da mulher.
Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha aumentou o rigor nas punições aplicadas em casos de violência doméstica. Ela impede, por exemplo, a aplicação de penas alternativas, além de possibilitar a prisão preventiva e a prisão em flagrante dos agressores.
A lei foi batizada a partir do caso da biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica depois de sofrer duas tentativas de assassinato por parte de seu marido, o economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros.
O colombiano foi preso somente em 2002, depois de vários anos de recursos na Justiça e de uma decisão do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, instando o governo brasileiro a tomar medidas em relação ao caso.
Após passar 16 meses na prisão, Heredia passou ao regime semiaberto. Em 2007, o colombiano ganhou liberdade condicional. Atualmente, Maria da Penha atua na defesa dos direitos das mulheres.
– Identificando falhas ou mudando leis que violam princípios constitucionais ou os direitos humanos, tais casos (como o de Maria da Penha) podem motivar ações governamentais para prover aos cidadãos, garantir direitos iguais das minorias ou acabar com a discriminação –, diz o relatório da ONU.
Delegacias da mulher
Além da Lei Maria da Penha, o relatório cita ainda a liderança do Brasil e da América Latina na criação de delegacias especiais para mulheres. O texto afirma que 13 países latinoamericanos e caribenhos possuem postos policiais especializados.
– O Brasil abriu a sua primeira delegacia da mulher em 1985, em São Paulo. Hoje existem 450 delegacias da mulher em todo o país. Elas ajudaram a aumentar a conscientização e levaram a uma alta nas denúncias de violência contra mulheres –, diz o texto.
O relatório apresenta uma série de recomendações para fazer com que a Justiça funcione com mais eficiência em favor das mulheres. Entre elas, está o maior apoio às organizações femininas, a adoção de cotas para mulheres nos parlamentos, aumentar o número de mulheres na força policial e implementar programas de reparação voltadas para o gênero.
Segundo a diretora-executiva da UN Women e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, milhões de mulheres ainda vivem uma realidade de distância em relação à Justiça, apesar das garantias de igualdade atualmente disseminadas pelo mundo.
– O relatório mostra que, onde as leis e os sistemas judiciários funcionam bem, eles podem prover um mecanismo essencial para que as mulheres tenham concretizados os seus direitos humanos –, afirma Bachelet no texto.
As mais acessadas do CdB
No Brasil, governo paga R$14 Milhões para cirurgias e internações...
Corinthians vence Vasco de virada e segue na liderança
Retrospecto: Corinthians x Vasco
Estudantes da UnB desmascaram a Veja
São Paulo perde para o Flamengo e cai para terceiro na tabela
Vida da prefeita Micarla de Souza será contada em longa metragem
Veja mente sobre Universidade de Brasília
Tombini prevê que inflação ficará no centro da meta em 2012
Estádio de Brasília deve abrir a Copa 2014
Corinthians vence Vasco de virada e se mantém na liderança isolad...
A Lei Maria da Penha aumentou o rigor nas punições aplicadas em casos de violência doméstica |
A versão 2011/2012 do relatório Progresso das Mulheres no Mundo tem como foco o acesso da mulher à Justiça. O texto foi elaborado pela UN Women, entidade da ONU em favor da igualdade de gêneros e do fortalecimento da mulher.
Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha aumentou o rigor nas punições aplicadas em casos de violência doméstica. Ela impede, por exemplo, a aplicação de penas alternativas, além de possibilitar a prisão preventiva e a prisão em flagrante dos agressores.
A lei foi batizada a partir do caso da biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica depois de sofrer duas tentativas de assassinato por parte de seu marido, o economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros.
O colombiano foi preso somente em 2002, depois de vários anos de recursos na Justiça e de uma decisão do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, instando o governo brasileiro a tomar medidas em relação ao caso.
Após passar 16 meses na prisão, Heredia passou ao regime semiaberto. Em 2007, o colombiano ganhou liberdade condicional. Atualmente, Maria da Penha atua na defesa dos direitos das mulheres.
– Identificando falhas ou mudando leis que violam princípios constitucionais ou os direitos humanos, tais casos (como o de Maria da Penha) podem motivar ações governamentais para prover aos cidadãos, garantir direitos iguais das minorias ou acabar com a discriminação –, diz o relatório da ONU.
Delegacias da mulher
Além da Lei Maria da Penha, o relatório cita ainda a liderança do Brasil e da América Latina na criação de delegacias especiais para mulheres. O texto afirma que 13 países latinoamericanos e caribenhos possuem postos policiais especializados.
– O Brasil abriu a sua primeira delegacia da mulher em 1985, em São Paulo. Hoje existem 450 delegacias da mulher em todo o país. Elas ajudaram a aumentar a conscientização e levaram a uma alta nas denúncias de violência contra mulheres –, diz o texto.
O relatório apresenta uma série de recomendações para fazer com que a Justiça funcione com mais eficiência em favor das mulheres. Entre elas, está o maior apoio às organizações femininas, a adoção de cotas para mulheres nos parlamentos, aumentar o número de mulheres na força policial e implementar programas de reparação voltadas para o gênero.
Segundo a diretora-executiva da UN Women e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, milhões de mulheres ainda vivem uma realidade de distância em relação à Justiça, apesar das garantias de igualdade atualmente disseminadas pelo mundo.
– O relatório mostra que, onde as leis e os sistemas judiciários funcionam bem, eles podem prover um mecanismo essencial para que as mulheres tenham concretizados os seus direitos humanos –, afirma Bachelet no texto.
As mais acessadas do CdB
No Brasil, governo paga R$14 Milhões para cirurgias e internações...
Corinthians vence Vasco de virada e segue na liderança
Retrospecto: Corinthians x Vasco
Estudantes da UnB desmascaram a Veja
São Paulo perde para o Flamengo e cai para terceiro na tabela
Vida da prefeita Micarla de Souza será contada em longa metragem
Veja mente sobre Universidade de Brasília
Tombini prevê que inflação ficará no centro da meta em 2012
Estádio de Brasília deve abrir a Copa 2014
Corinthians vence Vasco de virada e se mantém na liderança isolad...
No zoológico de Gramado, na Serra Gaúcha, os animais ganharam um aquecedor, que é ligado toda vez que a temperatura fica abaixo de 3ºC. Segundo veterinários, a maioria das espécies vive em temperaturas acima dos 10ºC. - Barbet
O frio que atinge as regiões Sul e Sudeste deve durar até quinta-feira (hoje), é o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), quando a massa polar começa a se deslocar para o oceano.
[Carta O BERRO] Reintegração de posse no Jardim Aeroporto gera confronto - Vanderley - Revista
Essa é a "California Brasileira" dos canaviais, dos ricos e doutro lado uma população marginal, favelada, sem-teto que é tratada na porrada, na violência.
Isso é Ribeirão Preto, uma parte do Brasil.
terça-feira, 5 de julho de 2011
ONU pede para Brasil acolher refugiados - Barbet
Rui Martins, de Genebra
O Alto Comissariado da ONU anunciou hoje a situação dos refugiados em todo o mundo. Inclusive os mais recentes que fogem da Líbia e aguardam países de acolha em situações precárias, na fronteira com a Tunísia e o Egito. Em Genebra, nosso correspondente entrevistou o coordenador principal do Acnur, que pediu para o Brasil dar refúgio aos que fogem da Líbia.
O Alto Comissariado da ONU anunciou hoje a situação dos refugiados em todo o mundo. Inclusive os mais recentes que fogem da Líbia e aguardam países de acolha em situações precárias, na fronteira com a Tunísia e o Egito. Em Genebra, nosso correspondente entrevistou o coordenador principal do Acnur, que pediu para o Brasil dar refúgio aos que fogem da Líbia.
Entra em vigor nova Lei da Prisão Preventiva - A Coragem de Dizer
A nova Lei da Prisão Preventiva deve resultar na liberação de milhares de presos que ainda não foram julgados |
A partir desta segunda-feira, pessoas que cometerem crimes leves – punidos com menos de quatro anos de prisão – e que nunca foram condenadas por outro delito só serão presas em último caso. É o que prevê a Lei nº 12.403/2011, que altera 32 artigos do Código de Processo Penal.
Agência Rio de Notícias - do Rio de Janeiro
GRÉCIA? ONDE? AINDA EXISTE? SUMIU NAS LETRINHAS MIÚDAS - Laerte Braga
Que eu saiba a Grécia existiu há milhares de anos atrás, nos legou uma história fantástica sob todos os aspectos e sumiu desde então. Uma espécie de Atlântida, o continente perdido? Não. O mais provável é que tenha sido uma experiência que o ser humano é viável. Ou, hipótese não descartável, algo como extraterrestres que por aqui aportaram e tentaram criar as bases de um processo de civilização no mínimo calcado na inteligência.
As tentativas de manter aquela Grécia terminaram quando Melina Mercouri morreu e levou consigo alguns excelentes diretores de cinema, outros tantos atores, deixando o arremedo de país, hoje dissolvido na melange chamada Comunidade Européia (base dos EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A que controla a Europa Ocidental).
O que teimam em chamar de Grécia, a despeito dos protestos populares, sumiu nas letrinhas miúdas dos contratos assinados para salvar os bancos de judeus alemães (sionistas) e outros acionistas minoritários.
Liquidação a perder de vista, prazos imensos para pagar o impagável, fim de direitos dos trabalhadores (as novas formas de escravidão do século XXI) e, lá nos adendos, no pé do contrato, o fascismo.
O governo da extinta Grécia, cumprindo as exigências do complexo terrorista que controla o mundo impediu a FLOTILHA DA PAZ de deixar os portos gregos.
Navios com militantes pela paz pretendiam chegar a Gaza submetida a um bloqueio desumano (é da natureza dos judeus/sionistas, não sabem o que é ser humano), levando alimentos, remédios e solidariedade. Entre os que estavam a bordo uma cidadã judia que perdeu os pais em campo de concentração nazista.
Os campos de concentração hoje são construídos por norte-americanos e israelenses.
Os métodos bárbaros e cruéis de execução se voltam contra palestinos e são postos em prática por norte-americanos e israelenses.
Matar palestino pode. Prender, torturar, estuprar mulheres palestinas, assassinar, isso pode. Saquear e roubar terras palestinas também pode, é prática corriqueira de judeus sionistas e conta com a cumplicidade dos países cristãos e democráticos em sua maioria, além da maioria da própria população de Israel, o que transforma não só os sionistas em criminosos contra a humanidade, mas também a imensa maioria dos judeus, principais acionistas dos Estados Unidos.
Controlam Wall Street e têm o poder final sobre as decisões da Casa Branca em Washington. A propósito, nos treze anos da filha do fantoche Obama, lógico, enviaram presentes. Devem ter escolhido algo significativo entre o que saqueiam do povo palestino.
Israel é uma invenção das grandes potências logo após o término da 2ª Grande Guerra com o intuito de monitorar o Canal de Suez (controlam as forças armadas que dizem ser egípcias, mas são venais como muitas em muitos países do mundo, as brasileiros por exemplo em 1964) e assegurar o petróleo para as empresas judeus/sionistas com parceria de norte-americanos, inclusive a família Bush.
Negócios, só negócios.
Eu, se fosse grego, neste momento iria começar a angariar assinaturas para mudança do nome do país em respeito à Grécia. Casa da Mãe Joana seria o mais adequado. Ou bordel preferido de banqueiros judeus/sionistas com apoio das forças da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – aquela que mata inocentes líbios em nome do petróleo nosso de cada dia e sob o pretexto da democracia.
Toda essa ação bárbara e terrorista encontra eco na mídia internacional e no Brasil tem o apoio de organizações venais como GLOBO, ou VEJA (condenada na Justiça por inventar histórias que agridem o povo muçulmano).
Os sofrimentos impostos ao povo palestino desde que suas terras foram roubadas por judeus/sionistas com a cumplicidade de judeus omissos, muitos cúmplices ativos, outros passivos, não tem paralelo na história contemporânea exceto na barbárie dos campos de concentração de Hitler.
Que por sinal não executava só judeus não. Mas comunistas, adversários do regime, homossexuais, ciganos, negros, povos considerados inferiores. O que chamam de Holocausto não é privilégio dos judeus.
Em Guantánamo mais de 70% dos presos – a revelação foi feita por jornais norte-americanos – acabaram sendo soltos. Eram inocentes. Foram presos, levados de suas casas e países e torturados segundo os ditames do ATO PATRIÓTICO de herr Bush, seguido à risca pelo garçom Obama.
Aspásia, mulher de Sócrates, adorou os bolinhos de Tia Nastácia, segundo Monteiro Lobato num dos seus livros infantis, me parece que O MINOTAURO (não vale dizer que é racismo colocar Tia Nastácia fritando bolinhos para Aspásia).
Nem Sócrates, nem Aspásia, nem Tia Nastácia, os povos africanos, a exemplo dos gregos, dos paquistaneses, dos iraquianos, dos líbios, os palestinos evidente, dos afegãos, dos colombianos, dos somalis (são chamados de piratas por seqüestrar navios que despejam lixo hospitalar e nuclear em seu litoral, em suas águas territoriais), existem mais como os concebíamos, ou como tenta fazer concebê-los a mídia a serviço do complexo terrorista EUA/ISRAEL S/A.
Aquela conversa que comunistas comiam criancinhas e matavam idosos, teve que ser trocada com o fim da União Soviética.
A realidade é diferente.
Esse, a seguir, é um dos rotineiros e diários casos que ocorrem no país dos insanos, os EUA. Christian Choate, de 13 anos, foi encontrado morto o mês passado. As cartas que deixou mostravam que vivia preso numa jaula de cachorro, era espancado e violentado por seu padrasto com o consentimento primeiro da mãe e depois da madrasta, além de ser o encarregado da limpeza da casa – momento em que era tirado da jaula.
Obama expressou sua “indignação” pelo fato. Não faz outra coisa o dia inteiro. Esses fatos repulsivos fazem parte da realidade do dia a dia do país.
A barbárie foi divulgada pelo Juizado de Menores do estado de Indiana. Christian morreu há três anos e só agora seu corpo foi descoberto. Várias denúncias foram feitas à época por pessoas que conheciam a realidade do menino. Nenhuma delas foi apurada pela Polícia.
Essa preocupação com criminosos nos EUA é só em filmes e séries para a tevê. Na prática não existe. No mundo dos negócios isso vira lucro e as empresas que produzem filmes e séries são controladas por judeus/sionistas.
Em si e por si os criminosos são os norte-americanos que controlam os “negócios”.
Imagino que arqueólogos do terceiro milênio, ao escavarem as ruínas desse nosso segundo milênio irão encontrar monumentos fantásticos. As sedes de bancos e os complexos militares espalhados pelo mundo na missão democrática de paz e liberdade.
Nada que possa ser comparado ao trabalho de Fídias.
E valas comuns onde a “manada” é despejada (até rima). Ficarão intrigados com o noticiário dos jornais de nossos tempos, os vídeos que sobrarem das tevês e gravações de rádios, relatando as maravilhas das bonecas chinesas capazes de várias posições e próximas do corpo real da mulher por compostos desenvolvidos com alta tecnologia que tornam o envoltório próximo do que é a pele humana.
Todos com celulares nos bolsos e as maravilhas da comunicação instantânea.
Nessa altura não haverá senão lenda sobre a Grécia, a antiga. A atual sumiu nas letrinhas miúdas dos contratos impostos por banqueiros judeus/sionistas através do governo alemão de Ângela Merkel (podia ser qualquer outro), versão da Alemanha colônia do complexo terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
E Charlton Heston esmurrando as ruínas do metrô de New York diante da boçalidade do capitalismo/ terrorista, como previsto no original de O PLANETA DOS MACACOS.
Diga-se de passagem que os macacos não têm nada a ver com isso. Nem de longe.
Com certeza haverá algum Cecil B de Mille para filmar O TEMPO DOS BOÇAIS.
Ah! Um detalhe, quem estiver interessado em PEQUENOS NEGÓCIOS & GRANDES EMPRESAS, o PCC – Primeiro Comando da Capital – concorrente de tucanos, etc, abriu o sistema de franquia no Estado de São Paulo e em todo o Brasil para a venda de drogas. Basta o ponto, o pagamento correto da licença, que além da droga, a “empresa” fornece assistência jurídica em caso de necessidade e proteção à família do franqueado que eventualmente venha a ser preso.
Breve deve disputar a presidência do esquema FIESP/DASLU.
Na alça de mira das letrinhas miúdas, depois da Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha. Vão assim até chegar aqui, é só questão de tempo.
E não sei como FHC vai fazer agora com o fim definitivo de qualquer resquício do Olimpo. Deve ascender aos céus no quadragésimo dia. E Dilma deve decretar feriado, já que agora, vai incumbir o ex-presidente de missões no exterior.
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento! O ser transgênico da MONSANTO em imensos desertos. Kátia Abreu vai liderar o exército de predadores. Nada de colunas de Fídias, ou templos, mas imensas plantações de eucalipto e gado pastando a floresta Amazônica, repleta de toras de madeira de lei à espera do embarque com as garantias governamentais devidas.
A consultoria é de Palocci, nossa versão de primeiro-ministro grego, ou da cúpula do PT.
As tentativas de manter aquela Grécia terminaram quando Melina Mercouri morreu e levou consigo alguns excelentes diretores de cinema, outros tantos atores, deixando o arremedo de país, hoje dissolvido na melange chamada Comunidade Européia (base dos EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A que controla a Europa Ocidental).
O que teimam em chamar de Grécia, a despeito dos protestos populares, sumiu nas letrinhas miúdas dos contratos assinados para salvar os bancos de judeus alemães (sionistas) e outros acionistas minoritários.
Liquidação a perder de vista, prazos imensos para pagar o impagável, fim de direitos dos trabalhadores (as novas formas de escravidão do século XXI) e, lá nos adendos, no pé do contrato, o fascismo.
O governo da extinta Grécia, cumprindo as exigências do complexo terrorista que controla o mundo impediu a FLOTILHA DA PAZ de deixar os portos gregos.
Navios com militantes pela paz pretendiam chegar a Gaza submetida a um bloqueio desumano (é da natureza dos judeus/sionistas, não sabem o que é ser humano), levando alimentos, remédios e solidariedade. Entre os que estavam a bordo uma cidadã judia que perdeu os pais em campo de concentração nazista.
Os campos de concentração hoje são construídos por norte-americanos e israelenses.
Os métodos bárbaros e cruéis de execução se voltam contra palestinos e são postos em prática por norte-americanos e israelenses.
Matar palestino pode. Prender, torturar, estuprar mulheres palestinas, assassinar, isso pode. Saquear e roubar terras palestinas também pode, é prática corriqueira de judeus sionistas e conta com a cumplicidade dos países cristãos e democráticos em sua maioria, além da maioria da própria população de Israel, o que transforma não só os sionistas em criminosos contra a humanidade, mas também a imensa maioria dos judeus, principais acionistas dos Estados Unidos.
Controlam Wall Street e têm o poder final sobre as decisões da Casa Branca em Washington. A propósito, nos treze anos da filha do fantoche Obama, lógico, enviaram presentes. Devem ter escolhido algo significativo entre o que saqueiam do povo palestino.
Israel é uma invenção das grandes potências logo após o término da 2ª Grande Guerra com o intuito de monitorar o Canal de Suez (controlam as forças armadas que dizem ser egípcias, mas são venais como muitas em muitos países do mundo, as brasileiros por exemplo em 1964) e assegurar o petróleo para as empresas judeus/sionistas com parceria de norte-americanos, inclusive a família Bush.
Negócios, só negócios.
Eu, se fosse grego, neste momento iria começar a angariar assinaturas para mudança do nome do país em respeito à Grécia. Casa da Mãe Joana seria o mais adequado. Ou bordel preferido de banqueiros judeus/sionistas com apoio das forças da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – aquela que mata inocentes líbios em nome do petróleo nosso de cada dia e sob o pretexto da democracia.
Toda essa ação bárbara e terrorista encontra eco na mídia internacional e no Brasil tem o apoio de organizações venais como GLOBO, ou VEJA (condenada na Justiça por inventar histórias que agridem o povo muçulmano).
Os sofrimentos impostos ao povo palestino desde que suas terras foram roubadas por judeus/sionistas com a cumplicidade de judeus omissos, muitos cúmplices ativos, outros passivos, não tem paralelo na história contemporânea exceto na barbárie dos campos de concentração de Hitler.
Que por sinal não executava só judeus não. Mas comunistas, adversários do regime, homossexuais, ciganos, negros, povos considerados inferiores. O que chamam de Holocausto não é privilégio dos judeus.
Em Guantánamo mais de 70% dos presos – a revelação foi feita por jornais norte-americanos – acabaram sendo soltos. Eram inocentes. Foram presos, levados de suas casas e países e torturados segundo os ditames do ATO PATRIÓTICO de herr Bush, seguido à risca pelo garçom Obama.
Aspásia, mulher de Sócrates, adorou os bolinhos de Tia Nastácia, segundo Monteiro Lobato num dos seus livros infantis, me parece que O MINOTAURO (não vale dizer que é racismo colocar Tia Nastácia fritando bolinhos para Aspásia).
Nem Sócrates, nem Aspásia, nem Tia Nastácia, os povos africanos, a exemplo dos gregos, dos paquistaneses, dos iraquianos, dos líbios, os palestinos evidente, dos afegãos, dos colombianos, dos somalis (são chamados de piratas por seqüestrar navios que despejam lixo hospitalar e nuclear em seu litoral, em suas águas territoriais), existem mais como os concebíamos, ou como tenta fazer concebê-los a mídia a serviço do complexo terrorista EUA/ISRAEL S/A.
Aquela conversa que comunistas comiam criancinhas e matavam idosos, teve que ser trocada com o fim da União Soviética.
A realidade é diferente.
Esse, a seguir, é um dos rotineiros e diários casos que ocorrem no país dos insanos, os EUA. Christian Choate, de 13 anos, foi encontrado morto o mês passado. As cartas que deixou mostravam que vivia preso numa jaula de cachorro, era espancado e violentado por seu padrasto com o consentimento primeiro da mãe e depois da madrasta, além de ser o encarregado da limpeza da casa – momento em que era tirado da jaula.
Obama expressou sua “indignação” pelo fato. Não faz outra coisa o dia inteiro. Esses fatos repulsivos fazem parte da realidade do dia a dia do país.
A barbárie foi divulgada pelo Juizado de Menores do estado de Indiana. Christian morreu há três anos e só agora seu corpo foi descoberto. Várias denúncias foram feitas à época por pessoas que conheciam a realidade do menino. Nenhuma delas foi apurada pela Polícia.
Essa preocupação com criminosos nos EUA é só em filmes e séries para a tevê. Na prática não existe. No mundo dos negócios isso vira lucro e as empresas que produzem filmes e séries são controladas por judeus/sionistas.
Em si e por si os criminosos são os norte-americanos que controlam os “negócios”.
Imagino que arqueólogos do terceiro milênio, ao escavarem as ruínas desse nosso segundo milênio irão encontrar monumentos fantásticos. As sedes de bancos e os complexos militares espalhados pelo mundo na missão democrática de paz e liberdade.
Nada que possa ser comparado ao trabalho de Fídias.
E valas comuns onde a “manada” é despejada (até rima). Ficarão intrigados com o noticiário dos jornais de nossos tempos, os vídeos que sobrarem das tevês e gravações de rádios, relatando as maravilhas das bonecas chinesas capazes de várias posições e próximas do corpo real da mulher por compostos desenvolvidos com alta tecnologia que tornam o envoltório próximo do que é a pele humana.
Todos com celulares nos bolsos e as maravilhas da comunicação instantânea.
Nessa altura não haverá senão lenda sobre a Grécia, a antiga. A atual sumiu nas letrinhas miúdas dos contratos impostos por banqueiros judeus/sionistas através do governo alemão de Ângela Merkel (podia ser qualquer outro), versão da Alemanha colônia do complexo terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
E Charlton Heston esmurrando as ruínas do metrô de New York diante da boçalidade do capitalismo/ terrorista, como previsto no original de O PLANETA DOS MACACOS.
Diga-se de passagem que os macacos não têm nada a ver com isso. Nem de longe.
Com certeza haverá algum Cecil B de Mille para filmar O TEMPO DOS BOÇAIS.
Ah! Um detalhe, quem estiver interessado em PEQUENOS NEGÓCIOS & GRANDES EMPRESAS, o PCC – Primeiro Comando da Capital – concorrente de tucanos, etc, abriu o sistema de franquia no Estado de São Paulo e em todo o Brasil para a venda de drogas. Basta o ponto, o pagamento correto da licença, que além da droga, a “empresa” fornece assistência jurídica em caso de necessidade e proteção à família do franqueado que eventualmente venha a ser preso.
Breve deve disputar a presidência do esquema FIESP/DASLU.
Na alça de mira das letrinhas miúdas, depois da Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha. Vão assim até chegar aqui, é só questão de tempo.
E não sei como FHC vai fazer agora com o fim definitivo de qualquer resquício do Olimpo. Deve ascender aos céus no quadragésimo dia. E Dilma deve decretar feriado, já que agora, vai incumbir o ex-presidente de missões no exterior.
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento! O ser transgênico da MONSANTO em imensos desertos. Kátia Abreu vai liderar o exército de predadores. Nada de colunas de Fídias, ou templos, mas imensas plantações de eucalipto e gado pastando a floresta Amazônica, repleta de toras de madeira de lei à espera do embarque com as garantias governamentais devidas.
A consultoria é de Palocci, nossa versão de primeiro-ministro grego, ou da cúpula do PT.
[Carta O BERRO] Os benefícios das nozes - Vanderley - Revista
Elas são tão poderosas que a ingestão diária dessas 'cápsulas de saúde', mesmo em pequenas quantidades, pode evitar - acredite! - até 65% o risco de doenças do coração. Isso porque reduzem as taxas de colesterol e a formação de coágulos no sangue, além de ter ação antiinflamatória. Os responsáveis por esses benefícios são os ácidos graxos essenciais, principalmente o linolênico e o linoléico. Mais: contêm fósforo e potássio e pouco sódio, o que fortalece o músculo cardíaco.
Os chineses sempre souberam das vantagens desse alimento. Como a nogueira é originária da Ásia, não é de se estranhar que um milenar ditado da região recomende comer uma noz ao dia para beneficiar o coração.
Por serem ricas em antioxidantes, especialmente vitamina E e selênio, as nozes funcionam ainda como agentes de prevenção do câncer. E a mesma vitamina é importante para estimular a fertilidade masculina. Por outro lado, seus compostos chamados fitoestrogênios - aqueles encontrados também na soja - reduzem os problemas relacionados à menopausa. Além disso, o fruto é rico em cálcio, fundamental para a saúde de ossos e dentes.
Quem fuma ou vive em cidades poluídas encontra no alimento um grande aliado. Os antioxidantes presentes nas nozes melhoram a resistência pulmonar e reduzem os danos das toxinas inaladas. Essas substâncias aumentam ainda as defesas contra doenças, segundo pesquisa feita na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
E não acabou: ela é um dos itens com maior teor de vitamina B6. Só o gérmen de trigo e peixes como a sardinha ou o salmão, ganham da noz nesse quesito. Essa vitamina atua no bom funcionamento do cérebro e na produção de glóbulos vermelhos.
Mas ela engorda? Só para quem exagera no consumo. Para ter todos os benefícios, basta comer cinco nozes (28 gramas) ao longo do dia. Isso equivale a 193 calorias, o que é igual a duas barras de cereais.
Você pode saboreá-las no café da manhã, com cereais e frutas ou batidas com leite; no almoço ou jantar, picadas na salada verde, sobre risotos, massas e molhos. No lanche, experimente misturá- las a frutas secas. É difícil encontrar outro alimento tão versátil!
Prefira as nozes descascadas na hora e com sabor adocicado. As moídas antes perdem mais rápido seus nutrientes. Se o sabor for amargo, elas estão oxidadas e não devem ser consumidas
Fonte: Revista Viva Saúde..
25 grs / 162.90 Calorias
NUTRIENTES qUANT. DDR (%) dENSIDADE DO NUTRIENTE
CLASS.
Ácidos gordos (omega 3) 2.27 g 94.6 10.4 excelente
manganÉsio 0.85 mg 42.5 4.7 muito bom
cobre 0.40 mg 20.0 2.2 bom
triptofanos 0.05 g 15.6 1.7 bom
Benefícios para a Saúde
● Afecções Cardíacas
● Colesterol
● Arteriosclerose
● Insuficiência Cardíaca
Angina de Peito
Afecções do Sistema Nervoso
Transtornos Sexuais e Esterilidade
Diabetes
Aumento da Necessidade de Nutrientes (desportistas, estudantes, etc)
[Carta O BERRO] A HISTÓRIA ENSINADA ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DOS COLÉGIOS MILITARES - Vanderley - Revista
Apesar de um pouco longa, vale a pena ler com atenção ...
Por que não iniciar uma campanha das entidades para a revogação deste artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional?
M.Politi
A HISTÓRIA ENSINADA ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DOS COLÉGIOS MILITARES
29/06/2011
Introdução
Em 13 de junho de 2010, a jornalista Ana Pinho trouxe à tona, em reportagem da Folha de São Paulo, mais um problema envolvendo política, memória e ensino de História: o livro didático adotado pelos Colégios Militares traz uma versão antidemocrática sobre a ditadura militar brasileira. O material que orienta o ensino de história de filhos de militares do exército e outros alunos admitidos por concurso é produzido pela Bibliex - Biblioteca do Exército - e vendido aos estudantes. Trata-se da obra "História do Brasil: Império e República", de Aldo Fernandes, Maurício Soares e Neide Annarumma, que integra a Coleção Marechal Trompowsky. [1] A primeira edição é de 2001 e a que temos em mãos é a quarta, revisada, de 2005. Na obra, afirma-se que o 31 de Março de 1964 foi uma revolução democrática, reagindo às orquestrações do Partido Comunista, e também para moralizar a administração pública, e, portanto não se configuraria como um golpe contra um governo democraticamente eleito. O fechamento do regime é explicado como intransigência da oposição emedebista. As torturas e assassinatos cometidos por setores das Forças Armadas no período não são mencionados.
A matéria suscitou posições contrárias ao uso da obra, publicadas no próprio jornal, tanto de leitores quanto de articulistas da Folha de São Paulo, como Hélio Schartzman e Melchiades Filho. O assunto foi debatido na lista de discussão do Grupo de Trabalho de Ensino de História da ANPUH. Em 05 de Agosto de 2010, a Associação Nacional de História (ANPUH) enviou carta ao Ministério da Educação, Ministério da Defesa e Casa Civil da Presidência da República, manifestando preocupação diante do fato de que o ensino de história nos Colégios Militares legitima o golpe de 1964, com evidente desconsideração das mais básicas evidências factuais e da historiografia que se constituiu sobre o período. A carta apelou também para o significado profundo do ensino e da aprendizagem nos moldes apresentados pelo material didático dos Colégios Militares:
"O ensino da História é partícipe direto da produção de subjetividades, da formação de consciências, de formas de ver e interpretar o mundo, ele participa diretamente da formação ética e política do sujeito e do cidadão, por isso é de suma importância a avaliação de que versões do passado estão sendo ensinadas. Que subjetividades, que tipo de consciência, que visões de mundo podem estar sendo formadas por uma versão da história que justifica e legitima um golpe contra as instituições ainda em nome de uma pretensa defesa da democracia e da civilização ocidental e cristã, que cidadãos estão sendo formados por uma literatura que justifica, legitima e esconde o arbítrio, a tortura e a violência. Estes livros são no mínimo um duvidoso exemplo de comportamento ético."
Por fim, de todas as cartas enviadas, apenas da do Ministério da Educação obteve resposta, por parte da Coordenação Geral de Materiais Didáticos, vinculada à Secretaria de Educação Básica do Ministério. Na correspondência, a coordenadora geral limita-se a citar o artigo 3º. da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que menciona os princípios gerais do ensino (entre eles, "liberdade de aprender, ensinar, pesquisa e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber"; "pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas" e "respeito à liberdade e apreço à tolerância") e o artigo 83, que regula o ensino militar, dando-lhe a autonomia de uma lei específica.
A resposta da COGEAM, se considerada em suas consequências, coloca em xeque a função de regulação do Estado, bem como de orientação temporal da historiografia. Se todos os discursos sobre a história forem igualmente válidos, então todo discurso sobre a história seria igualmente merecedor de crédito diante de seu grupo de interesse, e de tolerância do Estado, sem limites. E ignoraríamos o acúmulo e os avanços qualitativos do conhecimento histórico acadêmico, desenvolvido pelos profissionais de História. Entretanto, para além de qualquer exercício de relativismo histórico oportunista, os limites dos discursos sobre a História são postos pelo texto constitucional, a partir da definição dos crimes. Por exemplo, o MEC tem o dever agir contra uma escola ou conjunto de escolas que professe alguma superioridade ou inferioridade racial, uma vez que isso constitui a base para que alguém incorra no crime previsto no art. 5º., inciso XLII "a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão." E o que dizer de um conjunto de escolas que legitime, justifique ou se omita quanto ao que está disposto no mesmo artigo 5º, inciso XLIII, que considera crimes inafiançáveis e não anistiáveis a "prática da tortura", ou ainda no inciso XLIV "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático." ? É evidente que os valores democráticos que embasam a sociedade brasileira não são compatíveis com os valores que embasam a obra didática em discussão, e que expressam uma determinada linha de pensamento de parte da corporação militar quanto à história recente. [2]
Por sua vez, os limites postos pela responsabilidade social da pesquisa histórica estão nas afirmações que são possíveis sobre a história, considerado o estado atual do conhecimento. O estado atual do conhecimento histórico, por sua vez, tem sido uma das principais balizas com as quais o Estado brasileiro, por meio do Programa Nacional do Livro Didático, tem avaliado a qualidade do material que distribui para as escolas públicas nacionais. O que está em tela, portanto, é a coerência de princípios para os materiais didáticos de história que são avalizados pelo Estado para todos os alunos de escolas públicas, independente do subsistema ou órgão ao qual se vinculam.
A seleção dentro da LDB, feita pela coordenadora da COGEAM em sua resposta à entidade, quer lembrar à ANPUH determinados princípios, com isso sugerindo que os mesmos não estariam sendo observados no pedido feito pela entidade. Do mesmo modo que selecionou aqueles artigos, poderia ter selecionado o artigo 4º. e seu inciso IX, que reza que o dever do Estado com a educação pública será efetivado através da garantia de "padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem." É esse ponto que deve ser considerado, pois não se trata de uma questão de diferenças ideológicas que mereceriam tolerâncias, mas sim uma questão de defesa dos princípios fundamentais do Estado democrático de direito, como vimos acima, bem como de uma questão de garantia da qualidade do ensino.
Uma análise do volume de História do Brasil: Império e República
O melhor parâmetro de qualidade que dispomos para ser usado em uma avaliação de livro didático são os critérios do PNLD. Isso porque se trata de um programa que seleciona seus avaliadores entre os melhores pesquisadores e professores nos diversos campos da história e do ensino de história. Esse pessoal estuda e redefine continuamente uma ficha de itens que reflete o estado atual das demandas e exigências não só do campo da História, como da Educação e da própria sociedade, consolidada na legislação vigente.
O livro "História do Brasil: Império e República" seria aprovado no Programa Nacional do Livro Didático? A resposta é negativa. Em outros termos, os alunos dos Colégios Militares estão sendo privados do acesso à aprendizagem nos parâmetros contemporâneos de qualidade exigidos pelo Ministério da Educação dos livros didáticos das editoras privadas. A demonstração disso pode ser feita através da submissão do livro didático a alguns itens centrais da ficha de avaliação do PNLD, disponível na internet [3]. Evidentemente, essa análise é parcial porque se trabalha apenas com o livro do aluno e o caderno de exercícios (que é consumível, avesso às regras do PNLD), já que não tivemos acesso ainda ao manual do professor e ao primeiro volume da coleção, que trata da América Portuguesa.
Como não tivemos acesso ao manual do professor, não é possível avaliar o livro no que se refere a esse quesito. No sítio de internet da editora responsável, a Biblioteca do Exército, não há manual do professor à venda para esta obra, o que leva a crer que o mesmo é dispensado. Não há, portanto, nenhuma concepção pedagógica ou historiográfica que seja explicitada pelos autores. No entanto, é possível notar alguns traços orientadores. A forma predominante de relação proposta entre os alunos e o conhecimento histórico é a de memorização, uma vez que o conteúdo é exposto de modo declaratório e prescritivo. Isso é confirmado no caderno de atividades, em volume separado, constituído por exercícios em que, na maior parte das vezes, o conteúdo do manual deve ser repetido nas respostas dos alunos.
A vasta maioria dos exercícios é recolhida dos exames dos próprios colégios militares brasileiros. Essa opção cria uma situação de aprendizagem que é desfavorável ao pensamento crítico e ao raciocínio histórico, pois os fatos e processos são expostos na condição de verdades sintéticas e não questionáveis. O aluno não terá acesso à noção de que o conhecimento histórico é construído, dotado de historicidade, relacionado a um contexto, e assim por diante. As poucas fontes primárias que são compiladas para a obra não servem para demonstrar a característica histórica do próprio conhecimento histórico. Pelo contrário, funcionam como ilustrações não-problematizadas do texto básico, ou fontes de autoridade para o mesmo. É o caso das diversas citações lapidares de Caxias na parte referente ao Brasil imperial.
Adicionalmente, sobre a estrutura da obra, cumpre indicar que sua linha central é a descrição de acontecimentos da história política tradicional. Esta opção é tão marcada que os acontecimentos e processos que não são classificados na esfera política são tratados em partes separadas do texto, que abordam, também isoladamente, a cultura, a economia e as relações sociais. Assim isoladas as esferas da experiência humana, não se facilita a compreensão de que elas são inter-relacionadas e se influenciam mutuamente; os acontecimentos parecem brotar do acaso, e não da intricada relação entre economia, política, cultura e sociedade.
Uma concepção de conhecimento em que predomina a cronologia, a linearidade e os fatos de ordem política, com espaço limitado e subordinado para os outros campos da vida humana. Para essa configuração historiográfica, a categoria "tradicional" se aplica. No que se refere à atualização historiográfica, a obra se ressente da incorporação de bibliografia recente. Para termos uma ideia disso, basta dizer que as obras referenciadas na bibliografia têm uma idade média de 28 anos entre a edição consultada e 2005, que é o ano da edição do presente livro didático. Além disso, estão ausentes as obras que marcaram a historiografia brasileira nos últimos 20 anos, e que se pronunciam sobre os assuntos enfocados na obra.
Pedagogicamente, as concepções que se pode deduzir a partir do estudo do livro dos alunos indicam, em primeiro lugar, uma patente carência de problematização e reconstrução de saberes. O conjunto do livro do aluno e do caderno de atividades indica uma pobreza profunda de capacidades cognitivas envolvidas. A demanda cognitiva central é memorizar, acompanhada por identificar, relacionar e diferenciar, correlatas àquela. Demandas mais sofisticadas, como argumentar, comparar, criticar, analisar, sintetizar, não estão presentes de modo significativo.
A análise do item "Correção e atualização de conceitos, informações e procedimentos pertinentes ao campo da história" pode ser iniciada com uma discussão sobre a estratégia de tratamento dos conteúdos históricos. Como a concepção é de uma exposição linear e enciclopédica da sequência de conteúdos que compõe o modelo tradicional de história nacional, o problema que se colocou para os autores é de fazer caber tantos assuntos numa obra para alunos do Ensino Fundamental 2. A solução foi resumir ao máximo determinados temas, mas essa tática acaba levando a problemas de compreensão, pois faltam informações mínimas para atribuir significado ao que é narrado. Pode-se perceber que a obra é prejudicada por uma tática de resumos para explicar fatos e processos de uma lista tradicional de conteúdos, com o que se perde a clareza em diversos pontos. Como exemplo de uma prática constante ao longo do livro, podemos citar a comparação entre o pós-independência no Brasil e nos demais países da América do Sul:
"Na América Latina, as circunstâncias impostas pelo processo histórico quiseram que os sonhos dos grandes libertadores - José Bonifácio de Andrada e Silva, San Martin e Simon Bolívar - se cumprissem segundo o modelo colonizador e a vocação história de suas metrópoles ibéricas, Portugal e Espanha. No entanto, os rumos tomados não confirmaram os anseios de Simon Bolívar, que viu o desmoronar de sua obra, quando o jugo imperial da Espanha foi substituído pelo mando dos "novos déspotas", os caudilhos." (p. 58, grifo no original)
Para compreender esse trecho, falta ao leitor saber:
a) quais foram as "circunstâncias impostas pelo processo histórico"
b) quais eram os "sonhos dos grandes libertadores" (que são colocados como equivalentes, apesar das diferenças expressivas, sobretudo entre José Bonifácio e os libertadores hispano-americanos)
c) qual era o "o modelo colonizador e a vocação história de suas metrópoles ibéricas" e como se articulavam com os ideais independentistas.
Na página 189, reconhece-se que a cassação do Partido Comunista Brasileiro em 1947 respondeu a um contexto de Guerra Fria, relativizando a alegação jurídica de que o partido teria sido extinto por ser autoritário. Entretanto, em nenhum outro momento o aluno é informado sobre o que vem a ser essa expressão.
Esta falta de clareza devido à economia excessiva de detalhes (que por sua vez se deve à opção de dar conta de um amplo panorama tradicional de acontecimentos) espalha-se pela obra, tornando inviável a compreensão dos processos históricos. Muitos, incompreensíveis, somam-se à massa de dados que cumpre ao aluno memorizar, sem atribuir significado ou interpretar, ações que ficam em plano secundário.
Além disso, são comuns as excessivas simplificações explicativas e a redução das causas a uma única, não raro de caráter eventual. É o que ocorre, por exemplo, na explicação da renúncia do regente Feijó: ela teria se dado porque o regente não conseguiu organizar um partido para apoiá-lo (p. 19).
Na obra verificam-se diversos juízos de valor, sem argumentação que os sustente ou espaço para visões contrárias. Por exemplo, na p. 19, abaixo de uma definição de pátria por Olavo Bilac ("a paridade dos gostos e costumes, comunidade de línguas, coesão de leis, identidade de condições físicas e morais, com participação nas mesmas lembranças e nas mesmas esperanças), há a frase solta dos autores: "Durante a Primeira República isso nem sempre ocorreu". Como essa ressalva é feita apenas para a Primeira República, transmite-se a impressão de que em outros momentos aquela noção de pátria teria encontrado pleno acolhimento na realidade nacional.
Como não poderia deixar de ser, a explicação sobre o Golpe de 1964 e a ditadura militar é a maior expressão das características negativas da obra, e não por acaso o trecho que mais chamou a atenção de jornalistas e articulistas pelo seu conteúdo. Queremos demonstrar que o problema não está na opção política da obra, que deveria em tese ser tolerada, mas no fato de que essa opção política conduz a um ensino de história que não somente é de baixa qualidade, mas que beira as raias da desonestidade intelectual para manter uma versão conservadora dos acontecimentos. Omissão de informações, desconhecimento dos estudos acadêmicos aprofundados sobre o assunto, distorção de acontecimentos e processos e explicação por meio dos discursos políticos dos vencedores à época são consequências da estratégia estabelecida.
O primeiro elemento a ser considerado é o nome dado ao movimento, na página 199 Ao assumir a expressão "Revolução de 1964", a obra adere ao discurso político da época, em vez de referir-se aos estudos históricos e sociológicos que são considerados hoje o estado atual do conhecimento científico sobre o assunto. Para esses estudos, o movimento de derrubada do presidente João Goulart e a instauração de um novo governo em 1964 não constituem uma revolução, mas um golpe de estado. Sob o subtítulo "Revolução de 1964" ficam subsumidos os mandatos dos presidentes Jânio e Jango, estabelecendo uma estranha periodização em que os últimos governos do período democrático de 1945 a 1964 gravitam em torno do golpe.
A narrativa está envolvida em um tom que lembra teorias da conspiração. Exatamente no momento em que a esquerda começa a se fragmentar, os autores descrevem que ocorria uma orquestração revolucionária por obra do Partido Comunista. Entretanto, a linha do PCB nesses anos era de apoio crítico ao desenvolvimento econômico e a aliança com o que se chamava de "burguesia nacional". Em parte por conta dessa opção, em 1961 o PCB perdeu militantes para a organização de esquerda "POLOP", e em 1962 cindiu-se entre PCB e PCdoB. Deste modo é claro que a "orquestração comunista subversiva" corresponde ao discurso político da época, que precisava do fantasma comunista para justificar a quebra da ordem democrática, e não a uma análise fundamentada. Esse sujeito oculto chega a ser nominado como "comando subversivo", na p. 200, como se existisse uma coordenação mutuamente aceita entre os diversos grupos de esquerda, o que não era real. Ao mesmo tempo, se oculta a estruturação do golpe por meio do complexo IPES/ IBAD, fartamente documentada e discutida, por exemplo, pela obra já clássica de Richard Dreifuss, "1964: a conquista do Estado", que funcionava como um estruturador de classes sociais dominantes, interesses estrangeiros e lideranças militares em torno de um novo projeto econômico e social que pudesse superar o desenvolvimentismo e o crescimento do poder de negociação das classes trabalhadoras através de seus sindicatos e movimentos. Na mesma página, são claros os juízos de valor na seleção da ilustração única, que é da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, e da descrição da mesma como "um espetáculo comovente".
A parcialidade continua ao descrever a greve dos marinheiros como indisciplina militar, epíteto do qual foram poupados, por exemplo, as revoltas militares tenentistas da década de 1920. O mau hábito do resumo excessivo complica a descrição do período ao afirmar que "uma inusitada reunião política nas dependências do Automóvel Clube do Brasil" agredia nação e significava uma manifestação de indisciplina. Sem a informação de quem participou da reunião e de qual era seu assunto, ao aluno só cabe crer na descrição.
Descreve-se o golpe como o resultado da ação de lideranças democráticas, civis e militares, "grupos moderados e respeitadores da lei e da ordem". Para além a dúvida sobre como um grupo de respeitadores da lei depõe um presidente legitimamente eleito e referendado também por um plebiscito, trata-se de uma descrição incompleta, pois não dá conta do conjunto de interesses e classes mobilizadas para o golpe, reduzindo-o a um movimento de poucos líderes militares apoiados de perto por alguns civis e de longe pela massa.
Também se descreve o regime de forma lacunar, tanto em suas motivações declaradas (combater a corrupção e a comunização e reorganizar a administração do país) quanto nas consequências efetivas de suas realizações. Por exemplo, o milagre econômico é explicado de modo desvinculado da carestia dos anos 70 e da crise econômica do início dos anos 80, embora sejam processos relacionados. A lacuna mais expressiva, entretanto, é o ciclo de violação dos direitos humanos, tortura, assassinato e desaparecimento de opositores políticos e seus familiares, realizados por setores das forças armadas e associados, ao arrepio inclusive das leis militares. Esse quadro, que seria impossível sem a suspensão de direitos em função do AI-5, é omitido. Omite-se que o recrudescimento da repressão militar chegou mesmo a ameaçar a autoridade do presidente Ernesto Geisel, que se viu na contingência de exonerar o Comandante do 2º Exército, general D'Ávila Mello por ter permitido as mortes de Manuel Fiel Filho e Vladimir Herzog, este nas dependências do exército em São Paulo. Também o tragicamente frustrado atentado terrorista do Riocentro, que estava sendo preparado por militares do exército, é omitido.
Com tantas omissões, fica possível para o aluno entender que a Anistia também se referia ao perdão dos crimes cometidos por membros das forças armadas e seus associados na repressão aos opositores da ditadura. De um modo geral, todos os atos antidemocráticos da ditadura são explicados como reações à intransigência dos opositores, explicação que nem serve ao caso, pois transigência é possível num estado de relativa simetria entre as forças opostas, o que não está dado em uma ditadura.
[1] O livro é adotado no sistema de escolas militares sob responsabilidade do Exército Brasileiro, através de sua Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial. http://www.depa.ensino.eb.br/pag_projetocmbhistoria.htm.
[2] A ANPUH respondeu a esta carta da COGEAM lamentando e manifestando sua decepção com a postura de indiferença manifestada.
[3] Disponível em http://www.fnde.gov.br/index.php/ph-arquivos/category/12-guias-pnld-2011?download=40%3Apnld2011historia.
Por que não iniciar uma campanha das entidades para a revogação deste artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional?
M.Politi
A HISTÓRIA ENSINADA ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DOS COLÉGIOS MILITARES
29/06/2011
Introdução
Em 13 de junho de 2010, a jornalista Ana Pinho trouxe à tona, em reportagem da Folha de São Paulo, mais um problema envolvendo política, memória e ensino de História: o livro didático adotado pelos Colégios Militares traz uma versão antidemocrática sobre a ditadura militar brasileira. O material que orienta o ensino de história de filhos de militares do exército e outros alunos admitidos por concurso é produzido pela Bibliex - Biblioteca do Exército - e vendido aos estudantes. Trata-se da obra "História do Brasil: Império e República", de Aldo Fernandes, Maurício Soares e Neide Annarumma, que integra a Coleção Marechal Trompowsky. [1] A primeira edição é de 2001 e a que temos em mãos é a quarta, revisada, de 2005. Na obra, afirma-se que o 31 de Março de 1964 foi uma revolução democrática, reagindo às orquestrações do Partido Comunista, e também para moralizar a administração pública, e, portanto não se configuraria como um golpe contra um governo democraticamente eleito. O fechamento do regime é explicado como intransigência da oposição emedebista. As torturas e assassinatos cometidos por setores das Forças Armadas no período não são mencionados.
A matéria suscitou posições contrárias ao uso da obra, publicadas no próprio jornal, tanto de leitores quanto de articulistas da Folha de São Paulo, como Hélio Schartzman e Melchiades Filho. O assunto foi debatido na lista de discussão do Grupo de Trabalho de Ensino de História da ANPUH. Em 05 de Agosto de 2010, a Associação Nacional de História (ANPUH) enviou carta ao Ministério da Educação, Ministério da Defesa e Casa Civil da Presidência da República, manifestando preocupação diante do fato de que o ensino de história nos Colégios Militares legitima o golpe de 1964, com evidente desconsideração das mais básicas evidências factuais e da historiografia que se constituiu sobre o período. A carta apelou também para o significado profundo do ensino e da aprendizagem nos moldes apresentados pelo material didático dos Colégios Militares:
"O ensino da História é partícipe direto da produção de subjetividades, da formação de consciências, de formas de ver e interpretar o mundo, ele participa diretamente da formação ética e política do sujeito e do cidadão, por isso é de suma importância a avaliação de que versões do passado estão sendo ensinadas. Que subjetividades, que tipo de consciência, que visões de mundo podem estar sendo formadas por uma versão da história que justifica e legitima um golpe contra as instituições ainda em nome de uma pretensa defesa da democracia e da civilização ocidental e cristã, que cidadãos estão sendo formados por uma literatura que justifica, legitima e esconde o arbítrio, a tortura e a violência. Estes livros são no mínimo um duvidoso exemplo de comportamento ético."
Por fim, de todas as cartas enviadas, apenas da do Ministério da Educação obteve resposta, por parte da Coordenação Geral de Materiais Didáticos, vinculada à Secretaria de Educação Básica do Ministério. Na correspondência, a coordenadora geral limita-se a citar o artigo 3º. da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que menciona os princípios gerais do ensino (entre eles, "liberdade de aprender, ensinar, pesquisa e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber"; "pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas" e "respeito à liberdade e apreço à tolerância") e o artigo 83, que regula o ensino militar, dando-lhe a autonomia de uma lei específica.
A resposta da COGEAM, se considerada em suas consequências, coloca em xeque a função de regulação do Estado, bem como de orientação temporal da historiografia. Se todos os discursos sobre a história forem igualmente válidos, então todo discurso sobre a história seria igualmente merecedor de crédito diante de seu grupo de interesse, e de tolerância do Estado, sem limites. E ignoraríamos o acúmulo e os avanços qualitativos do conhecimento histórico acadêmico, desenvolvido pelos profissionais de História. Entretanto, para além de qualquer exercício de relativismo histórico oportunista, os limites dos discursos sobre a História são postos pelo texto constitucional, a partir da definição dos crimes. Por exemplo, o MEC tem o dever agir contra uma escola ou conjunto de escolas que professe alguma superioridade ou inferioridade racial, uma vez que isso constitui a base para que alguém incorra no crime previsto no art. 5º., inciso XLII "a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão." E o que dizer de um conjunto de escolas que legitime, justifique ou se omita quanto ao que está disposto no mesmo artigo 5º, inciso XLIII, que considera crimes inafiançáveis e não anistiáveis a "prática da tortura", ou ainda no inciso XLIV "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático." ? É evidente que os valores democráticos que embasam a sociedade brasileira não são compatíveis com os valores que embasam a obra didática em discussão, e que expressam uma determinada linha de pensamento de parte da corporação militar quanto à história recente. [2]
Por sua vez, os limites postos pela responsabilidade social da pesquisa histórica estão nas afirmações que são possíveis sobre a história, considerado o estado atual do conhecimento. O estado atual do conhecimento histórico, por sua vez, tem sido uma das principais balizas com as quais o Estado brasileiro, por meio do Programa Nacional do Livro Didático, tem avaliado a qualidade do material que distribui para as escolas públicas nacionais. O que está em tela, portanto, é a coerência de princípios para os materiais didáticos de história que são avalizados pelo Estado para todos os alunos de escolas públicas, independente do subsistema ou órgão ao qual se vinculam.
A seleção dentro da LDB, feita pela coordenadora da COGEAM em sua resposta à entidade, quer lembrar à ANPUH determinados princípios, com isso sugerindo que os mesmos não estariam sendo observados no pedido feito pela entidade. Do mesmo modo que selecionou aqueles artigos, poderia ter selecionado o artigo 4º. e seu inciso IX, que reza que o dever do Estado com a educação pública será efetivado através da garantia de "padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem." É esse ponto que deve ser considerado, pois não se trata de uma questão de diferenças ideológicas que mereceriam tolerâncias, mas sim uma questão de defesa dos princípios fundamentais do Estado democrático de direito, como vimos acima, bem como de uma questão de garantia da qualidade do ensino.
Uma análise do volume de História do Brasil: Império e República
O melhor parâmetro de qualidade que dispomos para ser usado em uma avaliação de livro didático são os critérios do PNLD. Isso porque se trata de um programa que seleciona seus avaliadores entre os melhores pesquisadores e professores nos diversos campos da história e do ensino de história. Esse pessoal estuda e redefine continuamente uma ficha de itens que reflete o estado atual das demandas e exigências não só do campo da História, como da Educação e da própria sociedade, consolidada na legislação vigente.
O livro "História do Brasil: Império e República" seria aprovado no Programa Nacional do Livro Didático? A resposta é negativa. Em outros termos, os alunos dos Colégios Militares estão sendo privados do acesso à aprendizagem nos parâmetros contemporâneos de qualidade exigidos pelo Ministério da Educação dos livros didáticos das editoras privadas. A demonstração disso pode ser feita através da submissão do livro didático a alguns itens centrais da ficha de avaliação do PNLD, disponível na internet [3]. Evidentemente, essa análise é parcial porque se trabalha apenas com o livro do aluno e o caderno de exercícios (que é consumível, avesso às regras do PNLD), já que não tivemos acesso ainda ao manual do professor e ao primeiro volume da coleção, que trata da América Portuguesa.
Como não tivemos acesso ao manual do professor, não é possível avaliar o livro no que se refere a esse quesito. No sítio de internet da editora responsável, a Biblioteca do Exército, não há manual do professor à venda para esta obra, o que leva a crer que o mesmo é dispensado. Não há, portanto, nenhuma concepção pedagógica ou historiográfica que seja explicitada pelos autores. No entanto, é possível notar alguns traços orientadores. A forma predominante de relação proposta entre os alunos e o conhecimento histórico é a de memorização, uma vez que o conteúdo é exposto de modo declaratório e prescritivo. Isso é confirmado no caderno de atividades, em volume separado, constituído por exercícios em que, na maior parte das vezes, o conteúdo do manual deve ser repetido nas respostas dos alunos.
A vasta maioria dos exercícios é recolhida dos exames dos próprios colégios militares brasileiros. Essa opção cria uma situação de aprendizagem que é desfavorável ao pensamento crítico e ao raciocínio histórico, pois os fatos e processos são expostos na condição de verdades sintéticas e não questionáveis. O aluno não terá acesso à noção de que o conhecimento histórico é construído, dotado de historicidade, relacionado a um contexto, e assim por diante. As poucas fontes primárias que são compiladas para a obra não servem para demonstrar a característica histórica do próprio conhecimento histórico. Pelo contrário, funcionam como ilustrações não-problematizadas do texto básico, ou fontes de autoridade para o mesmo. É o caso das diversas citações lapidares de Caxias na parte referente ao Brasil imperial.
Adicionalmente, sobre a estrutura da obra, cumpre indicar que sua linha central é a descrição de acontecimentos da história política tradicional. Esta opção é tão marcada que os acontecimentos e processos que não são classificados na esfera política são tratados em partes separadas do texto, que abordam, também isoladamente, a cultura, a economia e as relações sociais. Assim isoladas as esferas da experiência humana, não se facilita a compreensão de que elas são inter-relacionadas e se influenciam mutuamente; os acontecimentos parecem brotar do acaso, e não da intricada relação entre economia, política, cultura e sociedade.
Uma concepção de conhecimento em que predomina a cronologia, a linearidade e os fatos de ordem política, com espaço limitado e subordinado para os outros campos da vida humana. Para essa configuração historiográfica, a categoria "tradicional" se aplica. No que se refere à atualização historiográfica, a obra se ressente da incorporação de bibliografia recente. Para termos uma ideia disso, basta dizer que as obras referenciadas na bibliografia têm uma idade média de 28 anos entre a edição consultada e 2005, que é o ano da edição do presente livro didático. Além disso, estão ausentes as obras que marcaram a historiografia brasileira nos últimos 20 anos, e que se pronunciam sobre os assuntos enfocados na obra.
Pedagogicamente, as concepções que se pode deduzir a partir do estudo do livro dos alunos indicam, em primeiro lugar, uma patente carência de problematização e reconstrução de saberes. O conjunto do livro do aluno e do caderno de atividades indica uma pobreza profunda de capacidades cognitivas envolvidas. A demanda cognitiva central é memorizar, acompanhada por identificar, relacionar e diferenciar, correlatas àquela. Demandas mais sofisticadas, como argumentar, comparar, criticar, analisar, sintetizar, não estão presentes de modo significativo.
A análise do item "Correção e atualização de conceitos, informações e procedimentos pertinentes ao campo da história" pode ser iniciada com uma discussão sobre a estratégia de tratamento dos conteúdos históricos. Como a concepção é de uma exposição linear e enciclopédica da sequência de conteúdos que compõe o modelo tradicional de história nacional, o problema que se colocou para os autores é de fazer caber tantos assuntos numa obra para alunos do Ensino Fundamental 2. A solução foi resumir ao máximo determinados temas, mas essa tática acaba levando a problemas de compreensão, pois faltam informações mínimas para atribuir significado ao que é narrado. Pode-se perceber que a obra é prejudicada por uma tática de resumos para explicar fatos e processos de uma lista tradicional de conteúdos, com o que se perde a clareza em diversos pontos. Como exemplo de uma prática constante ao longo do livro, podemos citar a comparação entre o pós-independência no Brasil e nos demais países da América do Sul:
"Na América Latina, as circunstâncias impostas pelo processo histórico quiseram que os sonhos dos grandes libertadores - José Bonifácio de Andrada e Silva, San Martin e Simon Bolívar - se cumprissem segundo o modelo colonizador e a vocação história de suas metrópoles ibéricas, Portugal e Espanha. No entanto, os rumos tomados não confirmaram os anseios de Simon Bolívar, que viu o desmoronar de sua obra, quando o jugo imperial da Espanha foi substituído pelo mando dos "novos déspotas", os caudilhos." (p. 58, grifo no original)
Para compreender esse trecho, falta ao leitor saber:
a) quais foram as "circunstâncias impostas pelo processo histórico"
b) quais eram os "sonhos dos grandes libertadores" (que são colocados como equivalentes, apesar das diferenças expressivas, sobretudo entre José Bonifácio e os libertadores hispano-americanos)
c) qual era o "o modelo colonizador e a vocação história de suas metrópoles ibéricas" e como se articulavam com os ideais independentistas.
Na página 189, reconhece-se que a cassação do Partido Comunista Brasileiro em 1947 respondeu a um contexto de Guerra Fria, relativizando a alegação jurídica de que o partido teria sido extinto por ser autoritário. Entretanto, em nenhum outro momento o aluno é informado sobre o que vem a ser essa expressão.
Esta falta de clareza devido à economia excessiva de detalhes (que por sua vez se deve à opção de dar conta de um amplo panorama tradicional de acontecimentos) espalha-se pela obra, tornando inviável a compreensão dos processos históricos. Muitos, incompreensíveis, somam-se à massa de dados que cumpre ao aluno memorizar, sem atribuir significado ou interpretar, ações que ficam em plano secundário.
Além disso, são comuns as excessivas simplificações explicativas e a redução das causas a uma única, não raro de caráter eventual. É o que ocorre, por exemplo, na explicação da renúncia do regente Feijó: ela teria se dado porque o regente não conseguiu organizar um partido para apoiá-lo (p. 19).
Na obra verificam-se diversos juízos de valor, sem argumentação que os sustente ou espaço para visões contrárias. Por exemplo, na p. 19, abaixo de uma definição de pátria por Olavo Bilac ("a paridade dos gostos e costumes, comunidade de línguas, coesão de leis, identidade de condições físicas e morais, com participação nas mesmas lembranças e nas mesmas esperanças), há a frase solta dos autores: "Durante a Primeira República isso nem sempre ocorreu". Como essa ressalva é feita apenas para a Primeira República, transmite-se a impressão de que em outros momentos aquela noção de pátria teria encontrado pleno acolhimento na realidade nacional.
Como não poderia deixar de ser, a explicação sobre o Golpe de 1964 e a ditadura militar é a maior expressão das características negativas da obra, e não por acaso o trecho que mais chamou a atenção de jornalistas e articulistas pelo seu conteúdo. Queremos demonstrar que o problema não está na opção política da obra, que deveria em tese ser tolerada, mas no fato de que essa opção política conduz a um ensino de história que não somente é de baixa qualidade, mas que beira as raias da desonestidade intelectual para manter uma versão conservadora dos acontecimentos. Omissão de informações, desconhecimento dos estudos acadêmicos aprofundados sobre o assunto, distorção de acontecimentos e processos e explicação por meio dos discursos políticos dos vencedores à época são consequências da estratégia estabelecida.
O primeiro elemento a ser considerado é o nome dado ao movimento, na página 199 Ao assumir a expressão "Revolução de 1964", a obra adere ao discurso político da época, em vez de referir-se aos estudos históricos e sociológicos que são considerados hoje o estado atual do conhecimento científico sobre o assunto. Para esses estudos, o movimento de derrubada do presidente João Goulart e a instauração de um novo governo em 1964 não constituem uma revolução, mas um golpe de estado. Sob o subtítulo "Revolução de 1964" ficam subsumidos os mandatos dos presidentes Jânio e Jango, estabelecendo uma estranha periodização em que os últimos governos do período democrático de 1945 a 1964 gravitam em torno do golpe.
A narrativa está envolvida em um tom que lembra teorias da conspiração. Exatamente no momento em que a esquerda começa a se fragmentar, os autores descrevem que ocorria uma orquestração revolucionária por obra do Partido Comunista. Entretanto, a linha do PCB nesses anos era de apoio crítico ao desenvolvimento econômico e a aliança com o que se chamava de "burguesia nacional". Em parte por conta dessa opção, em 1961 o PCB perdeu militantes para a organização de esquerda "POLOP", e em 1962 cindiu-se entre PCB e PCdoB. Deste modo é claro que a "orquestração comunista subversiva" corresponde ao discurso político da época, que precisava do fantasma comunista para justificar a quebra da ordem democrática, e não a uma análise fundamentada. Esse sujeito oculto chega a ser nominado como "comando subversivo", na p. 200, como se existisse uma coordenação mutuamente aceita entre os diversos grupos de esquerda, o que não era real. Ao mesmo tempo, se oculta a estruturação do golpe por meio do complexo IPES/ IBAD, fartamente documentada e discutida, por exemplo, pela obra já clássica de Richard Dreifuss, "1964: a conquista do Estado", que funcionava como um estruturador de classes sociais dominantes, interesses estrangeiros e lideranças militares em torno de um novo projeto econômico e social que pudesse superar o desenvolvimentismo e o crescimento do poder de negociação das classes trabalhadoras através de seus sindicatos e movimentos. Na mesma página, são claros os juízos de valor na seleção da ilustração única, que é da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, e da descrição da mesma como "um espetáculo comovente".
A parcialidade continua ao descrever a greve dos marinheiros como indisciplina militar, epíteto do qual foram poupados, por exemplo, as revoltas militares tenentistas da década de 1920. O mau hábito do resumo excessivo complica a descrição do período ao afirmar que "uma inusitada reunião política nas dependências do Automóvel Clube do Brasil" agredia nação e significava uma manifestação de indisciplina. Sem a informação de quem participou da reunião e de qual era seu assunto, ao aluno só cabe crer na descrição.
Descreve-se o golpe como o resultado da ação de lideranças democráticas, civis e militares, "grupos moderados e respeitadores da lei e da ordem". Para além a dúvida sobre como um grupo de respeitadores da lei depõe um presidente legitimamente eleito e referendado também por um plebiscito, trata-se de uma descrição incompleta, pois não dá conta do conjunto de interesses e classes mobilizadas para o golpe, reduzindo-o a um movimento de poucos líderes militares apoiados de perto por alguns civis e de longe pela massa.
Também se descreve o regime de forma lacunar, tanto em suas motivações declaradas (combater a corrupção e a comunização e reorganizar a administração do país) quanto nas consequências efetivas de suas realizações. Por exemplo, o milagre econômico é explicado de modo desvinculado da carestia dos anos 70 e da crise econômica do início dos anos 80, embora sejam processos relacionados. A lacuna mais expressiva, entretanto, é o ciclo de violação dos direitos humanos, tortura, assassinato e desaparecimento de opositores políticos e seus familiares, realizados por setores das forças armadas e associados, ao arrepio inclusive das leis militares. Esse quadro, que seria impossível sem a suspensão de direitos em função do AI-5, é omitido. Omite-se que o recrudescimento da repressão militar chegou mesmo a ameaçar a autoridade do presidente Ernesto Geisel, que se viu na contingência de exonerar o Comandante do 2º Exército, general D'Ávila Mello por ter permitido as mortes de Manuel Fiel Filho e Vladimir Herzog, este nas dependências do exército em São Paulo. Também o tragicamente frustrado atentado terrorista do Riocentro, que estava sendo preparado por militares do exército, é omitido.
Com tantas omissões, fica possível para o aluno entender que a Anistia também se referia ao perdão dos crimes cometidos por membros das forças armadas e seus associados na repressão aos opositores da ditadura. De um modo geral, todos os atos antidemocráticos da ditadura são explicados como reações à intransigência dos opositores, explicação que nem serve ao caso, pois transigência é possível num estado de relativa simetria entre as forças opostas, o que não está dado em uma ditadura.
[1] O livro é adotado no sistema de escolas militares sob responsabilidade do Exército Brasileiro, através de sua Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial. http://www.depa.ensino.eb.br/pag_projetocmbhistoria.htm.
[2] A ANPUH respondeu a esta carta da COGEAM lamentando e manifestando sua decepção com a postura de indiferença manifestada.
[3] Disponível em http://www.fnde.gov.br/index.php/ph-arquivos/category/12-guias-pnld-2011?download=40%3Apnld2011historia.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Alô, alô Johnbim: a ditadura vive na Base Aérea de Natal - Olho Vivo
Na Carta Capital desta semana, na pág. 16, a coluna “Rosa dos Ventos” de Mauricio Dias expõe “a terrificante história de defensora pública federal barrada na Base Aérea de Natal ao recusar-se à humilhação”.
A defensora pública Lorena Costa recusou-se a despir-se diante de um sargento, numa revista para visitar um assistido.
A questão chegou ao coronel comandante da base, Lima Filho, que se recusou a alterar a “norma da casa”.
O título do artigo do Mauricio é “A ditadura continua” – sob Johnbim (PHA).
Paulo Henrique Amorim
Governo afasta quatro integrantes da cúpula do Ministério dos Transporte por suspeita de cobrança de propina - Coragem de Dizer
RBA - de Brasília
Uma série de denúncias contra a equipe do ministro Alfredo Nascimento gerou uma onda de demissões no Ministério dos Transportes
A edição do Diário Oficial desta segunda-feira traz os atos de desligamento temporário de quatro servidores citados em um processo administrativo por suspeita de corrupção. Na véspera, o Ministério dos Transportes comunicou o ato após circulação de matéria na revista semanal de ultradireita Veja. Segundo a publicação, há um esquema no ministério de pagamento de propina para integrantes do PR – partido do ministro Alfredo Nascimento -, em troca de contratos de obras.
De acordo com a nota oficial encaminhada ao DO, foram afastados o chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa da Silva, o assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e o diretor-presidente da empresa pública de ferrovias Valec, José Francisco das Neves.
O comunicado do ministério diz que Alfredo Nascimento “rechaça, com veemência, qualquer ilação ou relato de que tenha autorizado, endossado ou sido conivente com a prática de qualquer ato político-partidário envolvendo ações e projetos do Ministério dos Transportes”.
O ministro decidiu instaurar uma sindicância interna para apurar o suposto envolvimento de dirigentes nos fatos mencionados pela revista. Também foi pedida a participação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Uma série de denúncias contra a equipe do ministro Alfredo Nascimento gerou uma onda de demissões no Ministério dos Transportes |
A edição do Diário Oficial desta segunda-feira traz os atos de desligamento temporário de quatro servidores citados em um processo administrativo por suspeita de corrupção. Na véspera, o Ministério dos Transportes comunicou o ato após circulação de matéria na revista semanal de ultradireita Veja. Segundo a publicação, há um esquema no ministério de pagamento de propina para integrantes do PR – partido do ministro Alfredo Nascimento -, em troca de contratos de obras.
De acordo com a nota oficial encaminhada ao DO, foram afastados o chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa da Silva, o assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e o diretor-presidente da empresa pública de ferrovias Valec, José Francisco das Neves.
O comunicado do ministério diz que Alfredo Nascimento “rechaça, com veemência, qualquer ilação ou relato de que tenha autorizado, endossado ou sido conivente com a prática de qualquer ato político-partidário envolvendo ações e projetos do Ministério dos Transportes”.
O ministro decidiu instaurar uma sindicância interna para apurar o suposto envolvimento de dirigentes nos fatos mencionados pela revista. Também foi pedida a participação da Controladoria-Geral da União (CGU).
domingo, 3 de julho de 2011
O Pensamento - Barbet
O PENSAMENTO
Barbet
03 Julho 2011
Tão suave como deveria ser,
A música sensibiliza meus pensamentos,
Minhas malas apronto contente,
Embarco com o coração esperançoso.
Uma viagem calma,
Em um coração somente.
Outras vezes agitado,
Ele faz-me incomodar, gritar, chorar;
Busco na alma o aconchego,
Aquele que só a filosofia sabe dar;
Encontro na luta idealista dos homens
O segredo do equilíbrio mais salutar.
Engraçado, por vezes ele surge,
Como que querendo me irritar!
Leva sorrateiros meus sonhos para longe,
Só para eu ter que buscar!
Mas eu sempre os encontro lá,
Em algum lugar.
Sem eles eu não seria,
O que tento ser nesta vida.
De que adiantaria tantas lutas sem um lugar para chegar?
Por isso, comando meus pensamentos,
Ou pelo menos tento mandar,
Senão, melhor seria...
Nem
Pensar.
***
Polícia prende grupo de milicianos fortemente armado em favela do Rio - A Coragem de Dizer
Homens da milícia foram capturados na favela Águia de Ouro, em Inhaúma |
Em uma ação na madrugada deste domingo, policiais civis e militares prenderam sete homens acusados de integrar um grupo miliciano na Zona Norte do Rio. Os suspeitos foram presos na favela Águia de Ouro, em Inhaúma, onde estavam escondidos. O Grupamento de Ações Táticas do 3º Batalhão da PM participou das operações após receber detalhes dos esconderijos. Durante a ação, quando conseguiram prender os suspeitos, apesar das armas encontradas, não houve troca de tiros.
Os PMs apreenderam um fuzil, uma metralhadora, granadas, revólveres, pistolas e carregadores de armas automáticas. Entre os integrantes da milícia, dois dos suspeitos capturados têm mandados de prisão expedidos pela Justiça. Eles tentaram reagir ao perceber a chegada dos policiais, mas foram logo contidos. A Polícia Civil ainda precisará fazer o levantamento das identidades para saber se há, entre os presos por suspeita de integrar a milícia, algum que seja policial, bombeiro ou guarda penitenciário.Foram presos, acusados de integrar a milícia, Flaviano da Silva Santos, de 24 anos, o Metralha, que seria líder do grupo. Junto com ele estavam X., de 16 anos, irmão de Flaviano; Denver Sales de Araújo, de 28 anos; Daniel Marinho Viana, de 18 anos; Raquel Sabino Bernardo, de 24 anos, a Bad Boy; Rodolfo Pinheiro da Silva Santos, de 21 anos e Jorgue Henrique Miguel ferreira, de 31 anos.
Em um teto falso do barraco onde se encontravam os suspeitos, na Rua 1, os policiais encontraram ainda uma submetralhadora 9 milímetros, um bastão de madeira com a inscrição “Direitos Humanos”, um fuzil, dois revólveres calibre 38, seis granadas, seis facas, uma pistola, quatro celulares, cinco rádios e uma farda do Exército, usada por integrantes da milícia.
ITAMAR FRANCO por Laerte Braga
A primeira eleição disputada pelo ex-presidente Itamar Franco foi em 1958. Candidato a vereador pelo extinto PTB de João Goulart. Vinha de lutas estudantis no Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia, antes mesmo de JK criar a Universidade Federal de Juiz de Fora, em 1960.
Perdeu a eleição.
O diretório municipal do PTB de Juiz de Fora começava a despontar como um dos mais importantes do País. Nascia ali a liderança de Clodesmith Riani, líder sindical e presidente do primeiro embrião de uma central de trabalhadores. Presidente da CNTI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA –, a mais poderosa organização sindical do Brasil, criou com outros lideres o CGT – COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES –, logo desdobrado em comandos estaduais e comandos municipais.
Clodesmith Riani, vivo e ativo até hoje, atraiu para o PTB boa parte das lideranças estudantis da época (as que não estavam no PCB) e muitos intelectuais. Peralva de Miranda Delgado, anos depois de cassado pela ditadura militar alcançou expressivas funções na Universidade Gama Filho, no Rio. Nilo Álvaro Soares, juiz do trabalho, jornalista, Sebastião Marsicano Ribeiro, mais tarde reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora e nessa tentativa de construir um partido à esquerda juntando movimento sindical – do qual era líder inconteste em sua cidade e no País – acabou levando Itamar para o PTB.
Em 1962, dois anos antes do golpe militar de 1964, Itamar disputou a vice-prefeitura. As eleições de prefeito e vice prefeito eram distintas. Tornou a ser derrotado, mas começou a construir ali e a partir dali o conceito de administrador sério e competente.
Ademar Resende Andrade, um engenheiro eleito pela segunda vez para a Prefeitura de Juiz de Fora levou Itamar para um setor que cuidava da água da cidade e o ex-presidente criou o DEPARTAMENTO DE AGUA E ESGOSTO, hoje CESAMA – COMPANHIA DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE – proporcionando um processo de modernização e planejamento para o futuro.
E foi como prefeito, eleito em 1966, que construiu a segunda adutora e dali para a frente outras quatro cinco por outros prefeitos, a um ponto tal que a totalidade de Juiz de Fora tem água potável (apesar das tentativas de privatização do setor pelo bandido que atualmente ocupa a Prefeitura, um tucano).
A morte do ex-presidente pode facilitar o caminho. Pois o que havia de honestidade pessoal em Itamar não existe em algumas figuras do seu grupo, inclusive o prefeito atual e o ex-presidente da COPASA (companhia estadual de águas) e ex-presidente Itaipu, pai do possível candidato do grupo a prefeito, o deputado estadual Bruno Siqueira.
A eleição de Itamar para a Prefeitura de Juiz de Fora foi uma espécie de marco. Sepultou-se um ciclo em que se revezavam no governo o engenheiro Ademar Andrade e o empresário Olavo Costa.
E a candidatura de Itamar só foi possível, em 1966, numa sublegenda – artifício criado pela ditadura – por conta do apoio de Tancredo Neves junto ao diretório estadual então sob a presidência do senador Camilo Nogueira da Gama, oriundo do antigo PTB.
Foi Tancredo quem viabilizou a sublegenda. A esquerda do MDB não aceitava a outra candidatura e enxergou em Itamar a perspectiva de vitória. Lideranças sindicais como Laís Veloso, Onofre Corrêa Lima, figuras do porte de Murílio Avelar Hingel, acabaram por sensibilizar Tancredo e mostrar-lhe a necessidade de uma sublegenda para assegurar a vitória nas eleições municipais.
O governo de Itamar significou o início da história do planejamento na administração municipal em Juiz de Fora. E de tal ordem alcançou êxito, que Mário Andreazza (então ministro dos Transportes do governo militar) fez de tudo para levá-lo para a ARENA.
À época a lei que extinguiu o antigo IMPOSTO SOBRE VENDAS E CONSIGNAÇÕES e criou o IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS – ICM, o s veio depois) acabou beneficiando prefeituras em todo o País, os recursos eram mais abundantes e isso possibilitou a Itamar a realização de obras de infra estrutura e avanços na educação até então desconhecidos de grande parte da população juizforana.
O êxito foi tanto que acabou elegendo o seu sucessor com mais votos que todos os demais candidatos juntos, tanto da ARENA, como do MDB. O engenheiro Agostinho Pestana, já falecido e pai do atual deputado tucano Marcus Pestana.
O mandato era de dois anos, a ditadura queria acabar com a coincidência entre eleições municipais e eleições estaduais e federais e arbitrariamente mudou a lei. José Sarney, a lamentável figura que preside o Senado e é proprietário do Maranhão, quer coincidir tudo para ter vereadores como cabos eleitorais gratuitos, na reforma de brincadeira que estão chamando de reforma política..
Dois anos depois tarde Itamar Franco volta à Prefeitura de Juiz de Fora numa das mais dramáticas eleições da história da cidade. O favoritismo absoluto vai caindo com o curso da campanha e vence a eleição por pouco mais de 300 votos num universo total de mais de cem mil eleitores (à época, hoje 340 mil) e derrota um então desconhecido Mello Reis, vereador da ARENA.
Em 1974 Tancredo Neves, decisivo também na vitória de 1972 – onde surge a liderança do então deputado estadual Tarcísio Delgado que carrega a campanha nas costas junto com Murílio Hingel, mais tarde ministro da Educação, seduz Itamar com a candidatura ao Senado contra José Augusto da ARENA e que havia assumido a vaga na morte de Milton Campos.
Itamar vacila até o último minuto sobre se aceita ou não e ficou célebre o episódio do relógio atrasado (o presidente da Câmara Municipal, vereador Valdecir de Oliveira manda atrasar o relógio por dez minutos antes da meia noite, para dar mais tempo a Itamar para decidir se renunciava ou não para disputar o Senado).
Itamar renuncia e começa sua escalada nacional. É eleito em meio à enxurrada de vitórias do MDB em todo o País (dezessete ao todo).
Começa a afastar-se de Tancredo de olho numa eventual eleição direta para o governo do Estado em 1978. A ditadura afasta essa hipótese, transfere as diretas para 1982 e com o fim do bipartidarismo Itamar permanece no PMDB, vira candidato a governador enquanto Tancredo funda o PPP – PARTIDO POPULAR PROGRESSISTA – e com apoio de seu arqui adversário Magalhães Pinto torna-se candidato ao governo. Elizeu Resende era o candidato da ARENA, então transformada em PDS.
Ao perceber que divisão do antigo MDB favorecia a ditadura Ulisses e Tancredo vão ao STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – e fundem os dois partidos, MDB e PPP. A decisão fora tomada depois do governo federal vincular o voto de cabo a rabo, manobra do ministro Leitão de Abreu.
Itamar a duras penas é convencido a tentar a reeleição para o Senado. Faz exigências que são aceitas e gera um episódio que entra para o folclore da política mineira e brasileira. Não queria outro candidato em sublegenda, acabou aceitando e impôs ser o mais votado na convenção do PMDB. Simão da Cunha, um ex-deputado da UDN é o mais votado e Renato Azeredo (íntegro, o contrário do pústula Eduardo Azeredo, seu filho), pergunta a Tancredo “como vamos fazer?” Tancredo responde – “coloque os votos do Simão para o Itamar na ata e os do Itamar para o Simão que eu converso e resolvo tudo” –. Dito e feito.
Ao perceber que suas chances para o governo estadual eram mínimas em 1990, havia sido derrotado por Newton Cardoso (quadrilheiro que fez plantão na política mineira), que a reeleição para o Senado seria duvidosa, num gesto surpreendente aceita ser vice de Collor de Mello nas eleições presidenciais de 1989.
Pela primeira vez é derrotado em Juiz de Fora. Lula vence as eleições no segundo turno na cidade de Itamar.
Vira vice-presidente e em meio à crise deflagrada com as acusações ao louco que ocupava a presidência, Collor de Mello, acaba também uma grande incógnita que José Sarney, seu ex-inimigo resolve. Pega Itamar pelo braço, leva-o à casa de Roberto Marinho (criador de Collor e proprietário do tresloucado) no Cosme Velho no Rio, oferece garantias que nada será mudado nas comunicações e no dia seguinte a GLOBO joga Collor no lixo, em poucos dias Itamar vira presidente.
Sendo um homem honesto, nunca meteu a mão no bolso de ninguém e nem em dinheiro público, não tinha base política sólida, mas um grupo complicado de figuras leais e íntegras e outras nem tanto assim, pelo contrário, na verdade um grupo de amigos, muitos deles de infância e juventude, acaba seduzido pelo maior cínico da política brasileira Fernando Henrique Cardoso, uma espécie de câncer que continua corroendo o País e hoje é objeto de adoração do simulacro de presidente, Dilma Roussef.
Itamar foi íntegro, mas não conseguiu mais que ser um projeto pessoal. Orientava-se a partir de sua própria bússola, seus instintos políticos apurados e foi responsável também por um episódio que deixou ACM com as calças às mãos.
Antônio Carlos Magalhães (outro pústula da política brasileira) governava a Bahia e fez denúncias de corrupção no governo Itamar. O então presidente o desafiou a apresentar as provas num encontro do Planalto. ACM foi e quando chegou às portas do gabinete presidencial estavam abertas, os ministros lá estavam jornalistas e possesso ACM não conseguiu mais que apresentar recortes de jornais, acabou desmontada uma das muitas farsas que protagonizou na política.
FHC foi um episódio dramático para Itamar. O ex-presidente tinha consciência do caráter de transição de seu governo e tentou reunir figuras consideradas de grande porte na política nacional em seu Ministério, além de outras de seu grupo pessoal. Chamou FHC para o Itamaraty, levou-o ao Ministério da Fazenda e o tucano, que sequer seria candidato à reeleição ao Senado (míngua de votos), mas deputado federal, no seu veneno insidioso, seu caráter deformado, sua absoluta falta de dignidade, apropriou-se do Plano Real, virou candidato a presidente num acordo que previa a candidatura de Itamar em 1998 e meteu-lhe a faca pelas costas, coisa que faz rotineiramente com quem se oponha a seus poderes divinos.
No final de sua carreira, a volta ao Senado, fica uma sensação inexplicável do apoio a José Serra no segundo turno e a virulência das críticas a Lula e ao governo de Dilma nesses seis primeiros meses (embora o governo seja uma lástima). Ligado a Aécio, foi eleito arrastado pelo ex-governador de Minas, havia feito criticas duras a FHC e Serra, capitulando no segundo turno.
Acredita-se que um dos bandidos que integraram o esquema de seu governo na Câmara, Roberto Freire, ex-pernambucano e agora paulista, tenha sido o responsável por isso. Freire foi seu líder de governo.
Em 1998, por pouco não complica o golpe de FHC, a reeleição comprada a peso de ouro, ao tentar ser o candidato do PMDB. FHC pagou um preço absurdo – dinheiro mesmo, cargos, etc – a bandidos notórios como Iris Resende, Michel Temer, etc.
E em janeiro de 1999, eleito governador de Minas decreta a moratória das dívidas do Estado e coloca em risco, mais uma vez, todo o processo neoliberal de FHC.
Como disse um jornalista o ex-presidente leva mágoas em sua morte, mas paga o preço do caráter solitário, do temperamento difícil. O exemplo que deixa é o da honestidade pessoal.
A frase “este rapaz é um bom moço, mas tem o hábito de guardar o ódio no congelador”, foi pronunciada por Tancredo Neves, logo após ser eleito governador em 1982 e ao receber as indicações para alguns cargos no governo do então senador reeleito Itamar Franco. Tancredo olha os nomes, vê apenas amigos de Itamar, o restrito círculo de Juiz de Fora, pede-lhe nomes de expressão e Itamar furioso diz aos jornalistas que Tancredo faltara com a verdade nos acordos firmados antes das eleições.
Não foi bem assim.
Em 1984 Itamar mostra sua mágoa com Tancredo e anuncia que não pretende votar no mineiro para presidente, mantém-se fiel à decisão de não aceitar eleições indiretas. A disputa entre Tancredo e Maluf estava ainda indecisa e a certa altura, quando Tancredo arremata a eleição, mostra que vai vencer, Itamar pede a Hélio Garcia que marque um encontro onde possa declarar seu voto a Tancredo.
O encontro foi marcado no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte e Tancredo chega cinco minutos antes do seu vôo. Cumprimenta Itamar, agradece o apoio e diz que tem que sair correndo para embarcar. Dá o troco à sua maneira.
Numa certa medida Itamar foi um solitário na política brasileira. E benfazeja lhe foi a sorte, mas muito também seus instintos.
Os escândalos de cumprimentar uma atriz sem calcinha num desfile carnavalesco no Rio, namoros, etc, foram superdimensionados pela mídia sempre à cata de besteiras para distrair a manada do principal. O governo de FHC foi tranquilamente uma espécie de Sodoma e Gomorra e a imprensa se calou, devidamente comprada.
Itamar era isso, nada além disso.
Perdeu a eleição.
O diretório municipal do PTB de Juiz de Fora começava a despontar como um dos mais importantes do País. Nascia ali a liderança de Clodesmith Riani, líder sindical e presidente do primeiro embrião de uma central de trabalhadores. Presidente da CNTI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA –, a mais poderosa organização sindical do Brasil, criou com outros lideres o CGT – COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES –, logo desdobrado em comandos estaduais e comandos municipais.
Clodesmith Riani, vivo e ativo até hoje, atraiu para o PTB boa parte das lideranças estudantis da época (as que não estavam no PCB) e muitos intelectuais. Peralva de Miranda Delgado, anos depois de cassado pela ditadura militar alcançou expressivas funções na Universidade Gama Filho, no Rio. Nilo Álvaro Soares, juiz do trabalho, jornalista, Sebastião Marsicano Ribeiro, mais tarde reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora e nessa tentativa de construir um partido à esquerda juntando movimento sindical – do qual era líder inconteste em sua cidade e no País – acabou levando Itamar para o PTB.
Em 1962, dois anos antes do golpe militar de 1964, Itamar disputou a vice-prefeitura. As eleições de prefeito e vice prefeito eram distintas. Tornou a ser derrotado, mas começou a construir ali e a partir dali o conceito de administrador sério e competente.
Ademar Resende Andrade, um engenheiro eleito pela segunda vez para a Prefeitura de Juiz de Fora levou Itamar para um setor que cuidava da água da cidade e o ex-presidente criou o DEPARTAMENTO DE AGUA E ESGOSTO, hoje CESAMA – COMPANHIA DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE – proporcionando um processo de modernização e planejamento para o futuro.
E foi como prefeito, eleito em 1966, que construiu a segunda adutora e dali para a frente outras quatro cinco por outros prefeitos, a um ponto tal que a totalidade de Juiz de Fora tem água potável (apesar das tentativas de privatização do setor pelo bandido que atualmente ocupa a Prefeitura, um tucano).
A morte do ex-presidente pode facilitar o caminho. Pois o que havia de honestidade pessoal em Itamar não existe em algumas figuras do seu grupo, inclusive o prefeito atual e o ex-presidente da COPASA (companhia estadual de águas) e ex-presidente Itaipu, pai do possível candidato do grupo a prefeito, o deputado estadual Bruno Siqueira.
A eleição de Itamar para a Prefeitura de Juiz de Fora foi uma espécie de marco. Sepultou-se um ciclo em que se revezavam no governo o engenheiro Ademar Andrade e o empresário Olavo Costa.
E a candidatura de Itamar só foi possível, em 1966, numa sublegenda – artifício criado pela ditadura – por conta do apoio de Tancredo Neves junto ao diretório estadual então sob a presidência do senador Camilo Nogueira da Gama, oriundo do antigo PTB.
Foi Tancredo quem viabilizou a sublegenda. A esquerda do MDB não aceitava a outra candidatura e enxergou em Itamar a perspectiva de vitória. Lideranças sindicais como Laís Veloso, Onofre Corrêa Lima, figuras do porte de Murílio Avelar Hingel, acabaram por sensibilizar Tancredo e mostrar-lhe a necessidade de uma sublegenda para assegurar a vitória nas eleições municipais.
O governo de Itamar significou o início da história do planejamento na administração municipal em Juiz de Fora. E de tal ordem alcançou êxito, que Mário Andreazza (então ministro dos Transportes do governo militar) fez de tudo para levá-lo para a ARENA.
À época a lei que extinguiu o antigo IMPOSTO SOBRE VENDAS E CONSIGNAÇÕES e criou o IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS – ICM, o s veio depois) acabou beneficiando prefeituras em todo o País, os recursos eram mais abundantes e isso possibilitou a Itamar a realização de obras de infra estrutura e avanços na educação até então desconhecidos de grande parte da população juizforana.
O êxito foi tanto que acabou elegendo o seu sucessor com mais votos que todos os demais candidatos juntos, tanto da ARENA, como do MDB. O engenheiro Agostinho Pestana, já falecido e pai do atual deputado tucano Marcus Pestana.
O mandato era de dois anos, a ditadura queria acabar com a coincidência entre eleições municipais e eleições estaduais e federais e arbitrariamente mudou a lei. José Sarney, a lamentável figura que preside o Senado e é proprietário do Maranhão, quer coincidir tudo para ter vereadores como cabos eleitorais gratuitos, na reforma de brincadeira que estão chamando de reforma política..
Dois anos depois tarde Itamar Franco volta à Prefeitura de Juiz de Fora numa das mais dramáticas eleições da história da cidade. O favoritismo absoluto vai caindo com o curso da campanha e vence a eleição por pouco mais de 300 votos num universo total de mais de cem mil eleitores (à época, hoje 340 mil) e derrota um então desconhecido Mello Reis, vereador da ARENA.
Em 1974 Tancredo Neves, decisivo também na vitória de 1972 – onde surge a liderança do então deputado estadual Tarcísio Delgado que carrega a campanha nas costas junto com Murílio Hingel, mais tarde ministro da Educação, seduz Itamar com a candidatura ao Senado contra José Augusto da ARENA e que havia assumido a vaga na morte de Milton Campos.
Itamar vacila até o último minuto sobre se aceita ou não e ficou célebre o episódio do relógio atrasado (o presidente da Câmara Municipal, vereador Valdecir de Oliveira manda atrasar o relógio por dez minutos antes da meia noite, para dar mais tempo a Itamar para decidir se renunciava ou não para disputar o Senado).
Itamar renuncia e começa sua escalada nacional. É eleito em meio à enxurrada de vitórias do MDB em todo o País (dezessete ao todo).
Começa a afastar-se de Tancredo de olho numa eventual eleição direta para o governo do Estado em 1978. A ditadura afasta essa hipótese, transfere as diretas para 1982 e com o fim do bipartidarismo Itamar permanece no PMDB, vira candidato a governador enquanto Tancredo funda o PPP – PARTIDO POPULAR PROGRESSISTA – e com apoio de seu arqui adversário Magalhães Pinto torna-se candidato ao governo. Elizeu Resende era o candidato da ARENA, então transformada em PDS.
Ao perceber que divisão do antigo MDB favorecia a ditadura Ulisses e Tancredo vão ao STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – e fundem os dois partidos, MDB e PPP. A decisão fora tomada depois do governo federal vincular o voto de cabo a rabo, manobra do ministro Leitão de Abreu.
Itamar a duras penas é convencido a tentar a reeleição para o Senado. Faz exigências que são aceitas e gera um episódio que entra para o folclore da política mineira e brasileira. Não queria outro candidato em sublegenda, acabou aceitando e impôs ser o mais votado na convenção do PMDB. Simão da Cunha, um ex-deputado da UDN é o mais votado e Renato Azeredo (íntegro, o contrário do pústula Eduardo Azeredo, seu filho), pergunta a Tancredo “como vamos fazer?” Tancredo responde – “coloque os votos do Simão para o Itamar na ata e os do Itamar para o Simão que eu converso e resolvo tudo” –. Dito e feito.
Ao perceber que suas chances para o governo estadual eram mínimas em 1990, havia sido derrotado por Newton Cardoso (quadrilheiro que fez plantão na política mineira), que a reeleição para o Senado seria duvidosa, num gesto surpreendente aceita ser vice de Collor de Mello nas eleições presidenciais de 1989.
Pela primeira vez é derrotado em Juiz de Fora. Lula vence as eleições no segundo turno na cidade de Itamar.
Vira vice-presidente e em meio à crise deflagrada com as acusações ao louco que ocupava a presidência, Collor de Mello, acaba também uma grande incógnita que José Sarney, seu ex-inimigo resolve. Pega Itamar pelo braço, leva-o à casa de Roberto Marinho (criador de Collor e proprietário do tresloucado) no Cosme Velho no Rio, oferece garantias que nada será mudado nas comunicações e no dia seguinte a GLOBO joga Collor no lixo, em poucos dias Itamar vira presidente.
Sendo um homem honesto, nunca meteu a mão no bolso de ninguém e nem em dinheiro público, não tinha base política sólida, mas um grupo complicado de figuras leais e íntegras e outras nem tanto assim, pelo contrário, na verdade um grupo de amigos, muitos deles de infância e juventude, acaba seduzido pelo maior cínico da política brasileira Fernando Henrique Cardoso, uma espécie de câncer que continua corroendo o País e hoje é objeto de adoração do simulacro de presidente, Dilma Roussef.
Itamar foi íntegro, mas não conseguiu mais que ser um projeto pessoal. Orientava-se a partir de sua própria bússola, seus instintos políticos apurados e foi responsável também por um episódio que deixou ACM com as calças às mãos.
Antônio Carlos Magalhães (outro pústula da política brasileira) governava a Bahia e fez denúncias de corrupção no governo Itamar. O então presidente o desafiou a apresentar as provas num encontro do Planalto. ACM foi e quando chegou às portas do gabinete presidencial estavam abertas, os ministros lá estavam jornalistas e possesso ACM não conseguiu mais que apresentar recortes de jornais, acabou desmontada uma das muitas farsas que protagonizou na política.
FHC foi um episódio dramático para Itamar. O ex-presidente tinha consciência do caráter de transição de seu governo e tentou reunir figuras consideradas de grande porte na política nacional em seu Ministério, além de outras de seu grupo pessoal. Chamou FHC para o Itamaraty, levou-o ao Ministério da Fazenda e o tucano, que sequer seria candidato à reeleição ao Senado (míngua de votos), mas deputado federal, no seu veneno insidioso, seu caráter deformado, sua absoluta falta de dignidade, apropriou-se do Plano Real, virou candidato a presidente num acordo que previa a candidatura de Itamar em 1998 e meteu-lhe a faca pelas costas, coisa que faz rotineiramente com quem se oponha a seus poderes divinos.
No final de sua carreira, a volta ao Senado, fica uma sensação inexplicável do apoio a José Serra no segundo turno e a virulência das críticas a Lula e ao governo de Dilma nesses seis primeiros meses (embora o governo seja uma lástima). Ligado a Aécio, foi eleito arrastado pelo ex-governador de Minas, havia feito criticas duras a FHC e Serra, capitulando no segundo turno.
Acredita-se que um dos bandidos que integraram o esquema de seu governo na Câmara, Roberto Freire, ex-pernambucano e agora paulista, tenha sido o responsável por isso. Freire foi seu líder de governo.
Em 1998, por pouco não complica o golpe de FHC, a reeleição comprada a peso de ouro, ao tentar ser o candidato do PMDB. FHC pagou um preço absurdo – dinheiro mesmo, cargos, etc – a bandidos notórios como Iris Resende, Michel Temer, etc.
E em janeiro de 1999, eleito governador de Minas decreta a moratória das dívidas do Estado e coloca em risco, mais uma vez, todo o processo neoliberal de FHC.
Como disse um jornalista o ex-presidente leva mágoas em sua morte, mas paga o preço do caráter solitário, do temperamento difícil. O exemplo que deixa é o da honestidade pessoal.
A frase “este rapaz é um bom moço, mas tem o hábito de guardar o ódio no congelador”, foi pronunciada por Tancredo Neves, logo após ser eleito governador em 1982 e ao receber as indicações para alguns cargos no governo do então senador reeleito Itamar Franco. Tancredo olha os nomes, vê apenas amigos de Itamar, o restrito círculo de Juiz de Fora, pede-lhe nomes de expressão e Itamar furioso diz aos jornalistas que Tancredo faltara com a verdade nos acordos firmados antes das eleições.
Não foi bem assim.
Em 1984 Itamar mostra sua mágoa com Tancredo e anuncia que não pretende votar no mineiro para presidente, mantém-se fiel à decisão de não aceitar eleições indiretas. A disputa entre Tancredo e Maluf estava ainda indecisa e a certa altura, quando Tancredo arremata a eleição, mostra que vai vencer, Itamar pede a Hélio Garcia que marque um encontro onde possa declarar seu voto a Tancredo.
O encontro foi marcado no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte e Tancredo chega cinco minutos antes do seu vôo. Cumprimenta Itamar, agradece o apoio e diz que tem que sair correndo para embarcar. Dá o troco à sua maneira.
Numa certa medida Itamar foi um solitário na política brasileira. E benfazeja lhe foi a sorte, mas muito também seus instintos.
Os escândalos de cumprimentar uma atriz sem calcinha num desfile carnavalesco no Rio, namoros, etc, foram superdimensionados pela mídia sempre à cata de besteiras para distrair a manada do principal. O governo de FHC foi tranquilamente uma espécie de Sodoma e Gomorra e a imprensa se calou, devidamente comprada.
Itamar era isso, nada além disso.
Lula diz que Itamar ajudou a construir um Brasil mais justo e sem pobreza - A Coragem de Dizer
2/7/2011 16:59, Por redação, com ABr - de Brasilia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, por meio de nota oficial, que o ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG) ajudou a construir um Brasil “mais justo e sem pobreza”. A nota de Lula foi assinada em conjunto com a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Lula lembrou que no governo Itamar foi implantado o Plano Real e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).
- A contribuição de Itamar Franco foi fundamental para a construção coletiva de um país democrático, mais justo e sem pobreza. Neste momento de tristeza, prestamos solidariedade aos seus parentes e amigos – diz o comunicado.
- O senador e ex-presidente Itamar Franco foi um grande democrata, com uma vida pública dedicada ao Brasil. Mesmo nos momentos de divergência política mantivemos uma relação de profundo respeito e diálogo – diz a nota.
A nota acrescenta: “Quando [Itamar] assumiu a Presidência em um momento conturbado, em 1992, teve sabedoria para dialogar com toda a sociedade brasileira e ajudou o país a entrar em uma rota positiva na política, na economia e no social”.
Lula lembrou ainda que no governo Itamar foi implantado o Plano Real e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea). O conselho marou o engajamento do governo federal no combate à fome.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, por meio de nota oficial, que o ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG) ajudou a construir um Brasil “mais justo e sem pobreza”. A nota de Lula foi assinada em conjunto com a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Lula lembrou que no governo Itamar foi implantado o Plano Real e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).
- A contribuição de Itamar Franco foi fundamental para a construção coletiva de um país democrático, mais justo e sem pobreza. Neste momento de tristeza, prestamos solidariedade aos seus parentes e amigos – diz o comunicado.
- O senador e ex-presidente Itamar Franco foi um grande democrata, com uma vida pública dedicada ao Brasil. Mesmo nos momentos de divergência política mantivemos uma relação de profundo respeito e diálogo – diz a nota.
A nota acrescenta: “Quando [Itamar] assumiu a Presidência em um momento conturbado, em 1992, teve sabedoria para dialogar com toda a sociedade brasileira e ajudou o país a entrar em uma rota positiva na política, na economia e no social”.
Lula lembrou ainda que no governo Itamar foi implantado o Plano Real e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea). O conselho marou o engajamento do governo federal no combate à fome.
Lula e políticos brasileiros velam corpo de Itamar Franco em Minas Gerais - Olho Vivo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vários políticos do país, entre eles, José Sarney, Michel Temer, Fernando Collor e Renan Calheiros, foram até Juiz de Fora (MG) para prestarem a última homenagem a Itamar Franco. O corpo do senador e ex-presidente da República é velado na Câmara Municipal de Juiz de Fora (MG) e o velório continuará nesta segunda-feira (4) no Palácio da Liberdade em Belo Horizonte (MG). Fato interessante é que a população acabou aplaudindo Lula e vaiando Collor. Lembrando que Itamar franco sucedeu o ex-presidente Fernando Collor após seu impeachment.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Com câncer de Chávez, vice-presidente chama aliados à ‘unidade’ e ‘disciplina socialista’ - Olho Vivo
O vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, conclamou os simpatizantes do governo a mostrar “unidade” e “disciplina socialista”, e disse que a direção do país continuará atuando “sem fraturas” mesmo após o presidente Hugo Chávez admitir que sofre de câncer.
Google alerta para quebra de segurança na página do Ministério da Defesa na web - Barbet
JOBIM ESTÁ FAZENDO O QUE NA NAU SEM RUMO DE DILMA? - Laerte Braga
PT e PMDB neste momento somam-se ao PSDB no que há de mais perigoso para o Brasil (o que não significa todos os petistas, existem aqueles que vivem o primeiro momento, o do desencanto, a perplexidade). Uma aliança espúria onde figuras como Nelson Jobim e Moreira Franco participam do governo e Michel Temer abre um largo sorriso ao ouvir os versos e loas do ministro da Defesa ao ex-presidente Fernando Henrique.
O fato aconteceu numa solenidade onde se comemorava os oitenta anos do principal agente norte-americano no Brasil, FHC, evento onde José Serra (que deu um chega para lá em Alckimin e assumiu de novo o governo de São Paulo) baixou a borduna no governo.
Se tivesse caráter, não tem, é um trêfego, Jobim sairia da festa e entregaria seu pedido de demissão. Vai ser duro afastar o homem. Primeiro porque Dilma não tem estatura política para isso, é menor que o cargo que ocupa, segundo porque o PT chafurda-se – por seu comando que, curiosamente é formado pelas mesmas pessoas que o fundaram – na festa de fantasias que é o atual governo. Baile de máscaras.
Nelson Jobim foi designado ministro da Justiça no governo de FHC para comandar o trágico processo de privatização do País. A reação de setores do Judiciário, concentrada na juíza (hoje desembargadora) Salete Macolóes, que ia desmanchando por medidas liminares as trapaças no caso da venda da VALE, os riscos de derrota no STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – levaram o então presidente a nomeá-lo para a corte suprema.
Ao assumir a magistratura, em seu discurso de posse, Nelson Jobim mostrou o tamanho de sua dignidade – invisível, pois não existe. Declarou-se “líder do governo na Casa. Uma das primeiras providências tomadas foi ao arrepio da lei afastar a juíza Salete Macalóes do feito em torno da VALE e arranjar um juiz dócil e “compreensível”.
Na segunda metade do governo Lula, segundo mandato, o ex-presidente entendeu de buscar Jobim para o Ministério da Defesa. Documentos já públicos do WIKILEALEKS mostram que Jobim era um dos interlocutores preferidos do embaixador dos EUA no Brasil e foi ele quem advertiu o diplomata sobre o “antiamericanismo” do chanceler de Lula, Celso Amorim e do ministro chefe da Secretaria Nacional de Assuntos Estratégicos Samuel Pinheiro Guimarães.
Dilma tomou posse e Jobim continuou ministro da Defesa (Defesa dos EUA e seus interesses), colocou o corrupto Moreira Franco no lugar de Samuel Pinheiro Guimarães e nomeou Anthony Patriot (supostamente diplomata brasileiro) para o lugar de Celso Amorim (que no ano de 2010 foi escolhido um dos dez mais importantes formuladores de política externa em todo o mundo).
Vai fazer o que agora, falo da presidente, depois de Jobim ter dito na festa de FHC que neste momento tem que “agüentar alguns idiotas”?
A impressão que tenho é que Dilma quando leu Lênine, se é que leu, o fez na versão “traduzida” por operadores de Wall Street com notas e comentários de George Walker Bush, Barack Obama e Hilary Clinton. Leu de cabeça para baixo.
Começou a privatizar aeroportos, portos, ameaça privatizar a frota nacional de petroleiros (por enquanto suspendeu o consórcio BRADESCO/SANTANDER articulado por Palocci, isso devido à repercussão negativa), vai financiar a fusão CARREFOUR/PÃO DE AÇÚCAR via BNDES, escancara o País para o agronegócio, não percebe a perspectiva de uma grave crise que se delineia na América Latina com a doença do presidente da Venezuela Hugo Chávez.
O risco, só o risco de Chávez ter que se afastar do governo de seu país, coloca um outro risco maior, o de um avanço sem tamanho dos norte-americanos e suas tropas de banqueiros, empresários (falidos e devedores) para os costumeiros saques/pirataria que praticam historicamente nesta parte do mundo. Consideram quintal e Patriot está pronto para recebê-los, Jobim vai receber a cruz de prata (mais alta condecoração do império terrorista).
O Brasil some na poeira do “capitalismo a brasileira” que Lula inventou – a definição é de Ivan Pinheiro, secretário geral do PCB – dilui-se em figuras como Nelson Jobim e no sorriso cínico de Michel Temer – o presidente de fato.
Só nesses seis primeiros meses de governo a política econômica de Dilma transferiu recursos astronômicos a bancos, 45% da receita orçamentária do Brasil vai pagar juros da dívida interna pública, cada vez mais atraentes, graças aos constantes aumentos da taxa via COPOM – CONSELHO DE POLÍTICA MONETÁRIA – um consórcio formado por banqueiros. Raposas tomando conta do galinheiro.
A nau de Dilma está sem rumo e o PT por sua cúpula e o bando de robôs chapa branca naufraga na adoração de figuras execráveis que jogaram o passado no lixo e segundo Jobim são “idiotas” a serem aturados.
Entrega-se a banda larga – fundamental ao processo de democratização das comunicações – às chamadas teles (campeãs de vigarismo no mundo do capitalismo). Não foi por outra razão que José Serra saiu da Transilvânia, reassumiu o governo de São Paulo (Alckimin é fantoche) e FHC posa de estadista.
A faixa presidencial de Dilma Roussef é visível, faz parte do processo de retratos da presidente nas repartições públicas, a de Michel Temer, Jobim, toda a corja tucana, está guardadinha, mas é a que manda e determina.
Ou conserta o leme da nau, ou continuamos rumo ao passado. Entreposto do capital internacional, produtor de matérias primas (sobretudo o agronegócio) e voltamos ao berço esplêndido.
Os militares, no parecer da AGU estão isentos de sanções por todas as barbaridades que cometeram.
Continuam sendo os grandes fantasmas da democracia. Por baixo do uniforme da imensa maioria, aquela bandeirinha norte-americana que mariners carregam nas mangas de suas camisas.
Ou Jobim sai, ou então o velho slogan de 1964, que precedeu o golpe – “chega de intermediários, Lincoln Gordon presidente” – vira “para que norte-americanos que falam português fluentemente se temos FHC e agora Jobim?”
Quem cunhou a expressão “chega de intermediários, Lincoln Gordon presidente”, foi o jornalista Hélio Fernandes, fica o registro.
Não vale reunir os “consultores do PT” e nem colocar a culpa no caráter e na dignidade de Olívio Dutra, isso é coisa de quem sobreviveu com anencefalia e acha que tudo se resolve numa rodada de chope.
E muito menos culpar a “esquerda” não petista. Soa como sermão de Edir Macedo.
Estão é trocando ouro por bugigangas.
Assinar:
Postagens (Atom)