sábado, 23 de junho de 2012



EU NÃO QUERO!
Barbet
22 junho 2012


Não,
Eu também não quero,
Um mundo onde as pessoas não se respeitam,
Onde OS olhares não se encontram,
OS nomes valem menos que a menor nota.
Onde as diferenças são execradas,
Onde a fome é aceita como legal
E a comida é jogada no lixo de forma normal.
Não! a um lugar onde permitimos matar
Fechando OS olhos à política criminosa internacional.
Não eu não quero um mundo de covardes,
Baluartes das palavras bonitas, fingidas,
Incapazes de defender OS pobrezinhos,
Um mundo de vendidos.
Eu quero uma Terra de corajosos,
Sábios na arte de amar,
Um mundo de Paz,
De amor universal,
De política humanitária,
Onde possamos dividir, somar e multiplicar,
Jamais subtrair.
Não quero ter que escolher quem deve viver,
Porque uma UTI está lotada,
Porque o planeta encontra-se sufocado,
Porque a violência impera insuportável
E a água esta contaminada.
Definitivamente não!
Quero que sejamos a solução,
E não o problema.
Desejo que consigamos ser irmãos,
Sem credos, títulos ou qualquer bandeira,
Apenas seres humanos,
Amparados,
Um pelo outro,
Com muito amor no coração.

***




sexta-feira, 22 de junho de 2012

O GOLPE PARAGUAIO - Laerte Braga

O golpe sumário dado pelo Parlamento do Paraguai contra o presidente Fernando Lugo tem a marca registrada da classe dominante naquele país. Latifundiários associados a multinacionais, uma força armada corrompida e cooptada por interesses de grandes corporações, bancos e os donos da terra.
O Paraguai jamais se recuperou da guerra contra o Brasil, a Argentina e o Uruguai (1864/1870). O conflito foi estimulado pela Inglaterra, então maior potência do mundo, em defesa de seus interesses econômicos. O Paraguai não dependia de países da Europa, tinha uma indústria têxtil competitiva e era um dos grandes exportadores de mate, concorrendo com o império britânico.
O capital para a guerra foi dos ingleses e em meio ao conflito é que, praticamente, se construiu as forças armadas brasileiras, inteiramente despreparadas para um confronto de tal envergadura. Nos primeiros anos da guerra os soldados brasileiros passavam fome e os armamentos eram mínimos, insuficientes para o genocídio que viria mais à frente. Foi a conseqüência inicial da avidez do governo imperial de aceitar as libras inglesas.
Os países que formaram a chamada Tríplice Aliança, numa selvageria sem tamanho, mataram 70% da população paraguaia e até hoje a maioria acentuada entre os que nascem naquele país é de homens.
De lá para cá o Paraguai tem sido governado por ditadores, numa sucessão de golpes de estados e o breve período “democrático” que se seguiu à deposição do último general, Alfredo Stroessner (morreu exilado no Brasil, era capacho da ditadura militar brasileira), encerra-se agora com a deposição branca de Fernando Lugo. Um ex-bispo católico, conhecido como o “bispo dos pobres”. O mandato de Lugo terminaria no próximo ano. O vice-presidente é do Partido Liberal, aquele jogo político de amigos e inimigos cordiais, onde os donos se revezam no poder.
O pretexto para a deposição de Lugo foi um massacre de trabalhadores rurais sem terra, numa região próxima à fronteira com o Brasil. Morreram manifestantes e integrantes das forças de repressão. De lá para cá Lugo enfrenta um inferno.
Latifundiários brasileiros, a classe dominante paraguaia – subordinada a interesses do Brasil e de corporações internacionais – se uniram contra Lugo e o apoio de empresas como a MONSANTO, a DOW CHEMICAL. o silêncio formal e proposital dos EUA, todos esses ingredientes foram misturados e transformados em golpe de estado.
Tal e qual aconteceu em Honduras contra Manoel Zelaya. A nova “fórmula” para golpes de estado na América Latina. A farsa democrática, o rito constitucional transformado em instrumento golpista na falta de pudor da classe dominante. No caso do Paraguai, como no de Honduras, miquinhos amestrados do capitalismo internacional.
A elite paraguaia jamais permitiu ao longo desses anos todos, desde 1870, que o país se colocasse de pé novamente. Tem sido um apêndice de interesses políticos e econômicos de corporações estrangeiras e do sub-imperialismo brasileiro. Carregam as malas dos donos enquanto submetem os trabalhadores a um regime desumano e cruel que não mudou e nem vai mudar enquanto não houver resistência efetiva e nas ruas contra esse tipo de procedimento, contra essa subserviência corrupta e golpista.
E cumplicidade de governos vizinhos. Mesmo que por omissão, ou fingir que faz alguma coisa.
E necessária a consciência dos governos de países como o Brasil que situações de golpe são inaceitáveis. Que a integração latino americana é fundamental e se faz com democracia e participação popular. Não com alianças com Paulo Maluf.
Fernando Lugo cometeu erros. O maior deles o de acreditar que era possível governar o país com grupos da direita. As políticas de conciliação onde a elite é implacável e medieval, as forças armadas são agentes – em sua maioria esmagadora – de interesses estranhos aos nacionais e as forças populares sistematicamente encurraladas pela violência e barbárie.
Ou se percebe que o golpe contra Lugo é um golpe contra toda a América Latina, ou breve situações semelhantes em outros países. Por trás de tudo isso, em maior ou menor escala, mas de forma direta os EUA e o que significam no mundo de hoje.
No que o presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad chama de colonizadores. No ano 2000 o economista César Benjamin, numa palestra na cidade mineira de Juiz de Fora espantou os ouvintes ao dizer que “o século XIX foi o dos grandes impérios colonizadores, o século XX o do fim do colonialismo, o século XXI vai assistir a um novo ciclo de colonização de países periféricos às grandes potências”.
A previsão está se confirmando.
O secretário geral da UNASUL, Ali Rodriguez disse em entrevista a vários jornalistas que “o Paraguai pode estar em meio a golpe de Estado devido à rapidez do julgamento político do presidente do país, Fernando Lugo” e mostrou-se preocupado com um possível “processo de violência. Tudo indica que uma decisão já foi tomada e que pela rapidez com a qual os eventos estão acontecendo, poderíamos estar perante um golpe de Estado”.
Basta que países como o Brasil e a Argentina, por exemplo, asfixiem econômica e politicamente o novo governo para que ele não se sustente. Depende da vontade política de um e outro de manter a democracia no Paraguai, mesmo frágil, de pé.
A classe dominante paraguaia nunca deu muita importância a isso, pois sempre consegue espaço para se acomodar e continuar a transformação do país em uma espécie de vagão a reboque principalmente do Brasil. Desde o fim da guerra, em 1870 tem sido assim.
Fernando Lugo foi acusado, entre as farsas várias, de humilhar as forças armadas (existem, ou são esbirros do capitalismo?) e colocar-se ao lado dos trabalhadores sem terra.
É velho e boçal latifúndio que no Paraguai é a força econômica mais poderosa.
Os protestos populares acontecem próximo ao Parlamento, mas já com forças policiais prontas para massacrar e impedir qualquer reação.
É preciso ir às ruas em toda a América Latina e é fundamental asfixiar essa elite que cheira a esgoto.
Se o governo brasileiro quiser não tem golpe que sobreviva. O problema é querer. A preocupação hoje, no entanto, é de “consenso possível” (um fracasso na RIO+20) e as eleições de outubro.
A mídia de mercado – fétida também – no Brasil já desestimula qualquer atitude mais forte do governo. Afirma que Lugo declarou que aceitará o “julgamento político”. É mais uma das muitas e constantes mentiras padrão GLOBAL.
O golpe no Paraguai fere o arremedo de democracia que sub existe no Brasil e outros países com o consentimento dos “poderes moderadores”. As elites políticas e econômicas são as mesmas, arcaicas, podres e totalitárias. Quando querem colocam as garras de fora.
Foi o que fizeram com Lugo. O que querem fazer com Chávez. Com Evo Morales e outros tantos.
E no fim de tudo atribuir a culpa ao Irã.

Barbet On Time


Como no Brasil Estado e governo se misturam por sermos uma república presidencialista, não temos quem defenda o interesse do Estado em separado e os interesses políticos, particulares, acabam falando mais alto. Se tivéssemos alguém para defender realmente OS interesses do Estado que é peRene, representa o povo, a coletividade OS valores reais da sociedade, Isso não aconteceria. Sendo o governo uma corporação política formada por pessoas que veem nos cargos a oportunidade de obter vantagens; estando ele misturado com o Estado e ditando as regras que interessam nós sempre acabamos perdendo. Por isso os hospitais esTão desta forma, a saúde, a segurança e por aí vai. Separar OS dois talvez fosse realmente a solução. Mas de qualquer forma, entendendo esta estrutura mais nada surpreende nesta política maluca, corrupta. O sistema republicano presidencialista é visto como um dos mais dissolutos do planeta.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Tráfico proíbe venda de crack em favela do Rio de Janeiro - Motivo seria os muitos problemas causados por viciados devido ao alto poder alucinógeno da droga - BBT

Homem fixou cartaz em frente a um bar no Jacarezinho
Homem fixou cartaz em frente a um bar no Jacarezinho
A partir desta quarta-feira (20), a venda de crack está proibida na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, subúrbio do Rio, considerada a maior cracolândia da cidade. A ordem é dos próprios traficantes e está estampada em vários cartazes que foram afixados na comunidade, como registrou o movimento Rio de Paz.
A proibição se estende às comunidades vizinhas do Mandela e de Manguinhos, seguindo orientação dos chefes do tráfico. O presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse que recebeu informações de que os viciados estariam criando muitos problemas dentro das favelas, devido ao alto poder alucinógeno e destrutivo da droga.
Fontes da polícia informaram que há também uma preocupação dos criminosos quanto à possibilidade de ocupação da área pela Força de Segurança Nacional, como aconteceu no Morro Santo Amaro, no Catete.
Considerado o maior ponto de vendas de crack na Zona Sul, o Santo Amaro foi ocupado em 18 de maio dentro do projeto "Crack, é possível vencer", do governo federal, até a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse na terça-feira (19), que o Jacarezinho está nos planos de ocupação. "A gente tem uma proposta de pacificação dessas áreas. Uma proposta de evolução desses territórios e nós vamos chegar lá. Vamos fazer isso lá", afirmou o secretário.
Alerta para os viciados
Antônio Carlos Costa, do Rio de Paz, apoia a proibição da venda do crack, mas alerta para o problema da migração dos consumidores. "O governo tem que se antecipar ao problema, pois os viciados vão para outros bairros e comunidades. As autoridades têm que acompanhar isso de perto", afirmou Costa, que vai liderar uma manifestação no sábado (23), no Jacarezinho, para onde levará uma faixa com a mensagem: "Emigrante do crack: quem o acolherá?".
"Se essa iniciativa foi disseminada pela cidade, teremos outro problema muito grave, que é a crise de abstinência", afirmou o presidente da Rio de Paz.
De acordo com levantamento da Secretaria municipal de Assistência Social (SMAS), desde 31 de março de 2011, quando começaram as operações de combate à epidemia do crack, foram feitos 4.496 acolhimentos de viciados (3.853 adultos e 643 crianças e adolescentes) nas principais cracolândias da cidade.
Na Favela do Jacarezinho houve o maior número de acolhimentos, com 1.565, seguido do Centro, com 1.180.
A prefeitura dispõe de 178 vagas em quatro unidades especializadas no atendimento à dependência química.
Proibida a venda de crack no Jacarezinho (Foto: Divulgação/Rio de Paz)Mensagem contra uso do crack foi escrito no muro do Jacarezinho (Foto: Divulgação/Rio de Paz)

quarta-feira, 20 de junho de 2012


COLCHA DE RETALHOS
Barbet

20 junho 2012 


Parecia alguém conhecido,
Não entendia bem o que fazia,
Aproximei-me devagar,
Sem querer atrapalhar.

O ambiente era suave,
Mas uma forte luz emanava dela,
Semelhante a uma estrela do céu
Colocada em plena sala de estar.

A cada passo que dava,
Meu coração apertava, saltava,
Mas a mulher concentrada,
Sequer me notava.

Uma Grande expectativa,
Metros transformados em quilômetros,
O tempo parecia arrastar,
Antes que eu conseguisse chegar.

Agora sim já bem perto,
Observei a Grande colcha em seu colo,
Remendava cada pedacinho com ardor,
Eram lindos quadros para compor.

Uns Mais vivos outros menos,
Uns alegres outros tristes,
Alguns exuberantes ou discretos,
Mas todas bordados pelo tempo.

Já dava para perceber,
Que ao final DA obra iria tecer,
O mais belo registro DA sua vida,
Talhado por suas próprias mãos.

Uma artesã delicada,
Dedicada aos desfios e às tiras,
Bordados e arremates,
Remendados com total precisão.

Cheguei mais perto para olhá-la,
Qual foi meu Grande espanto quando,
Em seus traços pude identificar,
A mim mesma em algum lugar.

Voltei tão rápido quanto pude,
A atual realidade,
Com a certeza DA responsabilidade,
DA colcha em minhas mãos.

(dedicado ao meu pai amado Ronaldo Rega falecido em 25 de maio 2012)


* * *

terça-feira, 19 de junho de 2012

Laerte Braga - On Time

A fuga da prisão domiciliar na farsa da extradição para os EUA via as colônias Grã - Micro - Bretanha e Suécia, seguido do pedido de asilo, já na embaixada do Equador, dá novos contornos ao caso Julian Assange. Australiano, abandonado pelo seu país, submetido a acusações sem consistência e que, no duro mesmo, mostrou a podridão absoluta do terrorismo nazi/sionista. Podridao poderosa, movida a ogiv...as nucleares, a mídia de mercado (a nossa inclusive, lógico) e a todo o aparato que caracteriza o capitalismo. O presidente do Equador não tem em mãos uma batata quente não. Tem sim a chance de resgatar a liberdade e evitar mais uma chacina - não importa a dimensão - em nome do tal ATO PATRIÓTICO que, entre outras coisas, acabou por submeter a União Européia ao conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO "HUMANITÁRIO" S/A, no seu alcance de uma espécie de Ato Institucional 5 em tamanho planeta Terra.

Estado e governo: porque separar - Haroldo Oliveira

Haroldo Oliveira
No Brasil, Estado e Governo se misturam por causa da república presidencialista e quase ninguém percebe a diferença entre ambos e, o pior: há uma tendência de confundir os dois.
O Governo é transitório, ele representa interesses de partidos políticos, enfim: grupos de pessoas que querem levar alguma vantagem no poder. Geralmente os objetivos verdadeiros dos governantes quase nunca coincidem com os da nação.
O Estado é perene. Ele representa o próprio povo, a nacionalidade, a coletividade, os valores fundamentais da sociedade. Ele é a nossa bandeira, o nosso hino nacional, o nosso território, a nossa cultura, a garantia de que somos e seremos Brasil. Enfim: o Estado é a nossa identidade coletiva que nos distingue no cenário internacional. O Estado é a nossa pátria.
Isso é fácil de ser percebido, principalmente durante a Copa do Mundo. Quando o brasileiro balança a bandeira verde e amarelo e veste a camisa da seleção, ele não o faz em homenagem aos seus governantes, mas ao seu Estado. Enfim: porque ele é brasileiro, porque seu sangue é verde-amarelo, porque ele se identifica com o Estado Brasileiro: a pátria verde-amarelo.
O governo não tem nada a ver com a pátria. O governo é uma corporação política formada por pessoas que veem nos cargos políticos a oportunidade de obter vantagem. O partido político que está no poder forma o governo conforme seus interesses. Para isso, ele se alia a outros partidos, faz concessões e busca a melhor forma de realizar seus interesses particulares.

A duas formas de parlamentarismo: republicano e monárquico.

Há duas formas básicas de república: a parlamentarista e a presidencialista. A característica fundamental do sistema presidencialista é concentrar na mesma pessoa a chefia de Estado e a chefia de governo. Logo, no Brasil não há separação entre Estado e Governo pelo fato do Brasil ser uma república presidencialista.
No sistema parlamentarista a chefia de Estado e a chefia de governo são exercidas por pessoas diferentes. Isso confere independência para que os titulares desses cargos possam tratar dos assuntos de Estado e dos assuntos de governo. O resultado da separação é a melhoria da eficiência administrativa do Estado por causa da diminuição da influência dos interesses de governo sobre os interesses de Estado.
No sistema parlamentarista, a divisão da chefia de Estado e de governo pode ocorrer de duas formas principais: sob a forma republicana ou sob a forma monárquica.
Sob a forma republicana o chefe de Estado é eleito periodicamente de modo semelhante ao chefe de governo. Há variantes desse modelo: alguns são eleitos diretamente pelo povo e outros indiretamente. Mas a essência de ambos é a mesma: o chefe de Estado é provisório e exerce o cargo por tempo determinado.
Devido a isso, o chefe de Estado, assim como o chefe de governo, também fica tentado a buscar seus interesses pessoais em detrimento aos interesses do Estado. Esse fenômeno ocorre porque o poder confere vantagens a seu detentor e ele sabe que um dia o poder acabará. Em função disso, de maneira consciente ou inconsciente, ele procura se resguardar para o futuro quando não mais terá o poder. E consequentemente, ele procura ajuntar o máximo de fortuna e vantagens enquanto ele está no cargo. Tal característica torna a separação da chefia de Estado e de Governo parcial nas repúblicas parlamentaristas devido à ação natural do desejo humano de querer levar vantagem conforme já explicamos.
Já nas monarquias, a chefia de Estado é exercida pelo Rei ou Imperador e a chefia de governo é exercida por alguém eleito pelo povo direta ou indiretamente. Tal característica torna a separação entre Estado e governo mais completa e radical do que na forma republicana, apesar de todos os preconceitos e mentiras disseminados no sistema de ensino brasileiro sobre a monarquia.
O Rei/Imperador geralmente é hereditário. Por isso, sua visão sobre o Estado é diferenciada: ele não está limitado à próxima eleição, nem a interesses partidários. Isso o dá mais liberdade para realizar projetos de longo prazo e o incentiva a realizar projetos que os interesses fugazes de governo não permitem. Além do mais, o Rei/Imperador tende a se identificar com o próprio Estado. Isso o faz encarar a corrupção política e as ações danosas contra o Estado como lesões contra sua própria pessoa o que o motiva a agir contra elas. Enfim: o desejo natural de querer levar vantagem motiva o rei /imperador a agir em conformidade com os interesses do Estado porque quando o Estado ganha, é ele mesmo que ganha, e quando o Estado perde, é ele mesmo que perde. Isso estimula a responsabilidade administrativa conforme já explicamos em outro texto.
A eficiência da separação entre Estado e governo pode ser medida com mais exatidão através da análise de três índices globais:
a) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): ele mede a qualidade dos serviços básicos prestados a população: saúde, educação, segurança, saneamento básico e outros;
b) O Índice de Democracia: ele mede a qualidade da democracia em cada país;
c) O Índice de corrupção global: ele mede o índice de corrupção e honestidade em cada país;
Em todos os três índices a república presidencialista apresentou o pior desempenho. Em contrapartida, o melhor desempenho nos índices foi obtido pelas monarquias parlamentaristas. Elas foram classificadas como as melhores prestadores de serviços públicos (70% dos 10 mais), as mais democráticas (70% dos 10 mais) e as mais honestas (70% dos 10 mais). No nível intermediário/baixo encontramos as repúblicas parlamentaristas e na lanterninha, as repúblicas presidencialistas.
Os Tribunais Superiores.
STF
STF: Corte Constitucional ou instrumento de controle político do Poder Executivo?
A situação do STF e dos Tribunais Superiores é um exemplo da lógica vergonhosa da mistura entre Estado e Governo: é impossível tornar-se ministro de Tribunal Superior apenas por mérito. Quem não for “amigo” do presidente da república, alguém “de confiança”, jamais será escolhido. E entenda a expressão “alguém de confiança” como alguém que jamais contrariará os interesses do governo. Ou seja: alguém que não fará os interesses de Estado prevalecer sobre o do governo. E numa república, o interesse do governo é sempre o interesse pessoal dos políticos que ocupam os principais cargos da república. E não custa lembrar: raramente tais interesses coincidem com os do Estado pelos motivos já citados. Um exemplo dessa lógica, foi a nomeação da ex-advogada de Dilma Rousseff para ministra do TSE. Você acredita mesmo que essa nova Ministra julgará um processo em desacordo com os interesses de sua benfeitora? Vai sonhando…
Dessa maneira, fica fácil compreender o porquê os Tribunais Superiores costumam decidir sempre a favor do Governo quando o assunto envolve “polêmica” política. O motivo é simples: é o trabalho deles. Foram escolhidos e são pagos para isso, e pasme: decidem rigorosamente dentro da lei, apesar do ato ser eticamente questionável. Observe que tais Tribunais costumam decidir com mais independência apenas em assuntos que não envolvam o interesse dos políticos do alto escalão da república.
Exemplo disso foi o ocorrido na última eleição presidencial. Havia um Processo no STM contra atual presidente Dilma Rousseff por supostos atos terroristas praticados durante a Contra Revolução de 1964. O processo estava trancado em um cofre da presidência do STM sob sigilo por decisão do presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares. Nem mesmo a Folha de São Paulo conseguiu acesso ao documento.
Era de interesse do povo conhecer os fatos que haviam nesse processo já que se referiam diretamente a um candidato à Presidente da República. No entanto, com se tratava de Dilma Rousseff, a candidata do ex-presidente Lula, mais uma vez o interesse de governo prevaleceu sobre o do Estado, e o assunto foi abafado. O acesso completo ao documento só foi liberado a Folha de São Paulo depois de finalizado as eleições presidenciais. Enfim: depois que não adiantava mais nada conhecer o conteúdo do processo.
Não há como resolver o problema da mistura entre Estado e Governo no Brasil através do voto porque não vivemos numa democracia. Quem controla o processo eleitoral no Brasil? O STE (Superior Tribunal Eleitoral). Ele é composto por 7 membros: 3 Ministros do STF, 2 Ministros do STJ e 2 advogados de renome conforme artigo 119 da Constituição Federal. Todos eles são escolhidos pelo Presidente da República com aprovação do Senado. Ou seja: você acredita mesmo que eles vão fiscalizar o processo eleitoral de modo desfavorável aos interesses do governo, ou seja, da Presidência da República?
É preciso ser ingênuo para acreditar nessa Fábula. Basta lembrar da atual presidente Dilma Rousseff. Lula fez campanha antecipada para ela meses antes das eleições, o que em tese seria ilegal, mas o TSE não se manifestou. E quando se manifestou, negou que houvesse ilegalidade. Será coincidência? Creio que não. É só mais um exemplo de como a mistura dos interesses de governo e Estado sempre se dão em prejuízo do Estado.

Conclusão

Conseguiu perceber como é ruim para o país misturar Estado e governo?

Você pode continuar acreditando no conto de fadas da república ou optar por algo diferente. Cada um tem o poder de escolher se quer ou não continuar a ser feito de palhaço por seus governantes.
Por tal motivo, os povos mais maduros optaram pelo parlamentarismo porque nesse sistema há separação entre governo e Estado. Quando o parlamentarismo é monárquico, a separação entre governo e estado se dá de maneira mais acentuada e harmoniosa pelos motivos já expostos; quando o parlamentarismo é republicano, a separação é menos acentuada e menos harmoniosa por causa dos interesses pessoais do chefe de Estado que quase nunca coincidem com o da nação pelos motivos também já expostos.
É importante lembramos que os órgãos de Estado existem para controlar o governo. Enfim: garantir que ele haja conforme os padrões constitucionais e legais vigentes. Os órgãos de Estado não fazem política (ou pelo menos não deveriam fazer). A missão deles é garantir que o governo atue conforme deve: dentro da legalidade e dos princípios fundamentais defendidos pelo Estado. Logo, a partir do momento que o Estado não é separado do governo, não há como controlar as ações do governo, pois “forças ocultas”, como dizia Jânio Quadros, levantar-se-ão contra o titular do cargo de Estado, abrindo caminho para que os abusos ocorram.
Enfim: toda vez que há conflito entre o interesse de Estado e o interesse de governo numa república presidencialista, o interesse de Estado sai perdendo, ou seja: o povo perde e o político ganha. Não me admiro dos políticos e os beneficiados pela política serem os maiores defensores da república presidencialista no Brasil. O motivo é simples: eles ganham muito com isso.
No entanto, os trabalhadores e os empresários sempre saem perdendo. Na verdade, eles são escravizados pelos políticos. E se considerarmos que a carga tributária é elevadíssima, veremos que o termo escravidão descreve precisamente a situação vivida pelo trabalhador e pelo empresariado no Brasil.
Sem contar o problema da educação, da saúde, da previdência, da segurança pública e dezenas de outras questões de Estado que jamais serão solucionadas enquanto governo e Estado estiverem misturados em prejuízo dos interesses de Estado.
A Falta de separação entre Estado e governo prejudica seriamente as instituições Democráticas no Brasil. Por quê? Quem deveria garantir a democracia, os órgãos de Estado, frequentemente a sacrifica em prol dos interesses de governo.
Logo, se quisermos que o Brasil se torne um país sério, é indispensável separar o Estado do governo. Para tanto podemos optar pela monarquia parlamentarista. Segundo as estatísticas mais recentes, ela é mais eficiente na administração de um país por ser melhor prestadora de serviços públicos, mais democrática e mais eficaz no combate à corrupção, além de mais barata para o contribuinte.
TODAS AS COISAS PASSAM...
Barbet
19 junho 2012


Caminhando em manhã fresca,
O perfume de terra molhada invadindo meus pensamentos,
Uma sutil Leveza assombrando meu ser,
Acostumado aos percalços DA lida.

O Sol parece menos causticante,
OS passos são dirigidos pelos sentidos,
No olhar apenas as coisas presentes,
Na mente a certeza DA transitoriedade DA vida.

Um cheiro gostoso de café fresco,
OS passos apressados do cãozinho tão querido,
Estará pensando em que (?) fico a imaginar...
Em Minh´Alma o repouso necessário DA vinda.

Tantoa finais, começos e sonhos,
Num cesto florido de esperanças e realizações,
Tantas perdas, sofridas, sentidas,
E a convicção DA frugalidade exigida.

Tudo passa pela estrada Florida,
Coisas boas e ruins,
Muitas saudades e algum conforto
Ao saber que nada termina nas idas.

***

domingo, 17 de junho de 2012

A CÚPULA DOS POVOS – CAPITALISMO NÃO É DALTONISMO, É CINISMO E BARBÁRIE - Laerte Braga



O verde mais cinza, em tons Marina da Silva. Não é daltonismo. É o cinismo e a barbárie capitalista. Pode estar com sombreados Greenpeace, um dos negócios mais lucrativos do planeta. O que é sustentabilidade? Sustentar o quê?
Milhares de ogivas nucleares, cinco mil ataques aéreos para devastar a Líbia, a fome na África, o trabalho escravo em países periféricos (expressão que adoram no jornalismo global podre e venal), a guerra civil montada na Síria, o genocídio contra palestinos na versão sionista do nazismo, as bases militares espalhadas pelo mundo, o agrotóxico, o transgênico, os salários dos professores, a privatização da saúde, o governo Dilma na prática de uma no cravo e outra na ferradura. Será isso a tal sustentabilidade?
Ou um convescote de entidades, partidos do clube de amigos e inimigos cordiais, num Rio de Janeiro transbordando de gente e os preços estratosféricos, tudo regado a vastos recursos oficiais ou semi oficiais. Os trabalhadores, óbvio, do lado de fora das cercas eletrificadas do capitalismo.
Daniel Dantas e Paulo Maluf estão citados entre os mais corruptos do mundo nos dados do Banco Mundial. Um é deputado e apóia a candidatura petista à Prefeitura de São Paulo (indicou um nome para o Ministério das Cidades como compensação) e Dantas tem um “ministro” de plantão na mais alta corte de justiça do País para eventuais habeas corpus.
Quem sabe sustentabilidade serão os cem bilhões de euros para salvar bancos espanhóis enquanto o rei caça elefantes na África, ou búfalos em campos privados na Suíça a cinco mil dólares por cabeça? Um quarto da população adulta da Espanha desempregada e mais da metade dos jovens que chegam ao chamado “mercado de trabalho” sem qualquer perspectiva?
Os gregos lutam nas ruas para preservar seu país. Os egípcios assistem seus militares curvarem-se e lustrarem as botas do sionismo num golpe de estado que mantém o regime de Mubarak sem Mubarak. Tal e qual os golpistas de 64 por aqui lustraram as botas de Lincoln Gordon e Vernon Walthers, pelo “direito” de encher as prisões, torturar, assassinar e depois transformar documentos confidenciais em secretos para escapar da vergonha das práticas criminosas, tudo recheado de patriotismo. “O último refúgio dos canalhas” na frase sempre necessária de Samuel Johnson.
Não há compromisso algum dos países ricos com políticas mínimas de preservação ambiental, de mudanças no sistema econômico, nada disso, enquanto é evidente a tentativa de países como o Brasil de salvar o que não tem salvação, o capitalismo. Pela voz de Anthony Patriot, o profeta do equilibrismo. Vai atravessar num cabo de aço a vários mil metros de altura, a distância entre a RIO+20 e Wall Street carregando uma nova proposta de dez mandamentos que não mudam mandamento algum. Dilma chega só para cortar a fita simbólica do cabo.
O espetáculo, o show midiático. Os “especialistas” deitando falação sobre como salvar o planeta enquanto o planeta vai sendo destruído por drones e outros artefatos mortais, cuja última preocupação é o ser humano, o trabalhador.
A classe média acha ótimo. Aboleta-se num automóvel, entope as ruas – paulista, por exemplo. adora um congestionamento e espera entrar no Guines num desses feriadões da vida – e exibe aos filhos o progresso, todo esse mundo colorido que se junta para dizer que vai catar o lixo jogado nas ruas e depositá-lo em recipientes que irão permitir a reciclagem.
Não se pode criticar a VALE. A quadrilha privatizada no governo de FHC não admite críticas. É uma das principais acionistas do Estado brasileiro, detém o poder de veto sobre decisões do governo federal, de governos estaduais e municipais. Um moçambicano foi deportado pela Polícia Federal do Brasil. Estava chegando para a cúpula dos povos e ia relatar os crimes ambientais cometidos pela VALE em seu país. As técnicas de monitoramento e vigilância tem o made IN USA e o MADE MOSSAD, em estrita colaboração nos acordos assinados pelos de governos de FHC e Lula (esse inventou o “capitalismo a brasileira” e acha que ainda é presidente, fala vinte e quatro horas por dia , FHC pensa que é divindade).
Do lado de fora das cercas o povo da Cúpula dos Povos.
Consciente que a luta foge às “regras” impostas pelo poder, pela classe dominante e que o movimento popular há que ser como o de gregos, egípcios, trabalhadores espanhóis que acorrem às ruas e repudiam seus governos, ou os que de fato governam. Grandes corporações, bancos, empresas fomentadoras do latifúndio em países como o Brasil.
Quem governa a União Européia? Os governantes detentores de mandatos populares na farsa democrática? Ou as centenas de instituições e agências sem mandato popular, mas senhoras absolutas do poder e dos governantes?
Quem governa o Brasil? Os acordos com Paulo Maluf para eventuais vitórias nas eleições – como se eleições fossem atestado completo de democracia – ou as manobras para manter impávido o poder de Carlinhos Cachoeira? Quem sabe as agências e escuros túneis do poder de bancos, empresas, latifúndio, agências que tornam milionários os seus integrantes e adjacências?
A grande lição da Cúpula dos Povos é que não existe alternativa dentro do sistema, lutando por dentro.
É nas ruas.
Muhamad Ali dizia a diferença entre ele “o maior de todos” e os outros, é que “luto por fora, não luto por dentro, não permito que se acheguem a mim, eu os destruo”.
Quanta masturbação verbal nos salões com ar condicionado da farsa da RIO+20. O discurso “popular” das entidades agregadas ao poder.
A mídia resplandecente no exibir o show, o espetáculo e a mostrar a “turba”, ou seja, os que pagam essa espécie de “farra do boi” disfarçada em “vamos salvar o planeta”.
E ainda falta a senhora Hilary Clinton para a histeria da mídia e os noticiários carimbados pelo Departamento de Estado. Carimbados e autorizados.
O tom sombrio dessa gente é a volta às cavernas como previu Stanley Kubrick.
Só que essas defendidas por ogivas nucleares, bunkers com a suástica transformada em verde pelos marqueteiros do capitalismo, ar condicionado e farto estoque de iguarias para os novos barões na nova Idade Média, a Idade Média da Tecnologia do Terror.
Dizem que a senhora Clinton deve chegar numa nuvem escura chamada de Tempestade no Deserto e semear mercenários por todos os lados num discurso de “paz” e advertência que “estamos vigilantes para garantir a democracia”.
Transmissão exclusiva da GLOBO, o resto pega a rebarba.
Quem sabe o ATO PATRIÓTICO, que entre outras coisas define modalidades de torturas permitidas, assassinatos em qualquer parte do mundo em nome dos direitos humanos, não salva o planeta?
Em todo o caso, em várias barracas, fragrâncias diversas oriundas de pesquisas cientificas capazes de tornar a realidade do dia a dia mais perfumada e palatável em meio ao esgoto capitalista?
Tudo é possível.
A luta é nas ruas e aos poucos vai tomando forma em todo o mundo. É a percepção que é luta de sobrevivência para que se possa construir a alternativa socialista (sem aspas, vale dizer com os trabalhadores).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

OS DETALHES - Laerte Braga

Carlos Alberto Parreira jamais disse que o “gol é um detalhe”. Mas que “o gol é o detalhe”. Na avidez de criticar o antigo técnico da seleção brasileira de futebol, a mídia distorceu suas palavras e transformou-as numa espécie de estigma do anti futebol. Sem favor algum Parreira é um dos melhores técnicos de toda a história do esporte no Brasil ou no resto do mundo.
Ou como ele mesmo disse ao final de Copa do Mundo de 1994, em seguida à conquista do título, “is may way”. A Copa foi nos EUA e Parreira se referia à música consagrada na voz de Frank Sinatra. Quer dizer bem mais que o meu modo, o meu caminho. A certa altura da letra fala em “no regretes”, ou seja, sem arrependimento.
“É sem dúvida o nosso tempo... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser... Ele considera que a ilusão é sagrada e a verdade é profana. E mais: a seus olhos o sagrado aumenta à medida que a verdade decresce e a ilusão cresce, a tal ponto que, para ele, o cúmulo da ilusão fica sendo o cúmulo do sagrado” – Feuerbach, prefácio da segunda edição de A Essência do Cristianismo”.
Cá embaixo, no cotidiano da mídia tanto destituída de princípios como de grandeza, o momento em que o apresentador do JORNAL NACIONAL usa o personagem Homer Simpson para rotular o telespectador de idiota, de passivo diante de uma prática constante de alienação, sem ter a menor idéia de quem seja Feuerbach, ou qualquer pensador que não os anunciantes do tele jornal que apresenta, está apenas refletindo isso como zumbi também passivo, mas que aceita o vazio do espetáculo capitalista e se empenha em transformá-lo em verdade, algo assim como um soldado de 1984, a obra de George Orwell.
Millôr Fernandes tinha uma concepção simples e objetiva – como todas as que enunciava – sobre grandes obras públicas, ou sobre governos, enfim, sobre essa febre que chamam progresso e no duro mesmo é capitalismo, embora o jornalista, nesse momento não o dissesse.
“Não há automóvel que justifique a remoção de um só ser humano em nome do progresso”
A Justiça deu ganho de causa ao governo de São Paulo no caso da desocupação de Pinheirinhos e os políticos exibem uma pesquisa em que as pessoas à volta de Pinheirinho se dizem felizes com a remoção das famílias que lá estavam.
Em Belo Horizonte a Prefeitura da cidade promoveu ato semelhante numa comunidade. No Rio estão prestes a remover famílias da Vila Autódromo.
A justificativa? A necessidade de obras públicas para transformar a cidade, construir o futuro.
Quem se detiver numa análise simples sobre o período da Idade Média vai perceber semelhanças entre o que ocorre nos dias atuais e aquele tempo. Os castelos e seus barões, os servos ao redor, sujeitos as leis da opressão e da barbárie, típicas da classe dominante.
Os castelos hoje são o poder da tecnologia. Quem detém a tecnologia, esse saber que muitas vezes é predador, subjuga os que dela dependem.
O ser humano é detalhe. Os servos bem entendido. Os trabalhadores que gravitam ao redor dessa dimensão desumana e cruel de “progresso”.
Esse “detalhe” mais que nunca dá razão a Marx. É luta de classes. Nada além de luta de classes, disfarçada na parafernália do espetáculo, na alienação produzida pelo espetáculo, que leva um trabalhador a supor que vestindo uma calça jeans de marca, tal e qual um Eike Batista, na tal de produção em série, é também parte do que Eike é
Darcy Ribeiro falava no abestado, aquele que ao encontrar, andando pelo mundo nos primórdios do ser, o seu semelhante, disparou temendo ter encontrado a morte, quando no inevitável momento se tocassem, sentissem o sal de cada um e começassem a partilhar e compartilhar, até que a primeira sombra, como disse Milôr, gerasse a propriedade privada.
Ou o mais esperto virasse rei, o mais inteligente o sumo sacerdote e os tributos fossem instituídos, com a garantia do mais idiota, no caso o mais forte, armado de borduna para garantir a lei e a ordem divinas.
Há quem diga que guerras são necessárias para que haja uma espécie de realocação das pessoas, antes que o mundo seja exaurido daquilo que o mundo pode no fornecer.
Se assim o for nem o mundo cristão tem sentido.
Remover pessoas para que um empresário notoriamente ligado ao crime organizado, Nagi Nahas, possa construir, por exemplo, um shopping, para regalo da classe média em tubos e tubos de catchup e mostarda nas pizzas americanizadas (Felini dizia que pizza com requeijão e frango não era pizza, era coisa de americano), é bem mais que um crime.
É o solene desprezo pelo ser humano. Pode ser sintetizado na frase do jornalista Boris Casoy – “mas que merda, o mais baixo trabalhador na escala social” – referindo-se aos garis.
Remoções em áreas urbanas, em áreas rurais, soam como rebanhos transferidos de um curral para outro, ou abandonados nos pastos, enquanto o governador Sérgio Cabral e amigos gastam fortuna em Paris e exibem o poder em solas de sapatos de suas caras metades, ao custo de cinco ou seis mil dólares.
São os detalhes do “progresso”. Os castelos ampliados.
A Constituição proíbe praias particulares. As temos aos montes em condomínios fechados e garantidas pela Polícia Militar. Uma “instituição” de pistoleiros a serviço das elites, da classe dominante. Teve sua extinção recomendada pelas Nações Unidas.
O trabalhador é um detalhe em todo esse processo. O trabalhador é um detalhe no capitalismo.
O número de suicídios de soldados dos EUA nas guerras travadas mundo afora na política terrorista de dominação supera o número de baixas em combate no Afeganistão.
Para Obama ou qualquer presidente norte-americano isso é um detalhe. Nem se fala nos milhões de civis massacrados desde o fim da Segundo Grande Guerra nas políticas de expansão do império terrorista que hoje se associa ao sionismo e faz com que desapareçam as nações emergindo ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A.
Os norte-americanos têm um quarto dos detentos em todo o mundo e a esmagadora maioria formada por negros, mulheres e pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Manoel Santos, presidente da Colômbia e ligado ao narcotráfico, como as forças armadas de seu país e grupos paramilitares, são os principais aliados no combate ao “terrorismo”.
Um condenado à morte na câmara de gás, por exemplo, leva pelo menos um minuto para morrer, aspirando cianeto e ácido sulfúrico. Amarrado a uma cadeira, acorrentado. O ato macabro é antecedido por uma prece tipo “que Deus guarde sua alma e faça o julgamento final” e em seguida um médico assina um atestado de óbito em que declara que o condenado morreu “sem sentir dor”.
A dor está em Pinheirinho, está nas áreas desocupadas em Belo Horizonte, na Vila Autódromo no Rio de Janeiro, nas fazendas do latifúndio que nos serve transgênicos e agrotóxicos todos os dias. Nos assaltos/juros que os bancos praticam com dinheiro público para salvá-los. Está nas ruas entupidas de automóveis com IPI mais baixo para permitir o sonho do carro próprio à classe média, aos trabalhadores.
O estômago está vazio e professores são tratados como se animais fossem por governo desumanos e robôs do modelo, do sistema.
O ser é detalhe para o capitalismo. E não há alternativa sem luta nas ruas, sem coesão e unidade nessa luta, sem percepção que é luta de classes. Isso a despeito das milhares de ogivas nucleares que dispõem ou de governos erráticos como o nosso.
Mas não é o detalhe. É um detalhe desprezível do qual se lembram de quatro em quatro anos no período eleitoral. Como se eleições fossem um fim e não um instrumento, dentre vários outros, para construir a democracia popular.
É só um detalhe, nada além de um detalhe. Como o desempregado que salvo por um bombeiro ao tentar pular do alto de prédio, foi vaiado pela multidão que esperava pela “tragédia” para seguir seu caminho e conferir os detalhes no JORNAL NACIONAL. Ou pagar o dízimo nas igrejas
E para cada um dos bilhões de trabalhadores/detalhes, incômodo, diga-se de passagem, existe um Ratinho, um Faustão, um Huck, um Gugu, uma novela, para garantir o horário comercial do JORNAL NACIONAL.
Existem tantos problemas no mundo, fingir que eles não existem é fugir; A luta que sempre nos chama é quase um convite ao renascimento espiritual e físico. Quantos ciclos são começados e terminados em nossas vidas e nem sequer percebemos a importância de cada um deles?
Barbet

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Chico Xavier e os Gato
Para os espíritas protetores dos animais, encaminho este post do meu Blog da Gata Lili, que fala sobre Chico Xavier e os Gatos. Leia o texto na íntegra, logo abaixo.

Chico Xavier segurando um gato branco
O médium Chico Xavier criava muitos animais e os amava muito. Ele acreditava que os humanos têm a missão de ajudar os bichos a progredirem, assim como os anjos o fazem com os humanos. Faz sentido, pois eu sempre soube que a mamãe era um anjo pra mim...
Ele também dizia que aqueles que não respeitam as criaturas não podem dizer que respeitam o criador. Então, quem maltrata os animais não sabe o que é amor...
Veja só esta linda história, retirada do livro "Chico Xavier, mediunidade e coração", escrito por Carlos A. Baccelli:
A sua casa era freqüentada por um gato selvagem que não deixava ninguém se aproximar... Todos os dias o Chico colocava num pires alguma alimentação para ele. Numa noite, quando retornava de uma das reuniões, um amigo avisou que o gato estava morrendo estendido no quintal. Babava muito, mas ainda mantinha a cabeça firme em atitude de defesa contra quem se aproximasse. O Chico ficou bastante penalizado, pensando que ele poderia estar envenenado. O amigo explicou que horas antes o vira brincando com uma aranha e que, provavelmente, ele a engolira. E sugeriu que o Chico transmitisse um passe no felino...
O gato, apesar de agonizante, estava agressivo. Ficando à meia distância, o nosso querido amigo começou a conversar com ele... - Olha - falou o Chico - você esta morrendo. O nosso amigo pediu um passe e eu, com a permissão de Jesus, vou transmitir... Mas você tem que colaborar, pois está muito doente... Em nome de Jesus, você fique calmo e abaixe a cabeça, porque quando a gente fala no nome do Senhor é preciso muito respeito...
O gato teve, então, uma reação surpreendente. Esticou-se todo no chão, permaneceu quieto até que o Chico terminasse o passe.
Depois, tomando-o no colo, esse admirável medianeiro do Senhor pediu que se trouxesse leite e, com um conta-gotas, colocou o alimento na sua boca..
O gato tornou-se um grande amigo e ganhou até nome.
Chico Xavier e sua cadela Boneca Legal essa história, né? Eu vi neste vídeo que Chico também tinha uma gata que sempre se aninhava aos seus pés ou sentava perto dos papéis, enquanto ele psicografava mensagens, principalmente vindas de Maria Dolores.
Outra história bastante bonita é a de Chico e sua cachorra Boneca, que vocês podem conferir no vídeo abaixo:
Para terminar, veja o que nos diz Emmanuel, no livro "Missionários da Luz", psicografado por Chico Xavier, sobre os animais:
"Estes seres que são nossos irmãos menores e necessitados, do planeta, não nos encaram como superiores, generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis. Confiam na tempestade furiosa que perturba as forças da natureza, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os animais domésticos que, por confiarem em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir, com o raciocínio embrionário, onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão".

A APOTEOSE DO NADA - Laerte Braga

Começa nos próximos dias de junho a conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável com o pomposo título de RIO + 20. O espetáculo cambeta das grandes nações e seus “sábios”, a tentar exibir aos que habitam o mundo cá embaixo, o nada.
A História mostra grandes impérios. Ruíram todos na arrogância, na prepotência, em suas contradições, na própria roda da História, um processo inexorável que já tentaram sepultar e que revive hoje com vigor impressionante.
A luta de classes.
Débord em seu magnífico e definitivo A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO (Contraponto, 2ª. Impressão, 2000, RJ) afirma que “a classe ideológico totalitária no poder é o poder do um mundo invertido: quanto mais forte ela é, mais afirma que não existe, e sua força serve em primeiro lugar para afirmar sua inexistência. É modesta apenas nesse ponto, pois sua inexistência oficial também deve coincidir com o nec plus ultra do desenvolvimento histórico que ao mesmo tempo seria devido ao seu infalível comando”.
A crise que transforma a União Européia em meras bases militares do terrorismo de Estado norte-americano/sionista vai custar 100 bilhões de euros a trabalhadores espanhóis e europeus no geral, para salvar um sistema financeiro podre, falido, a síntese do capitalismo.
Os milhões de desempregados, a perspectiva negativa para os milhões de jovens que chegam ao mercado de trabalho do mundo capitalista são meros detalhes para “essa classe ideológico totalitária”.
Há um mundo a parte, castelos, onde os donos das milhares de ogivas nucleares garantem esse nada se refugiam e se impõem na crença da infalibilidade da qual fala Débord.
A RIO + 20 e um exercício de masturbação de países ricos. Não está prevista nenhuma declaração ou compromisso formal, apenas isso, masturbação.
O que não quer dizer que forças populares sitiadas em cada canto do mundo, ainda que díspares, não devam se expressar e fazer ecoar os tambores da luta contra um modelo falido, predador e terrorista.
Há um golpe de estado em curso na Síria. Houve antes na Líbia devastada por mais de cinco mil ações de bombardeios aéreos. Ou a devastação do Iraque, do Afeganistão, o terror do ATO PATRIÓTICO espalhando mortes por todos os lados.
Centenas de milhares de palestinos expulsos de suas terras, presos, assassinados na sanha insana do nazi/sionismo.
Gregos, espanhóis, portugueses, norte-americanos (milhões na linha da pobreza ou abaixo dela), africanos, árabes, chineses, enfim, a classe trabalhadora submetida a um tacão que não difere do que Hitler imaginava que fosse durar dois mil anos.
E uma preocupação inexistente com o que também não existe, o tal desenvolvimento sustentável. O show, o espetáculo. A turba mantida ao longe por escudos e zumbis chamados de Polícia Militar (a ONU recomendou o fim dessa aberração). E montes de agentes especiais para garantir a nobreza.
Os grandes nomes das potências terroristas não virão. Hilary Clinton será a atração do terror.
O presidente do Irã, Ahmhoud Ahmadinejad, em sua cruzada mundo afora para manter a dignidade de seu povo e da revolução islâmica vem trazer sua voz de protesto, de indignação e de coragem, sabedor da força devastadora e cruel dos que se sustentam nesse terror capitalista.
Sabe que resistir é preciso.
Como fica o Brasil, país sede nessa história toda?
O governo Dilma Roussef não difere do de Luís Inácio Lula da Silva. Desde a invenção do “capitalismo a brasileira” – conceito preciso de Ivan Pinheiro –, o Brasil vive a ilusão incentivada de ter se transformado em potência mundial. Mas fica à porta do convescote dos grandes e vê os países que formam o chamado BRIC sentirem os ventos da crise internacional.
Não é uma crise que decorre apenas de políticas econômicas ou do neoliberalismo em si. Transcende a isso. É um ajuste deliberado que o capitalismo ao se perceber falido, tenta se reorganizar espalhando terror pelo mundo.
Dilma foi obrigada a engolir agora um preciosismo jurídico – que atende pelo nome de covardia – que transforma os documentos militares de confidenciais em secretos e estende o prazo para conhecimento dos mesmos por mais 15 anos.
O Brasil senta em cima de sua história e omite o período cruel e perverso do golpe de 1964 e da ditadura militar.
Lula ainda se imagina senhor de tudo e todos e deita falação enquanto vê suas alianças se desfazerem por conta entre outras coisas de sua incontinência verbal, típica de quem perdeu o senso dos fatos e corre o risco de terminar boquirroto.
A RIO + 20 vai propiciar matérias à mídia de mercado sobre o próximo fim do mundo, as mudanças climáticas, a necessidade de controle da poluição atmosférica, vão falar sobre a caça às baleias pelos insanos governantes japoneses, o trabalho escravo na China capitalista – o comunismo é eufemismo, rima –, a fome na África, expor as vísceras espetaculares do drama dos trabalhadores e ao final marcar nova conferência para absolutamente nada.
A destruição é intrínseca ao capitalismo. Como a corrupção. São inseparáveis e com certeza ao final de tudo vão dizer que o Brasil está apto a receber a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas de 2016.
E lógico, a foto oficial. Não sei se o rei da Espanha vem, se vier que traga seu rifle de caçadas. É evidente que Elizabeth II não vem, está às voltas com destempero do príncipe Philip que, na patetice da nobreza pode sair pelas ruas de Londres nu e gritando “heil Hitler”.
Da RIO + 20 vai sobrar a possibilidade de percepção de todo esse nada transformado em espetáculo e a conseqüente necessidade de organização das forças populares num consenso que é inevitável sob pena de ficar a reboque de maneira permanente e assistir a esse massacre capitalista.
A importância da luta popular. É nas ruas, é de sobrevivência, não é por mandatos eletivos. É por enfrentar e jogar por terra todo esse processo de destruição e escravidão transformado em show a cada domingo, ou em cada edição de VEJA, GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADÃO, ESTADO DE MINAS, RBS, etc, até porque não existe nada de FANTÁSTICO nisso.
Tanto é um desafio para partidos com história de lutas, como para o movimento popular.
Tirar da inércia os que acreditam que vivemos uma era de progresso e que estamos predestinados a ungir o mundo com o equilibrismo de Dilma em cima dos passos e contrapassos de Lula na tentativa frustrada de apagar os anos de FHC. Está ai, impávido não o gigante que continua adormecido, mas o neoliberalismo imposto pelos tucanos.
A RIO + 20 vai valer pelo que se puder aprender de luta popular e pela consciência que essa luta é nas ruas e não em eleições de cartas marcadas
Gigantes são os trabalhadores e a bola da vez do terror de ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A é a Síria.

Nathan é um brilhante advogado que mora em Nova Iorque e possui uma carreira brilhante, bem diferente de sua vida pessoal que demoronou após o seu divórcio com Claire, seu único amor. Um dia ele conhece o doutor Kay (John Malkovich), um médico misterioso que se apresenta como o “Mensageiro” e alega pressentir quando alguém está próximo da morte. Nathan custa a acreditar na profecia do médico, até que ele testemunha alguns acontecimentos que confirmam as palavras do tal médico e mostram que seus dias na terra estão se esgotando - Elio Mollo

ILHA DE MIDWAY NO OCEANO PACÍFICO - Elio Mollo


ILHA DE MIDWAY NO OCEANO PACÍFICO
Na remota ilha Midway, no Oceano Pacífico, encontraram-se restos de plásticos nos esôfagos de 90% das crias de albatroz.
O Atol Midway é um atol de 6,2 quilômetros quadrados localizado no norte do Oceano Pacífico, a noroeste do Havaí e próximas da linha internacional de mudança de data. O nome da ilha dá-se pelo fato de ela estar no meio do caminho entre Tóquio e São Francisco. Em junho de 1942, quando os japoneses tentaram conquistar a Ilha de Midway os americanos ganharam a batalha.
O pequeno vídeo (3:55 min), mostra a ilha de Midway em pleno Oceano Pacífico, a mais de 2.000 milhas de qualquer costa. Nesta ilha não habita ninguém a não ser aves marinhas, no entanto.
..

Este vídeo mostra a glória de uma cantora: Lara apresenta-se para cantar e toda a platéia começa a cantar a canção que ela consagrou: "Je t'aime". Lara não consegue começar a cantar e, após algum tempo, passa a acompanhar a assistência, visivelmente emocionada. E, chorando, conclui a música cantando alguns pequenos trechos, mais para como agradecer ao público em delírio, do que para fazer a sua representação. Notável a cena - Barbet

Tudo bem... existiam outras formas de se separar... Alguns cacos de vidro teriam podido, talvez, nos ajudar Neste silêncio amargo, eu decidi perdoar Os erros que se pode Tudo bem... a criança em mim te chamava frequentemente... E quase como uma mãet, você me cercava, me protegia Eu roubei de você este sangue que não devia ser compartilhado E ao fim das palavras, dos sonhos, eu vou gritar Eu te amo, eu te amo Como um tolo, como um soldado Como uma estrela de cinema Eu te amo... eu te amo.. Como um lobo, como um rei Como um homem, que eu não sou... Veja só... eu te amo assim! Tudo bem... eu confiei à você todos os meus sorrisos, todos os meus segredos... Mesmo aqueles que só um irmão é o guardião incofessável E nesta casa de pedra, Santan nos olhava dançar Eu queria tanto a guerra dos corpos que só se faziam a paz Eu te amo, eu te amo Como um tolo, como um soldado Como uma estrela de cinema Eu te amo... eu te amo.. Como um lobo, como um rei Como um homem, que eu não sou... Veja só... eu te amo assim!

domingo, 10 de junho de 2012

Une chanson d'amour pour la Saint Valentin - Barbet

ENAMORAR
Barbet

09/06/2012

Ah! Eu acho que sei...

Sonhar acordada,
Beijar de forma apaixonada,
Aquela pessoa tão desejada
Guardada no coração.

Emoção indefinível,
Nas letras do alfabeto,
Por estar tão incompleto,
Neste momento de opção.

Amar é o sentido da letra,
Na música tão delicada,
Tocada ao fundo da Carta,
Transmitindo toda a paixão.

Enamorar é jamais esquecer,
Aquele conjunto de fatores,
Criadores da cumplicidade,
Com a pessoa especial.

Enamorar é te guardar,
Longe de toda "mise en scène",
No palco de minha ilusão
Onde apenas TU existes.

Enamorar é estar,
Em qualquer parte do mundo,
Ou mesmo fora dele
E ter-te sempre comigo.

Enamorar tem um Nome,
Chama-se "A Grande Emoção",
A mais bela de todas,
Pois, quarda toda ilusão.

(Poema dedicado)

***