sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ao Facebook, Microsoft e IBM:
Enquanto usuários preocupados ao redor do mundo, exigimos que retirem imediatamente seu apoio ao CISPA (Ato de Proteção e Compartilhamento de Ciber Inteligência). Nossa democracia e liberdades civis estão sob ameaça dos poderes de vigilância da Internet excessivos e desnecessários que esse projeto de lei garante ao governo dos EUA. A Internet é uma ferramenta importante para as pessoas ao redor do mundo trocarem ideias e trabalharem coletivamente para construir o mundo que todos queremos. Exigimos que mostrem uma verdadeira liderança global e façam tudo que for possível para proteger nossa liberdade de Internet.
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Triste evolução - Barbet

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pelo Brasil - Pelo Mundo - Barbet

No Rio de Janeiro, famílias e jovens celebraram a Hora do Planeta na cidade maravilhosa na praça do Arpoador. A festa teve iluminação de LED e foi animada por música, artistas circenses e grupo de dança. Brasília celebrou a Hora do Planeta no parque ecológico Olhos D´ Água, com apresentação de coral, acompanhado pelo público à luz de velas. . Em Manaus, os moradores do bairro do Japiim, na Zona Sul. desligaram as luzes do Parque Lagoa do Japiim. O grupo Pedala Manaus promoveu uma bicicletada especial, que saiu do Parque dos Bilhares e foi até o Teatro Amazonas Em Campo Grande, além de apagar monumentos históricos da cidade, foi realizado um evento na Praça do Rádio, com atrações musicais, de dança, capoeira e teatro. O público também usou velas para desenhar o símbolo da Hora do Planeta. Ao todo, 133 cidades brasileiras aderiram ao movimento, que este ano contou com a participação de todas as capitais do país. Nas cidades que participaram do evento, 580 monumentos tiveram suas luzes apagadas. Veja a galeria de imagens com fotos da Hora do Planeta 2012 pelo Brasil .

[Carta O BERRO] Texto de Leonardo Boff - Corrupcao - Vanderley Caixe

Corrupção: crime contra a sociedade

14/04/2012
Segundo a Transparência Internacional, o Brasil comparece como um dos países mais corruptos do mundo. Sobre 91 analisados, ocupa o 69% lugar. Aqui ela é histórica, foi naturalizada, vale dizer, considerada com um dado natural, é atacada só posteriormente quando já ocorreu e tiver atingido muitos milhões de reais e goza de ampla impunidade.
Os dados são estarrecedores: segundo a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) anualmente ela representa 84.5 bilhões de reais. Se esse montante fosse aplicado na saúde subiriam em 89% o número de leitos nos hospitais; se na educação, poder-se-iam abrir 16 milhões de novas vagas nas escolas; se na construção civil, poder-se-iam construir 1,5 milhões de casas.
Só estes dados denunciam a gravidade do crime contra a sociedade que a corrupção representa. Se vivessem na China muitos corruptos acabariam na forca por crime contra a economia popular. Todos os dias, mais e mais fatos são denunciados como agora com o contraventor Carlinhos Cachoeira que para garantir seus negócios infiltrou-se corrompendo gente do mundo político, policial e até governamental. Mas não adianta rir nem chorar. Importa compreender este perverso processo criminoso.
Comecemos com a palavra corrupção. Ela tem origem na teologia. Antes de se falar em pecado original, expressão que não consta na Bíblia mas foi criada por Santo Agostinho no ano 416 numa troca de cartas com São Jerônimo, a tradição cristã dizia que o ser humano vive numa situação de corrupção. Santo Agostinho explica a etimologia: corrupção é ter um coração (cor) rompido (ruptus) e pervertido. Cita o Gênesis: “a tendência do coração é desviante desde a mais tenra idade”(8,21). O filósofo Kant fazia a mesma constatação ao dizer:“somos um lenho torto do qual não se podem tirar tábuas retas”. Em outras palavras: há uma força em nós que nos incita ao desvio que é a corrupção. Ela não é fatal. Pode ser controlada e superada, senão segue sua tendência.
Como se explica a corrupção no Brasil? Identifico três razões básicas entre outras: a histórica, a política e a cultural.
A histórica: somos herdeiros de uma perversa herança colonial e escravocrata que marcou nossos hábitos. A colonização e a escravatura são instituições objetivamente violentas e injustas. Então as pessoas para sobreviverem e guardarem a mínima liberdade eram levadas a corromper. Quer dizer: subornar, conseguir favores mediante trocas, peculato (favorecimento ilícito com dinheiro público) ou nepotismo. Essa prática deu origem ao jeitinho brasileiro, uma forma de navegação dentro de uma sociedade desigual e injusta e à lei de Gerson que é tirar vantagem pessoal de tudo.
A política: a base da corrupção política reside no patrimonialismo, na indigente democracia e no capitalismo sem regras. No patrimonialismo não se distingue a esfera pública da privada. As elites trataram a coisa pública como se fosse sua e organizaram o Estado com estruturas e leis que servissem a seus interesses sem pensar no bem comum. Há um neopatrimonialismo na atual política que dá vantagens (concessões, médios de comunicação) a apaniguados políticos.
Devemos dizer que o capitalismo aqui e no mundo é em sua lógica, corrupto, embora aceito socialmente. Ele simplesmente impõe a dominação do capital sobre o trabalho, criando riqueza com a exploração do trabalhador e com a devastação da natureza. Gera desigualdades sociais que, eticamente, são injustiças, o que origina permanentes conflitos de classe. Por isso, o capitalismo é por natureza antidemocrático, pois a democracia supõe uma igualdade básica dos cidadãos e direitos garantidos, aqui violados pela cultura capitalista. Se tomarmos tais valores como critérios, devemos dizer que nossa democracia é anêmica, beirando a farsa. Querendo ser representativa, na verdade, representa os interesses das elites dominantes e não os gerais da nação. Isso significa que não temos um Estado de direito consolidado e muito menos um Estado de bem-estar social. Esta situação configura uma corrupção já estruturada e faz com que ações corruptas campeiem livre e impunemente.
A cultural: A cultura dita regras socialmente reconhecidas. Roberto Pompeu de Toledo escreveu em 1994 na Revista Veja: “Hoje sabemos que a corrupção faz parte de nosso sistema de poder tanto quanto o arroz e o feijão de nossas refeições”. Os corruptos são vistos como espertos e não como criminosos que de fato são. Via de regra podemos dizer: quanto mais desigual e injusto é um Estado e ainda por cima centralizado e burocratizado como o nosso, mais se cria um caldo cultural que permite e tolera a corrupção.
Especialmente nos portadores de poder se manifesta a tendência à corrupção. Bem dizia o católico Lord Acton (1843-1902): ”o poder tem a tendência a se corromper e o absoluto poder corrompe absolutamente”. E acrescentava:”meu dogma é a geral maldade dos homens portadores de autoridade; são os que mais se corrompem”.
Por que isso? Hobbes no seu Leviatã (1651) nos acena para uma resposta plausível: “assinalo, como tendência geral de todos os homens, um perpétuo e irrequieto desejo de poder e de mais poder que cessa apenas com a morte; a razão disso reside no fato de que não se pode garantir o poder senão buscando ainda mais poder”.
Lamentavelmente foi o que ocorreu com o PT. Levantou a bandeira da ética e das transformações sociais. Mas ao invés de se apoiar no poder da sociedade civil e dos movimentos e criar uma nova hegemonia, preferiu o caminho curto das alianças e dos acordos com o corrupto poder dominante. Garantiu a governabilidade a preço de mercantilizar as relações políticas e abandonar a bandeira da ética. Um sonho de gerações foi frustrado. Oxalá possa ainda ser resgatado.
Como combater a corrupção? Tarefa ingente e difícil: pela transparência total, por uma democracia ativa e participativa pela qual os cidadãos se acostumam a vigiar a aplicação dos dinheiros públicos, por uma justiça isenta e não corruptível, pelo aumento dos auditores confiáveis que atacam antecipadamente a corrupção. Como nos informa o World Economic Forum, a Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes; o Brasil apenas, 12.800 quando precisaríamos pelo menos de 160.000. Mas mais que tudo lutar por um outro tipo de democracia menos desigual e injusta que a persistir como está, será sempre corrupta, corruptível e corruptora.
*teólogo, filósofo e escritor, autor de A violência na sociedade capitalista e do mercado, em A Voz do Arco-íris, Rio de Janeiro 2004.

Laerte Braga

Enquanto a rainha má, Hilary Clinton chega ao Brasil com a maçã de um acordo de livre comércio entre Brasil e EUA, a ALCA pelas beiradas, Cristinha Kirchener retoma o petróleo argentino entregue por Meném e suspende as operações de uma das gigantes dos transgênicos, a Bungo, por evasão fiscal. Aqui, nem CPI da Privataria e Collor de Mello e Renan Calheiros na Comissão de Ética que vai julgar Demós...tenes Torres. Para piorar a Colômbia já começa a ocupar o Brasil no antigo SIVAM, mudou de nome agora. É o estado narco/terrorista chegando no plano GRANDE COLÔMBIA. Vai daí que nossas forças armadas estão empenhadas em defender assassinos como Brilhante Ulstra e outros espalhados pelo País. Está bravo o trem, muito bravo. D. Ideli Salvati compra lanchas e depois pede contribuição para a campanha do PT. E a presidente tem mania de gritar com seus ministros e assessores para exigir eficiência. Onde? Quando? Como? Cada qual tem a FURNAS que merece ou pode né?

Mon Cher Poète a pessoa mais linda que já conheci - Barbet

Em busca de um sonho é um filme maravilhoso e comovente, que nos mostra a história de Nello, um humilde garoto órfão que resolve enfrentar as adversidades da vida, partindo em busca de seu sonho, o de tornar-se um grande pintor. Nello embarca numa desafiante jornada onde aprenderá o verdadeiro valor da amizade, da compaixão e do perdão, sempre acompanhado de seu fiel cachorro. Um filme com excelentes interpretações e uma belíssima fotografia. Um filme inesquecível!

É que arde o medo onde o amor ardia... - Barbet

Haroldo

domingo, 8 de abril de 2012

Alerta - Barbet


O  presidente Hugo Chávez, em um importante discurso realizado ontem em um evento relacionado ao programa “Gran Misión Vivienda Venezuela” denunciou que o candidato da direita e da coligação politica chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD) que é o Sr. Henrique Capriles Radonski está articulado com o governo dos Estados Unidos e de setores oligárquicos do Continente para desestabilizar o país, produzir muita violência antes e depois das eleições e com isso tentar conquistar o poder de forma ilegítima. E advertiu que não mais contemporizará com os golpistas (tal como fez em 2001, 2002 e 2003) e caso tal fato se efetue de forma mais visível ele reagirá e fará com com os desestabilizadores se arrependam para sempre. Também denunciou que alguns bancos nacionais e internacionais estão atuando na linha desestabilizadora e caso prossigam no intento criminoso serão desapropriados e nacionalizados. O vídeo cujo endereço está abaixo transcrito mostra o discurso de Chávez com suas advertências, mostrando que a melhor defesa para os interesses populares é atuar no ataque, pois o citado governante tem grande apoio popular, tem o apoio da poderosa Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e da solidadade dos povos da América Latina e mundo. Jacob David Blinder

Démerson Dias


“Onde estão os gestos de paz do governo colombiano?" - Vanderley Caixe


Entrevista com Carlos Lozano
Carlos Lozano é advogado e periodista, diretor do jornal comunista VOZ, membro do Comitê Central do Partido Comunista Colombiano e da organização Colombianos e Colombianas pela Paz. Ele fez parte de uma equipe de conselheiros no tema de paz, nos diálogos do “Caguan”, entre a guerrilha das FARC-EP e o governo da Colômbia, nos anos de 1998-2002. Lozano é um dos colombianos que mais tem estudado sobre processos de paz, tem escrito numerosos livros e artigos sobre a temática e conta com uma vasta experiência como facilitador de processos de paz na Colômbia.
Nos últimos dias de março a Agenda Colômbia-Brasil encontrou-se com Lozano, na cidade de Rio de Janeiro, na qual este estava participando de um evento internacional. Nesse momento da entrevista a conjuntura colombiana apontava para a liberação de forma unilateral, dos 10 prisioneiros de guerra que ainda estavam em poder FARC-EP, realizada em dia 2 de abril e muitas organizações sociais e de direitos humanos realizavam exigências ao governo de Juan Manuel Santos para verificar a situação nas cadeias onde estão os presos políticos.
Carlos Lozano acredita nas possibilidades da construção da paz na Colômbia e nos mostra a urgência dessa construção.
Agenda Colômbia-Brasil: Como você vê as possibilidades de um processo de paz na Colômbia?
Carlos Lozano: Bom, o que fica claro é que na Colômbia para resolver o conflito social e armado, que existe há mais de cinco décadas, só é possível fazê-lo pela via política, pela via do diálogo, sobre a base de soluções democráticas, de uma abertura social, progressista, que erradiquem as causas do conflito, as causas históricas e as causas mais recentes que afetam os tecidos sociais e a precariedade da democracia em Colômbia. Historicamente têm-se feito muitos esforços a partir da guerrilha e a partir da esquerda a fim de abrir um caminho para o diálogo, para a solução política democrática do conflito. Mas, sempre se há tropeçado com as resistências da classe dominante em aceitar as mudanças de fundo. O que eles querem é uma paz de graça, querem a desmobilização da guerrilha, mas sem produzir as mudanças que são necessárias para fortalecer a democracia e a justiça social.   
A.C: A oligarquia colombiana mantém resistência quanto a um diálogo que implique uma paz com justiça social?
C. L: Desde esse ponto de vista as coisas não mudaram muito na Colômbia, estamos quase como se a historia tivesse sido detida. A oligarquia colombiana mantém essa resistência de um diálogo que implique uma paz construtiva, uma paz com democracia e com justiça social. Mas não tenho a menor dúvida que em médio prazo vai impor-se uma saída para o diálogo, um espaço para o diálogo. Esse é o cenário previsível para os próximos meses, porque, sem dúvida, depois de mais de meio século de conflito, de uma guerra degradada, não fica mais alternativa tanto para o governo como para a insurgência, que a de buscar essa possibilidade de acercamento, de superar as desconfianças recíprocas para que com o acompanhamento da sociedade colombiana, e porque não, da comunidade internacional, se possa abrir um diálogo sobre a base de uma agenda política e social concreta em transformações.
A.C: À classe dominante lhe convém a paz…
C.L: À classe dominante colombiana, à oligarquia colombiana, lhe convém a paz porque a maior quantidade dos recursos públicos, dos recursos do Estado, além da suposta ajuda dos Estados Unidos e dos outros países, estão sendo destinados para guerra. Tamanhos recursos são quase mais de 8% do produto interno bruto, o equivalente do que inverte o país de seu próprio orçamento, mais as ajudas para a guerra, está se chegando a cifras de 8% do produto interno bruto, que poderia ser melhor convertido na satisfação das necessidades sociais represadas, em um país que tem o “recorde” de ser o terceiro país com maior desigualdade, um país no qual existem os maiores índices de concentração da propriedade sobre a terra e onde existem poucos grupos econômicos, cinco ou seis grupos que monopolizam toda a produção industrial, que têm os melhores negócios nos setores financeiros. Esta é uma situação insustentável.
Semelhantes situações, mesmo para estes grupos dominantes, se convertem em uma espécie de entrave para o crescimento da economia. Então, se requer a paz, mas a paz com democracia, com justiça social. Não se pode pensar que a paz precisa existir para manter o status quo.
Eu acredito que estamos às portas de um melhor ambiente. Enquanto exista o conflito estaremos levados a situações trágicas, a confrontações, a situações que são lamentáveis nacional e internacionalmente. Mas, de todas as maneiras, acredito que estamos em um novo espaço, em um momento distinto da vida política nacional, em que o tema da paz e da guerra vai ocupar a agenda do governo nacional, dos partidos políticos, das organizações sociais e também da comunidade internacional que estiver atenta ao processo colombiano.
A.C: Agora com a entrega unilateral dos prisioneiros de guerra evidenciou-se também o tema de prisioneiros políticos e presos de opinião. Como está esta situação?
C.L: É curioso que o governo colombiano reconheceu a existência do conflito depois que o governo Uribe não a reconhecia, então Santos deu um passo supostamente audaz de reconhecer que na Colômbia existe um conflito. Mas, o reconhecimento do conflito tem as suas implicações: há uns combatentes, há outros não combatentes; é necessário estabelecer o princípio de distinção entre uns e outros. Há que aplicar o direito internacional humanitário e é preciso reconhecer que a única via de resolução do conflito é a via política do diálogo e não a da confrontação armada. Mas, o governo, mesmo que reconheça o conflito, não dá esse passo. É aí que vemos que o governo não reconhece a existência de presos políticos, de prisioneiros de guerra. Que eles existem sabemos, pois há combatentes, há presos políticos que são de consciência, presos de opinião, companheiros e companheiras que foram detidos em suas atividades sindicais, sociais; integrantes de partidos da esquerda que são levados aos estrados judiciais, sindicados como amigos e colaboradores da guerrilha. Processam-lhes por rebelião que é um delito tipicamente político, quando não lhe estendem a outro tipo de delitos, acomodados para sustentar com mais força estes processos judiciais arranjados. Assim, este é um tema que o governo tem que aceitar e, sobretudo neste momento que a guerrilha tem feito mais gestos humanitários.
A.C: Os gestos de paz da guerrilha das FARC…
C.L: A guerrilha das FARC derrogou a lei 002, que era a que estabelecia as retenções por razões econômicas. Está entregando 10 membros da força pública que são os últimos que estavam em seus poder, que em todos os últimos anos, ao largo de décadas, haviam mantido em qualidade de prisioneiros de guerra. Então, são gestos de paz que ajudam a diminuir a intensidade do conflito.
A.C: E os gestos de paz do governo…
C.L: Onde estão os gestos de paz do governo, quando nem sequer se reconhece a existência de presos políticos, enquanto se mantém a política neoliberal de liquidação das conquistas dos trabalhadores, do povo e do agravamento das más condições de vida. Enquanto seguem as privatizações, enquanto segue as ofensivas contra a esquerda, a violação aos direitos humanos, as Nações Unidas pronunicaram que seguem as execuções extrajudiciais, que não são outra coisa do que chamamos “falsos positivos”. Então: onde estão os gestos de paz do governo? Aí é onde enfocamos (planteamos).
Por isso, desde Colombianos e Colombianas pela Paz temos dito ao governo que o mínimo que pode fazer, uma vez se produzam as liberações, é permitir as visitas da missão humanitária internacional às prisões. Assim, poderão verificar em lócus qual é a situação dos presos políticos e dos prisioneiros de guerra na Colômbia. Isto é muito importante que o país e a comunidade internacional conheçam, não somente como problema de agitação e de publicidade, se não para que o governo poda introduzir mudanças nas prisões. É preciso que humanizem as cadeias colombianas, que lhe dêem dignidade a quem está encarcerado, não somente por delitos políticos, mas também por outro tipo de delitos. As prisões realmente são masmorras que se converteram em espaços vulneráveis para os direitos humanos. Isto foi dito pelas Nações Unidas e pela Defensoria do Povo, não é um discurso da esquerda somente. Assim, é a hora de que o governo atenda isso e faça os gestos de paz. Santos diz que tem em suas mãos as chaves da paz, mas elas não funcionam, nem sequer para fazer gestos similares aos que está fazendo a guerrilha colombiana neste momento.
A.C: A respeito das relações de solidariedade política internacional, que papel você acha que poderia fazer o Brasil para contribuir à um processo de paz e para a situação que vive a Colômbia?
C.L: Basicamente eu diria que são três de ordem geral para a solidariedade internacional e um agregado, que são: O respaldo às organizações sociais colombianas que estão propondo (planteando) a paz, não somente “Colombianos e Colombianas pela paz” que é, talvez, a mais conhecida, mas há outras, múltiples organizações que trabalham nesse sentido e é necessário apoiá-las. A comunidade internacional deve respaldá-las e fazer chegar até elas a suas vozes de alento, na exigência de que é preciso parar a guerra na Colômbia e abrir um cenário de paz, de diálogo, de saída política da crise colombiana. Em segundo lugar o tema dos direitos humanos, na Colômbia seguem sendo violando os direitos humanos com os deslocados pela violência, o tema dos dirigentes da esquerda, dirigentes sindicais ameaçados, que estão sofrendo atentados e perseguições por parte de organismos de inteligência do estado. Terceiro, o tema dos presos políticos na Colômbia. Há quase nove mil presos segundo dizem as organizações de solidariedade e que estão esquecidos do mundo, porque quase ninguém fala da situação deles, é como se não existissem, mas, realmente, estão em situações precárias. Nestes dias estiveram em greve de fome, chamando a atenção do país e do exterior, sobre a situação que padecem e exigindo as visitas humanitárias.
A.C: E o agregado?
C.L: O agregado é para o caso concreto do Brasil. O Brasil tem se mostrado disposto a colaborar no tema de paz e no tema humanitário, vêm aportando os helicópteros e a logística. Desde esse ponto de vista merece o nosso reconhecimento, nosso agradecimento porque é um gesto de solidariedade para que estas missões humanitárias possam se realizar. Mas, ao mesmo tempo está vendendo armas ao estado colombiano. Armas que estimulam a guerra e a confrontação. Os aviões tucanos são dos que mais se utilizam nos bombardeios de terra arrasada na Colômbia, não somente para destruir a guerrilha, se não também para inundar de bombas, de toneladas de bombas o campo colombiano, sem importar que aí existem camponeses, agricultores, que existem aí propriedades de pequenos agricultores e que esta destruição não é somente da vida das pessoas, mas também das suas vivendas, dos animais, contaminando todo o ambiente na selva colombiana.
Assim, o Brasil não pode auspiciar isso. Em lugar de vender armas ao estado colombiano para a guerra o que deve é vincular-se às comissões de apoio, de verificação, de promoção do diálogo e da saída política. Sendo assim, atores da paz na Colômbia, mais do que atores da guerra.

Agenda Colômbia-Brasil
A Solidariedade é dos Povos!!!

[Carta O BERRO] Relações da mídia com a ditadura: sobre um histórico debate da Falha de São Paulo - Vanderley Caixe

Relações da mídia com a ditadura: sobre um histórico debate da Falha de São Paulo

Aconteceu na noite desta quinta-feira, na Casa Fora do Eixo, em São Paulo, um programa histórico da Pós-TV de Lino Bocchini, sobre o tema da cumplicidade entre a mídia brasileira e a ditadura militar de 1964-85. Reuniram-se Lino, a jornalista Thaís Barreto, do Núcleo da Memória, a pesquisadora Beatriz Kushnir e o jornalista e escritor Alípio Freire. Bia talvez seja a principal pesquisadora brasileira das relações entre a mídia e a ditadura, e é autora do livro Cães de Guarda: jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988 (Boitempo, 2004), fruto de sua tese de doutoramento na Unicamp, para a qual realizou mais de sessenta entrevistas. Alípio foi militante da Ala Vermelha, grupo dissidente do PcdoB. Preso pela Operação Bandeirantes em 1969, esteve no DOPS, no Presídio Tiradentes, na Casa de Detenção do Carandiru e na Penitenciária do Estado de São Paulo. Trabalhou duas vezes na empresa Folha, a primeira em 1968, e depois de 1975 a 1979, período no qual testemunhou a demissão de Cláudio Abramo a pedido do II Exército.
O programa pode ser assistido na íntegra aqui:

No programa, Beatriz explica que dois fatos serviram de trampolim inicial para sua pesquisa. Os dez primeiros censores que chegaram a Brasília para servir à ditadura eram jornalistas, o que por si só já coloca em pauta a cumplicidade que norteia o livro. Em segundo lugar, na morte de Joaquim Alencar de Seixas sob tortura, no DOI-CODI (SP), ocorrera um fato curioso: seu filho Ivan Seixas, também torturado pelo carniceiro David dos Santos Araújo (que trucidava seres humanos no DOI-CODI com o codinome “Capitão Lisboa”), lera na Folha da Tarde a notícia da morte do pai 24 horas antes de que ela ocorresse. Numa saída com os torturadores, Ivan vê a manchete e, depois de regressar ao inferno do DOI-CODI, encontra seu pai ainda vivo. Ele só seria assassinado um dia depois.
O episódio mostra – e há outros do mesmo tipo – que a colaboração da Folha com a ditadura militar foi além do apoio puro e simples, em editoriais golpistas antes de 31/03/1964 e em sustentação ideológica depois de instalado o regime. Essa colaboração também incluía a produção antecipada da mentira sobre a morte, manchetada, em geral, como resultado de um tiroteio ou um acidente antes que o regime procedesse ao assassinato da vítima. No momento do assassinato, a vítima já estava, perante os olhos do público, “morta como resultado de tiroteio [ou acidente]”. A morte de Eduardo Leite, o Bacuri, assassinado pela ditadura, também foi anunciada antecipadamente, e de forma mentirosa, pela Folha. Seus torturadores chegaram a lhe exibir, no cativeiro, os jornais que afirmavam que ele havia fugido da prisão.
A pesquisa de Bia Kushnir e o testemunho de Alípio Freire também confirmam a já conhecida história do empréstimo de carros do grupo Folha às operações do DOI-CODI. Os carros serviram para albergar agentes da repressão em eventos de protesto contra a ditadura, para que dali eles capturassem ativistas de esquerda com mais facilidade. Os carros também foram usados para transportar presos políticos.
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O programa de Lino, que é uma verdadeira aula de história do Brasil, também tocou no tema da auto-censura e da delação. Como exemplo desta última, Alípio citou fato ocorrido no dia 07 de setembro de 1975, quando ele trabalhava an TV Bandeirantes. Alípio afirmou que depois de editada sua matéria sobre os desfiles, Roberto Corte Real, locutor do jornal do meio-dia, telefonou para a Polícia Federal, que recebeu cópias do programa.
No esforço de desarquivar o Brasil, é importante também abrir a caixa-preta da imprensa, inclusive para que os jornalistas que hoje lá trabalham possam saber um pouco mais sobre a história que lhes precede. Apesar da pesquisa pioneira de Beatriz e dos vários testemunhos de militantes anti-ditadura como Alípio, é impressionante como ainda sabemos pouco sobre esse capítulo do Brasil.
A QUEM INTERESSA A PRESCRIÇÃO ? - Ir Alberto

Nos Estados Unidos, Inglaterra e França não há prescrição. Se alguém comete um crime, passe o tempo que passar, quando for preso irá cumprir sua pena. Aqui no Brasil ninguém cumpre sua pena. Primeiro porque os processos são eternos. Depois porque o crime prescreve. Assim, até hoje nenhum parlamentar, juiz ou governante pagou pelos crimes que um dia cometeram. E não pagarão enquanto vigir o instituto da prescrição. A quem interessa a prescrição ? Ao cidadão trabalhador e pobre com certeza não. Só aos endinheirados e detentores de foro privilegiado - parlamentares, governantes, ministros e juízes.
O Blog Manifesto a Nação enviou ao Congresso Nacional mais de cem ementas de projetos de lei , entre estes o fim da prescrição nos direito civil e criminal do Brasil. Até agora nenhum deputado ou senador se manifestou a respeito . Por quê ?
Ajude a revogar o instituto da prescrição acessando e divulgando os projetos defendidos pelo Manifesto a Nação.

A Maior História já Contada - "Zeitgeist, o Filme", do norte-americano Peter Joseph, já teve 10 milhões de acessos desde quando foi lançado, em julho de 2007. Barbet

Com uma hora de duração, o filme, que até agora não bateu no circuito comercial, começa bem: história e astronomia puras, de mãos dadas, na tentativa de mostrar que Jesus Cristo teria sido uma invenção, digamos, da "mídia" romana para apascentar as massas. Os suaves estertores dessa teoria começam devagar para tentar provar que Jesus Cristo, nas palavras de Peter Joseph, é um "híbrido", um antropomorfismo que englobou várias entidades solares, de outras culturas milenares. Todas nascidas a 25 de dezembro, todas filhas de virgens, todas com 12 discípulos, todas crucificadas e ressuscitadas após 72 horas de suas inumações, vulgo enterros.

A primeira seção do vídeo é impecável, plangente e tira você do sério. Vejamos: desde 10000 a.C., entidades solares têm sido purpurinamente festejadas em várias culturas. O deus egípcio Hórus, por exemplo: nasceu a 3000 a.C., é um messias solar que luta contra o messias das trevas, Set, rei na noite. Hórus nasceu a 25 de dezembro, é filho de Isis-Meri, uma virgem. Quando nasceu, três reis seguiram as pegadas de sua aurora. Como Cristo, começou a pregar aos 12 anos de idade e foi batizado também aos 30 anos.

Tifão (como Judas a Cristo) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou três dias depois. Na Frígia, temos outro caso: o messias Attis nasce a 25 de dezembro, da virgem Nana, e passa por martírio, traição e calvário como Cristo.

Na Índia, em 900 a.C., Krishna nasceu da virgem Devaki, no mesmo dia de Cristo. Tudo igual, também, refere o filme, a Dionísio, na Grécia de 500 a.C., o mesmo também para Mittra, na Pérsia, renascido, depois de uma traição, a 25 de dezembro, só que em 1200 a.C. O que nivela os destinos de tantos avatares, tão iguais em culturas tão díspares e tão distantes em seus tempos e latitudes? "Zeitgeist" sustenta que, no hemisfério norte, a 22 de dezembro, o Sol encontra o seu ponto mais baixo, o solstício de inverno. A partir dessa data, por três dias, ele fica parado, morto. Volta a se mexer, isto é, renasce, somente a 25 de dezembro. No dia em que o astro atinge seu ponto mais baixo, você pode ver em cima dele o Cruzeiro do Sul, ou seja: o sol morreu na cruz. Em 25 de dezembro o sol volta a renascer e se alinha nos céus com a estrela mais brilhante na Terra nessa data, Sírius, que por sua vez está alinhada com as Três Marias.

O filme tenta dizer que essas coincidências astrológicas porfiaram por construir, em várias culturas, entidades solares, como Cristo, cujos apóstolos, por exemplo, nada mais representam que as 12 constelações pelas quais o sol passa durante 365 dias. Se você acha que tudo isso é lorota, veja o vídeo.

sábado, 7 de abril de 2012

Laerte Braga

A solicitação ou cogitação da Secretaria Geral da ONU de pedir o envio de tropas brasileiras à Síria é um simples jogo de cooptação da forças armadas brasileiras no processo de terror imposto ao Oriente Médio pelos Estados Unidos e Israel. Já é um escárnio a presença de militares brasleiros no Haiti e agora a presença de uma fragata brasileira nas forças que vigiam o Irã - apesar dos eufemismos qu...e usam . O governo Dilma cometeu o erro de enviar a fragata sob comando de um almirante, cometerá outro maior se aceitar um eventual convite para participar da "paz" na Síria. Os EUA e Israel (que hoje vai ocupando setores estratégicos em nosso país na moita e o responsável é Lula querem apenas transferir os custos da guerra que fazem, dos seus interesses envolvendo outros países e pior, criando condições objetivas para o controle das nossas forças armadas (comandaram o golpe de 1964 até com general deles aqui que falava português) e no futuro, eliminar qualquer perspectiva de nação livre, soberana, caminhos próprios, transformando-nos definitivamente em parte da Grande Colômbia que é como chamam a área que envolve Colômbia, Venezuela, Equador, Bolivia e Amazônia brasileira, para depois cuidar do resto, vale dizer, virarmos entreposto. O governo precisa acordar, se é que tem interesse e já não está dominado, penso que está e as forças armadas brasileiras, agarradas à intransigência de admitir que deram um golpe em 1964, expurgaram militares brasileiros lato senso, de evitar a punição de torturadores, precisam decidir se são forças armadas brasileiras ou forças auxiliares do império terrorista e capitalista dos EUA e de israel.

Te Amo - Barbet

Quem realmente foi Maria Madalena? Este documentário baseado no best-seller de Dan Burstein e Arne de Keijer trará muitos esclarecimentos sobre esta enigmátiga personagem bíblica - Barbet

O Evangelho Proibido de Judas - BBT

Ele é um dos homens mais odiados da história: Judas Iscariotes, o apóstolo que traiu Jesus. Durante séculos, seu nome significou deslealdade e trapaça. Mas esta imagem pode mudar. Escondido por quase duzentos anos, um evangelho ancestral emerge das areias do Egito e conta uma versão muito diferente sobre os últimos dias de Jesus, questionando o retrato de Judas como o "apóstolo do mal". Junte-se a National Geographic e a um time de investigadores bíblicos enquanto eles exploram a história deste extraordinário texto e lutam com seu significado religioso. Começou a corrida para determinar a autenticidade deste documento, reunindo seus pedaços antes que suas delicadas páginas se transformem em pó. Com dramatizações de qualidade cinematográfica e análises profundas de alguns dos maiores especialistas do mundo, O Evangelho Segundo Judas revela ao mundo moderno uma nova abordagem da traição que Jesus teria sofrido. Oque a igreja escondeu durante 2 mil anos,com exclusividade pra você !

Beethoven - 10.000 pessoas cantando no Japão - Antonioxistonet

Tenho recebido de vários amigos este filme estonteante: “Beethoven – 10.000 people singing in Japan!” Todos admiram, mas não explicam que aqueles 10.000 cantores estão ali gratuitamente, movidos por uma causa comum: lembrar os desaparecidos na catástrofe de há um ano, próximo de Sendai, no norte do Japão. Esta “cerimónia” é transmitida de Sendai, o maior centro urbano das proximidades da catástrofe de 2011! Como os japoneses (orientais e de outra cultura) lembram os desaparecidos e se unem no esforço de reconstrução... com o “Hino da Alegria!”… O Beato Diogo Carvalho, um missionário jesuíta, natural de Coimbra, martirizado em Sendai, em 22 de Fevereiro de 1624, deve ter lá estado em espírito a iluminar aquelas vozes!... E viram como estão todos vestidos?... Não há um único a destoar. Em 1993, aquando dos 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão, não conseguimos reunir nos Jerónimos 450 vozes para cantar a mesma parte da Nona Sinfonia!... Só quem viveu entre os japoneses ou os conhece profundamente percebe o que está por trás deste belíssimo espectáculo... Sem dúvida, um povo ultra civilizado!... Já em 1550 São Francisco Xavier percebeu isso muito bem!... Vejam, ouçam, deliciem-se e emocionem-se!...

QUESTÃO DE NOME - Laerte Braga

Imagine que por esse Brasil continental num arroubo de “patriotismo”, naquele negócio de “ame-o ou deixe-o”, um pai vestido de verde e amarelo tenha ido ao cartório registrar o nome do filho e o nome dado ao funcionário era exatamente o de Emílio Garrastazu Medice, o carniceiro de plantão à época. E que tenha ficado assim Emílio Garrastazu Medice da Silva.
Jorge Rafael Videla foi um dos mais cruéis ditadores da safra latino americana de tiranos nas décadas de 60 e 70. Um funcionário público de 34 anos de idade conseguiu na justiça argentina mudar o seu nome de batismo. Jorge Rafael Videla. Segundo disse ao juiz o pai havia feito uma aposta com um irmão. O primeiro a ser pai de um filho homem daria o nome do presidente.
O funcionário alegou que perdeu empregos, era alvo de críticas, chacotas, enfim, que o nome Jorge Rafael Videla só lhe trazia problemas. O ex-ditador cumpre pena de prisão perpétua. Foi autorizado a mudar o nome. Agora é Jorge Videla Shiel. O sobrenome é o da mãe.
No Brasil há uma lei que proíbe nomes considerados aberrações. Garrastazu Medice seria sim uma aberração.
No auge da carreira do apresentador de tevê Flávio Cavalcanti – de extrema direita e com papel importante no golpe de 1964 – um pai num estado do Nordeste tentou colocar o nome de Flávio Cavalcanti Rei da Televisão Brasileira em seu filho. Não conseguiu.
Esses nomes bizarros são acrescidos de contradições. Em Minas houve ou há, não se tem notícia dele mais, um Lenine Hitler. 
Bem mais sincero e autêntico foi Mané Garrincha que quando um pai lhe disse, ao final do treino no Botafogo, que seu filho iria chamar Garrincha, disse na bucha – “deixa de ser bobo, bota João que é melhor”.
Sincero e autêntico porque Garrastazu Medice teria enviado um telegrama ao pai do hipotético Emílio Garrastazu Medice da Silva, até tirado foto com o bebê, como fez Flávio Cavalcanti. Foi além do telegrama. Passou quinze minutos de um dos seus programas falando sobre o fato e declinando “modestamente” da homenagem.
Em tempos passados quanto mais nomes fossem dados ao bebê mais forte ele seria. Era costume na nobreza. Dom Pedro II tinha quinze ou dezesseis nomes.
A quantidade de Luís Carlos existente no Brasil resulta do extraordinário prestígio popular do líder comunista Luís Carlos Prestes. Mas nenhum Luís Carlos Prestes do Partido Comunista Brasileiro da Silva. Luís Carlos bastava.
Quando o presidente Eurico Gaspar Dutra cassou o registro do PCB alegando tratar-se de organização estrangeira, um dos temores da direita no Brasil era que Prestes, então senador eleito pelo PCB no Rio de Janeiro, a capital do País, viesse a disputar a presidência e vencesse.
Eu não posso adivinhar o motivo que levou a mãe ou o pai do governador de Minas, Antônio Anastásia a buscar esse nome. Em voga à época o nome da princesa Anastácia, suposta sobrevivente da família real russa após a revolução de 1917.
Mas posso imaginar que o colírio Moura Brasil aliviou problemas oftalmológicos de Colírio Moura Brasil de Sousa.
Getúlio Vargas foi outro que deixou uma “prole” imensa. Juscelino nem tanto e Jânio nem deu tempo, renunciou com sete meses de governo.
Pelé andou em voga durante um bom tempo, mas com seu nome de batismo, Edson.
É fácil entender porque tanto José e tanta Maria. O curioso aí é que José é só José e Maria é das Graças, de Fátima, das Dores, Maria José, da Piedade e vai por aí afora.
Um senhor de escravos, barão dos velhos tempos, para que não houvesse erros quanto ao tratamento a ser dispensado à sua filha chamou-a de Senhorinha Barão não sei das quantas. Lá pelo fim, depois do sexto ou sétimo qualificativo, vinha o nome Maria da Glória.
O trem é complicado e nem Freud se aventurou por esse terreno.
Mas convenhamos Jorge Rafael Videla é dose para leão, como dose para leão seria – quem sabe não existe? – Emílio Garrastazu Medice da Silva. No caso do brasileiro o problema seria o desconhecimento da imensa maioria das pessoas. No máximo uma pergunta sobre o esquisito Garrastazu. Nome de carrasco francês.
Qual era o nome do cara que baixou a lâmina da guilhotina cortando o pescoço de Maria Antonieta? Garrastazu?
O daqui tinha métodos diferentes. Pau de arara, choques elétricos, estupros, porradas pura e simplesmente e um monte de garrastazuzinhos incrustrados em DOI/CODI tudo em nome da “democracia”.
Não tem uma semana essa turma andou pulando de pára-quedas numa praia do Rio de Janeiro, saudando o golpe de 1964 no Clube Militar e inflando o peito em patriotismo acendrado todos vestidos com a saia modelo Geisel da anistia ampla, geral e irrestrita.
Já o Videla original está na cadeia e lá vai ficar o resto da vida. É lugar de tiranos, de torturadores.
Nos velhos carnavais havia uma dessas marchinhas que hoje não se encontra mais, dizendo que em Cuba quem anda na contramão vai para o paredón e aqui, acaba na televisão.
Ou colunista da FOLHA DE SÃO PAULO.
Já pensou um pai patriota batizando o filho de Brilhante Ulstra Patriota do Brasil Pereira da Silva
Ia haver uma revolução só de Pereiras da Silva indignado

O CACHOEIRA É CACHOEIRINHA - Laerte Braga

A corrupção no Brasil é conseqüência do sistema político e econômico. A expressão “desprivatizar o Estado” foi usada, pelo menos eu a ouvi pela primeira vez, na campanha de 1989. E da boca de Roberto Freire, hoje um dos principais aliados da privataria tucana. Foi em resposta a uma pergunta numa palestra sobre os propósitos anunciados por Collor de Mello, ambos eram candidatos a presidente, de privatizar setores essenciais da economia.
Collor chamava isso de “modernizar o Estado”. Como não deu certo chamaram FHC.
Quem?
Os principais acionistas do Estado brasileiro. Banqueiros, grandes corporações nacionais e internacionais e latifúndio.
Quando a REDE GLOBO através do FANTÁSTICO denunciou uma série de contratos fraudulentos de terceirização de serviços públicos e colocou-se como paladina da moral e dos bons costumes, estava, na prática, denunciando bagrinhos que despencavam nessas várias cachoeiras da corrupção.
Se quisesse mesmo denunciar corrupção de alto coturno teria pego empresas como a QUEIROZ GALVÃO, a NORBERTO ODEBRECHT, a ANDRADE GUTIERREZ, os grandes bancos que operam no País, as companhias que foram agraciadas com os serviços de telefonia e energia no governo de FHC e todo o entorno da PETROBRAS que FHC conseguiu colocar em mãos de companhias estrangeiras, descaracterizando a empresa brasileira.
Ou toda a malha de máfias que opera os serviços públicos privatizados ou terceirizados e ainda os que executam obras públicas sob contrato.
Não o fez e nem o fará, existe concorrência entre essas máfias e a GLOBO é parte delas.
O mesmo vale para VEJA, hoje caracterizada como revista de uma banda do crime organizado.
Carlinhos Cachoeira é uma queda de pequeno porte diante das grandes quadrilhas financeiras e empresariais e Demóstenes Torres um anão perto de FHC, José Serra, Pedro Malan, Geraldo Alckimin, Aécio Neves, Daniel Dantas, Nagi Nahas, etc. Um fio d’água nesse processo.
Capitalismo e corrupção são inseparáveis. Um é parte intrínseca do outro.
Quando o então delegado Protógenes Queiroz chegou perto da cúpula dessas máfias, a prisão de Daniel Dantas, a reação foi imediata e fulminante. Gilmar Mendes, à época presidente do Supremo Tribunal Federal – STF – concedeu dois habeas corpus em menos de duas horas, a Operação Satiagraha foi desqualificada e Protógenes jogado no inferno da execração pública por supostas irregularidades na investigação. Ele, o juiz e o procurador que participaram da Operação.
Para tirar o foco da repercussão negativa dos habeas corpus, num espaço ínfimo de tempo arranjaram uma gravação de conversa entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, virou capa de VEJA e a acusação estrondosa – o gabinete de Gilmar Mendes estava sendo alvo de escutas ilegais por parte da ABIN. Lula não comprou a briga, como de fato não comprou nenhuma briga grande em seu governo, contornou os momentos difíceis – afinal é um clube de amigos e inimigos cordiais – e afastou o diretor da ABIN.
Mataram o assunto, esvaziaram a Satiagraha, recolocaram a “reputação” de Gilmar Mendes no seu lugar (um lugar complicado), mas essencial dentro do clube.
A maior parte, esmagadora, de deputados e senadores faz suas campanhas com doações de bancos, empresas e latifundiários. É uma forma de ver o problema dos financiamentos de campanhas eleitorais. No duro mesmo a esmagadora maioria dos deputados, senadores, governadores, prefeitos, deputados estaduais, etc, etc, é resultado de ajustes entre os principais acionistas do Estado. Compram, é simples.
Demóstenes Torres é um dos que integram o grupo de faz tudo. Fac totum. Opera para bancos, para empreiteiras, como opera para Carlinhos Cachoeira.
Desde as grandes quedas d’água como a QUEIROZ GALVÃO, os bancos, etc, como as pequenas, aquelas denunciadas pela GLOBO no FANTÁSTICO.
Há uma regra básica nas máfias. Se alguém cai as “famílias” cuidam das famílias do que caiu, mas esse vai para o brejo sozinho, pois se abrir a boca acorda no fundo de uma cachoeira preso a um bloco de concreto.
Demóstenes sabe disso. Não vai colocar em risco uma aposentadoria tranqüila. O argumento de seu advogado, segundo o qual as escutas eram ilegais, pois como senador tem foro privilegiado são ridículas. Carlinhos Cachoeira era o alvo das investigações, Demóstenes foi um peixe pego em meio a queda do fio d’água. No momento da denúncia basta ao procurador denunciá-lo ao STF e pronto. Não há como excluir essas escutas, essas gravações.
Qualquer governo que se disponha a governar segundo as regras do jogo acaba dentro dessa armadilha. Bancada evangélica, bancada ruralista, quadrilhas específicas que atuam no Congresso Nacional ao lado de figuras como Demóstenes, Stephan Nercessian, Roberto Freire, ACM Neto e por conta disso acaba desfigurado em seus propósitos como aconteceu com o governo Lula e acontece com o governo Dilma.
Refém de figuras como Michel Temer por exemplo
Sob constante ameaça de escândalos fabricados pela mídia de mercado.
Verdadeiros ou não.
Um exemplo? A GLOBO sabe que o sogro de Sérgio Cabral é o “dono” do negócio de transportes coletivos em boa parte dos municípios do estado do Rio, quer colocar as mãos no bonde de Santa Teresa e transformá-lo em privilégio para turistas, mas não denuncia.
O que há é guerra de quadrilhas, ou ajuste da placas tectônicas das máfias que operam e controlam o Estado como instituição em suas três dimensões (nacional, estaduais e municipais), situação que se repete historicamente desde a primeira quadrilha de banqueiros, ou grandes empresários, ou latifundiários, na história da humanidade.
Num dado momento alguém vai para o sacrifício. É preciso mostrar ao povo que “estão atentos” na vigilância da coisa pública.
Não é nem o caso da Polícia Federal nessa situação de Carlinhos Cachoeira. No duro mesmo entra de gaiato nessa conversa toda. No tempo de FHC nem se movia diante de verdadeiras monstruosidades no processo de privatizações.
Carlinhos Cachoeira, bandido sim, vai pagar o pato até um determinado ponto. Demóstenes Torres idem ibidem e o rio volta a correr normalmente até o momento em que vira a grande cachoeira de banqueiros, empreiteiros, latifundiários, as grandes corporações multinacionais que controlam o Brasil, o de sempre.
A questão é de modelo político e sistema econômico. O capitalismo não leva a lugar nenhum diferente disso que estamos vendo. A ênfase que a mídia de mercado coloca nas denúncias faz parte do espetáculo, do show para manter inerte e ludibriada a esmagadora maioria dos brasileiros.
Eike Batista, outro exemplo. Vira modelo de empreendedor, de gerador de progresso, etc, mas salva o seu, afunda suas empresas com o dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – e vende tudo para um fundo de Abu Dhabi.
E o Brasil e os brasileiros vamos para as cucuias.
Ao lado as privatizações do governo FHC, um dos maiores crimes que se cometeu contra o País foi o acordo de livre comércio entre o Brasil e Israel, no governo Lula. Grupos econômicos sionistas começaram a comprar o País de forma voraz e o que chamam de potência emergente, aquela que surge no cenário como protagonista, é apenas potência de ocasião, ou seja, no tempo certo, a critério dos donos, vira entreposto.
Estão infiltrados em setores chaves do Estado.
Por trás do fio d’água Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres, o governador Marcondes Perrillo de Goiás (que retirou de circulação a revista CARTA CAPITAL em seu estado por revelar suas ligações com Cachoeira), existe uma corja muito maior.
Está aboletada no Estado, controla o mundo institucional e nenhuma eleição vai resolver esse tipo de problema.
A luta é nas ruas até porque nem somos mais o ponto nevrálgico da América Latina como dizia Nixon e sempre imaginaram os norte-americanos. Somos agora parte da Grande Colômbia.
E isso tudo com governo petista. Imagine se fosse tucano.

domingo, 1 de abril de 2012

ONDE ESTÁ O AMOR?
Barbet
01 abril 2012

Certamente,
Caminhando por aí, prestando atenção,
Procurando um Lugar para se alojar.
Ele não é exigente, simplesmente sente e
Precisa de algo para combinar.

Bem, o Vejo no sorriso verdadeiro,
Nas palavras do poeta se forem do coração,
Nas escritas dos jornalistas coerentes,
Na emoção que alimenta tantas lutas,
Na labuta mais pesada pelo pão.

Por vezes,
Esconde-se atrás das palavras mais ríspidas,
Quando direcionadas ao melhoramento,
No acalento tão necessário á vida,
Nos pequenos momentos.

Ele é tão necessário,
Morremos por ele se for preciso,
Instiga OS mais céticos a pensar e
Tenta fazê-lOS de alguma forma acreditar
Na força de se conseguir amar.

Ah! O amor é apaixonante,
Uma utopia para OS mais resistentes,
Presente sempre mesmo quando não se sente,
Ao alcance das mãos em modo transparente,
Fast-food Na linguagem popular,
Basta querer aceitar.

***

ORAÇÃO DE UM VICIADO CRÔNICO TERMINAL EM CRACK.(A AMY WINEHOUSE)



Eu te disse que eu era problema, você sabe que eu não sou boa
Eu me enganei como eu sabia que enganaria
Eu te disse que eu era problema, você sabe que eu não sou boa
I know I´m no good

crack nosso que estais no céu,
santificado seja o vosso nome,
vem a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
A pedra nossa de cada dia nos daí hoje,
perdoai-nos as nossos roubos,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem roubado,
não nos deixei cair em abstinência
mas livrai-nos da overdose
Amém.