quarta-feira, 30 de junho de 2010

[Carta O BERRO] A DIETA DOS FRANCESES. Medicina, Saúde e Alimentação - Vanderley - Revista

O Dr. Will Clower, médico neurofisiologista desenvolveu, durante sua estada de dois anos no Institute of Cognitive Science, em Lyon, na
França, um plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta e, ainda assim, emagrecer com saúde, como os franceses.
"Descobri que os franceses violam todas as regras alimentares que estipulamos para nós. E, apesar de seus cremes, queijos, manteigas e pães, a taxa de obesidade na França é de apenas 11,3% da população, segundo pesquisa realizada em 2005 pela Internacional Obesity Task Force.
O programa de emagrecimento saudável é baseado em quatro grandes princípios básicos: comer alimentos de verdade, aprender a comer, reduzir a quantidade de comida e ser ativo, sem necessariamente se exercitar".
" Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios. Onde estavam os produtos lights? "
Segundo o médico, estamos inundados de alimentos artificiais - açúcares sintéticos, gorduras sintéticas e produtos alimentícios artificiais. Falta-nos reaprender o que é comida de verdade, já que é a ingestão dela que proporciona ao corpo a nutrição na forma de que ele necessita. Clower afirma que em vez de estimular a ingestão de novas substâncias químicas para enganar o organismo, o programa mostra porque alimentos de verdade funcionam em favor do corpo.
"Temos que reaprender o que é comida de verdade.
Alimentos de verdade são os produtos naturais, que podem ser encontrados em um texto de biologia e que normalmente fazem parte da cadeia alimentar. Refrigerantes não dão em árvore, margarina é uma invenção, e os corantes, conservantes e estabilizantes que aumentam a vida do produto não foram feitos parao nosso corpo", defende.
Em sua observação dos costumes alimentares franceses, o médico descobriu que os franceses não comem alimentos processados, não evitam gorduras, chocolates e nem carboidratos, não tomam suplementos alimentares, não se abstêm do vinho no almoço e no jantar e não comem com pressa. Ao adotar os hábitos franceses, ele e a mulher emagreceram onze e cinco quilos, respectivamente.
- Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios - fileiras e fileiras de queijos, uma geladeira inteira só pra iogurtes e queijos frescos...
Onde estavam os produtos lights?
Entre outras dicas, Clower prescreve uma limpa na despensa e na geladeira, com o auxílio de que se deve ter em casa , fala sobre os benefícios da cerveja e do vinho, com moderação, é claro, da importância de se passar mais tempo à mesa, usufruindo do sabor da comida e de como isso auxilia a diminuir o tamanho das porções, e da necessidade de se manter ativo. Os resultados, garante ele, surgem em seguida.
Plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta
1 - Comer devagar. Comer muito rápido faz comer mais.
O estômago demora cerca de 20 minutos para mandar um sinal para o cérebro. Comendo devagar, o cérebro tem tempo de receber a mensagem de que seu corpoestá satisfeito.
2 - Garfadas menores.. O paladar está na superfície da língua. Se a sua boca está cheia de comida, você nem sente o gosto.
3 - Concentre-se na comida. Comer em frente à TV ou no carro faz o momento se tornar irrelevante. A falta de atenção faz com que se coma demais.
4 - Apóie o garfo no prato. Se ainda tem comida na sua boca, coloque o garfo no prato. Não o encha novamente até que tenha engolido.
5 - Sirva a comida em pratos pequenos. Isso resolve dois problemas de uma só vez: o de lavar a louça e o fato de você comer com os olhos.
6 - Comida sem gordura engorda. Comidas sem gordura não satisfazem e contêm mais açúcares.
7 - Se não for comida, não coma. Nosso corpo sabe o que é comida de verdade: carnes, frutas, verduras. Invenções como coca-cola causam
problemas de saúde e de sobrepeso.
8 - Coma em etapas. Coma a salada primeiro. Isso ajuda a ganhar tempo à mesa e previne que você coma rápido e em grande quantidade.
9 - Gordura é necessária na dieta. Seu corpo e cérebro necessitam de gordura para serem saudáveis. Você come uma quantidade normal de
gordura quando come alimentos de verdade, como manteiga, azeite, ovos, castanhas e queijos.
10 - Alta qualidade da comida leva a comer menos quantidade.

Alimentos que se deve ter em casa:

Peixes (salmão, sardinha, atum)
Grãos (granola, aveia, arroz)
Hortaliças (feijões, cebola, batata, abóbora, tomate)
Óleos e vinagres (azeite de oliva, óleo 100% vegetal, vinagre)
Produtos de padaria (farinha, ervas, temperos, açúcar mascavo, pimenta, sal)
Lanches (frutas desidratadas, biscoitos não-hidrogenados, nozes, azeitona)
Condimentos (mostarda, maionese de verdade)
Lacticínios (manteiga, queijo, ovos, leite, iogurte)
Bebidas (café, cerveja, suco de fruta, chá, água, vinho)

**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UM REFRIGERANTE**

Base 1 lata padrão

Primeiros 10 minutos:
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente.
Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.

20 minutos:
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura.
(É muito para este momento em particular.)

40 minutos:
A absorção de cafeína está completa.
Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde
bombeando mais açúcar na corrente.
Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.

45 minutos:
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de
prazer do corpo. Fisicamente, funciona como com a heroína.

50 minutos:
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino
grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros
adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina.

60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina.
Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os
quais seus ossos precisariam.
Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar..
Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante,
mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta
ao seu organismo.
Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais!!!
Em sendo possível, dê preferência por aqueles que se vê as frutas
(de boa procedência) sendo preparadas.
Seu corpo agradece!*
Esta não é uma campanha para prejudicar a venda deste ou daquele refrigerante, mas sim, uma Campanha pela Saúde; sua e do seu bolso, que deixará de comprar muitos remédios....

A TAL TECNOLOGIA - Laerte Braga

João Saldanha costumava dizer que quando eliminassem erros de juízes o futebol ia para o brejo. Referia-se a parar o jogo e conferir na telinha. A mesma opinião tem o ex-presidente da FIFA João Havelange. Resistiu durante anos a pressões para mudanças nas regras. Só aceitou coibir que o goleiro pegue com as mãos bola atrasada.
Duvido que o bandeirinha não tenha percebido que a bola chutada pelo atacante inglês, seria o gol do empate, entrou. Como duvido que o outro bandeirinha não tenha percebido o impedimento de Téves no gol contra o México. De qualquer forma futebol tem dessas coisas, a Inglaterra foi campeã do mundo em 1966 com uma bola que não entrou e contra a mesmíssima Alemanha.
Em 1978 a Argentina comprou um argentino naturalizado peruano, o goleiro Quiroga, para fazer o gol a mais que necessitava e passar às finais. Foi campeã do mundo, a despeito do excelente futebol que sempre teve, num gesto de agradecimento de Havelange à ditadura militar por apoio em sua reeleição para a FIFA.
Foram duas copas claramente manipuladas.

O curioso é que a crítica a armação, evidente, foi de Cláudio Coutinho, ex-capitão do Exército e técnico da preferência dos militares para a seleção depois do fracasso na Copa de 74. Falou em Brasil, “campeão moral”.
Na Copa inventou um quarto zagueiro, Edinho, de lateral esquerdo e barrou Rivelino e Nelinho. Coutinho surgiu em 1970, auxiliar de preparador físico, uma espécie de fiscal dos militares na Comissão Técnica.
E exatamente depois do episódio de destituição de João Saldanha. Desde que declarou que não convocaria Dario para satisfazer o presidente da República, Saldanha estava com os dias contados. “Eu não nomeio os ministros dele, ele não convoca os jogadores da minha seleção”.
A miopia de Pelé que tanto badalam foi por outra razão. Não se tratava de miopia oftalmológica, digamos assim, mas mental no curso de um processo em que o jogador estava sendo triturado. E Saldanha não barrou Pelé, apenas afastou o jogador e recomendou a ele tomar uma decisão. Só isso. É uma questão pessoal não vale falar aqui.
Futebol tem esses trens complicados. Uma vez Veiga Brito era presidente do Flamengo e chegou a um “acordo” com o goleiro Manga do Botafogo. Semana de partida decisiva entre os dois times. Contaram a Saldanha, que contou a Zagalo, que chamou Lídio Toledo e deram uma prensa em Manga. Pior, fizeram-no jogar. Manga pegou tudo.
Ao final, sentindo-se logrado, Veiga Brito, homem de confiança de Carlos Lacerda, disse que “estranho que o Manga só pegue tudo contra o Flamengo, não passa nem pensamento”. Estava chorando o “acordo” não cumprido.
Saldanha, da cabine onde comentava o jogo, deu uma espinafrada em Veiga Brito ao vivo e acabou deixando a história transparecer. Manga foi à sede do Botafogo tirar satisfações e a disparidade de tamanho entre o goleiro e o comentarista/técnico era de tal ordem que Saldanha puxou dum 22 e deu um tiro para o chão.
Quem conhece a sede em General Severiano no Rio não consegue compreender o fantástico pulo que Manga deu depois de disparada corrida, falo dos muros.
Uma vez numa resenha esportiva Saldanha chamou Castor Andrade no braço, mas fez uma exigência. “Sem os seus capangas e sem arma, só na mão”. Isso ao vivo. Chamaram os comerciais e a coisa ficou por isso mesmo. Castor não foi.
Copa do Mundo tem dessas armações e dessas coisas. Mas tem também uns esquemas fora de esquadro. João Lyra Filho, irmão de Lyra Tavares, ministro do Exército no golpe dentro do golpe em 1968, era o presidente da antiga CBD, hoje CBF, em 1954. No intervalo do primeiro para o segundo tempo, como o Brasil estivesse perdendo da célebre seleção húngara de Puskas, etc, fez um discurso patético. “O Brasil, neste momento, é a pátria de chuteiras”.
Deu no que deu, perdemos de quatro a dois e Didi ainda deu umas chuteiradas patrióticas em alguns húngaros.
Mário Vianna, com os dois “n” esculhambou o juiz do jogo, um inglês chamado Mister Ellis. Era um dos árbitros daquela Copa e naquele tempo juízes falavam o que bem entendiam.
O Brasil também fez das suas. Garrincha fora expulso no jogo contra o Chile, semifinal da Copa de 1962 e seria julgado pelo tribunal esportivo da FIFA. O jogo final foi contra a Tchecoslováquia. Paulo Machado de Carvalho procurou Estaban Marino, juiz da partida, deu-lhe uma gratificação e o dito cujo, uruguaio, viajou para seu país naquela mesma noite com a súmula do jogo. Não houve como punir Garrincha. Jogou a final e o Brasil ganhou o bi-campeonato. Ganharia de qualquer jeito.
O que deu na cabeça do goleiro Bruno do Flamengo num sei. É prematuro falar em crime, pelo menos até a descoberta de um corpo, ou de uma confissão, mas é difícil deixar de considerar os indícios. São muitos.
Estava de malas prontas para a Milan, seria o substituto de Dida. Deve ter pensado em votar em José Arruda Serra e isso causa diarréia mental.
Todas as vezes que citam Zico como exemplo disso e daquilo, falam em supercraque fico pensando onde enfiar o jogador nas seleções de 58, 62 e 70? Foi campeão do mundo como assistente de Luís Felipe Scolari que nem olhava para a cara dele no banco e nem em lugar nenhum. Engoliu uma decisão de Ricardo Teixeira. Chegou ao Flamengo e desestruturou tudo. Desde o técnico Andrade a uma série de decisões equivocadas.
Quando começou o futebol no Japão, começou a ser levado a sério, Saldanha dizia que qualquer um brasileiro poderia ser técnico lá era só ensinar os caras a chutar em gol e mostrar onde ficava o gol.
É claro que Zico foi um excelente jogador, mas nada além disso. Nem chega aos pés de Garrincha, Pelé, Didi, Gérson, Zizinho e outros tantos.
E se alguém disser que poderia ser um substituto para Vavá, ou para Jairzinho nas copas de 58. 62 e 70, basta lembrar o pífio desempenho que teve nas copas que jogou.
Em 1958 o técnico Vicente Feola substituiu Dino Sani por Zito, notáveis jogadores. Foi explicar a Dino o motivo da substituição. “Você é globetrotter, preciso de alguém que jogue para o gol”.
Não sei se o Brasil passa pela Holanda. O gol dos holandeses contra a Eslováquia foi um meio frango do goleiro. Robben é de fato um excelente jogador e complica jogar pela direita e puxar e chutar com a esquerda. Que nem lutador canhoto, o adversário acha que o caminhão vem de um lado e surge de outro. Só resta perguntar depois se alguém anotou a placa. Mais nada.
Mourinho anulou a figura na final da copa européia de clubes. E a zaga era formada pelo brasileiro Lúcio e o argentino Samuel, de quebra Maicon na lateral-direita.
Para variar, logo depois da “briga” GLOBO versus Dunga, a rede começou a dar destaque a tudo que Maradona falava e fazia. Num dado momento a direção percebeu que estava torcendo contra – como estão, é uma organização estrangeira que atua no Brasil –. E a FOLHA DE SÃO PAULO num anúncio da rede Pão de Açúcar deu o Brasil como eliminado. Está lá tentando explicar a fria. São mestres nesse negócio de notícias falsas. GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO. Só falta VEJA para completar.
Fátima Bernardes deve entrevistar Maradona ao vivo e nu, promessa dele, se a Argentina for campeã. E Miriam Leitão nem está lá para comentar as implicações econômicas que o Irã e a Venezuela provocam na Copa do Mundo, tudo por culpa de Lula e sua política externa.
Que pena. Podia fazer dupla com Bial, ou trio com ela, Bial e Lúcia Hipólito, no quarteto de Fátima Bernardes.
Bonner iria escrever um editorial iracundo para ser lido no FANTÁSTICO
No duro mesmo batem cabeça até agora para tentar entender essa história do vice de Arruda Serra. Vão achar um novo bode expiatório, seja o Brasil campeão ou não. Dunga e sua “teimosia”.
Tudo com a tal de tecnologia.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Trancado no quarto - Barbet

Tenho observado que as pessoas que estão passando por graves problemas obsessivos, como a tal da depressão, da síndrome de pânico e agora uma mais moderna, medo de morrer repentinamente, tendem a se esconder em seus quartos e ali montam uma barreira contra tudo e contra todos, não saindo para comer, beber, conversar ou viver.

Perguntei para o meu anjo por que as pessoas se escondiam em seus quartos, por que todos preferiam os quartos, não poderia ser o banheiro, a sala, a garagem ou a casinha do cachorro?
Não, as pessoas com problemas se escondem nos quartos.
Ele sabiamente me respondeu que faz parte do sistema obsessivo enterrar a pessoa, ou seja, deixá-la sem vontade de viver, de encontrar qualquer luz, aliás, luz não faz bem para os depressivos, eles trocam facilmente o dia pela noite, preferem ficar acordados durante a madrugada e dormir o resto do dia, pelo medo dos sonhos a noite, e pelo profundo pânico de viver o dia.
Aquilo que chamamos de energias negativas, obsessores espirituais, inimigos do bem, ou outro nome qualquer que damos a essa energia que vai minando a pessoa, se aproveitam do fato de que a pessoa acredita de verdade que o mundo acabou, que não há mais salvação, que sem uma pessoa a vida não tem mais graça, sem aquele emprego nunca mais a pessoa será feliz, sem aquele parente que morreu a vida é uma porcaria, ou seja, quando o indivíduo começa a se negar, a desacreditar no amor e em sua capacidade de lutar e ser feliz, ele abre as portas para essas energias entrarem e fazerem uma grande festa, acabando com qualquer estímulo e forças que a pessoa possa ter.
Cuidado!
Abra os olhos e o coração, escreva cem vezes no papel da sua alma:
Eu me amo! Eu sou importante para o universo, para Deus, para a vida! Eu preciso gostar de mim para que as pessoas também gostem de ficar ao meu lado!
Nunca se esqueça de usar as maiores armas que nós possuímos para vencer o mal: o nosso sorriso, a nossa alegria, a confiança e a fé no Ser Superior que a tudo governa.
Atenção redobrada diariamente.
Pintou uma tristeza?
Espante-a cantando.
A dor te visitou?
Despache-a com a alegria.
O desânimo chegou?
Derrote-o com um novo sonho.
O amor se foi?
Arrume outro hoje mesmo!
O dinheiro acabou?
Amanhã é outro dia e você pode correr atrás dele novamente.
Os amigos se foram
Pior para eles, não sabem o grande amigo que você é.
Seja feliz acreditando que as estrelas brilham para você, mesmo que o seu vizinho também acredite que elas brilhem por causa dele, é de você que elas mais gostam!

JOGADORES SANTISTA EVANGELICOS NÃO ENTRAM EM CASA ESPIRITA, PASTOR BATISTA ESCREVE SOBRE - Bismarck Frota Xerez

No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos atual campeão paulista de futebol, foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.
Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.
Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a), todos ídolos super-aguardados.
O motivo teria sido religioso, a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral.
Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.
Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.
o Pastor ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise sobre o ocorrido e escreveu .
No Brasil, futebol é religião por Ed Rene Kivitz.
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.
A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.
Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.

[Carta O BERRO] Abaixo com os verdadeiros "Senhores das Guerras" - O soldado americano que narra apareceu morto 2 dias depois do discurso - ...Vanderley - Revista

A autopsia revelou ter sido um ataque cardíaco ( já sabemos o que realmente aconteceu - foi assassinado)...

sábado, 26 de junho de 2010

[Carta O BERRO] Na proxima quinta-feira dia 1/7 estaremos inaugurando a exposição "A Ditadura no Brasil - 1964/1985" na sede da OAB em Bauru - Vanderley - Revista

Companheir@s,
Na proxima quinta-feira dia 1/7 estaremos inaugurando a exposição "A Ditadura no Brasil - 1964/1985" na sede da OAB em Bauru quando o ministro Paulo Vannuchi deverá fazer uma palestra sobre o PNDH-3
Quem puder comparecer será bemvindo.
Obrigado,
M.Politi

UM ANO DO GOLPE EM HONDURAS - Laerte Braga

Há um ano militares hondurenhos derrubaram o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya. Seguiam a risca uma decisão arbitrária da Suprema Corte do país, com respaldo do Congresso e comando militar e político de dentro da base norte-americana em Tegucigalpa. O golpe fora decidido em Washington um mês antes e articulado pelo senador republicano John McCain, adversário de Obama nas eleições presidenciais.
Zelaya contrariava os interesses dos donos e zelava pelos interesses do povo hondurenho.
A receita de sempre, nada diferente do golpe militar de 1964 no Brasil. “Patriotas” comandados pelo general Vernon Walthers e pelo embaixador Lincoln Gordon “salvaram” o Brasil das garras do comunismo. Encheram as prisões de opositores, torturaram, estupraram, assassinaram e contaram com os caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO para a desova dos cadáveres. Tudo com financiamento FIESP/DASLU.

No dia internacional contra a tortura, milhares de torturados, desaparecidos e mortos na América Latina ao longo de anos e anos a fio, torturadores continuam impunes e agindo nos porões da “democracia cristã e ocidental”, em nome do “patriotismo canalha”.
A menina Alyssa Thomas, de seis anos, moradora no estado de Ohio, EUA, está na lista de passageiros suspeitos de terrorismo e impedidos de voar. Foi o que revelaram as tevês CNN e FOX. Os pais de Alyssa descobriram que a filha era considerada “terrorista” numa lista secreta do Departamento de Segurança Interna do governo norte-americano quando pretendiam embarcar num vôo de Cleveland para Mineapolis.
Alyssa acabou embarcando, mas o Departamento de Estado não quis explicar as razões que incluíram a menina na lista e tampouco dar explicações sobre o assunto e a tal lista.
O físico José Goldenberg disse em entrevista que o Brasil não abriu mão de construir uma bomba atômica e tampouco desenvolver outras armas nucleares a despeito de ser um dos signatários do tratado de não proliferação de armas nucleares. Goldenberg foi ministro de FHC, o presidente brasileiro que assinou o tratado. É um dos principais agentes de Israel no Brasil.
Um general norte-americano que não dorme mais que duas horas por noite, vive de forma espartana e tem como companheira de vida a guerra, resolveu desafiar o presidente do seu país alegando que era preciso enviar mais tropas ao Afeganistão e permitir o uso de determinado tipo de arma para sufocar a guerrilha talibã. A média de soldados norte-americanos mortos naquela guerra é de oito por dia e a opinião pública dos EUA começa a se perguntar se o país não está atolando num novo Vietnã.
Especialistas dizem que sim. O general foi forçado a retratar-se e demitido.Na cabeça dele armas químicas, biológicas e nucleares de pequeno porte seriam suficientes para ganhar a guerra. A concepção de Madeleine Albright, secretária de Estado de Bil Clinton, sobre a morte de 200 mil crianças iraquianas vítimas de subnutrição por conta do bloqueio econômico e de sanções diversas. “É um preço que a democracia tem que pagar”.
O golpe em Honduras teve todos os ingredientes das farsas democráticas montadas em Washington para manter a América Latina sob controle. Presença do cardeal hondurenho levando as bênçãos suásticas/pedófilas de Bento XVI aos golpistas, chegada ao palácio presidencial com um enorme crucifixo e missa pelo restabelecimento da “democracia”, um sem número de prisões, assassinatos de opositores, tortura e um arremedo de eleição que levou ao governo Pepe Lobo.
As prisões, a tortura e os assassinatos de líderes e resistentes ao golpe continuam no governo de Lobo. Os interesses das empresas norte-americanas foram mantidos intactos e a base militar dos EUA no país funciona como espécie de palácio de governo de fato.
Com toda a certeza outro general que não dorme mais que duas horas, vive de maneira espartana, controla com mão de ferro o governo Lobo.
Grupos empresariais de várias partes do mundo admitiram que gastam perto de 50 milhões de dólares por ano para “ajudar” os partidos de oposição na Venezuela a derrubar o presidente Hugo Chávez. Dentre esses “contribuintes para a democracia” traficantes de droga, de armas, de mulheres, banqueiros, grandes multinacionais com ênfase para laboratórios farmacêuticos (Chávez adotou o modelo cubano de saúde) e empresas petrolíferas.
No Brasil o candidato indicado por Washington para tentar suceder o presidente Lula, o tucano José Arruda Serra acusa o presidente Evo Morales da Bolívia de fazer corpo mole com o tráfico de drogas e detona o MERCOSUL.
Quer submissão total a Washington. Privatizar a PETROBRAS. Transformar o país numa imensa base de operações militares do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, assegurando o controle dessa parte do mundo.
Todo o roteiro de campanha de Arruda Serra chega pronto de Washington, elaborado por Schecther y Associados – CLSA –, sob a batuta do marqueteiro Peter Schecther, perito em golpes de estado e em repetir mentiras a exaustão até que se tornem “verdades” (deve ter sido o inspirador do JORNAL NACIONAL).
A agência trabalha para o Departamento de Estado, assiste “aliados” na América Latina e no caso de Honduras recebeu um “contrato” de 200 mil dólares do governo golpista de Micheletti para “vender” a imagem de sabão que lava mais branco e tira manchas dos torturadores e assassinos que tomaram conta do país.
Ajudou nas campanhas presidenciais de FHC no Brasil, nos “trabalhos” de compra de deputados e senadores para aprovar a reeleição, está de corpo e alma na campanha de Arruda Serra.
O governo brasileiro não reconhece o governo ilegítimo de Honduras e foi parte decisiva na reação ao golpe.
Uma das leituras que não pode ser deixada de lado no caso do golpe de Honduras é o seu caráter de aviso. Norte-americanos não estão dispostos a perder o controle dessa parte do mundo, a manter a exploração de países como o Brasil e é sabido que detêm o controle das forças armadas ditas brasileiras em sua maioria. Nas escolas militares do Brasil se ensina que a censura a imprensa, por exemplo, foi necessária para preservar a liberdade.
Aqui, os torturadores e assassinos continuam impunes. Hélio Costa, senador do PMDB e intérprete de um dos principais organizadores da Operação Condor, Dan Mitrione, é candidato ao governo de Minas com apoio do PT nas estranhas alianças que vão se formando e que mais à frente podem se transformar em grandes armadilhas.
A resistência em Honduras permanece. Movimentos sociais, sindicatos e cidadãos resistem à barbárie do governo Pepe Lobo controlado pelo comandante militar da base norte-americana e por empresários e latifundiários dos EUA. Militares hondurenhos não diferem de militares do resto da América Latina em sua maioria. Ao menor grito de Washington caem de quatro e assumem o papel de polícia e guardiões dos interesses daquele país.
A resistência em Honduras é mais que um símbolo, ou uma luta isolada. É de todos os latino-americanos debaixo da ameaça da selvageria do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
O que coloca na lista de suspeitos uma criança de seis anos de idade.
Vão acabar culpando o Irã por isso. E continuar a despejar bombas por todas as partes do mundo, onde entenderem que seus interesses estão ameaçados.
Em nome da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.
O modelo é Guantánamo a base do terror que mantêm em território ocupado em Cuba.
E essa violência crescerá tanto mais quanto se percebe que a Europa está falida e naufragando e o grande império tem milhões de desabrigados na crise que varreu o sistema bancário e imobiliário, mas garantiu o futuro dos executivos da indústria automobilística e uma polpuda reforma a um general maluco que deve achar que o comunismo vem pela água.
Honduras é um símbolo para toda a América Latina.

NUM DÁ NÉ ZÉ! - Laerte Braga

Imagine se um país presidido por José Arruda Serra e vice presidido por Álvaro Dias pode ser levado a sério? Não tem como. Na impossibilidade de “votar num careca e levar dois”, sonho dourado de Arruda Serra há alguns meses, José Roberto Arruda de vice, Álvaro Dias quebra o galho. É careca disfarçado, usa peruca.
A escolha foi por exclusão. Exceto a senadora Kátia Abreu, doida de pedra, mas não rasga nota de cem de jeito nenhum, quando o mordomo avisava que era Arruda Serra batendo à porta, o dono da casa mandava dizer que não estava.
Foi assim com Aécio, com Tasso e um monte de convidados. Quem vai entrar num navio fazendo água? E pior, em entrevista a jornalistas na Europa, onde passeia sua faraônica divindade, o ex-presidente Fernando Henrique manifestou dúvidas sobre a eleição de Arruda Serra e acrescentou “e olhem que estou tentando ajudar”.

No duro mesmo é preciso parar com essa avacalhação e levar democracia a sério. No auditório da FOLHA DE SÃO PAULO, onde chegou 42 minutos atrasados, na primeira fila, aguardando Arruda Serra, entre outros, o ex-governador Orestes Quércia.
O candidato tucano seria sabatinado. Foi sabatinado.
Em 1986 os tucanos paulistas ao perceberem que Quércia seria o governador e suas chances, ou a perspectivas de futuro político dentro do PMDB eram nulas, usaram a eleição de Quércia como pretexto para deixar aquele partido e fundar o PSDB. Segundo eles o objetivo era resgatar a história do antigo MDB, seus compromissos, conspurcados pela eleição de Quércia.
Estão de braços dados.
O desespero de Arruda Serra é de tal ordem que no vira e mexe de manda dizer que não estou, só volto depois de outubro, correram atrás do senador Álvaro Dias. Ou é vocação suicida, a do senador, ou então a peruca saiu do lugar e tampou os olhos, o dito cujo não enxergou nada e assinou sem ver. Aceito.
Putz!
A defensora da Amazônia, Marina da Silva passou quase sete anos no governo Lula e saiu do governo e do PT, agora diz que tudo está errado, que vai adotar políticas de defesa e garantia daquela região, mas financiada por empresários predadores da Amazônia.
É verde. Nem Gabeira agüentou o tranco. É Marina, mas diz que Arruda Serra também é bom.
A última pesquisa do GLOBOPE, antigo IBOPE, dá cinco pontos percentuais de vantagem a Dilma Roussef no primeiro turno e sete no segundo. Na avaliação de Arruda Serra isso não tem a menor importância e nem está preocupado com pesquisas.
Está correndo atrás de prefeitos dos partidos que formam a aliança “Brazil/PETROBRAX”, PSDB, DEM e PPS na corrida frenética desses senhores para a candidata do PT, pressentido o tamanho da fria. Arruda Serra está perdendo agora inclusive no Sudeste. Ou seja, nem mesmo São Paulo, o maior contingente eleitoral do País, consegue segurar uma eventual vitória nos demais estados dessa Região.
Em Minas, por exemplo, o ex-governador Aécio Neves tira Arruda Serra para dançar e depois cochicha com a turma que o negócio é Dilmatasia, mistura de Dilma com seu candidato ao governo Antônio Anastasia.
Aécio já chegou a dizer que chega “de carregar caixão”.
Um alerta. Se estiver ventando muito nos comícios do tucano o vice tem que segurar a peruca do contrário vai voar e revelar que na verdade continua o esquema “vote num careca e leve dois”.
Nada contra a peruca do senador e agora candidato a vice, problema dele, mas assim num dá Zé.
Os caras resolveram esculhambar com a democracia. Estão achando que eleição é brincadeira.
Só falta chamar o Galvão Bueno para ser o animador dos comícios.
Ah! Ia me esquecendo. No caso Dunga, que resolveu peitar a REDE GLOBO nesse negócio de exclusividade, a senhora Fátima Bernardes, barrada à porta da concentração do Brasil na África do Sul, passou, junto com a turma do JORNAL NACIONAL, o da MENTIRA, a endeusar Maradona. Até aí nada demais, nunca torceram a favor do Brasil em nada.
Que tal, no entanto, esclarecer se Dona Fátima vai sair correndo atrás de Maradona para uma exclusiva se a Argentina for a campeã? É que o técnico e ex-jogador disse que, nessa situação, vai desfilar nu pelo gramado.
Vai daí que nem CASSETA E PLANETA com seu humor tucano dá jeito. Num dá Zé, da maneira que as coisas estão indo com FHC “ajudando” fica piada pronta.
Arrumaram um careca disfarçado para manter o esquema de “vote num careca e leve dois”.
Peruca infiltrada.

CAMPO DE FUTEBOL - A cada dois segundos, uma área equivalente a um campo de futebol é devastada em nossas florestas. Temos que fazer alguma coisa. - Barbet

Cativar - Barbet

...Pensava que era única, eu a tinha como um tesouro e ela era cheia de mimos, vaidosa e muito inteligente, Um dia, em um caminho que certamente me levaria aos "homens" achei um jardim cheio delas, todas iguais a minha. Fiquei triste tive vontade de chorar. Mas e se ela souber? Isso me preocupou tanto. Ela iria ficar bem vermelha, tossir, fingiria morrer, tudo isso para escapar do ridículo. Eu teria que cuidar dela, fingindo não entender, se não, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade. E eu que pensei rico de uma flor sem igual. Mas a raposa me ensinou o significado de "cativar" , criar laços. Agora eu entendo, Minha rosa eu a reguei, a pus sob a redoma, abriguei-a com o pára-vento. Escutei-a queixar-se ou gabar-se ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa, ela me cativou e para mim ela é única. Foi o tempo que estive com a minha rosa que a fez especial para mim, embora existam milhares iguais a ela, ela é única.
Antoine De Saint-Éxupére

quinta-feira, 24 de junho de 2010

[Carta O BERRO] O bonito texto de Saramago sobre a reforma agrária - Vanderley - Revista

Oxalá não venha nunca à sublime cabeça de Deus a idéia de viajar um dia a estas paragens para certificar-se de que as pessoas que por aqui mal vivem, e pior vão morrendo, estão a cumprir de modo satisfatório o castigo que por ele foi aplicado, no começo do mundo, ao nosso primeiro pai e à nossa primeira mãe, os quais, pela simples e honesta curiosidade de quererem saber a razão por que tinham sido feitos, foram sentenciados, ela, a parir com esforço e dor, ele, a ganhar o pão da família com o suor do seu rosto, tendo como destino final a mesma terra donde, por um capricho divino, haviam sido tirados, pó que foi pó, e pó tornará a ser. Dos dois criminosos, digamo-lo já, quem veio a suportar a carga pior foi ela e as que depois dela vieram, pois tendo de sofrer e suar tanto para parir, conforme havia sido determinado pela sempre misericordiosa vontade de Deus, tiveram também de suar e sofrer trabalhando ao lado dos seus homens, tiveram também de esforçar-se o mesmo ou mais do que eles, que a vida, durante muitos milénios, não estava para a senhora ficar em casa, de perna estendida, qual rainha das abelhas, sem outra obrigação que a de desovar de tempos a tempos, não fosse ficar o mundo deserto e depois não ter Deus em quem mandar.

Se, porém, o dito Deus, não fazendo caso de recomendações e conselhos, persistisse no propósito de vir até aqui, sem dúvida acabaria por reconhecer como, afinal, é tão pouca coisa ser-se um Deus, quando, apesar dos famosos atributos de omnisciência e omnipotência, mil vezes exaltados em todas as línguas e dialectos, foram cometidos, no projecto da criação da humanidade, tantos e tão grosseiros erros de previsão, como foi aquele, a todas as luzes imperdoável, de apetrechar as pessoas com glândulas sudoríparas, para depois lhes recusar o trabalho que as faria funcionar - as glândulas e as pessoas. Ao pé disto, cabe perguntar se não teria merecido mais prémio que castigo a puríssima inocência que levou a nossa primeira mãe e o nosso primeiro pai a provarem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A verdade, digam o que disserem autoridades, tanto as teológicas como as outras, civis e militares, é que, propriamente falando, não o chegaram a comer, só o morderam, por isso estamos nós como estamos, sabendo tanto do mal, e do bem tão pouco.
Envergonhar-se e arrepender-se dos erros cometidos é o que se espera de qualquer pessoa bem nascida e de sólida formação moral, e Deus, tendo indiscutivelmente nascido de Si mesmo, está claro que nasceu do melhor que havia no seu tempo. Por estas razões, as de origem e as adquiridas, após ter visto e percebido o que aqui se passa, não teve mais remédio que clamar mea culpa, mea maxima culpa, e reconhecer a excessiva dimensão dos enganos em que tinha caído. É certo que, a seu crédito, e para que isto não seja só um contínuo dizer mal do Criador, subsiste o facto irrespondível de que, quando Deus se decidiu a expulsar do paraíso terreal, por desobediência, o nosso primeiro pai e a nossa primeira mãe, eles, apesar da imprudente falta, iriam ter ao seu dispor a terra toda, para nela suarem e trabalharem à vontade. Contudo, e por desgraça, um outro erro nas previsões divinas não demoraria a manifestar-se, e esse muito mais grave do que tudo quanto até aí havia acontecido.
Foi o caso que estando já a terra assaz povoada de filhos, filhos de filhos e filhos de netos da nossa primeira mãe e do nosso primeiro pai, uns quantos desses, esquecidos de que sendo a morte de todos, a vida também o deveria ser, puseram-se a traçar uns riscos no chão, a espetar umas estacas, a levantar uns muros de pedra, depois do que anunciaram que, a partir desse momento, estava proibida (palavra nova) a entrada nos terrenos que assim ficavam delimitados, sob pena de um castigo, que segundo os tempos e os costumes, poderia vir a ser de morte, ou de prisão, ou de multa, ou novamente de morte. Sem que até hoje se tivesse sabido porquê, e não falta quem afirme que disto não poderão ser atiradas as responsabilidades para as costas de Deus, aqueles nossos antigos parentes que por ali andavam, tendo presenciado a espoliação e escutado o inaudito aviso, não só não protestaram contra o abuso com que fora tornado particular o que até então havia sido de todos, como acreditaram que era essa a irrefragável ordem natural das coisas de que se tinha começado a falar por aquelas alturas. Diziam eles que se o cordeiro veio ao mundo para ser comido pelo lobo, conforme se podia concluir da simples verificação dos factos da vida pastoril, então é porque a natureza quer que haja servos e haja senhores, que estes mandem e aqueles obedeçam, e que tudo quanto assim não for será chamado subversão.
Posto diante de todos estes homens reunidos, de todas estas mulheres, de todas estas crianças (sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra, assim lhes fora mandado), cujo suor não nascia do trabalho que não tinham, mas da agonia insuportável de não o ter, Deus arrependeu-se dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de contrição, quis mudar o seu nome para um outro mais humano. Falando à multidão, anunciou: “A partir de hoje chamar-me-eis Justiça.” E a multidão respondeu-lhe: “Justiça, já nós a temos, e não nos atende. Disse Deus: “Sendo assim, tomarei o nome de Direito.” E a multidão tornou a responder-lhe: “Direito, já nós o temos, e não nos conhece." E Deus: "Nesse caso, ficarei com o nome de Caridade, que é um nome bonito.” Disse a multidão: “Não necessitamos caridade, o que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite.” Então, Deus compreendeu que nunca tivera, verdadeiramente, no mundo que julgara ser seu, o lugar de majestade que havia imaginado, que tudo fora, afinal, uma ilusão, que também ele tinha sido vítima de enganos, como aqueles de que se estavam queixando as mulheres, os homens e as crianças, e, humilhado, retirou-se para a eternidade. A penúltima imagem que ainda viu foi a de espingardas apontadas à multidão, o penúltimo som que ainda ouviu foi o dos disparos, mas na última imagem já havia corpos caídos sangrando, e o último som estava cheio de gritos e de lágrimas.
No dia 17 de Abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, perto de uma povoação chamada Eldorado dos Carajás (Eldorado: como pode ser sarcástico o destino de certas palavras...), 155 soldados da polícia militarizada, armados de espingardas e metralhadoras, abriram fogo contra uma manifestação de camponeses que bloqueavam a estrada em acção de protesto pelo atraso dos procedimentos legais de expropriação de terras, como parte do esboço ou simulacro de uma suposta reforma agrária na qual, entre avanços mínimos e dramáticos recuos, se gastaram já cinqüenta anos, sem que alguma vez tivesse sido dada suficiente satisfação aos gravíssimos problemas de subsistência (seria mais rigoroso dizer sobrevivência) dos trabalhadores do campo. Naquele dia, no chão de Eldorado dos Carajás ficaram 19 mortos, além de umas quantas dezenas de pessoas feridas. Passados três meses sobre este sangrento acontecimento, a polícia do estado do Pará, arvorando-se a si mesma em juiz numa causa em que, obviamente, só poderia ser a parte acusada, veio a público declarar inocentes de qualquer culpa os seus 155 soldados, alegando que tinham agido em legítima defesa, e, como se isto lhe parecesse pouco, reclamou processamento judicial contra três dos camponeses, por desacato, lesões e detenção ilegal de armas. O arsenal bélico dos manifestantes era constituído por três pistolas, pedras e instrumentos de lavoura mais ou menos manejáveis. Demasiado sabemos que, muito antes da invenção das primeiras armas de fogo, já as pedras, as foices e os chuços haviam sido considerados ilegais nas mãos daqueles que, obrigados pela necessidade a reclamar pão para comer e terra para trabalhar, encontraram pela frente a polícia militarizada do tempo, armada de espadas, lanças e alabardas. Ao contrário do que geralmente se pretende fazer acreditar, não há nada mais fácil de compreender que a história do mundo, que muita gente ilustrada ainda teima em afirmar ser complicada demais para o entendimento rude do povo.
Pelas três horas da madrugada do dia 9 de Agosto de 1995, em Corumbiara, no estado de Rondônia, 600 famílias de camponeses sem terra, que se encontravam acampadas na Fazenda Santa Elina, foram atacadas por tropas da polícia militarizada. Durante o cerco, que durou todo o resto da noite, os camponeses resistiram com espingardas de caça. Quando amanheceu, a polícia, fardada e encapuçada, de cara pintada de preto, e com o apoio de grupos de assassinos profissionais a soldo de um latifundiário da região, invadiu o acampamento. varrendo-o a tiro, derrubando e incendiando as barracas onde os sem-terra viviam. Foram mortos 10 camponeses, entre eles uma menina de 7 anos, atingida pelas costas quando fugia. Dois polícias morreram também na luta.
A superfície do Brasil, incluindo lagos, rios e montanhas, é de 850 milhões de hectares. Mais ou menos metade desta superfície, uns 400 milhões de hectares, é geralmente considerada apropriada ao uso e ao desenvolvimento agrícolas. Ora, actualmente, apenas 60 milhões desses hectares estão a ser utilizados na cultura regular de grãos. O restante, salvo as áreas que têm vindo a ser ocupadas por explorações de pecuária extensiva (que, ao contrário do que um primeiro e apressado exame possa levar a pensar, significam, na realidade, um aproveitamento insuficiente da terra), encontra-se em estado de improdutividade, de abandono. sem fruto.
Povoando dramaticamente esta paisagem e esta realidade social e económica, vagando entre o sonho e o desespero, existem 4 800 000 famílias de rurais sem terras. A terra está ali, diante dos olhos e dos braços, uma imensa metade de um país imenso, mas aquela gente (quantas pessoas ao todo? 15 milhões? mais ainda?) não pode lá entrar para trabalhar, para viver com a dignidade simples que só o trabalho pode conferir, porque os voracíssimos descendentes daqueles homens que primeiro haviam dito: “Esta terra é minha”, e encontraram semelhantes seus bastante ingénuos para acreditar que era suficiente tê-lo dito, esses rodearam a terra de leis que os protegem, de polícias que os guardam, de governos que os representam e defendem, de pistoleiros pagos para matar. Os 19 mortos de Eldorado dos Carajás e os 10 de Corumbiara foram apenas a última gota de sangue do longo calvário que tem sido a perseguição sofrida pelos trabalhadores do campo, uma perseguição contínua, sistemática, desapiedada, que, só entre 1964 e 1995, causou 1 635 vítimas mortais, cobrindo de luto a miséria dos camponeses de todos os estados do Brasil. com mais evidência para Bahia, Maranhão. Mato Grosso, Pará e Pernambuco, que contam, só eles, mais de mil assassinados.
E a Reforma Agrária, a reforma da terra brasileira aproveitável, em laboriosa e acidentada gestação, alternando as esperanças e os desânimos, desde que a Constituição de 1946, na seqüência do movimento de redemocratização que varreu o Brasil depois da Segunda Guerra Mundial, acolheu o preceito do interesse social como fundamento para a desapropriação de terras? Em que ponto se encontra hoje essa maravilha humanitária que haveria de assombrar o mundo, essa obra de taumaturgos tantas vezes prometida, essa bandeira de eleições, essa negaça de votos, esse engano de desesperados? Sem ir mais longe que as quatro últimas presidências da República, será suficiente relembrar que o presidente José Sarney prometeu assentar 1.400.000 famílias de trabalhadores rurais e que, decorridos os cinco anos do seu mandato, nem sequer 140.000 tinham sido instaladas; será suficiente recordar que o presidente Fernando Collor de Mello fez a promessa de assentar 500.000 famílias, e nem uma só o foi; será suficiente lembrar que o presidente Itamar Franco garantiu que faria assentar 100.000 famílias, e só ficou por 20.000; será suficiente dizer, enfim, que o actual presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu que a Reforma Agrária irá contemplar 280.000 famílias em quatro anos, o que significará, se tão modesto objectivo for cumprido e o mesmo programa se repetir no futuro, que irão ser necessários, segundo uma operação aritmética elementar, setenta anos para assentar os quase 5.000.000 de famílias de trabalhadores rurais que precisam de terra e não a têm, terra que para eles é condição de vida, vida que já não poderá esperar mais. Entretanto, a polícia absolve-se a si mesma e condena aqueles a quem assassinou.
O Cristo do Corcovado desapareceu, levou-o Deus quando se retirou para a eternidade, porque não tinha servido de nada pô-lo ali. Agora, no lugar dele, fala-se em colocar quatro enormes painéis virados às quatro direcções do Brasil e do mundo, e todos, em grandes letras, dizendo o mesmo: UM DIREITO QUE RESPEITE, UMA JUSTIÇA QUE CUMPRA.
JOSÉ SARAMAGO
1997

Mudar o Código Florestal dá azar para a seleção? - Barbet

Código Florestal: o jogo segue
É época de Copa, as atenções de todo o mundo estão voltadas para a África do Sul. Mas, a mobilização para impedir mudanças no Código Florestal continua. Aqui no Brasil, da-lhe vuvuzela no ouvido dos políticos.
Assine a nova petição para proteger as florestas brasileiras.
No dia 28 de junho, Comissão Especial da Câmara criada para botar abaixo o Código Florestal vai votar o projeto. É a nova oportunidade que temos de dizer não. Agora, a bola está nos pés do deputado Michel Temer (PMDB-SP). presidente da Câmara dos Deputados, ele pode brecar a investida da bancada ruralista contra nossas florestas. Como candidato à vice-Presidência do país, é a hora de exigirmos de Temer seu posicionamento sobre uma lei que vai determinar se o verde de nossa bandeira continuará a existir.
Não é exagero. Caso a proposta da bancada ruralista seja aprovada, pelo menos 85 milhões de hectares de floresta que hoje estão protegidos por lei vão ficar vulneráveis às motosserras. Num cálculo conservador, essa brecha faz com que 31,5 bilhões de toneladas de CO₂ saiam das matas brasileiras direto para a atmosfera. São sete vezes mais do que a meta de redução com que o governo brasileiro se comprometeu mundialmente até 2020.
Além de legitimar mais desmatamento para o futuro, o relatório ainda anistia quem devastou ilegalmente no passado. E passa para os estados o poder de decidir como bem entender as áreas que devem ou não ser preservadas. Inúmeros pesquisadores foram à imprensa dizer que a nova proposta é a sentença de morte para nossas florestas. E como consequência, também dos rios e do equilíbrio climático mundial.
Por isso, como brasileiros, é nosso dever defender que o Código Florestal permaneça intocado. O ano eleitoral já começou. Exija que o tema saia das quatro paredes, onde deputados em fim de mandato tentam decidir sozinhos o futuro do país. Peça a Michel Temer que pare a proposta dos ruralistas e que torne o Código Florestal um assunto a ser amplamente debatido durante as eleições. Não só entre políticos, mas, principalmente, pela população. Vuvuzela neles!
Barbet

[Carta O BERRO] O QUE ESTÁ EM JOGO NAS ELEIÇÕES DE 2010 - Vanderley - Revista

Em quatro meses o Brasil terá decidido quem será o próximo(a) presidente(a). Destaca-se muitos aspectos da particularidade desta campanha, desde o de que Lula não será candidato, pela primeira vez, desde que o fim da ditadura trouxe as eleições, até o do protagonismo de duas mulheres entre os três principais candidatos.
Mas o tema mais importante é o do julgamento de um governo até aqui sui generis na história política do país. Um presidente de origem operária, imigrante do nordeste, chega ao final do seu mandato com a maior popularidade da história do país e submete democraticamente seu governo a uma consulta popular, mediante a apresentação como sua possível sucessora da coordenadora do seu governo.
Um governo que começou rompendo o caminho do Área de Livre Comércio das Américas, conduzido pelo governo anterior, que teria levado o Brasil e todo o continente à penosa situação do México: 90% do seu comércio exterior com os EUA, como reflexo disso na crise retrocedeu 7% seu PIB no ano passado, foi ao FMI de novo, assinando a Carta de Intenções (deles).
O novo governo promoveu uma reinserção internacional do Brasil, privilegiando os processos de integração regional e as alianças com o Sul do mundo. A China tornou-se o primeiro parceiro comercial do Brasil, o segundo é a América do Sul como um todo, em terceiro os EUA. A crise revelou os efeitos dessa mudança: pudemos superá-la rapidamente pela diversificação do comercio internacional e a menor dependência das relações com os EUA, a Europa e o Japão. (Além do papel importante do mercado interno de consumo populasr.)
Esse é um dos temas que está em jogo: o lugar do Brasil no mundo. Seguir aprofundando essa nova inserção ou voltar à aliança subordinada com os EUA e as potências centrais do sistema.
O outro tema – em que igualmente houve maior mudança na passagem do governo FHC para o de Lula: as políticas sociais. No governo anterior, a distribuição de renda seria resultado mecânico da estabilidade monetária. Controlada a inflação – “um imposto aos pobres” -, se recuperaria capacidade de compra dos salários.
No governo Lula, as políticas sociais tiveram um papel reitor. O modelo econômico não separava o crescimento econômico e a distribuição de renda. A recuperação da capacidade do Estado de promover o desenvolvimento – este um tema abolido no governo FHC – foi também um aspecto novo, junto à extensão do mercado interno de consumo de massas. Mudou a direção do comercio exterior e seu peso, reforçando-se o mercado interno.
Esse tema também está em jogo. Os governos neoliberais deram prioridade ao ajuste fiscal, ao controle inflacionário. O governo Lula priorizou a esfera social.
Está em jogo também o papel do Estado. Como costuma acontecer, o candidato opositor considera excessiva a presença do Estado, a carga tributária, os gastos estatais, os investimentos e os custos da maquina estatal. As criticas ao supostos “corporativismo” e a comparação com Luis XIV tem como direção o Estado mínimo e a presença maior do mercado.
No seu sentido geral, podemos dizer que as eleições deste ano definem se o governo Lula é um parêntese, com o retorno das coalizões tradicionais que governaram o Brasil ao longo do tempo ou se é uma alavanca para definitivamente sair do modelo neoliberal e construir uma sociedade justa, solidária, democrática e soberana. Caso se dê esta última alternativa, os setores conservadores sofrerão uma derrota de proporções, com toda uma geração dos seus representantes políticos praticamente terminando suas carreiras e abrindo espaço para grandes avanços na direção das orientações do governo Lula.

o "EU" - Barbet

A capacidade de decicir é um dos elementos mais importantes que temos em nossa bagagem pessoal. Só conseguimos tomar decisões quando podemos construir e alicerçar com material sólido nosso EU. Hoje em dia devido ao mundo superficial no qual vivemos essa viagem interior torna-se secundária e com isso criamos homens e mulheres para trabalhar no mundo de fora que continuam meninos e meninas no mundo de dentro.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Morre aos 87 anos o comunista português José Saramago, Nobel de Literatura em 1998 - Vanderley - Revista

Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Em 1998, Saramago ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa.
A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na residência dele em Lanzarote "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".
Nos últimos anos, o escritor foi hospitalizado várias vezes, principalmente devido a problemas respiratórios.
Saramago publicou no final de 2009 seu último romance, "Caim", obra com um olhar irônico sobre o Velho Testamento e, por isso, muito criticada pela Igreja.
Ateu e integrante do Partido Comunista Português, o escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, uma aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses. Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção em uma editora.
Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal "Diário de Notícias". A partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

"POPULISTA EXTREMISTA" - Laerte Braga

Arnold Toynbee entendeu, num determinado momento da guerra fria, que um confronto entre as duas grandes superpotências militares – EUA e URSS – seria inevitável. Para o historiador não havia sentido em todo aquele arsenal se não fosse a perspectiva real de guerra.
A partir daí, acreditou ele, que o mundo a renascer após o que chamou de “hecatombe nuclear”, teria um caráter puritano severo, regido por ditaduras tribais – os grupos sobreviventes –.

Os EUA engoliram a URSS. O caráter puritano severo é uma realidade na hipocrisia do capitalismo e as ditaduras não são tribais. Escoram-se no poder militar dos EUA e no que chamam de “nova ordem política e econômica”. A globalização, que não passa de “globalitarização”, máxima precisa do geógrafo brasileiro Milton Santos.
Há dias uma afiliada da REDE GLOBO mostrou o padre Fábio Melo, sucesso de vendagem em CDs religiosos, parabenizando os tantos anos de atividades da tal afiliada. Garoto propaganda no melhor estilo Renovação Carismática. A tentativa da Igreja Católica de reverter o avanço das seitas e igrejas neopentecostais, aproveitando e usando os mesmos métodos de “bispos” padrão Edir Macedo.
O jornal oficial do Vaticano L’OSSERVATORE ROMANO rotulou o escritor português José Saramago de “populista extremista”. É a típica linguagem que latifundiários, por exemplo, usam quando se fala de reforma agrária. Ou banqueiros, quando se critica o sistema financeiro internacional.
Um grupo de jogadores da seleção do Brasil fez chegar há cerca de duas semanas ao técnico Dunga que não estava mais suportando a pressão de jogadores e integrantes da Comissão Técnica evangélicos, para que aceitassem “Jesus em seus corações” e vestissem a camisa de “eu amo Jesus”.
Ganhariam a salvação e naquele momento um por fora para veicular a crença. Do jeito que as empresas de material esportivo pagam a atletas para que usem produtos de suas marcas.
Uma das idiossincrasias vaticanas em relação a Saramago está numa afirmação contida no livro do escritor português O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO. Ele, Cristo, teria perdido e com Maria Madalena a sua virgindade.
Sionistas enxergavam em Saramago um anti-semita.
A forma candente da crítica feita pelo jornal oficial da Igreja Católica a Saramago não é comum. De um modo geral o Vaticano trata mortes de críticos do catolicismo com notas frias, sem maiores considerações, notas assépticas.
O furor da crítica só faz acentuar o caráter fascista do papado de Bento XVI. É diferente do de João Paulo II. O papa anterior usava luvas para não sujar as mãos de sangue na tortura inquisitória perpetrada, por exemplo, contra o brasileiro Leonardo Boff. Ratzinger deixa a mostra seu coração suástico.
Não existe na história da humanidade ditadura mais cruel, perversa e duradoura que a Igreja Católica. A forma como são sufocados os que se opõem, por dentro, a essa barbárie religiosa, não difere da usada por ditadores clássicos se podemos definir Pinochet assim, ou qualquer outro. Trujillo assistia à missa todos os domingos.
Os militares golpistas que derrubaram o presidente de Honduras Manuel Zelaya o fizeram com as bênçãos do cardeal hondurenho e entraram no Palácio Presidencial carregando um imenso crucifixo. Como antes, em 2002, o cardeal venezuelano estava ao lado de Pedro Carmona e seu golpe macarrônico contra Chávez.
O avanço da seitas e igrejas neopentecostais em todo o mundo – se voltam agora para tentar chegar aos países islâmicos – tem a bênção dos senhores do mundo em Washington e Wall Street, embora boa parte das lideranças prefira ficar em Miami, caso do brasileiro Edir Macedo.
Os papados de João XXIII e de Paulo VI foram desmontados por seus sucessores (não estou levando em conta João Paulo I, vítima da burocracia fascista do Vaticano nas pressões “outra” Igreja, durou apenas um mês).
Na prática a nova ordem econômica, ou a globalização como chamam, é a nova ordem religiosa. O neoliberalismo. Como cruzados são os que na estupidez da barbárie, da tortura, de todas as formas de violência possíveis tentam “evangelizar” povos “pagãos”, na esteira do novo deus, o Mercado.
O que tudo regula, se auto regula inclusive.
No Brasil ganharam uma nova adepta, a senadora Marina da Silva. Fez tratamento para engolir e digerir sapos sem maiores danos ao seu estômago. Consciência já era.
“Evangelizam” no Iraque, no Afeganistão, em Honduras, na Colômbia, no Paquistão, tentam estender suas garras a outros cantos.
A Igreja Católica é como a Europa hoje. Um negócio assim de pedestais de ouro, erguido em barões, viscondes, condes, marqueses, duques, principes, reis e rainhas.
Fellini dimensionou isso com fulminante precisão em ROMA DE FELLINI. Nos vários modelitos capazes de encantar sua eminência e no brilho fascista de Pio XII. O tamanho do gênio, a capacidade da percepção do próximo capítulo nessa grotesca história de Marcelo Rossi salvando almas e vendendo CDs.
Se há luz, necessariamente tem que haver sombra. Os técnicos não entenderam assim. A luz de uma vela carregada por Roberto Benigno enquanto subia uma escada do lado de fora de um celeiro era insuficiente para gerar sombra. O gênio de Fellini quis a sombra e a sombra gerou todos os debates sobre esse lado sombrio da luz.
“Vocês são apenas técnicos, gênio aqui sou eu”. “Quero mar de papel crepon”.
Saramago, ao contrário do que dizem os porta-vozes da Igreja não hostilizou a convicção católica. Esse é um problema individual de cada um. E tampouco negou erros e crimes supostamente praticados por governantes da antiga União Soviética.
Ao contrário. Aceitou as evidências, as narrativas e os fatos apresentados, apenas reafirmou sua convicção. Um católico não tem culpa de Bento XVI. O caráter perverso do papa não pode ser estendido ao fiel. Nem o banditismo de Edir Macedo àquele que crê piamente que o dízimo constrói casa na vida eterna.
E nem a obra de José Saramago pode ser vista apenas sob esse ângulo. Não era um escritor que fazia do anti-catolicismo a razão de ser de sua obra. É pretensão demais cingi-la a isso. Apenas detectou um dos cânceres. Entendeu o mundo como um todo capitalista a subjugar seres humanos e transformá-los em objeto de uma engrenagem bárbara, “neomedieval” como dizia, mas recheada de tecnologia.
Transcende à dimensão anã do catolicismo de Bento XVI. Projeta-se na compreensão que vivemos o dilema extremo do ser humano.
Ou somos objeto dessa nova ordem, ou nos rebelamos e construímos outra ordem possível e desejável.
Daqui a mil anos, se alguma coisa e alguém ainda existir, com certeza, Saramago será lembrado. Bento XVI vai constar apenas daqueles almanaques em que se lista quem foi papa, ou a ordem dos papas desde a fundação da Igreja.
“Populista extremista”. Não pesquisei, mas se alguém o fizer vai encontrar a raiz dessa expressão em algum momento de Hitler. Com certeza.

O BLOCO DO PAU DE ARARA E DO CHOQUE ELÉTRICO - Laerte Braga

Ronnie Lee Gardner passou vinte e cinco anos na prisão estadual de Utah, EUA, aguardando sua execução. Foi condenado à morte por homicídio. Todos os apelos feitos para a comutação da pena em prisão perpétua foram negados.
Ronnie foi fuzilado por um batalhão de cinco atiradores e segundo a imprensa de seu país escolheu, ele próprio, a forma de execução. Sobre os crimes cometidos por Ronnie não havia dúvidas, nem mesmo entre os que defendiam a comutação da pena de morte em prisão perpétua. Sobre a barbárie de vinte e cinco anos esperando para ser executado, com certeza é culpa do Irã.
Utah é um estado onde os mórmons predominam e onde a legislação permite a bigamia em respeito aos costumes e tradições desses religiosos
Um fórum de empresários europeus e norte-americanos revelou que são gastos cerca de 40 a 50 milhões de dólares anualmente para reforçar a posição dos partidos de oposição na Venezuela e tentar derrubar o presidente Chávez. Chamam a isso de democracia.

A grande preocupação de boa parte dos telespectadores em muito dos países do mundo e que acompanham a Copa da África pela telinha, além do “cala a boca Galvão”, específico do Brasil, é o grito do vizinho. Para alguns é inadmissível que o vizinho perceba o gol primeiro. A diferença entre a imagem e o som de uma casa para outra.
Por que o meu vizinho grita gol primeiro suscitou explicações técnicas para evitar corrida a consultórios de psiquiatras e psicanalistas, dramas existenciais mais profundos e capazes de gerar tragédias em algumas partes do mundo.
Perguntaram a José Saramago por qual motivo continuava sendo comunista diante dos “crimes” de Stalin. Saramago respondeu de forma simples. “Por convicção ou alguém deixa de ser católico por conta dos crimes da Inquisição?”
A turma do pau de arara e do choque elétrico no Brasil está desatinada a julgar pela torrente de mails e comunicados de “guerra” despejados para todos os lados na tentativa de “alertar” brasileiros contra os “riscos” de uma vitória de Dilma Roussef.
Investem agora contra o senador José Sarney e a aliança do PT com o partido do ex-presidente no Maranhão. Não explicam que Sarney foi presidente da ARENA – partido da ditadura militar –, era homem de confiança dos generais ditadores e foi presidente do Senado a primeira vez indicado pelo governo ditatorial. Será que nunca souberam que Sarney já nasceu pústula?
Essas viúvas da ditadura estão em agonia na expectativa que o Superman chegue e salve o Brasil. Em 1964 veio disfarçado de general Vernon Walthers e falando português fluente, com o qual enquadrou os golpistas.
Não hesitam em fuzilar velhos aliados como Sarney, ou qualquer outro, acreditando que aquele negócio de colocar espantalhos na plantação para afastar assombrações vá dar resultados.
Por não se enxergarem não se percebem, eles próprios, os espantalhos.
Que Sarney, Hélio Costa, esse tipo de gente não acrescenta coisa alguma a nada, ninguém tem dúvida e nem o centro do assunto passa por aí.
É que a candidatura do paulista José Arruda Serra despenca para todos os lados e a versão do século XXI de Jânio Quadros, já renunciou pelo menos duas vezes, sendo contido pelos amigos mais próximos, preocupados, inclusive, com risco de atitudes tresloucadas.
O mais importante de tudo isso é que o Homer Simpson entenda que, por incrível que pareça, não é culpa da GLOBO se o vizinho grita gol primeiro, mas desse negócio de velocidade do som, da imagem, naturalmente agentes iranianos interessados em promover a desestabilização do Ocidente cristão e democrático, justo na hora do gol.
É a copa da tecnologia. Mais vale um choque de joelho contra joelho, ou uma cabeça contra outra, que a bola dentro do gol, estufando as redes como dizem alguns locutores, pelo menos diziam.
Aí, nesse meio de caminho descobrem uma coisa interessante. Quer gritar gol primeiro que seu vizinho, ou ao mesmo tempo? Compre um radinho de pilha daqueles antigos. Dê um chega pra lá na frustração. O velho aparelhinho resolve o problema e evita depressões, dramas existenciais, angústias, situações que, ao fim, podem desestabilizar o ser humano, ou assim dito, levar casamentos de roldão, sem falar em perigo real e imediato de incendiar a casa do vizinho por conta do privilégio.
Os técnicos chamam a isso, esse descompasso, de “delay”, algo como atraso. O tempo que o sinal da transmissão percorre para que os dados subam e desçam do espaço a Terra. No sinal analógico o tal “delay” demora um quarto de segundo para chegar ao satélite e outro quarto de segundo para voltar, portanto, dois quartos de segundo, que vem a ser meio segundo, numa viagem de ida e volta até as telinhas, o que pode resultar num atraso ainda maior.
Rádio de pilha resolve. Que nem pílula do doutor Ross.
Para evitar confusões maiores e cabeças fundidas, os principais jornais, revistas e redes de tevê estão explicando o “fenômeno”, antes que governos do mundo inteiro sejam obrigados a comprar vacinas para evitar uma pandemia de “delay”.
Já o futebol.
Surpreenda o seu vizinho, grite gol primeiro com sua arma secreta, um radinho de pilha.
E não se assuste com assombrações fardadas cheirando a mofo e cheias de parafernálias eletrônicas tipo máquina de choques, paus de arara, caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO para desova de cadáveres, empresários financiando tortura e pagando cinco mil euros por um programa no esquema FIESP/DASLU, isso faz parte do projeto tucano de “nós podemos mais”.
São movidos a viagra. Saem das catacumbas de Wall Street e aterrissam na pirâmide de FHC. O ex-presidente, assim como os malucos antigos sofriam de mania de Napoleão, sofre de mania de Ramsés.
E o jornalista Élio Gaspari hem? Depois de passar dois anos com bolsa de estudos em Harvard, onde estuda a filha de Arruda Serra com dinheiro da AMBEV e mamatas nos governos tucanos, o jornalista, falo dele, virou mentiroso. Inventou um codi nome para a candidata Dilma Roussef, atribuiu-lhe assassinatos que não cometeu e agora o tal codi nome existe, é uma pessoa real, Dulce Maia, está viva ao contrário do que fez presumir Gaspari, que fosse uma ficção e quer provar isso.
Será que a GLOBO noticia?
O que é isso meu caro, minha cara. Mentira é a bandeira dessa gente.
Cala a boca Bonner!

OS PANACAS - Laerte Braga

Quem se der ao trabalho de esmiuçar as viagens e conversas de FHC com o então presidente dos EUA Bil Clinton vai encontrar pérolas de subserviência que beira as raias do quer que eu deite de bruços?

Numa das visitas de FHC a Washington, em discussão a ALCA – ALIANÇA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS – o norte-americano falou sobre a necessidade de criar um tratado para o Atlântico Sul, versão latino-americana da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE –.
O brasileiro não pestanejou. “Nesse momento é melhor passarmos batidos sobre isso, vai haver resistências e estragar alguns acertos que estamos fechando aqui. Mais à frente discutimos isso”. O tratado implicaria em um comando militar unificado para todas as forças armadas latino-americanas que aderissem ao documento, vale dizer o Brasil de FHC.
A reação, foi o que avaliou FHC, viria de setores militares ainda comprometidos com o Brasil, não subordinados a Washington.
São setores minoritários, mas capazes de resistir à entrega pura e simples do País. Esse é um dos efeitos do expurgo promovido após o golpe militar de 1964. Mais de dois mil oficiais foram punidos e afastados das três forças por se imaginarem militares brasileiros não subordinados ao general Vernon Walthers, comandante militar norte-americano designado para o Brasil e ao qual se reportavam os golpistas que derrubaram João Goulart.
Não é de se estranhar que FHC venha a público dizer que o tratado firmado entre o Brasil, o Irã e Turquia não pode ser implementado, diante das parcas garantias pedidas pelo governo Lula ao governo do Irã. É a linguagem do Departamento de Estado, foi dita em vários países do mundo por vários assemelhados a FHC. Chegou em forma de envelope secreto.
A declaração do ex-presidente obedece a um cronograma traçado em Washington para esvaziar o impacto da ação do Itamaraty e abrir caminho para que o governo Obama possa prosseguir sua política insensata e criminosa – terrorista – de submeter todo mundo ao padrão Mcdonalds.
Como quem diz assim, “Lula foi ingênuo”. FHC repete as declarações da secretária Hilary Clinton com outras palavras.
O que faltou dizer tanto no ex-presidente, como na secretária é que antes da viagem de Lula ao Irã o governo dos EUA anunciou que aquela “era a última chance dos iranianos de evitar a adoção de sanções políticas e econômicas contra o país”.
De quebra FHC tenta diminuir o impacto que o feito de Lula produziu nos brasileiros, ao mostrar que, finalmente, estamos de pé. Dar uma ajuda ao seu candidato José Arruda Serra, funcionário destacado pela Fundação Ford para domesticar esses ímpetos de independência e soberania do Brasil e dos brasileiros. Colocar-nos em nossos devidos lugares, assim padrão Celso Láfer, o que tira os sapatos.
Bem mais que isso. Neutralizar a ação do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. O chanceler brasileiro tem recebido manifestações de apoio de vários governos em várias partes do mundo e ponderáveis setores da opinião pública e alguns partidos europeus, cansados de pagar contas de guerras intermináveis dos EUA.
A Alemanha já está à matroca, tangenciando a falência. Tem soldados no Iraque e no Afeganistão.
OTAN, como outras siglas, são formas dos norte-americanos guerrearem para manter o império saqueando outros povos e dividir a conta dos custos. Do lucro não. Mais da metade das peças do antigo museu babilônico do Iraque já está espalhada pelos museus dos EUA.
Saque puro, negócio de pirataria.
O ideal é que FHC fale todos os dias. Se assim o fizer será o mais poderoso cabo eleitoral de Dilma Roussef, pois basta mínima comparação do governo Lula com o desastre dos oito anos do tucano, para ninguém de bom senso cogite votar em José Arruda Serra.
É o político mais rejeitado do País e deveria inspirar-se no general João Batista Figueiredo pedindo para que o esqueçam. Uma forma de evitar constrangimentos desnecessários inclusive entre seus aliados que pedem pelo amor de Deus que fique de boca fechada.
E tem parceiro, ou parceira. A outra banda da direita brasileira, escorada na candidatura de Marina da Silva, ouviu da moça que “Lula não precisa de continuador”. Uma leitura atenta do que disse a candidata supostamente verde, sinaliza na direção que o País precisa de um “descontinuador”. Confissão explícita do pensamento implícito.
Vade retro satanás. Versão light de Heloísa Helena fazendo perguntas a uma cadeira vazia num dos debates das eleições de 2006.
Política de fato é um trem complicado, bem complicado. A candidata verde, defensora do meio-ambiente, da Amazônia, é financiada por predadores da Amazônia (e desfila com eles Brasil afora). Sequer é levada a sério em seu partido. Gabeira tampou seu nome quando do lançamento de sua candidatura ao governo do Rio, apóia Serra.
É a versão fluminense de Roberto Freire.
A expressão panaca é até bondosa. No caso de Marina da Silva talvez até caiba. No caso de FHC é puro mau caratismo, canalhice de um político subordinado a interesses de grupos econômicos internacionais e ao governo dos EUA.
Quem sabe eles não propõem logo de uma vez a privatização da Amazônia, do Palácio do Planalto e a mudança da grafia do nome do Brasil. Ao invés do “s”, o “z”. BRAZIL.
É o sonho dourado dessa gente.
Todo esse destempero verbal de Arruda Serra, esse ar professoral de FHC e essa ingenuidade nada santa de Marina da Silva não têm a ver com o Brasil. Mas com a turma que está de olho no Brasil.
Que quer o Brasil.
Vai ver que o verde de Marina é flor de plástico e tubinho com água e açúcar para beija-flor chegar pertinho da janela.
Aécio Neves deu um show de enterra Arruda Serra na convenção do PSDB. Devolveu o tal dossiê que Juca Kfoury no jornalismo tucano/marrom de ameaças, chantagens, insinuações, etc, usou para mandar recado ao neto de Tancredo. Ao fim da convenção do partido, do lançamento do candidato, militantes pagos (700 reais por cabeça por presença), em clima de velório, as pessoas abraçavam Aécio e perguntavam por que não você?
O ex-governador, cascavel de alto calibre nessa história, apenas sorria. Aos mais chegados foi claro. “Em Minas é Dilmastasia”. A candidata do PT já livrou sete pontos sobre Arruda Serra no Estado. E Hélio Costa ainda não acordou. Vai dançar na esteira do segundo turno, como das vezes anteriores.
É muita panaquice.

ESTÃO CHEGANDO OS DO NORTE - Laerte Braga

Esse negócio de rastejar diante de interesses dos Estados Unidos e do capital internacional que tem marcado a campanha de José Arruda Serra nesses primeiros momentos, ainda que possa trazer algum prejuízo nessa fase de largada da disputa presidencial, faz parte do esquema de arrecadação de fundos.
O deputado Ciro Gomes, que incentivou a campanha de Aécio Neves, é pessoa grada a determinados grupos norte-americanos e andou em alguns seminários naquele conglomerado terrorista arrastando o ex-governador Aécio Neves e vendendo com êxito o peixe da subserviência. A hipótese de Aécio vir a ser o candidato tucano, isso àquela época, não mudaria nada em termos de comportamento em relação a Serra. Só o estilo, Lord Byron já dizia que “o estilo é o homem”, mesmo que quisesse dizer outra coisa.

O chanceler de um eventual governo Aécio, qualquer que fosse, continuaria a tirar os sapatos para ser revistado no aeroporto de New York e ao final pediria desculpas pelo trabalho dado aos agentes do FBI e da imigração.
É possível até que esse assunto fosse negociado para não pegar tão mal assim como no caso do chanceler de FHC, Celso Láfer, que ficou apenas de cavanhaque enquanto era submetido a tal revista para definir se terrorista ou não.
Aécio é pelo menos dez vezes mais esperto que Arruda Serra e os grupos que participaram dos seminários onde o mineiro estava perceberam isso.
Mas como antiguidade é posto nesse esquema, Arruda Serra esbravejou, cobrou anos de lealdade a empresas e governo dos EUA, afastou Aécio da disputa com um dossiê em que comparava o adversário com Collor de Mello, insinuava que Aécio era usuário de drogas pesadas e valeu-se do jornalista Juca Kfoufy, uma espécie de valete de chambre do paulista, para mandar um pequeno recado a Aécio dando conta da tempestade que viria caso permanecesse a disputa dentro da quadrilha tucana.
Aécio que de bobo não tem nada, claro, montou também seu dossiê Arruda Serra onde mostrava que o ex-governador paulista, longe de ser refinado, é um cruel e despótico pilantra.
No final, como a coisa estivesse ficando ruim para ambos a GLOBO e VEJA entraram em cena, arranjaram um delegado federal aposentado para ganhar uns caraminguás extras e tudo ficou na conta de Dilma Roussef.
O interessante é que nenhum dos veículos de comunicação que se atirou enfurecido contra a candidata de Lula falou ou mostrou o conteúdo do tal dossiê. Nem de um e nem de outro. A corrupção grossa que permeia Arruda Serra e seu entorno desde que viu uma vaca pela primeira vez em 2002.
Numa de suas intervenções junto a jornalistas o candidato tucano criticou o governo da Bolívia, afirmando-o complacente com o tráfico de drogas. Um relatório do Departamento anti-drogas do governo dos EUA mostra que é espantoso o crescimento da produção de cocaína na selva peruana e na Colômbia, países controlados por Washington. Ao contrário do que acontece na Bolívia.
Nessa altura do campeonato Arruda Serra já estava falando para setores do empresariado brasileiro, levando em conta o caráter de grande produtora de gás natural e detentora de imensas reservas desse mesmo gás da Bolívia. Estava relembrando os acordos firmados no governo FHC com governos corruptos da Bolívia onde o preço do gás era mais baixo que a propina paga a governantes bolivianos e as vantagens decorrentes disso para políticos tucanos e do DEM, na contrapartida dos empresários brasileiros diretamente beneficiados pelo “negócio”.
No duro mesmo Arruda Serra estava buscando dinheiro para a campanha, tentando vender um pirulito a empresários e sinalizando a Washington que num eventual governo dele os caminhos para derrubar Morales (eleito e reeleito pelos bolivianos) ficariam abertos.
É essa a importância do Brasil no contexto latino-americano. É esse o objetivo dos EUA em eleger Arruda Serra. Uma grande base militar para manter a América Latina ou fazê-la retroceder à condição de AMÉRICA LATRINA. Iríamos todos virar um grande México, espécie de depósito de lixo colado aos EUA.
Alan Garcia, presidente do Peru e Álvaro Uribe, da Colômbia, são notórios presidente dos traficantes de droga, ligados ao latifúndio de seus países – os grandes produtores de droga – (hoje já se fala em droga transgênica com participação da MONSANTO). Dados relacionando esses dois presidentes ao tráfico circulam por jornais dos EUA com a maior tranqüilidade, sem problema algum.
O que acontece, no duro mesmo, é que a droga não é o grande problema a afligir os norte-americanos. Grandes traficantes nos EUA surgiram dentro das forças armadas nas guerras levadas a efeito em várias partes do mundo e nas bases militares montadas em países como Colômbia e Peru.
A produção de ópio no Afeganistão cresceu de forma impressionante depois da invasão decidida por George Bush.
Há uma espécie de teto nesse “negócio”. Não pode é interferir nas políticas colonialistas da grande potência do Norte, atrapalhar o controle que exercem sobre países detentores de grandes reservas de petróleo, de água, de minerais estratégicos e foi isso que José Arruda Serra quis dizer em curtas e grossas palavras ao referir-se ao governo da Bolívia.
Ou seja, Arruda Serra deixou claro que governo e empresas dos EUA podem confiar e jogar dinheiro em sua campanha, sinalizar a braços que atuam no Brasil e em outros países, como a GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc, que vai ficar tudo direitinho como querem os donos do mundo.
Se for preciso, além dos sapatos tiram as calças também. Se é que já não tiraram.
E se houver uma exigência Celso Láfer raspa o cavanhaque e mostra que não esconde ali nenhuma bomba capaz de destruir torres gêmeas.
É da genética dessa gente. Chicote contra o trabalhador, de quatro com os poderosos.
Nelson Rodrigues diria que os tucanos existem desde tempos antes de Cristo. E estiveram representados na história, entre outros, por Pôncio Pilatos naquela pantomima de lavar as mãos e dar as costas à barbárie.
O importante é que, no fim de mês, na hora de tirar o extrato bancário, isso em paraísos fiscais, lá estejam os valores relativos às propinas. A remuneração pelo constante e permanente cair de quatro.
O extraordinário poder militar dos EUA se estende para além das armas químicas e biológicas com que acabam matando seus próprios soldados (mas vendendo o produto é lógico).
O número fabuloso de satélites de todas as espécies e para todos os fins que circundam a Terra permitem aos EUA saber direitinho onde está o petróleo, onde está a água, onde estão os minerais chaves ao seu poder.
O governo FHC não hesitou um instante sequer para entregar o controle da segurança nacional a empresas norte-americanas. Setores estratégicos foram postos em mãos de Washington.
Tivesse a EMBRAER, por exemplo, se mantido empresa estatal, estaríamos hoje entre os grandes da construção aeronáutica. Dez vezes mais que a empresa alardeia, pela simples razão que a EMBRAER passou a ser um instrumento dos grandes grupos da aviação civil e militar dos EUA.
Um militar brasileiro que tenha estudado a Amazônia de cabo a rabo não sabe dez por cento do que sabem setores militares dos EUA sobre a Região. O pré-sal era do conhecimento dos donos desde muito tempo. Daí a luta para privatizar a PETROBRAS no governo FHC. Quebraram o monopólio do petróleo, venderam a maioria das ações preferenciais, mas não puderam consumar o crime in totum diante da reação popular.
Se Arruda Serra ganha vai falar em novo mundo, nova ordem econômica e assinar o contrato de transferência da empresa para uma British Petroleum do mundo. O que vale dizer, breve, as praias brasileiras cheias de óleo patriótico do tucanato.
Eles chamam esse negócio de cair de quatro e se refestelar no festim entreguista que os caracteriza de modernidade.
Reforma agrária nem pensar. Toda a terra vai ser necessária para o transgênico venenoso de cada dia, regado ao agrotóxico de todos os dias e rebanhos e rebanhos de gado na predação irreversível de regiões inteiras do Brasil. D. Kátia Abreu, senadora corrupta e presidente da CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA vai cortar a fita simbólica com as cores da bandeira dos EUA.
E inaugurar o grande rodeio com invocação do espírito de John Wayne num cavalo cheio de escalpos de índios e camponeses brasileiros.
Exagero, não é bem assim? Tudo bem, vá confiando nessa conversa cretina e sem vergonha de Arruda Serra e seus tucanos e DEMocratas, vá achando que Roberto Freire não mete a mão no seu bolso, no dinheirinho público.
Quando acordar e perceber que está duro e o País é só uma grande colônia desses interesses, a luta para reconquista de um Brasil soberano será muito mais sofrida, muito mais dura que a de hoje. E pior, terá que ser travada por nossos filhos, nossos netos em imensos desertos de “progresso”. O deles. E ainda vamos pagar pedágio.
Os caras se abrigam em casamatas tecnológicas de onde controlam a turba através da mídia espetáculo.
Tem o cala a boca Galvão? Falta o cala a boca Bonner. O cala a boca tucano. O cala a boca VEJA.
Censura? Não, vergonha na cara e compromisso com o Brasil e os brasileiros. Nada além disso.
Os do Norte estão chegando de volta, como em 1964 no golpe sob comando de Washington e agora vestidos de democratas. Mas se preciso for baixam a borduna.
Na cabeça de Arruda Serra e seus sicários, o eleitor brasileiro, o cidadão brasileiro, é só um tonto que tem que ser iludido em períodos eleitorais para que se possa manter intocado o castelo dos bandidos, o deles.
Sabe aquele jogador da Coréia do Norte que desatou no choro ao ouvir o hino de seu país antes do jogo com o Brasil:
Numa declaração à imprensa esportiva de todo o mundo disse mais ou menos o seguinte – “conheço a miséria proporcionada pelo capitalismo, vivi no Japão e ao lado de muitos brasileiros e em condições miseráveis de escravo. Meus pais vivem na Coréia do Sul, optei por viver na Coréia do Norte para ser tratado com dignidade, como ser humano”.
É só uma questão de propaganda, de edição do filme.

Submissão - Barbet


O cineasta Theo Van Gogh foi assassinado por causa desse filme, por um muçulmano fundamentalista, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão. É devido aos extremos que o planeta encontra-se desta maneira. Será tão difícil caminhar na estrada do meio onde todos dão as mãos e ninguém maltrata seu semelhante? Se não mudarmos nosso modo de encararmos a vida, se não passarmos a tratar melhor todas as formas viventes, se não cuidarmos do nosso planeta, se não começarmos a dar menos valor aos rótulos e mais ao conteúdo, certamente não chegaremos longe.

Loucura....Barbet

Loucura classicamente falando é qualquer distanciamento prolongado da personalidade dos parâmetros da realidade. Mas quais seriam esses parâmetros? É considerado psicótico "louco" todo aquele que se sente perseguido por personagens criados em seu imaginário. Mas as pessoas que perseguem personagens reais, como generais que deflagram guerras, soldados que torturam, policiais que matam, políticos que controlam, o que são? São consideradas psicóticas as pessoas que possuem delírios de grandeza e se consideram Napoleon, Jesus, Buda. Mas e os mortais que se consideram deuses pelo poder e dinheiro que possuem e não estão nem aí para a dor e sofrimento dos outros? Para mim há uma loucura racionalmente aceita e outra irracionalmente condenada pela sociedade.

sábado, 19 de junho de 2010

Análise crítica da última prova da OAB - Barbet

RECEBI ESTE E-MAIL HOJE E RESOLVI POSTAR AQUI, que sirva de incentivo para aqueles que não passaram na primeira fase do exame da Ordem deste ano, não por falta de competência, mas, talvez por excesso de cobranças sobre quem na verdade ainda está no começo de uma carreira e não no meio sequer no fim. A boa Instituição de Ensino prepara o aluno mas é a prática e as exigências da profissão que o farão melhor. Se existe alguém que precisa ser fiscalizada, punida e até retirada são as faculdades incompetentes que apenas estão interessadas em angariar dinheiro e passam qualquer aluno, sem a mínima exigência de capacidade e excelência. Vamos cortar o mal pela raiz, vamos intervir nesta rede mafiosa de "faculdades" que jogam semestralmente centenas de "bacharéis" em direito completamente despreparados que mal sabem escrever um portugues correto.

"Caros alunos e alunas;
Parabenizo aos que alcançaram a pontuação mínima para a aprovação para a segunda fase! Quem conseguiu, realmente pode se sentir muito, muito, muito orgulhoso. Foi a prova mais difícil de todos os tempos. E, atrevo-me a afirmar: não houve adequação, razoabilidade, e, até, como vi alguns comentando ontem em blogs na internet, teria faltado até mesmo lealdade na seleção dos temas e no modo de arguição dos quesitos. A prova de constitucional foi um absurdo, a questão de contribuição previdenciária em tributário, as questões de processo do trabalho, tutela coletiva na relação de consumo, enfim...
Escrevo para tecer algumas palavras de apoio e tentar confortar a grande maioria, a qual, sei que, infelizmente, não atingirá o índice de aprovação. A prova foi absurdamente difícil. Queria que vocês lessem essas palavras abaixo escrita por mim, direcionada a cada um de vocês, com imenso carinho e profundo sentimento de solidariedade.
Não sei o que passou na cabeça da comissão examinadora; não sei qual propósito eles pretendiam alcançar; qual objetivo; mas, em razão do estilo de prova, do modo como as perguntas foram feitas, permito-me presumir que a intenção não era das melhores. O modo como a prova foi construída permite presumir um dolo direto e objetivo de tentar reprovar a totalidade dos candidatos.
O que é trsite é que, após rumores que a CESPE poderá sair da organização do concurso,e aprovada uma medida "inovadora" de autorizar os alunos de 9º período a fazerem a prova, aumenta-se absurdamente o valor da inscrição, arrecadam-se mundos e fundos de dinheiro, e, fazem uma prova que classifico como covarde,
desleal, legitimando a crença em um objetivo pré-meditado de tentar reprovar os candidatos globalmente.
Indago-me: para quê? Por quê? Qual o objetivo de tanta covardia?
Se a OAB acha que um advogado tem que ter esses conhecimentos para poder atuar na profissão, temos um gravíssimo problema social e institucional: acho que estaríamos sem advogados hoje no mercado...desafio, prestem bem atenção, D-E-S-A-F-I-O, os atuais advogados militantes, a fazerem a prova de ontem...asseguro
a vocês: SERIAM REPROVADOS NA QUASE TOTALIDADE....SERÁ QUE O PRESIDENTE DA OAB PASSARIA NA PROVA DE ONTEM? Se eles, os mais antigos, os experientes, os militantes, não possuem esses conhecimentos, porque que vocês, os que estão chegando, teriam que tê-los?
Amigos, sou mestre em direito, especialista pela FGV, um profundo estudioso, leciono a quase 10 anos, em diferentes cadeiras, modéstia a parte, me considero um acadêmico de preparação e conhecimento acima da média dos meus pares...não sei se eu conseguiria passar na prova...
Ontem, na correção, a expressão dos professores era de assombro...todos se indagando "meu Deus, qual o motivo de se fazer uma prova nesse nível absurdo de dificuldade?". Os próprios advogados/professores sentiram dificuldade para elaborar o gabarito...
Quando se faz uma avaliação, antes de qualquer coisa, há de se perguntar: para que fim estou fazendo essa avaliação? Se avalio um candidato a ser militar, é necessário que ela tenha conhecimentos específico sobre técnicas de guerrilha e exploração espacial? Se avalio um candidato a se apresentar numa cena de dança espanhoila, ele tem que saber dançar frevo, merengue e afoxé? O Exame da Ordem está avaliando bacharéis em direito, os quais buscam apenas a licença para iniciarem sua profissão...não está avaliando ESPECIALSTAS EM DIREITO, JUIZES, PROMOTORES....seuqer está avaliando alguém para que receba do Estado um cargo de Juiz ou Promotor...a avaiação deve ser sempre proporcional ao fim pretendido e buscando adequação ao perfil dos avaliados...se avalio 10 pessoas querendo reprová-las, indagando com profunda compelxidade e malícia as questões,sei que reprovarei a todos. Então pergunto: estou sendo leal? É honesto convocar as pessoas a se habilitarem a fazer o meu concurso , se faço a prova dentro de uma proposta que sei que meus candidatos habilitados não serão hábeis a respondê-los?
Para quê isso?
Quanta covardia...
Amigos, queria dizer a vocês que como advogado, hoje me sinto envergonhado, por estar testemunhando esse nível de atrocidade dentro da minha própria classe...e queria dizer, como professor, que estou muito sofrido e que compartilho a dor de vocês.
Queria pedir a vocês que NÃO ABAIXEM A GUARDA; SOMOS G-U-E-R-R-E-I-R-O-S; POR FAVOR, NÃO DEIXEM QUE UMA COVARDIA TIRE O BRILHO DE SEUS ROSTOS; NÃO PERMITAM QUE PESSOAS MAL INTENCIONADAS PREJUDIQUEM SEUS SONHOS; NÃO SE SINTAM INCAPAZES POR CONTA DESSA ESTÚPIDA PROVA DE ONTEM; ACREDITEM, E QUEM FALA É UM ADVOGADO, MESTRE, ESPECIALISTA, DOUTRINADOR, A MAIORIA DOS JUIZES,PROMOTORES, DEFENSORES, NÃO PASSARIAM NESSA PROVA; NÃO SE SINTAM DESMERECIDOS!!!
Temos que ter a inteligência emocionalde sabermos enfrentar momentos difdícies com maturidade e parcimônia, e , acima de tudo, resginação. Acreditem na justiça de Deus, ela não falha. Vocês que estudaram, se prepararam, se não deu nessa prova, VAMOS EM FRENTE, LEVANTA A CABEÇA E VAMOS DAR A VOLTA POR CIMA! VOCÊS SÃO BONS, MERECEM A APROVAÇÃO, E ELA VIRÁ. SÓ NÃO FOI DESSA VEZ...MAS ELA V-I-R-Á.
Não se deixem abater quando as pessoas lhes olharem e disserem "poxa, não passou?"; NÃO SE DEIXE ABATER! OLHE COM OLHAR DE GUERREIRO, e diga "NÃO DEU, COMO EM MUITAS SITUAÇÕES DA VIDA, MAS FIZ O MEU MELHOR, E NA PRÓXIMA PASSAREI". E vamos recomeçar...
Amigos, é hora de catar os caquinhos...equilibrar a mente...acalmar o espírito...aconhegar o coração e ENCHER ELE DE GARRA!!! PEÇO A VOCÊS GARRA!!! GARRA!!! GARRA!!! VOCÊS SÃO GUERREIROS!!! POR FAVOR, NÃO ABAIXEM A GUARDA!!! SE NÃO DEU NESSA, PERDEMOS UMA BATALHA E NÃO A GUERRA...POR FAVOR, NÃO DESISTA...EU NÃO DESISTIREI DE VOCÊS, EU ACREDITO EM VCS, EU ESTAREI AQUI, POR VOCÊS, PARA VCS, PARA AJUDAR VOCêS...POR FAVOR, NÃO DESISTAM DE SEUS SONHOS!
Não se sinta diminuido por ontem...essa prova, repito, foi covarde...e estou fazendo um comentário técnico...profundamente frio e técnico...
Seria bacana se alguém tivesse acesso à Globo e conseguisse patrocinar uma matéria aonde essa prova fosse levada a juizes, promotores, defensores, delegados, e o repórter indagasse de plano e de surpresa "responde essa questão para mim, qual é o gabarito?". Vocês iam ver que raríssimos acertariam...duvido que fariam 50 pontos...falo isso para mostrar a vocês que VOCÊS NÃO SÃO RUINS...não!!! Levante sua auto-estima! Não deixe de ter orgulho de você! Goste de você! Continue acreditando em você! EU ACREDITO EM VOCÊ!
Amigos, foi uma ducha de água fria para todo mundo...para nós professores também...vivemos por esse momento...vivemos pela alegra de vocês...nos doamos de alma, de coração, por vocês...e quando vcs passam, é como se fosse cada um de nós...vibramos como se fosse no dia da nossa aprovação...e sei que vocês sabem o qaunto essas palavras são sinceras...
Ontem quando as mensagens começaram a chegar, especialmente de vários dos meus MELHORES ALUNOS, dizendo que não passaram, chorei...chorei...só parei quando meu pequenino filho Pedrinho, de 3 anos, falou "papai, não chora...", e me deu um sorriso lindo, me abraçou, e ali minha ficha caiu que a vida segue,é linda, vale a pena, é muito mais e muito maior que uma reprovação...especialmente quando somos vítimas de uma covardia...pensem nos seus "pedrinhos"...pensem que ainda temos uma vida inteira pela frente...que em Outubro estaremos juntos de novo...e subiremos no ringue de novo...e faremos o nosso melhor! E na hora certa, Papai do Céu nos propiciará os louros da conquista! POR FAVOR, NÃO DESANIMEM! LEVANTEM A CABEÇA, ENCHAM O PEITO DE GARRA, DE VONTADE E FOME DE APROVAÇÃO, E VAMOS RECOMEÇAR!
A VIDA CONTINUA, NÃO ADIANTA CHORAR, NÃO SE DEIXEM ABATER! TEMOS QUE RECOMEÇAR...NA VIDA É ASSIM ...INFELIZMENTE, EM CERTOS MOMENTOS, SOMOS ABATIDOS...MAS, LEMBREM-SE DA FRASE QUE SEMPRE CITO: GUEREIROS NÃO SÃO OS QUE NÃO CAEM, POIS SOMOS HUMANOS, TODOS CAIREMOS...GUERREIROS SÃO OS QUE SE LEVANTAM...LEVANTE! VAMOS, LEVANTE! LEVANTE! VOCÊ É UM G-U-E-R-R-E-I-R-O (A)!!!
Fiquem com Deus,
Contem sempre comigo,
Beijo no coração"!

Publicado por: Pedro Barretto,Superman da OAB