...Pensava que era única, eu a tinha como um tesouro e ela era cheia de mimos, vaidosa e muito inteligente, Um dia, em um caminho que certamente me levaria aos "homens" achei um jardim cheio delas, todas iguais a minha. Fiquei triste tive vontade de chorar. Mas e se ela souber? Isso me preocupou tanto. Ela iria ficar bem vermelha, tossir, fingiria morrer, tudo isso para escapar do ridículo. Eu teria que cuidar dela, fingindo não entender, se não, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade. E eu que pensei rico de uma flor sem igual. Mas a raposa me ensinou o significado de "cativar" , criar laços. Agora eu entendo, Minha rosa eu a reguei, a pus sob a redoma, abriguei-a com o pára-vento. Escutei-a queixar-se ou gabar-se ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa, ela me cativou e para mim ela é única. Foi o tempo que estive com a minha rosa que a fez especial para mim, embora existam milhares iguais a ela, ela é única.
Antoine De Saint-Éxupére
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