terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Policial acusada de extorsão é obrigada a ficar nua durante revista feita por homens



A escrivã de polícia resistiu em tirar a roupa na frente de policiais homens e o delegado que conduzia a investigação disse que chamaria policiais femininas, mas que teria que acompanhar a revista. A acusada acabou sendo revistada à força por policias, que arrancaram a calcinha dela e descobriram R$ 200 na peça. O caso foi levado à Justiça e ao Ministério Público, que consideraram que não houve abuso de poder pelos policiais e arquivaram o inquérito. As imagens foram gravadas pela Corregedoria da Polícia de São Paulo e distribuídas sem autorização legal.

Uma testemunha disse que o suspeito de matar Vanessa de Vasconcelos Duarte, a supervisora de vendas de 25 anos que foi estuprada e morta na Grande São Paulo, que está foragido, confessou o crime. - Ninguém está livre dos olhos da morte - BBT

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

[Carta O BERRO] Reportagem dos americanos sobre o Brasil - Vanderley-Revista

[Carta O BERRO] Emir Sader: O novo quadro no Oriente Médio. - Vanderley-Revista

Oriente Médio: nada será como antes
por Emir Sader, no seu blog
Por duas fortes razões o Oriente Médio tornou-se um pilar da política externa do império norteamericano: a necessidade estratégica do abastecimento de petróleo seguro e barato para os EUA, a Europa e o Japão, e a proteção a Israel – aliado fundamental dos EUA na região, cercado por países árabes.
Por isso o surgimento do nacionalismo árabe tornou-se um dos fantasmas mais assustadores para os EUA no mundo. Por um lado, pela nacionalização do petróleo pelos governos nacionalistas, afetando diretamente os interesses das gigantes do petróleo – norteamericanas ou europeias –, pela ideologia nacionalista e antimperialista que propagam – de que o egípcio Gamal Abder Nasser foi o principal expoente – e pela reivindicação da questão palestina.
A história contemporânea do Médio Oriente tem assim na guerra árabe-israelense de 1967 sua referência mais importante. A união dos governos árabes permitiu a retomada da reivindicação do direito ao Estado Palestino, que foi respondida por Israel com a invasão de novos territórios – inclusive do Egito -, com o apoio militar direto dos EUA.
Novo conflito se deu em 1973, agora acompanhado da política da OPEP de elevação dos preços do petróleo. A partir daquele momento ou o Ocidente buscava superar sua dependência do petróleo ou trataria de dividir o mundo árabe. Triunfou esta segunda possibilidade, com a guerra Iraque-Irã, incentivada e armada pelos EUA, que golpeou dois países com governos nacionalistas, que se neutralizaram mutuamente, em um enfrentamento sangrento. Como subproduto da guerra, o Iraque se sentiu autorizado a invadir o Kuwait – com anuência tácita dos EUA -, o que foi tomado como pretexto para a invasão do Iraque e o assentamento definitivo de tropas norte-americanas no centro mesmo da região mais rica em petróleo no mundo.
Os EUA conseguiram dividir o mundo árabe tendo, por um lado os regimes mais reacionários – encabeçados pelas monarquias, a começar pela Arabia Saudita, detentora da maior reserva de petróleo do mundo, e por outro governos moderados, como o Egito e a Jordânia. A maior conquista norteamericana foi a cooptação de Anuar el Sadar, o sucessor de Nasser, que supreendentemente normalizou relações com Israel – o primeiro regime da região a fazê-lo -, abrindo caminho para a criação de um bloco moderado, pró-norteamericano na região, que se caracteriza pela retomada de relações com Israel – portanto o reconhecimento do Estado de Israel – e praticamente o abandono da questão palestina. Passaram a atuar também dento da OPEP, como força moderadora, favorável aos interesses das potências ocidentais.
O Egito, como país de maior população da região, com grande produção de petróleo e país daquele que havia sido o maior líder nacionalista de toda a região – Nasser – passou a ser o peão fundamental no plano político dos EUA na região. Não por acaso o Egito tornou-se o segundo país em auxilio militar dos EUA no mundo, depois de Israel e à frente da Colômbia.
Essa neutralização do mundo árabe, pela cooptação de governos e pela presença militar dos EUA no coração da região – atualizada com a invasão do Iraque – constituiu-se em elemento essencial da politica norteamericana no mundo e da garantia de abastecimento de petróleo para complementar a declinante produção dos EUA e todo o petróleo para abastecer a Europa e o Japão.
É isso que está em jogo agora, depois da queda das ditaduras na Tunísia e no Egito. Impotente para agir de forma direta no plano militar, os EUA tentam articular transições que mudem a forma de dominação, mas mantenham sua essência. O Exército preferiu a renúncia de Mubarak, porque se deu conta que sua presença unia a oposição. Tem esperança que, sem ele, possa cooptar setores opositores para uma coalização moderada – com El Baradei, a Irmandade Mulçumana, com o apoio dos EUA e da Europa – que possa fazer reformas constitucionais, mas controlar o processo sucessório nas eleições de setembro, conseguindo desmobilizar o movimento popular antes que este consigar forjar novas lideranças.
Indepentemente de que possa se estender a outros países da região – de que a Argélia, a Jordânia, o Marrocos, a Arábia Saudita, são candidatos fortes – a queda das ditaduras na Tunísia e no Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas. O menos que se pode esperar é a instabilidade política na região, até que outras coalizões de poder possam se organizar, cujo caráter dará a tônica do novo período em que entra o Oriente Médio.

IMPORTANTE: Sábado Resistente: homenagem Aderval Alves Coqueiro - Vanderley-Revista

Camaradas e Amig@s,
O Memorial da Reistência e o Núcleo de Presevação da Memória Política retomam, no próximo sábado, sua programação dos Sábados Resistentes.
Em nossa primeira atividade deste ano, homenagearemos o nosso Camarada Aderval Alves Coqueiro, assassinado há 40 anos, no Rio de Janeiro.
Militante sucessivamente do Partido Comunista do Brasil - PCdoB; da Ala Vermelha; e do Movimento Revolucionário Tiradentes, Coqueiro - juntamente com outros militantes - foi um dos fundadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema.
Compareçam e divulguem.
Putabraço,
e nos encontramos lá,
Alipio Freire
SÁBADO RESISTENTE
Memorial da Resistência de São Paulo
Largo General Osório, 66 - Luz - Auditório Vitae - 5º andar
19 de fevereiro de 2011, das 14h às 17h30
Futebol e resistência política
A população brasileira lutou muito pela volta à Democracia, com adesão de praticamente todos os setores da sociedade. A busca por liberdade nunca deu trégua aos ditadores. No esporte, principalmente no futebol, o desejo de volta ao regime democrático e de liberdade teve alguns exemplos notáveis, a partir de meados dos anos 1970, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, e em Minas Gerais, além de outros Estados.
Com certeza, a experiência da Democracia Corintiana foi a mais representativa da participação do mundo esportivo contra a Ditadura Militar e será um dos pontos de discussão no Sábado Resistente de 19/02. Lembraremos também a faixa exigindo Anistia Política, que foi aberta em fevereiro de 1979 no Estádio do Morumbi, e que colocou o esporte na luta pela Anistia Política, fortalecendo os setores que já estavam nas ruas clamando por ela.
Ainda neste primeiro Sábado Resistente de 2011, faremos uma homenagem a Aderval Alves Coqueiro, o primeiro banido que voltou ao Brasil para lutar contra a ditadura.

PROGRAMAÇÃO
14h - Boas-Vindas - Caroline Grassi (Memorial da Resistência de São Paulo)
Coordenação - Ivan Seixas (Jornalista - presidente do Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo)
14h15 - Palestra e debate - Juca Kfouri (jornalista)
16h30 - Homenagem a Aderval Alves Coqueiro (primeiro banido a voltar para a luta contra a ditadura)
Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pelo Memorial da Resistência de São Paulo, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.

A REFORMA POLÍTICA - Laerte Braga

O pós Lula promete surpresas maiores que as já vividas nesses primeiros momentos do governo de Dilma. Por exemplo. A presidente é Serra ou Neves? Roussef não é mais. Pode ser Jobim. É um dos principais sócios do condomínio que controla o Planalto (os outros dois principais são Palloci e Manteca).
O presidente do Senado Federal, José Sarney, uma versão brasileira de Sílvio Berlusconi, no mínimo proibido para menores de 80 anos, anuncia que a comissão especial que vai cuidar de estudar, debater e propor um projeto de reforma política terá a presença de dois ex-presidentes. Collor de Mello e Itamar Franco.
Corremos o sério risco de voltar às capitanias hereditárias. Donatários dos estados transformados em província.
A tal brabeza da presidente é para inglês ver. A música que Jobim toca, soa aos seus ouvidos como sinfonia de Beethowen. Nada a ver com o compositor, mas com o ministro da Defesa (só não se sabe da Defesa de quem, do Brasil não é).
Reformar o que?
Como estão fazendo no Egito, um jogo de cena de generais para manter tudo como ao tempo do ditador Mubarak?
O vazio que se segue ao governo Lula pode ser medido nos oito anos de um presidente carismático, mas de uma quase completa e total desmobilização do movimento popular e aparelhamento da maioria do movimento sindical. Aquele agregado ao PT, versão vermelha do PSDB amarelo e azul.
No fundo a forma de capitular é a mesma, os donos do Brasil permanecem intocados e qualquer reforma, até porque a expressão é insuficiente para as demandas históricas do País, vai terminar no umbigo do deputado ou senador de olho nas próximas eleições.
Mudar sem mudar.
O mundo contemporâneo exige que se tenha uma visão para além daquilo que o ex-deputado José Bonifácio (“seja mais Andrada e menos Zezinho), o que dá na mesma). O ex-fac totum da ditadura militar costumava dizer que a realidade política está na base eleitoral do político, no caso o município.
Essa visão de um dos principais políticos do Brasil à época valeu-lhe uma cáustica crítica de Carlos Castello Branco no extinto JORNAL DO BRASIL. O jornalista reduziu-o à sua dimensão real de político de tricas e futricas.
Reformar o que?
À época da ditadura, preocupados com o impacto do preço do cafezinho na população e a perspectiva que um aumento maior viesse a causar fortes críticas ao regime militar, os comandantes do Brasil criaram um órgão para definir desde o custo do cafezinho às tarifas de transportes coletivos urbanos. O Conselho Interministerial de Preços.
A centralização levada ao seu ponto máximo. Prefeitos e governadores eram acessórios da ordem vigente. As tarifas de transportes coletivos urbanos, até então, eram objeto de proposta das prefeituras e amplo debate nas câmaras municipais, lógico, com intensa participação popular. Veio a constituição de 1988 e o máximo que se obteve é que os prefeitos detêm a palavra final. Uma espécie de estímulo à corrupção.
A representação popular – em tese, câmaras municipais são uma espécie de apêndice, ninguém sabe que função cumpre no corpo humano, absolutamente desnecessário, até porque costuma provocar dores absurdas e em crise de apendicite é possível que atinjam níveis de gravidade capaz de matar – continua sem presença nesse debate.
É só uma pequena mostra.
Não existe reforma política dentro de um modelo institucional que preserva intactos feudos e guetos da ditadura militar, numa constituição que se originou de um Congresso Nacional Constituinte tutelado pelos militares, com o país sob a presidência de José Sarney (que comprou o mandato de cinco anos).
Há um clube de amigos e inimigos cordiais onde mesmo nos momentos de tapas e arranhões, tudo acaba em beijos e abraços, a despeito das exceções. Existem sim é preciso que se diga.
Os dois principais projetos que beneficiam o latifúndio no Brasil – e conseqüentemente empresas estrangeiras, o controle da produção de alimentos em nosso País – são oriundos de parlamentares de partidos que dizem ser de esquerda. O relator do Código Florestal é do PC do B (Aldo Rebelo) e o que introduz a semente “terminator”, aquela que germina só uma vez, cria o monopólio da MONSANTO, é do deputado Cândido Vaccarezza, líder do PT.
E haja veneno em nossas mesas, tudo com a chancela do progresso.
O dilema do Brasil, que se sobrepõe às tais reformas é amadurecer ou não amadurecer. É o entendimento do governo dos EUA. Está nos telegramas enviados pelo embaixador daquele país (conglomerado terrorista) a Washington e na opinião do presidente branco engraxado com graxa preta Barack Obama.
Amadurecer significa comprar aviões da BOEING, como significou a privatização de setores estratégicos da economia nacional (VALE, EMBRAER, setor de energia elétrica, etc). O não amadurecer e sair do berço esplêndido e afirmar-se como protagonista de sua própria história, rejeitar o status de vice-reino ou colônia.
Perceber a real dimensão do Brasil e da América Latina num mundo globalizado.
A receita para sair desse dilema implica em participação popular e eleição através de voto distrital, ou sistema misto, lista aberta, ou lista fechada, nada disso vai mudar essa estrutura sem que decidamos se somos “maduros” ou “imaturos”.
É o contrário. A reforma política pode parecer um daqueles produtos ditos BRASTEMP, que você imagina que funciona e nem estão aí para isso, exceto se você colocar a boca no trombone como fez um cidadão paulista.
Se olharmos bem para o que acontece no País, na América Latina e no mundo pós União Soviética, vamos perceber que houve a entronização de um novo deus, o deus mercado, o culto às bolsas de valores.
A palavra progresso tomou o sentido de destruição ambiental, importante são os lucros, os ganhos.
Há uma diferença entre um trabalhador usar uma calça jeans Pierre Cardin e Eike Batista também. O trabalhador vai se matar no crediário para parecer Eike Batista, ou seja, a sociedade onde todos podem usar Pierre Cardin e Eike vai comprar dez com o produto do esforço desse trabalhador.
Como acreditar em reforma política sem participação popular? Precede a qualquer projeto.
Somos um país, como muitos, onde a mídia cumpre o papel de alienar, desinformar, servir a interesses dos grupos dominantes e países outros.
A grande preocupação da maior rede de comunicações do Brasil, o grupo GLOBO, é saber se vai rolar sexo ou não na casa do BBB-11. E rolar sexo é fundamental para a audiência do programa.
Nos últimos dias o diretor do bordel e o apresentador, Boninho e Pedro Bial, têm se esforçado ao máximo para que isso aconteça e salve a pátria amada.
Qualquer erro, ou efeito contrário a culpa é do Irã.
Há poucos dias uma denúncia de funcionários da ABIN – AGÊNCIA BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES – afirmou que A ABIN funciona nos mesmos moldes do famigerado e incompetente SNI – SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES –.
O Brasil de hoje é controlado pelos mesmos grupos que controlavam o Brasil de ontem, o da ditadura militar. Banqueiros, grandes empresários e latifundiários. A maior parte dos proprietários de grandes extensões de terra nas regiões Norte e Centro-Oeste, ou foi aquinhoada pela ditadura militar, ou grilou as terras nas certidões falsificadas em cartórios de registro, outro dos serviços públicos postos em mãos de quadrilheiros. Ou alguém acredita que cartórios sejam templos de oração, do bem, como se costuma dizer hoje?
O governo Lula foi um hiato nesse processo. Os oito anos do ex-presidente foram marcados por tentativas várias de desacreditá-lo, desmoralizá-lo, isso com todas os exercícios de equilibrismo de Lula para sobreviver e conquistar alguns avanços que assustam e arrepiam os donos, a despeito das concessões.
Mas Lula é uma exceção, como eu disse, um hiato. Terminou e agora?
Dilma é a regra geral. Já está no balaio da visão estreita e privilegiada do grupo de amigos e inimigos cordiais. Não há governo em lugar nenhum do mundo que possa pretender o mínimo de respeito com um ministro chamado Moreira Franco. É bem mais que escárnio, é um desrespeito aos brasileiros.
O PT é um PSDB ou vice versa em que o que varia é apenas a cor das bandeiras, nada mais. A prática no todo é a mesma.
E no meio disso tudo o PMDB, um conglomerado onde sobrevivem meia dúzia de figuras históricas e decentes e latifúndios em torno de interesses lesivos ao Brasil e aos brasileiros.
Essa história de reforma política soa como pintar a casa quando o problema é resolver as infiltrações que corroem as paredes e as estruturas.
Qualquer reforma passa por ampla participação popular. Por discussão do modelo político, da estrutura do Judiciário por exemplo (o acordo com o Banco Mundial é indecoroso), das políticas públicas de saúde, educação, de revisão do processo de privatizações, de transparência no setor estatal. De fim de elefantes brancos como os tribunais de contas. Estou citando aqui e ali, quando o problema é de estrutura. É de base.
Não há reforma que conserte, apenas perpetua o poder das elites. E chega a ser piada de mau gosto Itamar Franco e Collor de Mello na comissão especial que vai discutir e propor a tal reforma.
Não importa que o governo Dilma Neves, ou Dilma Serra (está mais para Neves) tenha pouco mais de um mês, quase dois. Importa que a cara do governo já está visível a olho nu em qualquer canto.
Não tem nada a ver com avanços políticos, econômicos e sociais. Entrou de sola no clube dos amigos e inimigos cordiais, diploma de sócio benemérito e vai ser assim até o fim.
Vão dizer que os programas sociais serão mantidos? Mas é o óbvio. O que no governo Lula foi uma tentativa de permitir ascensão social a trabalhadores, inclusão a excluídos, no governo Dilma sim, é assistencialismo demagógico, começa a tomar esse viés para que permaneça intacta a caixa de privilégios das classes dominantes.
O papel dos movimentos populares, dos partidos de esquerda (PT e PC do B não têm nada a ver com isso, esquerda, é preciso que se diga) e do sindicalismo vivo, atuante, livre do peleguismo oficial, é o da luta popular.
Esse negócio de reforma política é que nem a cenoura que colocam à frente do burro e que ele nunca vai alcançar, pois vai sempre carregar o fardo imposto pelos que têm o chicote.
É o tal ser maduro (aceitar as regras dos donos, o clássico faremos tudo que meu mestre mandar) ou ser imaturo, transformar o grito de Independência ou Morte em realidade.
Exagero? Que diferença existe entre morto no duro e morto/vivo, Zumbi?
Será que brasileiros com essa mídia “saudável” que temos conhecem a realidade dos que trabalham nas plantações do latifúndio? Nas grandes usinas que produzem açúcar e álcool? Nas mineradoras padrão VALE?
Têm noção exata da devastação ambiental? Ou alguém acha que a tragédia da região Serrana no Rio de Janeiro foi obra de Deus, da natureza?
O governo do município onde resido, Juiz de Fora, MG, um pilantra sem nenhum escrúpulo, anuncia hoje na mídia que conseguiu reduzir os custos com a folha de pagamento. Por acaso o anúncio foi seguido dos salários pagos aos médicos e professores da rede pública? Aos servidores de um modo geral? Ou a fraudes e propinas nos contratos de terceirização que, não passam de forma de trabalho escravo? À qualidade dos serviços públicos dever do Estado, direito do cidadão?
Ou ao estado vergonhoso da saúde, da educação, dos transportes, da cidade como um todo?
O cretino, corrupto, ainda chama isso de “NOVA JUIZ DE FORA”. Quer construir um pórtico à entrada e saída da cidade para saudar os visitantes.
É caso puro e simples de cadeia. Mas é o retrato do modelo. Que reforma vai resolver isso?
Itamar? Sarney? Collor de Mello?
Tem quem goste de ser enganado e ache que isso é democracia ou governo do povo para chover no molhado.

VELHOS E CORRUPTOS GENERAIS - Laerte Braga

É uma ilusão vendida pela mídia privada em quase
todo o mundo a neutralidade do exército egípcio na crise que vai levando de roldão a ditadura do general Hosni Mubarak. Os velhos generais que controlam as forças armadas são ligados ao ditador,
aliados de Israel e corrompidos pelos trinta anos de poder e privilégios.Se ainda não houve um massacre de revoltosos civis e desarmados é porque buscam uma alternativa a Mubarak que não mude coisa alguma. E porque não querem chocar o mundo com um banho de sangue. É resultado da ação dos Estados Unidos e suas colônias européias e dos interesses do governo nazi/sionista de Israel. É necessário não deixar rastros da barbárie. A mídia independente em países europeus, mesmo privada, já noticia que aviões israelenses desembarcaram no Cairo com armas especiais para dispersar protestos, manifestações, enfim, por fim à rebelião. Em dois de setembro de 1945 Ho Chi Min proclamou a independência da República Democrática do Vietnã. Na derrota militar francesa em Dien Bien Phu, a partilha do Vietnã ficou consolidada até a expulsão dos norte-americanos, no início da década de 70 do século passado. Os norte-americanos ao perceberem a iminência da derrota dos franceses ofereceram duas bombas atômicas emprestadas para que Paris pudesse fim à guerra. Os franceses tiveram o bom senso de não aceitá-las. Na década de 80 do século XX Israel colocou à disposição do presidente branco da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, uma bomba atômica para acabar com a luta do povo negro e garantir a hegemonia da população branca,
minoritária. Era tarde. A mesma bomba foi oferecida a Pieter Willem Botha. Em 1994, após anos na prisão, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul e terminava o regime do apartheid. São Tomás de Aquino entendia que a guerra pode ser justa desde que preencha condições como ser declarada por uma autoridade legítima, ser por uma causa justa e ser conduzida sem ódio e excluindo a mentira (Suma Teológica, II, 40.).
João XXIII na encíclica MATER ET MAGISTRA considera válidos os recursos da luta armada quando esgotados todos os demais. Essa posição não foi revista pelo papa Paulo VI e nem no breve período de João Paulo I, o cardeal Albino Luciani. Os dois “papas” seguintes, João Paulo II e o atual Bento XVI tiveram e têm o caráter fascista da igreja absolutista e medieval. Bárbara. São criminosos. Os egípcios vivem um dilema. Não querem a ditadura militar de Mubarak e seus generais. Não toleram Omar Suleiman, o vice-presidente, ligado aos EUA e a Israel (responsável pelo massacre de milhares de palestinos que fugiam do genocídio do estado nazi/sionista, pela fronteira entre os dois países, Egito e Israel) e não acreditam que os velhos e corrompidos generais sejam capazes de restaurar a dignidade nacional e os direitos elementares do povo. A neutralidade dos militares é apenas a impossibilidade de massacrar o povo, o temor de um conflito que se espalhe por todo o Oriente Médio e ponha em risco os interesses dos norte-americanos e de Israel.
Quando os EUA ofereceram à França duas bombas atômicas para por fim à guerra da antiga Indochina nem por um instante se preocuparam com os milhares de mortos caso o governo de Paris tivesse aceito a oferta.
Não tiveram essa preocupação nem em Hiroshima e nem em Nagazaki quando a guerra já estava ganha e as duas bombas foram manifestações estúpidas de força e terrorismo. Nem Israel se preocupou com os negros africanos quando ofereceu uma bomba nuclear ao governo racista da África do Sul.  O que importava ali,nas duas ocasiões, como o que importa hoje, são os“negócios”.A Europa Ocidental é uma região do mundo colonizada pelos Estados Unidos.Países como a Grã Bretanha, Suécia, Itália, Alemanha não têm autonomia
alguma diante de Washington.Os povos africanos, asiáticos, latino-americanos e o povo muçulmano são os
alvos do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Na década de 60 assumiram o controle das forças armadas dos países latino-americanos (a exceção de Cuba) e impuseram ditaduras cruéis e um poder militar sem entranhas. No Brasil inclusive.Despejam na Somália lixo atômico e consideram os somalis piratas por se revoltarem contra essa violação clara de sua soberania. Controlam a mídia privada em boa parte do mundo e se sustentam tanto no espetáculo como no terror dos seqüestros, assassinatos seletivos, campos de concentração, guerras contínuas onde a vitória não importa, importam os negócios. Os velhos generais egípcios e toda a sua arrogância – Mubarak é um deles
–foram derrotados em todas as ações militares que tentaram empreender contraIsrael e acabaram aceitando a tutela norte-americana (e o dinheiro lógico). São podres, estão carcomidos pela incompetência, pela corrupção e pela absoluta ausência de compromisso com o Egito. Não são diferentes da maioria esmagadora das forças armadas em todo o mundo, inclusive a nossa (não aceita a história real da ditadura, prefere manter oculta toda a barbárie do período). O indicativo de todo esse preconceito veio no discurso do primeiro-ministro britânico, David Cameron, moleque de recados dos EUA, ao anunciar que o multiculturalismo fracassou. Não é bem assim. Não interessa aos “donos” que o multiculturalismo seja uma realidade à medida que atrapalha os negócios e tanto a guerra como o terrorismo são grandes negócios.
A revolução egípcia não se resume à queda de Hosni Mubarak, um velho corrupto general/ditador. Omar Suleiman é inaceitável para o povo. Reormas constitucionais não vão garantir aos egípcios que suas vontades e aspirações se materializem. A constituição é autoritária, resulta de um
regime ilegítimo. Estamos assistindo ao começo do fim de um grande império, o norte-americano.
O presidente que cava mais fundo a cova desse império é um branco engraxado com graxa preta.
Esse tempo é o tempo da história, não é o tempo cronológico que quase sempre temos como referência.
A revolução egípcia, como antes a revolução islâmica no Irã, transcendem ao Egito, estão para além das fronteiras do Irã e não diz respeito apenas aos muçulmanos. Mas a todos os africanos, a todos os asiáticos, a todos os latino-americanos. Aos povos do leste europeu onde as hordas de bárbaros dos EUA tentam chegar das mais variadas formas.
É mais ou menos como disse um cidadão comum da Ucrânia. “Estamos ficando cansados de ver nossas mulheres prostituídas pelo Ocidente e os nossos povos escravizados pelo imperialismo dos americanos”.
É bem mais amplo o espectro da revolta de egípcios. Querem nos fazer crer, através da mídia privada e podre, que muçulmanos são bárbaros, são cruéis, atrasados, para que aceitemos a realidade de assassinos que matam professores e colegas em escolas por conta de uma nota baixa. Querem nos tornar obesos em todos os sentidos com os sanduíches Mcdonalds e toda a parafernália hollywoodiana que exportam.
O império está em declínio e a sociedade norte-americana está doente.
EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, a despeito dos discursos de paz e democracia, neste momento, se tornam bem mais perigosos, pois estão começando a perceber que não basta dar os anéis, terão que dar os dedos também. E não há ódio no coração dos egípcios. Maomé não revelou o ódio. A misericórdia sim. Mas a passividade diante dos inumanos não.Norte-americanos e nazi/sionistas não são humanos e o próprio povo de Israel começa a perceber essa realidade.
O mundo não se encerra em minúsculas doença Faustão ou BBB, mas na grandeza do ser humano como tal. É o que começa a ser mostrada no Egito, uma nação que traz consigo o germe de uma cultura extraordinária e uma história que não comporta nem gente como os velhos e corruptos generais Mubarak, muito menos Suleiman.

ALTO COMANDO MILITAR EGÍPCIO TEM SEDE EM WASHINGTON - Laerte Braga

O marechal Mohamed Hussein Tantawi, presidente do Supremo Conselho Militar do Egito e sucessor de Hosni Mubarak é parte da brutal ditadura contra a qual os egípcios se levantaram e obedece a Washington.
O ex-ditador não renunciou à “presidência da república”. Nem ele e nem o general Omar Suleiman, o “vice-presidente”. Na quinta-feira Mubarak discursou em rede nacional de televisão dizendo que permaneceria no poder até as eleições de setembro e na sexta, surpreendendo aos próprios revoltosos deixou o poder.
Entre quinta e sexta-feira o marechal Tantawi conversou cinco vezes por telefone com o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates. A última conversa foi após o pronunciamento de Mubarak e Gates disse ao marechal Tantawi que para manter a “ordem” e evitar o “caos” era necessário que Mubarak e Suleiman saíssem.
Quando se extrai um tumor maligno, ou a cirurgia remove o tumor e seu entorno, ou o tumor permanece vivo. Nada muda, apenas a sensação de mudança. É o que está acontecendo no Egito.
O governo provisório (pelo menos por enquanto, pode virar definitivo) vai afrouxar aqui e ali, mas só nos adereços, e as mudanças pretendidas pelos egípcios vai depender das ruas e da oficialidade jovem das forças armadas, fator decisivo na decisão dos EUA que determinaram ao marechal Tantawi o afastamento de Mubarak e Suleiman.
O alto comando militar egípcio tem sede em Washington e os velhos generais e marechais que comandam as forças armadas não diferem em nada de Hosni Mubarak, ele próprio, um marechal.
De uma certa forma o que vai acontecer é uma incógnita. Os próximos dias serão decisivos para a luta popular e a oficialidade jovem (muitos aderiram aos rebeldes na Praça da Libertação e isso foi vital para a decisão dos norte-americanos, o temor de uma rebelião dentro das forças armadas, o medo de perder o controle).
E transcendem ao Egito. Manifestações contra o governo ditatorial da Argélia estão sendo reprimidas de maneira violenta pela ditadura naquele país. No Iêmen o povo se levanta contra o governo e há indícios claros de insatisfação na Jordânia.
Chegam até a Israel, onde parte da população começa a perceber que os governos que sucederam a Rabin (assassinado por um fanático judeu logo após o acordo de paz assinado com Yasser Arafat) têm um caráter ditatorial e colocam em risco a segurança do país. Em Tel Aviv já acontecem manifestações pela paz com os palestinos, tanto quanto, líderes de movimentos de direitos humanos e pela paz são presos e condenados. Silenciados.
Se você acerta um lobo com um golpe não fatal o lobo se torna muito mais perigoso e apavorante que antes do golpe. É o caso dos EUA e toda a sua extensa rede de terror espalhada pelo mundo.
Imerso numa crise na qual se percebe o declínio do império, escora-se num arsenal bélico capaz de destruir o mundo quantas vezes for preciso para manter a democracia cristã e ocidental do deus mercado.
Não é uma nação, apenas um conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. E cada vez mais os norte-americanos vão se revelando um povo doente e fanático em sua imensa maioria.
Em Bruxelas, Bélgica, discutem um sistema antimísseis que cria um escudo protetor em toda a Europa e pretendem obter a concordância da Rússia, vale dizer, sua capitulação à OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – braço terrorista do conglomerado na Europa.
A ressurreição do nazismo foi anunciada pelo primeiro-ministro da principal colônia do conglomerado no velho mundo, David Cameron. Falou em fim do multiculturalismo. A existência, coexistência e convivência entre diferentes. Pacífica e harmoniosa.
O que se viu na Praça da Libertação foi um povo sem preconceitos, cristãos e muçulmanos lutando e rezando em comum pelo fim da barbárie.
E a barbárie está em Washington, em Tel Aviv, em países árabes governados por ditadores, na Europa colonizada e cercada de bases militares do conglomerado terrorista por todos os lados.
Neste sábado, em Roma e várias cidades italianas, milhares de cidadãos vão às ruas para mostrar sua indignação com o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, uma reedição esfarrapada do Duce. A grande chacota do mundo, mas que cumpre à risca o papel que lhe cabe nesse espetáculo determinado pelos EUA. Não por outra razão é um dos donos de um império midiático.
Quem pensa que GLOBO, FOLHA, VEJA, etc. existem só no Brasil se engana. Os terroristas do conglomerado, desde a derrota militar no Vietnã aperfeiçoaram e aumentaram o controle da mídia em quase todos os países do mundo. É o arsenal da mentira repetida à exaustão até que vire “verdade”.
Em Argel o ditador colocou nas ruas policiais (via de regra recrutados entre assassinos como fazia Mubarak) e militares (que em quase todo o mundo, Brasil inclusive, se atribuem o monopólio do patriotismo na versão de Samuel Jackson, “o último refúgio dos canalhas.”
O Comitê de Segurança Nacional da Câmara de Deputados do conglomerado EUA/ISAREL TERRORISMO S/A, numa audiência na quarta-feira, nove de fevereiro, deu seu aval à ordem do presidente branco – disfarçado de negro – Barack Obama, para que o imã Anwar al-Awlaki, seja assassinado pelos “serviços secretos”. É acusado de pertencer a Al Qaeda e ser “mais perigoso que Osama bin Laden.
O imã nasceu no Novo México, nos EUA, é filho do atual ministro da Agricultura do Iêmen e acusado de vários “crimes de terrrorismo”. O espírito democrático, cristão e ocidental de Obama entende que deva ser assassinado em nome da liberdade e outras coisas mais, no fundo, para não atrapalhar os “negócios”.
O deus mercado exige sacrifício de mortais comuns que se oponham ao uso de tênis de marca, ao consumo de sanduíches Mcdonalds, se recusem a assistir as tevês do grande irmão, ou ouvir a suas rádios e ler seus jornais e revistas. A aceitar a ordem suprema e despirem-se da condição de humanos. Mortos vivos.
O que egípcios – cristãos e muçulmanos – mostraram ao mundo é que é possível sair da escuridão e enxergar o sol. É claro que a luta não termina na saída de Mubarak, é mais ampla e estende-se às nações de todo o mundo.
No terceiro dia do julgamento do pedido de extradição de Julian Assange feito pela antiga Suécia – importante base do conglomerado na Europa – o juiz Howard Ridlle pediu mais tempo para decidir se aceita ou não o pedido.
A falta de provas dos crimes imputados a Assange, responsável por revelar através do WIKILEAKS toda a podridão e terror do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, deve ter sido o motivo. Vão tentar encontrar formas de entregar Assange a Suécia para que no curso normal de uma ação criminosa ele possa ser levado aos EUA e julgado. Corre o risco da pena de morte. De qualquer forma, para extraditá-lo vão precisar de muitos coelhos e muitas cartolas.
O último ministro das Relações Exteriores do Brasil (o atual é funcionário do Departamento de Estado do conglomerado), Celso Amorim, em entrevista telefônica a CARTA MAIOR – mídia limpa, sadia – afirmou que “as revoluções populares que o mundo assiste agora especialmente na Tunísia e no Egito, acontecem em países considerados amigos do Ocidente que não eram alvo de nenhum tipo de sanção por parte da comunidade internacional”. E fulminou – “isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada”.
O que chamam de chanceler brasileiro atualmente, Antônio Patriota, prepara-se para um encontro com Hilary Clinton no dia vinte e três. Vai sem sapatos e submisso, doido para ganhar uma cadeira permanente num conselho denominado de segurança. A instância maior das Nações Unidas, onde cinco países têm o direito de veto a qualquer proposta que contrarie seus interesses.
Quer o status e o direito de dizer amém.
Mohamed Hussein Tantawi, o marechal egípcio que assumiu o governo daquele país é só um nome. Poderia ser David Cameron, Sílvio Berlusconi, o primeiro-ministro sueco, Antônio Patriota, poderia ser José Sarney, por exemplo, que guarda com Hosni Mubarak e Omar Suleiman os mesmos cabelos pintados, provavelmente com tintura importada/doada pelo conglomerado (percepção do deputado Chico Alencar).
É por aí que o Egito e os egípcios transcendem a si próprios e se estendem por todo o mundo.
A luta pela sobrevivência do ser humano não será ganha em shoppings e nem diante da telinha inebriado com o BBB. Mas nas praças e ainda não terminou para os egípcios e nem começou para muitos povos.
É de sobrevivência. A suástica está em marcha, viva e feroz, no conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, no discurso de David Cameron, um dos porta-vozes da barbárie.
Por trás daquele discurso vazio e sem sentido de Obama na sexta-feira após a saída de Mubarak, o que existe de fato é o cinismo da estupidez e da violência do conglomerado. Palavras ocas para fora e ordens de assassinato para dentro.

"RECALQUE DESCOLADO E INFANTIL" - A EMBAIXADA DOS EUA- Laerte Braga

Não encontrei, pelo menos onde fui pesquisar, nada sobre “recalque descolado e infantil” na literatura específica (Psiquiatria, Psicanálise ou Psicologia). E olhe que procurei. Três ou quatro “vade mecum” pelo menos.
Em quatro de novembro de 1979 estudantes iranianos invadiram a embaixada dos EUA em Terra, fizeram cinqüenta e dois reféns e elegeram, em 1980, Ronald Reagan presidente. Vinte minutos após o discurso de posse de Reagan a embaixada foi desocupada e os reféns liberados. Num gesto de “bondade” Reagan pediu ao candidato derrotado e ex-presidente Jimmy Carter que fosse recebê-los, afinal, todo o processo fora negociado em seu governo.
É óbvio que os estudantes iranianos não tinham o desejo de influir no processo eleitoral nos Estados Unidos. A ocupação da embaixada foi em novembro 1979 e as eleições presidenciais em dezembro de 1980.
Terminado o período de sigilo que se impõe a documentos públicos nos EUA (vinte e cinco anos em alguns casos, cinqüenta em outros), comprovou-se que as negociações haviam chegado a termo satisfatório vinte dias antes das eleições presidenciais e a diplomacia/burocracia, basicamente republicana, segurou o desfecho para ajudar a eleger Reagan, logo derrotar Carter.
Como a fraude que colocou Bush no poder.
De novembro de 1979 a dezembro de 1980, Jimmy Carter viveu a cada dia o drama dos sucessivos fracassos para a desocupação da embaixada, inclusive patéticas operações de resgate a partir de mariners, mercenários, o de sempre, em se tratando de norte-americanos.
O primeiro presidente a detectar o caráter de conglomerado dos EUA foi um general. Dwight Eisenhower (eleito em 1952 e reeleito em 1956), comandante das forças aliadas na IIª Grande Guerra Mundial. Usou a expressão “complexo industrial e militar”, mais ou menos o que o escritor John dos Passos havia entendido décadas antes.
Imagino que “recalque descolado e infantil” sejam antolhos partidários, sinos que só ribombam quando você está passando pelo qüinquagésimo andar e acredita que “até ali tudo bem”. A concepção que tudo é uma bandeira, quem sabe uma câmera e uma idéia na cabeça. Ou um computador e o que se supõe seja idéia, seja a realidade. No fim desse tudo há um chão. É ali que você vai se esborrachar. O clássico “morreu na contramão atrapalhando o trânsito”. Há um chão e mais que orelha de livros e palavras de ordem.
Os estudantes iranianos queriam a extradição de Reza Pahlevi, o último xá do Irã, acusado de vários crimes contra seu país e seu povo. Estava exilado nos EUA. O xá, um velho aliado dos norte-americanos, apoiou em 1953 um golpe que derrubou o governo eleito pelo voto de Mohammad Mossadegh (primeiro-ministro), por seu caráter nacionalista.
Uma das primeiras lembranças de Barack Obama ao tomar conhecimento da revolução em curso no Egito foi essa. O ano de 2011 marca o início da campanha eleitoral de 2012 e enfraquecido pelos maus resultados de seu governo (ariano com o ator principal engraxado com graxa preta), sabe que, neste momento, as chances de reeleição são mínimas. Sua sorte é a falta de lideranças republicanas e a direita nos EUA não gostaria de repetir a dose John McCain. Mas guarda um ás na manga, quem sabe?
Tornou-se necessário ouvir o clamor do povo egípcio, tentar acalmar o povo da Tunísia, evitar que o movimento atinja a Argélia, a Jordânia, o Iemem e outros países árabes, mas de um jeito tal que tudo parecesse mudar, sem que nada de fato mudassse. Ou que tudo pareça mudar, mas permaneça como está. Novos atores em cena, novos cenários, a mesma peça.
São dois jogos jogados a um só tempo. O jogo para fora, que faz coro às manifestações em todo o mundo contra a ditadura no Egito, as revelações sobre a natureza perversa e brutal do regime.O jogo para dentro, em que republicanos apóiam o presidente (afinal não podem tocar fogo no Oriente Médio), mas torcem para que Obama falhe.
Não podem entrar em campo nem George pai, nem George Filho, mas Jeb Bush está tinindo e pronto para isso. Por enquanto é um ás de paus, de espadas, no máximo de copas, quem sabe em um ano um ás de ouros?
Há quem diga que George filho quando derrubou Saddam Hussein mostrou ao pai como se faz uma guerra.
O fato real não é percebido por nenhum dos lados nesse jogo para dentro, pois disputam o controle do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. O dia seguinte é bomba e pronto.
A cada manhã no Egito, nasce um novo Egito. E se estende para além de suas fronteiras.
Seria interessante lembrar Napoleão. “Soldados, quarenta séculos vos contemplam”. Extasiado diante das pirâmides.
Napoleão entendia as pirâmides, os soldados não.
Como, para dar um exemplo em nosso País, Dilma não entende que toda essa trama em torno do “apagão” é parte de um processo que busca os velhos tempos de privatizações de FHC. Eliane Catanhede, mistura de jornalista tucana e pústula, deixou isso claro numa das agências norte-americanas que operam entre nós, a GLOBO.
Dilma quer uma transição “pacífica e democrática no Egito”. Igualzinho Obama. No fim a culpa é de empresas estatais “paquidérmicas” e sem a eficiência feérica dos “colados adultos”. Com certeza não é recalque. É viseira mesmo.
“Pelas ruas indecisos cordões que acreditam nas flores vencendo canhões...”
O que Jimmy Carter não entendeu e Obama entende, até porque seu nome completo é Barack Hussein Obama, é que o povo do Islã não quer a guerra, não carrega o ódio e traz consigo a misericórdia descrita com precisão pelo profeta Maomé.
O Egito transcende ao Egito.
Mas em Maomé não há a passividade burocrática/diplomática cristã, democrática e ocidental.
Se a montanha não vem a Maomé, como o dito popular, Maomé vai à montanha.
É por isso que o Egito transcende ao Egito. Deita ramas pelo Oriente Médio, pela Ásia, África e América Latina.
O discurso de David Cameron ressuscitando MEIN KAMPF e suas práticas odiosas estampa o medo que está além de eleições. Colado e adulto no preconceito.
Mubarak, um general que comandou a força aérea egípcia na guerra dos Seis Dias e teve seus aviões destroçados em terra não é só Hosni. É Suleiman, todo o modelo em quase todos os povos e países árabes.
Varrer com essa gente é só uma questão de tempo histórico.
Colado e adulto. Lá e aqui. Sem antolhos, sem viseiras, mas nas praças. Sem psicologia de botequim (e olhe que botequim é uma instituição respeitável).
Tanto faz que o faraó seja Hosni, ou Suleiman, aqui vamos acabar coroando Eike, ou Daniel.
Importante é entender os ventos que sopram do deserto.
Hosni saiu? Vai sair? Não é o bastante, toda a tralha norte-americana/sionista tem que sair também.
Que as bênçãos e os ventos soprados por Alah estejam com Tarso, o que começou a colocar os pingos nos iis.

O ex-vice presidente José Alencar pediu privacidade enquanto se recupera de uma inflamação no abdome causada por uma perfuração no intestino. Ele está internado há oito dias no hospital Sírio-Libanês. - BBT

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Basta uma volta pelas ruas de São Paulo para encontrar inúmeras placas escritas de maneira errada. A língua portuguesa não é respeitada e existe uma lei para multar os estabelecimentos com essas placas, mas até hoje ninguém foi multado. Veja! - BBT

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Veja quem comandará a Câmara e o Senado nos próximos dois anos - Para ver o quadro inteiro é necessário aumentar a imagem do Blog no ecrã - BBT

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Em uma eleição marcada por poucas surpresas e pela continuidade, os deputados e senadores escolheram nesta terça-feira (1º) os novos membros de suas Mesas Diretoras. No Senado, o peemedebista José Sarney (AP) foi reeleito para o seu quarto mandato, enquanto na Câmara o deputado Marco Maia (PT-RS) obteve a maioria dos votos e vai comandar a Casa nos próximos dois anos.
Com as maiores bancadas no Senado, PT e PMDB mantiveram sob controle dos aliados os principais cargos. As suplências ainda serão negociadas entre os demais partidos e votadas numa sessão extraordinária marcada para esta quarta-feira (2).
As conversas também envolvem as presidências de comissões temáticas na Casa. PSDB e DEM, sem assentos na Mesa, deverão ficar com as comissões de Infraestrutura e Agricultura, respectivamente.

Hezbollah diz que invadirá Israel se Líbano sofrer ataque - BBT

O Hezbollah ordenará a seus combatentes que tomem o controle da Galileia, no norte de Israel, se as forças israelenses atacarem novamente o Líbano, advertiu nesta quarta-feira (16) o chefe do partido xiita armado libanês, Hassan Nasrallah.
Ele também ameaçou atacar diretamente os dirigentes israelenses.
Nasrallah fez estas declarações em resposta às afirmações do ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, que afirmou, por ocasião de um visita à fronteira norte, na terça-feira, que o Exécito israelense não exclui entrar de novo no Líbano.
- Digo aos combatentes da resistência islâmica [Hezbollah] que fiquem prontos: se ocorrer uma guerra no Líbano, o comando da resistência pode pedir a vocês que tomem o controle da Galileia, ou seja, que libertem a Galileia.
O discurso de Nasrallah foi transmitido por telões e aplaudido por centenas de simpatizantes.
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Mulher assume pela primeira vez a chefia da Polícia Civil do Rio

Para ver o quadro inteiro é necessário aumentar a imagem do Blog no ecrã - BBT

Nova chefe da Polícia Civil anuncia troca da cúpula da instituição - Barbet

A nova chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Martha Rocha, anunciou nesta quarta-feira (16) o nome do delegado Fernando Veloso como subchefe-operacional da instituição. Antes ele ocupava o posto de titular da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), na zona sul da capital. O posto já foi ocupado pelo delegado Carlos Oliveira, preso na semana passada na operação Guilhotina sob suspeita de envolvimento em corrupção e venda de armas.
Confira também
"Vou fazer mudanças necessárias", diz nova chefe...Além de Veloso, Martha também anunciou o delegado Sérgio Caldas, atualmente titular da 78ª DP (Fonseca), em Niterói, como subchefe-administrativo da Polícia Civil. Ele também já foi diretor da Acadepol (Academia de Polícia) e diretor-operacional de polícia da capital.
A nova chefe da Polícia Civil manteve Gilson Emiliano como corregedor da instituição. O chefe de gabinete de Martha será Luiz Zettermann, que já foi sub-corregedor da instituição.
Martha assumiu na última terça-feira (15) o posto de chefe da instituição, depois da queda de Allan Turnowski, desgastado por ser alvo de investigação da Polícia Federal e por seu ex-braço direito, Oliveira, ter sido preso na operação Guilhotina.

[Carta O BERRO] Nossas crianças sob risco - Vanderley-Revista

Marcio Bontempo *,
Para entendermos bem os efeitos ou a influência da alimentação sobre a saúde dos estudantes e os reflexos desses fatores sobre o aprendizado, devemos dividir a faixa etária infantojuvenil segundo a sua classe social ou econômica.
É bem sabido que as classes mais pobres apresentam um tipo de alimentação quantitativamente mais deficiente, com tendência a problemas de ordem carencial, como anemias, deficiências imunológicas, raquitismo, verminoses, parasitoses em geral e maior tendência também às viroses comuns da infância (caxumba, varicela, sarampo, rubéola) e infecções. As classes mais ricas, incluindo a classe média, possuem uma alimentação quantitativamente mais completa e apresentam menor incidência desses problemas, mas mostram incidência de outros, como alergias respiratórias e obesidade. No entanto, devido à alimentação industrializada - empobrecida nutricionalmente e rica em aditivos e componentes nocivos - há uma diminuição qualitativa da saúde em todas as classes sociais, determinando alguns problemas comuns de saúde como cárie dentária (menor nas classes mais abastadas devido à possibilidade de assistência odontológica particular, mas com tendência praticamente igual pela falta de escovação após as merendas e lanches), desmotivação, dificuldade de aprendizagem, ansiedade e doenças crônicas.
Estes dados importantes são motivo de discussão entre autoridades sanitárias e educacionais. A maior possibilidade de acesso por parte das crianças e adolescentes das classes média e alta a alimentos industrializados e proteínas animais condicionadas (ou mesmo as comuns) os expõe a perigos bem maiores, ou seja, doenças degenerativas produzidas pelo excesso alimentar, como o câncer em geral (a leucemia, em particular) as doenças reumáticas, o diabetes e as síndromes de incidência mais recente, como mieloma múltiplo, miastenia gravis, artrite reumatóide e doenças autoimunes em geral. Isso pode ser facilmente comprovado se observarmos estatísticas oficiais que mostram maior incidência de doenças degenerativas e crônicas nos países mais desenvolvidos que adotam a dieta industrializada. Por isso, mesmo que as classes mais pobres possuam uma dieta mais carente, são menos expostas às doenças degenerativas. Em outras palavras, as classes mais favorecidas apresentam qualidade biológica menor. Certamente, por conta da alimentação industrializada, este quadro se inverteu e surpreendeu a muitos nutricionistas e autoridades sanitárias, pois até há pouco tempo acreditava-se que uma alimentação pobre em nutrientes era a causa de numerosas doenças. Hoje, as estatísticas apontam que há mais riscos de doenças com uma alimentação excessiva do que com uma carente. Some-se a isso o fato de que as classes mais pobres geralmente têm acesso a certos alimentos hoje considerados como funcionais ou como fonte de elementos protetores da saúde, como folhas verdes, hortaliças, frutas regionais, rapadura, farinhas, cereais naturais etc. Em contraste, as classes mais ricas acostumaram-se a consumir produtos altamente elaborados: enlatados, empacotados, fritos, ricos em colesterol e açúcar como os chips, a salsicharia, o presunto, os laticínios gordurosos, o pão branco, os cereais matinais empobrecidos em nutrientes mas repletos de sacarose e aditivos, a proteína animal além das necessidades do organismo e outros de difícil aquisição pelas classes mais pobres devido ao custo elevado.
Infelizmente há, no entanto, alguns produtos industrializados de baixo custo – repletos de corantes, aromatizantes e conservantes, gorduras trans, calorias vazias e colesterol, principalmente em guloseimas, chips, doces, sorvetes e refrigerantes – e de fácil acesso também às crianças pertencentes a classes mais pobres, o que expõe uma classe intermediária a maiores problemas que as classes situadas nos extremos de uma escala social e econômica, pois além de uma dieta carente, absorvem também produtos químicos artificiais prejudiciais. De qualquer modo, todas as crianças e adolescentes estão sujeitos a problemas de saúde que põem em risco a saúde e, consequentemente, a capacidade de aprender.
Neste ponto, somos forçados a aceitar que muitos desses problemas dependerão de aspectos individuais, de fatores familiares, genéticos, raciais, culturais, regionais e de idiossincrasias de cada organismo.
A pergunta é: até que ponto as carências nutricionais, bem como os efeitos da má alimentação e da alimentação industrializada são responsáveis ou contribuem para a desmotivação, o baixo rendimento escolar, a reprovação e o abandono dos estudos? E até que ponto são esses fatores resultantes de uma saúde geral deficiente, também motivados pela dieta precária ou rica em aditivos debilitantes? Esta pergunta abre caminho para outra: temos condições de avaliar completa e amplamente todos os efeitos negativos da alimentação industrializada, principalmente aquela consumida nas escolas e nos lares, sobre os organismos das crianças e jovens? Isso nos leva a mais uma pergunta preocupante: até que ponto a má qualidade alimentar, em todas as faixas sociais de alunos, está prejudicando a qualidade de ensino no Brasil?
Enquanto não pudermos responder a estas perguntas, devemos procurar meios para melhorar a qualidade e a quantidade do que os nossos filhos, alunos e estudantes estão comendo. Antes, apenas as deficiências de ferro, de cálcio, vitaminas A e proteínas eram motivo de atenção e estavam diretamente envolvidas com numerosas situações anômalas capazes de produzir tais efeitos. Atualmente, a alimentação industrializada é mais um elemento desse conjunto.
Todos os problemas relacionados a este tema, dada a sua gravidade e urgência, envolvem atenção e participação de pais, educadores, autoridades sanitárias, empresários da produção e fornecimento de alimentos, médicos, nutricionistas e da mídia.
São urgentes a firme tomada de posição e estudos mais sérios quanto ao tipo de substâncias e compostos ingeridos pelos nossos alunos. Sabemos dos riscos da diminuição da capacidade de aprendizagem e da capacidade intelectual que muitos alimentos podem produzir e também dos riscos que tudo isso representa quanto ao futuro da nossa nação. Precisamos nos conscientizar e atuar, em conjunto, na defesa da saúde e da qualidade de vida e aprendizagem da faixa etária do povo que formará o nosso futuro.
* médico e clínico homeopata, especialista em saúde pública e pós graduado em nutrologia. É autor de 59 obras sobre saúde.

[Carta O BERRO] A ABIN segue monitorando MST . Isto é 12 de fev "Arapongas rompem hierarquia, rebelam-se contra o controle militar na Agência Brasileira de Inteligência e fazem guerra de dossiês" - Vanderley-Revista

Isto é
Isto é, 12.02.2011
Motim na Abin
Arapongas rompem hierarquia, rebelam-se contra o controle militar na Agência Brasileira de Inteligência e fazem guerra de dossiês
Claudio Dantas Sequeira
AUTONOMIA
Agentes da Abin defendem que órgão seja
subordinado à Presidência da República
Sucessora do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é mantida, desde sua criação, sob estrito controle militar. Agora este comando está sendo confrontado por um barulhento grupo de agentes concursados, insatisfeitos com o que chamam de “herança maldita dos tempos da ditadura militar”. Os arapongas resolveram rebelar-se, num ensaio de motim, e, pela primeira vez na história dos serviços de inteligência, tornam público o que pensam. Oficiais da Abin sem relação direta com os militares divulgaram uma carta de protesto pedindo à presidente Dilma Rousseff mudanças na direção da agência. No texto, a recém-fundada Associação de Oficiais de Inteligência (Aofi) exige que o órgão saia da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado hoje pelo general José Elito Siqueira. “A exemplo do que é vigente nas democracias modernas, acreditamos que o serviço de inteligência deve ter acesso direto ao chefe de governo”, diz a associação. A Aofi, que representa 170 dos 650 funcionários concursados, considera que a agência ainda é “refém do legado do SNI”.
A demanda por mudanças na estrutura da Abin ganhou força com a posse de Dilma. Por seu passado de prisioneira política, a presidente, conforme os boatos que circularam na comunidade de informações, estaria determinada a promover uma profunda reforma no setor. Mas a nomeação do general José Elito para o comando do órgão frustrou essas expectativas. José Elito, desde sua posse, não deu nenhuma atenção aos focos de insatisfação. Na segunda-feira 7, porém, ele precisou convocar uma reunião de emergência na Abin para tentar acalmar a insurreição que já avançava. No dia seguinte, o general ainda tentou conversar sobre o tema com Dilma, ao encontrá-la pela manhã na garagem do Palácio do Planalto. Mas a conversa não prosperou. Pesa contra José Elito o constrangimento que ele criou para a presidente quando, no início de janeiro, declarou que a existência de “desaparecidos políticos” no Brasil não era motivo de vergonha.
Para acalmar os ânimos, o general José Elito divulgou uma nota protocolar afirmando que “vem implementando medidas no sentido de valorizar a atividade institucional do GSI”. Mas este é exatamente o ponto que irrita os arapongas rebelados. Eles reclamam que , ao subordinar as atividades da Abin ao trabalho de segurança institucional da Presidência, setores estratégicos acabam paralisados. A ingerência militar, segundo eles, também desvirtuaria os objetivos estratégicos do serviço. “A Abin monitora o MST e outros movimentos”, acusam. Os agentes civis apelidaram de “ovos de serpente” os funcionários oriundos do SNI ou que mantêm relações com a caserna. Nesse clima envenenado e de hierarquia rompida, já circula pela Abin um dossiê dos arapongas denunciando que “critérios pessoais e parentais” norteiam o loteamento das principais funções de chefia e direção da agência. Conforme o texto, o Exército enviaria para a Abin aqueles oficiais que o Centro de Inteligência não quer mais ter por perto. “Muitos dos quais tiveram ativa participação no regime repressor”, afirmam os agentes. O dossiê lista até nomes. Na mira dos arapongas estão relacionados o diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, ex-militar oriundo do SNI; e os diretores de Administração, Geraldo Dantas, e de Planejamento, Luizoberto Pedroni, ambos ex-oficiais R2 do Exército. Na conta de “militares atuantes na ditadura”, o documento lança o diretor-adjunto Ronaldo Belhan, filho do general José Belhan, que chefiou as operações do CIE, do SNI e atuou na Oban em São Paulo. Ao que parece, o motim está só começando.

Farmácia Popular passa a oferecer remédios de hipertensão e diabetes gratuitamente Vanderley-Revista

O programa Aqui Tem Farmácia Popular vai oferecer medicamentos contra hipertensão e diabetes de graça. Antes, o governo pagava 90% do valor desses medicamentos e o cidadão tinha de arcar com o restante. Com a medida anunciada nesta quinta-feira pelo governo, os remédios passam a ser distribuídos gratuitamente.
As 15 mil farmácias e drogarias privadas conveniadas ao programa têm até o dia 14 de fevereiro para se adaptar à medida. Qualquer brasileiro pode ter acesso aos medicamentos desde que apresente um documento com foto, o CPF e a receita médica.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil hipertensos e diabéticos devem ser beneficiados com a medida. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a oferta gratuita desses remédios só foi possível graças a um acordo negociado entre o governo e o setor farmacêutico.
O programa oferece ainda remédios subsidiados para mais cinco doenças: asma, rinite, Mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de fraldas geriátricas. No total, são 24 tipos de medicamentos.

Previsão do tempo 24 de fevereiro 2011 - BBT

TCU derruba investida tucana para barrar a banda larga - Barbet

Wilian Miron, Agência Dinheiro Vivo
O Tribunal de Contas da união (TCU) julgou improcedente a investida do PSDB para barrar o projeto de universalização da banda larga, uma das prioridades do governo federal para este ano.
Ano passado, durante a disputa presidencial, o deputado tucano Arnaldo Faria de Sá entrou com representação contra possíveis irregularidades na contratação de produtos e serviços, feita pela Telebrás, para atender ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Entre as alegações do autor estaria um possível desrespeito ao Regulamento Conjunto para Compartilhamento de Infraestrutura entre os Setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e Petróleo. Aprovado pela Resolução Conjunta nº 01/1999, da Anatel, Aneel e ANP, este regulamento exige publicidade prévia das empresas detentoras da infraestrutura, aos demais interessados para disponibilizá-la a um determinado agente.
Com base nisso, o Sá pediu a suspensão dos pregões realizados pela Telebrás e a suspensão da cessão, por parte da Eletrobras e da Petrobras, da infraestrutura de cabos e fibras ópticas à Telebrás.
Acordo
Enquanto a oposição tenta barrar o projeto de universalização da internet, o presidente da Telebrás, Rogério Santana, negocia com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o compartilhamento das redes de fibras óticas da Companhia de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEE). “A intenção é buscar sinergias que podem interligar a rede de cabos com a infraestrutura de países vizinhos”, comentou uma fonte próxima à discussão.
Via Blog do Luis Nassif

A lingerie tem um dispositivo eletrônico com ímãs, que é acionado ao ouvir palmas. A novidade promete causar polêmica. - BBT

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MUBARAK JÁ NÃO MANDA NADA - HERR SULEIMAN É O NOVO "DONO" - Laerte Braga

Hosni Mubarak é um patético presidente que faz de conta que resiste às manifestações populares. Não reina e nem governa. O papel de ditador agora cabe a Omar Suleiman, vice-presidente. É ligado a CIA, a MOSSAD e foi responsável pelo massacre de centenas de palestinos fugindo do horror sionista em Gaza ao longo dos últimos anos.
Na fuga, muitos palestinos morreram pelas mãos de policiais egípcios ou sufocados em túneis precários construídos para chegar ao território do Egito, fugindo das atrocidades sionistas do governo de Israel. Suleiman deu a ordem e comandou ao lado de generais do seu país.
Suleiman lembra os piores carrascos nazistas tamanha a sua frieza e absoluta falta de princípios. É um ser amoral. Não tem nem respeito pelo seu país, como por seu povo.
Há uma realidade no Egito que precisa ser vista de maneira clara. Vai desde a declaração dos professores da Faculdade de Direito da Universidade do Cairo que não reconhecem o governo Mubarak como legítimo à luz da Constituição até considerações econômicas que mostram que os grandes estão tentando salvar seus investimentos à custa do povo egípcio.
É mostrada em seus mínimos detalhes por Michel Chossudovsky.” A agenda oculta por trás da decisão de Mubarak de não renunciar.” A decisão foi tomada em estreita colaboração com o conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Se os executivos do conglomerado terrorista tivessem ordenado o egípcio teria renunciado.
Há uma crise social, denuncia Chossudovsky que leva a um “vácuo decisório ao nível do governo”. Isso gerou numa “saída maciça de capital dinheiro, mais concretamente significa é que as reservas oficiais de divisas estrangeiras estão a ser confiscadas pelas principais instituições financeiras.”
“A pilhagem da riqueza monetária do país é uma parte integral da agenda macroeconômica. O governo recém formado por instruções de Washington (gabinete ministerial) não tomou passos concretos para restringir o fluxo maciço de saída de dinheiro. Uma crise social prolongada significa que grandes quantias de dinheiro serão apropriadas”.
O Banco Central do Egito tinha, antes do movimento contra Mubarak perto de 36 bilhões de dólares em reservas de divisas estrangeiras, “bem como vinte e um bilhões adicionais em depósitos junto a instituições financeiras internacionais, as quais diz-se constituírem reservas não oficiais”. O fato foi trazido a público pela agência REUTERS, em 30 de janeiro.
A dívida externa do país aumentou em mais de 50% nos últimos cinco anos e chegou a 34 bilhões de dólares em 2009. Vale dizer que essas reservas do Banco Central são baseadas “em empréstimos”.
O esquema de dominação imposto pelo Banco Mundial, FMI, impede o Egito de dispor de qualquer regulamentação sobre o capital especulativo aplicado no país. Os grandes investidores, todos ligados ao conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, colocam e tiram o dinheiro da maneira que melhor lhes aprouver. A fuga de capitais começou no dia seguinte ao discurso de Mubarak.
“Numa ironia amarga, por um lado o Egito deposita vinte e um bilhões de dólares em 2009 em bancos comerciais como reservas não oficiais, enquanto estes bancos comerciais adquirem vinte e cinco bilhões de dólares de dívida em libras egípcias, com um rendimento da ordem de 10%. O que isto sugere é que o Egito está a financiar o seu próprio endividamento”. Para pagar, pega mais dinheiro emprestado e a juros mais altos.
O desemprego, a fome, toda a gama de problemas sociais decorre do caráter ditatorial do governo, submisso a essas forças do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A (chantagem, extorsão, tortura, assassinatos, etc) e, na outra ponta, enquanto falam em democracia o conglomerado salva suas “ações” no controle do país.
A reabertura dos bancos no domingo, cinco de fevereiro, levou a uma corrida a essas instituições e isso esgotou as reservas do Banco Central. Os preços dos alimentos são dolarizados, por aí se avalia o que significa todo o processo para o conglomerado terrorista que controla o país agora através de Suleiman.
Samir Radwan, o novo ministro da Fazenda já garantiu ao conglomerado – conhecido também por CONSENSO DE WASHINGTON – que vai honrar os compromissos. Se o povo vai morrer de fome, o desemprego vai aumentar, a saúde e a educação vão para o brejo, isso é o de menos na avaliação desse tipo de gente. Guardam profunda semelhança com os tucanos brasileiros.
Quando o vice-presidente dos EUA, Joe Binden diz que o “exército egípcio está dando uma demonstração de equilíbrio”, na verdade está dizendo que os generais já estão no bolso de Washington (comprar generais é um esporte favorito do conglomerado) e nada vai mudar, mesmo que pareça mudar.
No Brasil a mídia privada já festeja antecipadamente a operação de compra de aviões norte-americanos para “reequipar” a Força Aérea Brasileira. O governo Dilma Serra está prestes a fechar o negócio, os generais de fancaria de uma força armada controlada pelo exterior e do exterior sorriem com os futuros novos brinquedinhos.
A decisão de Washington de manter Mubarak – fingindo que governa – serviu e serve aos interesses de investidores institucionais, comerciantes de divisas e especuladores.
O original do artigo de Michel Chossudovsky está em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid-23099
O número de mortos já ultrapassa a casa dos 500 e cerca de três mil feridos.
A postura do presidente do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Barack Obama é uma para fora e outra para dentro, característica dos governos dos EUA.
Tem o apoio fechado das principais colônias norte-americanas na Europa. O chanceler italiano já disse que “Mubarak não vai cair”.
David Cameron, primeiro-ministro designado por Washington para a Grã Bretanha já alertou que a Europa não quer saber de imigrantes. “São sujos e porcos”. Não se refere só a muçulmanos, mas a negros, asiáticos, africanos e latinos.
É mais ou menos uma ordem aos egípcios que se “não têm pão comam brioche”. E um alerta para o resto do mundo.
O chanceler brasileiro Antônio Patriota, porta-voz do governo Dilma Serra endossou as declarações de Washington e quer uma transição pacífica e dentro da ordem. Essa ordem é a de Washington.
Dia 23 de fevereiro Antônio Lampreia Láfer Patriota, sob a batuta de Marco Aurélio Garcia, beija a mão da secretária de Estado Hilary Clinton e abre as portas para Obama chegar ao Brasil e tomar posse da nova colônia.
Vem com a corte completa e com toda a certeza vai subir a rampa do Planalto.
A sessão de rapapés com Dilma Serra vai acabar terminando nas páginas de CARAS.
Já o povo egípcio... Os brasileiros... Os latinos... Os africanos... Os asiáticos... Cameron já disse que não os querem, ele e toda a Europa. Só a força de trabalho escravo com que sustentam suas guerras para acendrar um patriotismo nazista e evitar reconhecer a realidade. A luta de classes.
Há uma revolução em curso no Egito e os próximos passos do povo vão depender do terrorismo do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Não é um processo que possa ser detido, pode apenas mudar de conduta. E qualquer reação ao terror norte-americano é legítima.
Segundo Suleiman, repetindo Pelé, o “povo egípcio não está preparado para a democracia”.
Mas eles estão preparados para a barbárie. É uma luta de todos os povos oprimidos do mundo. Não é só dos egípcios, ou dos palestinos.
É contra um imenso e poderoso conglomerado – EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A – cujos tentáculos se estendem para todos os cantos do mundo.

[Carta O BERRO] BATTISTI: EDITORIAL BRASIL DE FATO DESTA SEMANA - Vanderley-Revista

EDITORIAL
Senhores Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi,
Brasília não é Addis Abeba
Brasil de Fato 414
03 de fevereiro de 2011
Finda a guerra fria, “o perigo comunista” já não mais funcionava como instrumento de submissão dos povos aos EUA. Logo, porém, fabricou-se um novo flagelo, o “terrorismo internacional”, cujo lançamento envolveu grande pirotecnia: no dia 11 de setembro de 2001, o Mundo amanheceu sob o impacto da derrubada das Torres Gêmeas, o que permitiu, já no mês seguinte, a invasão do Afeganistão; do Iraque, em 2003; as atuais ameaças ao Irã e uma série infindável de desmandos dos EUA mundo afora.
Toda a diplomacia desenvolvida pela chefa do Departamento de Estado Condoleezza Rice, e hoje levada adiante pela senhora Hillary Clinton, tem como alicerce e jogo de cena “o combate ao terrorismo”.
São considerados terroristas todos os que se oponham às regras do grande capital. Em nosso país, os desdobramentos mais visíveis dessa política são: a criminalização e massacre dos movimentos sociais e dos pobres em geral, e a ofensiva contra aqueles que resistiram ao golpe de 1964 e ao regime por ele implantado, antes que os liberais – na segunda metade dos anos 1970 – resolvessem desmontar a ditadura que eles próprios haviam construído.
Sim, somos todos “terroristas”.
Sobre Cesare Battisti
Em termos legais, as acusações contra Battisti e o pedido de sua extradição, já tiveram sua improcedência suficientemente comprovada. Battisti não cometeu os atos pelos quais Roma tenta condena-lo e execra-lo enquanto exemplo para todo o povo italiano e o mundo.
Está mais que certo, também, que nos anos 1960-1970 a Itália não era sequer uma democracia conforme entende e diz propor oficialmente o establishment capitalista – exceto se quisermos criar ad hoc o estatuto das “democracias excepcionais”, ou das “democracias emergenciais”.
No entanto, Battisti não é um inocente. É fundamental ficar claro: Battisti era sujeito de um projeto político que – com erros e/ou acertos – se batia contra as injustiças sociais, e no qual a igualdade entre os homens não se subordinava à liberdade. Toda sociedade em que a liberdade se construa às custas da negação da igualdade, será sempre uma sociedade onde a exploração e opressão dos mais fracos pelos mais fortes serão os alicerces da sua legalidade.
Ou seja, do nosso ponto de vista, mais que ilegal, é ilegítima a entrega de Battisti à Itália dos senhores Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi que, hoje, incapazes de invadir Addis Abeba, como o fizeram seus ancestrais políticos em 1935, tentam sitiar Brasília.
As condenações de Cesare Battisti, Alfred Dreyfus (1894), Mata Hari (1917), Ethel e Julius Rosenberg (1951) pertencem todas a uma mesma estirpe de crimes: a criação de bodes expiatórios (seguida de “punição exemplar”) que justifiquem os fracassos das políticas da direita. Os resultados perseguidos e induzidos são sempre as nacional-patriotagens, as ondas de xenofobia, de fascismos, etc.
Battisti não é apenas Battisti
Battisti nunca foi apenas Battisti.
Sua condenação e extradição, mais que necessidade do neofascismo italiano, será marco da ascensão da ultradireita em todo o mundo, espetáculo capaz de unificar e fazer crescer essa ultradireita que emerge dos escombros do neoliberalismo.
Extraditar Battisti ou não lhe conceder sua condição plena de asilado (com direito, portanto, à garantia da sua segurança), será mais um modo de legitimar todo esse vergar-se radicalmente para a direita que experimentamos hoje, e que nos traz sempre à lembrança, os anos 1930.
A xenofobia varre a Europa e os EUA, assumindo expressões aparentemente diferenciadas: seja através da aprovação pelo Parlamento italiano de rondas de cidadãos (milícias paramilitares) para denunciar e seqüestrar estrangeiros com entrada ou permanência ilegal no país e entrega-los em seguida à polícia; seja pelas medidas decididas na França, que permitem (ordenam e consumam) a expulsão dos ciganos; ou o muro construído pelos EUA em sua fronteira com o México. Em Portugal, Espanha, Grécia – como na Itália e em toda a Europa Meridional e EUA, a progressiva perda de postos de trabalho e de direitos sociais dos assalariados tem como contrapartida o ódio aos imigrados.
Mas não apenas de xenofobia se alimenta o neofascismo: há poucos anos, o Congresso dos EUA “flexibilizou” o conceito de tortura, e passou a indicar seu uso em “determinadas circunstâncias”.
Nas eleições suecas de 2010, pela primeira vez desde 1945, a ultradireita elegeu representação no Parlamento e, na Holanda, a mesma ultradireita ameaça formar maioria entre os parlamentares. A Itália, no entanto, segue na vanguarda: o Parlamento de Roma fez o senhor Silvio Berlusconi primeiro-ministro, provando que a Liga Norte, famosa pela sua origem fascista, mas hoje considerada de centro-direita (!), retoma seu antigo prestígio e rumo.
Na América Latina, apesar da euforia que despertam governos de centro-esquerda, o Haiti permanece ocupado há quatro anos; o golpe contra o presidente Manuel Zelaya, de Honduras, foi absorvido e naturalizado pela comunidade internacional, do mesmo modo que a não distante invasão do território do Equador por tropas do narco-estado colombiano; as tentativas de golpes contra os governos da Venezuela, Bolívia, Paraguai em anos recentes e, este ano, no Equador. Também a nova política de militarização da Zona do Canal, no Panamá, é “natural”.
Battisti não é apenas Battisti.
E só não enxerga, quem não quer.

[Carta O BERRO] Lançamento do livro A Coluna Prestes na XX Feira Internacional do Livro Cuba 2011 - Vanderley-Revista

Durante a XX Feira Internacional do Livro Cuba 2011, que acontecerá entre os dias 10 e 20 de fevereiro,em Havana, e, em seguida, percorrerá todas as províncias do país, a prestigiosa Casa de las Américas lançará cerca de 20 títulos, novos e reedições. Entre eles, "La columna Prestes", de autoria de Anita Prestes, que estará presente ao evento. O livro de Anita foi agraciado com o Prêmio Casa de las Américas 1990. Com 21 anos de atraso, ele agora será lançado por esta renomada instituição.
Mais informações: Cubasí.cu

A AMÉRICA LATINA DIANTE DO EGITO - Laerte Braga

O primeiro-ministro da França François Fillon admitiu nesta terça-feira que usou o avião do presidente Hosni Mubarak para suas férias de Natal. François Fillon é ligado à direita em seu país e foi escolhido pelo atual presidente Nicolas Sarkozy. A denúncia foi feita pelo jornal LE CANNARD ENCHAINÉ, que para muitos analistas, foi o inspirador para os criadores de O PASQUIM, linha de frente na mídia alternativa e como um todo contra a ditadura militar no Brasil.
A cumplicidade das chamadas grandes nações com a ditadura do general egípcio é óbvia e está na natureza das políticas desses países que, pouco a pouco, vão se transformando em grandes conglomerados agrupando empresas, bancos, latifundiários e especuladores. O povo, nessa nova Idade Média vive no entorno e o conceito de soberania vai para o espaço.
Nas grandes potências européias (todas em vias de falência), essa característica de conglomerado já é realidade. Integram o EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Governos como o da França, Grã Bretanha, Alemanha, Suécia, Itália e outros são colônias cercadas de bases por todos os lados.
Mubarak é produto desse modelo e sua permanência no poder a despeito das grandes manifestações em todo o Egito pedindo sua saída se deve exclusivamente à ação do conglomerado norte-americano e suas filiais européias.
Governos de países da América Latina devem estar atentos ao discurso que o primeiro-ministro inglês pronunciou na Conferência Européia de Segurança, semana passada. David Cameron enterrou o multiculturalismo, ressuscitou as práticas de pureza racial e recolocou nas bancas de jornais, revistas e nas principais livrarias o MEIN KAMPF de Adolf Hitler. Edição revista e atualizada em Washington e Wall Street.
A Europa é branca e nela não há lugar para a integração com outros povos, os imigrantes, principalmente muçulmanos, negros e latinos, nessa ordem.
O anti-semitismo está presente no discurso de Cameron, é disfarçado em colônias norte-americanas no velho mundo e o apoio a Israel é na verdade apenas apoio aos negócios e à garantia do controle do petróleo existente em países do Oriente Médio.
Da mesma forma que Washington compra governos como o de Mubarak, o de David Cameron, o francês, o sueco, compra o de Israel. Os israelenses parecem estar despertando para essa realidade.
Egípcios, britânicos, franceses, suecos e israelenses, tanto quanto muçulmanos são adereços. Latinos são “porcos” na visão de boa parte dos europeus, acostumados a cultuar figuras como Elizabeth II, o rei Juan Carlos, múmias que sobrevivem no mundo contemporâneo.
A crise no Egito traz essa lição para os países da América Latina, alvo de Barack Obama (o branco disfarçado de negro) e o Brasil é o objetivo principal. Por ser um país de dimensões continentais, a maior potência econômica da região é estratégico para o conglomerado. As características neoliberais do governo Dilma Roussef e um chanceler sem nenhuma expressão, dócil aos interesses dos EUA, devem servir para acender a luz laranja entre as forças populares do País.
As políticas de estratégia e segurança nacional serão formuladas por Moreira Franco, assaltante de cofres públicos que substituiu Samuel Pinheiro Guimarães (pensador respeitado em todo o mundo), por conta das pressões de Washington.
Um dos paladinos da reforma política é José Sarney. Tem sua própria pirâmide em seu estado natal, o Maranhão, vítima de saques constantes por parte de sua família.
A máscara do terrorismo neoliberal caiu. Cameron (os EUA usam sistematicamente os britânicos como porta-vozes, caso de Blair na guerra do Iraque) deu a palavra de ordem.
A ação política do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A na América Latina, num curto prazo (dia 23 o arremedo de chanceler brasileiro encontra-se com Hilary Clinton), deve começar ações efetivas e concretas para desestabilizar governos independentes como os da Venezuela, da Bolívia, do Uruguai, da própria Argentina, Equador, Nicarágua e Cuba.
O dilema do Brasil é simples aos olhos de Washington. Ou aceita as regras, ou é considerado inimigo e fica fora do Conselho de Segurança da ONU (a ditadura das grandes potências na Organização).
Se não temos ditaduras como a de Mubarak, temos governos dóceis e quebrar resistências é fundamental, antes que a brancura européia seja contaminada por imigrantes latinos. Essa, pelo que disse Cameron, nem OMO e nem nenhum tira manchas limpa. Que o diga o brasileiro Jean Charles.
É questão de gosto. Uns preferem tomar banhos todos os dias, outros preferem perfumes franceses.
A descoberta de novas reservas petrolíferas que transformam a Venezuela no maior depósito de petróleo do mundo transformam o Brasil em ponte necessária para que o conglomerado possa tomar conta dessas reservas e das reservas brasileiras do pré-sal.
A base Colômbia é insuficiente e o temor que o Brasil continue avançando e sendo protagonista da história contemporânea (Lula, Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães), vai resultar na tentativa de domar o governo Dilma levando em conta seu pragmatismo econômico (políticas neoliberais) e sua busca de afirmação que a tornem algo mais que produto de Lula.
A América Latina é alvo do terrorismo internacional norte-americano (novo código florestal, semente terminator, etc, todos projetos oriundos da base do governo) e o Brasil é o diamante desse alvo.
Não é por outra razão que a principal rede de tevê do País, a GLOBO, começa a tratar Dilma Roussef como uma espécie de Dilma Serra. Com mimos e agrados.
A GLOBO é o mais importante canal de informações do conglomerado ISRAEL/TERRORISMO S/A, agora inclusive dedicada à prática de lenocínio a partir do BBB-11.
Faz parte do processo de alienação.
A continuar desse jeito, breve, uma loja Mcdonalds em cada esquina e o inglês vira a língua pátria.
A propósito, nos países latino-americanos governados por aliados de Washington as forças armadas são parte do conglomerado em sua esmagadora maioria. Em troca de bom comportamento (como em 1964), recebem brinquedinhos de guerra para usar nas banheiras. Navios de papel e aviões que não voam.
São sinais que precisam ser percebidos e teriam sido entendidos por figuras como Amorim.