segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O SAQUINHO DE BOLAS, OS GUARANI-KAYOWAS E REGINA DUARTE - Laerte Braga

Laerte Braga
Nos antigos colégios internos era comum a realização de “assembléias”, onde diretores, professores e convidados transmitiam lições de moral e cívica. Numa dessas assembléias, em meu tempo de ginásio, ouvi uma história interessante (muitas ilustrações orais usadas pelos palestrantes o eram).
Falava de duas mulheres, a patroa viúva e a empregada solteira. As duas com forte dose de religiosidade. Num dado momento a patroa propôs a empregada que cada uma delas tivesse um saco e ali depositassem uma bola cada vez que pecassem. Ao final do ano saberiam qual das duas era a mais pecadora, ou apenas a pecadora.
A patroa viúva vivia em casa a maior parte do tempo e a empregada após o seu trabalho ia se encontrar com o namorado.
Ao final do ano, no momento de contar as bolinhas, a empregada chegou à sala arrastando um saco pesado ao contrário da patroa um saco leve. Ao virar o seu saco para contar as bolas a empregada espantou-se, pois nenhuma bola caiu e de repente o saco se mostrou vazio. O saco vazio da patroa, ao contrário, deixou cair 365 bolas, simbolizando 365 “pecados”.
Segundo o palestrante e ante o espanto de ambas um anjo desceu até o centro da sala e diante das duas ajoelhadas e contritas, explicou o fato. As 365 bolas que não caíram do saco da empregada, haviam sido postas ali por ela, sumiram por um motivo simples. Nas noites em que saíra com o namorado e (vou usar a expressão do palestrante) tiveram “relações carnais”, houve em cada dia um ato de amor. Ao contrário, na única vez que “pecou” (vou usar outra vez a expressão do palestrante, que certamente quis dar maior ênfase ao “pecado”), a patroa o fez por hipocrisia com “um amigo da família”, já que toda a “pureza exibida apenas encobria pensamentos sujos”.
É característica das nossas elites políticas e econômicas. A presunção da “pureza”, que aqui pode ser substituída por mais que hipocrisia, mas por absoluta desfaçatez e não em “relações carnais”, mas no aspecto político de dominação. Se vê isso muito hoje em igrejas neopentecostais, que no simples trato de questões do cotidiano se transformam em agentes do conformismo e do fanatismo religioso a serviço de interesses dos senhores.
A crítica pública a uma pessoa só tem sentido ser for conseqüência de uma atitude, um desempenho, se for política. Do contrário se ganha um cunho pessoal, meramente pessoal não tem razão de ser. Acaba não sendo crítica.
A situação dramática dos índios brasileiros, agora com repercussão internacional face à chacina contra Guarani-Kaiowás, é a mesma que transformou o general Custer e sua cavalaria em herói de vários filmes de John Wayne dizimando índios para que o “progresso” pudesse chegar. Há uma prática de longos anos de criminalizar o índio, de transformá-lo em bárbaro, em um ser cruel e atrasado e a mania de catequizá-lo com as idéias do “homem branco”. Não busca transformá-lo em branco, mas em escravo, ir eliminando os povos nativos, no caso do Brasil por exemplo, enquanto o tal progresso não passa do transgênico/veneno que comemos todos os dias nas tecnologias capitalistas de empresas como a MONSANTO, associada a boçais que permanecem assim desde o primeiro pingo de vida no Planeta, falo dos latifundiários. E são parte do governo na tal base aliada.
O genocídio que se estende a todas as nações indígenas do Brasil, como em outros países, como antes nos EUA, é o mesmo, por exemplo, que criminaliza muçulmanos, negros, pobres, que despeja Pinheirinhos e que implanta modelos cosméticos, mas violentos de “pacificação”, sem que o trafico de droga, alvo das UPPs, sofra um só arranhão. Permaneça intacto, até com a cumplicidade dessa aberração chamada Polícia Militar, inaceitável num estado dito democrático.
Pessoas. Marilyn Monroe num determinado momento de sua carreira, quando atingiu o ápice, fez uma declaração interessante e definitiva sobre determinadas situações que viveu. “Agora não preciso mais fazer trabalho de blow job em donos de estúdio para conseguir papéis. Sou uma mina de ouro para eles”.
Quando o privado se mistura ao público a crítica à pessoa é correta, necessária e importante para que se possa ter a real dimensão do problema, refiro-me à questão dos índios, ao genocídio impune, com guarida no STF (Supremo Tribunal Federal) e, especificamente a ex-atriz Regina Duarte. É necessária porque a pessoa se transforma em instrumento da classe dominante por si e por seu mau caratismo.
Tentar compará-la, por exemplo, em qualquer plano, a Marilyn Monroe seria um ato de insanidade, o problema é outro. O blow job é um expediente usado e pode ser em si, ou como conceito de forma de ser. O que em muitos momentos é um ato de amor vira um aríete a serviço dos donos.
“Tenho medo, estou com muito medo”. Foi uma declaração da ex-atriz feita em 2002, pouco antes da eleição de Lula, atendendo a um pedido de FHC. Protagonizou situações constrangedoras ao ex-presidente, quando ainda senador e era a principal “cabo eleitoral” de FHC em São Paulo. Constrangedoras do ponto de vista público e do ponto de vista familiar.
Entre atores é considerada por muitos como “mau caráter”, por ter usado todos os expedientes para alcançar papéis, até consolidar uma situação, ou seja, a hipocrisia da patroa e sua única bolinha que acabou se transformando em 365 bolas.
Celso Furtado, um dos maiores pensadores do País, do mundo, fez uma constatação importante já no final do século XX. “A revolução feminista foi a mais importante revolução do século XX”. Segundo ele, maior que a própria revolução bolchevique. Estendia-se ao mundo inteiro e trazia, como trouxe, a mulher para o centro do palco, tirava-a da condição de espectadora para a de protagonista do processo político e econômico.
Quem vê as fotos de Ernesto Chê Guevara em camisas dos mais variados tipos, cores, etc, muitas vezes não percebe que o capitalismo se apropriou do Chê e o transformou em lucro, o que não diminui sua extraordinária importância histórica e seu exemplo de conduta como “lutador do povo” (expressão criada por César Benjamin). Mostra a amoralidade do capitalismo.
Ao perceber a ascensão da mulher ao centro do protagonismo político e econômico o capitalismo se apropriou dessa conquista fantástica, para criar a mulher objeto. Ou seja, a liberdade da mulher continua sendo uma luta para que possa ser mulher e não mercadoria. O machismo é bem mais que ser senhor de alguma mulher, mas é manter intocado o sistema capitalista preso ainda à Idade Média, agora a Idade Média da Tecnologia, os castelos complexos dessa tecnologia. São simples – exploradores e explorados.
Regina Duarte nesse contexto é mercadoria. Ao comparecer a um seminário da Sociedade Interamericana de Imprensa está vendendo sua imagem (ou o que resta dela) à defesa da “liberdade de expressão”, a intocabilidade das famílias que controlam a mídia de mercado no País. Ou seja, lutando para o JORNAL NACIONAL continue sendo o símbolo de um poder que se criou na ditadura militar e tem o telespectador em tudo o que envolve a GLOBO, o grupo, estou tomando-o aqui como síntese, na conta de idiota, ou “Homer Simpson”, o ingênuo que acredita piamente em tudo o que se lhe é passado em nome do patriotismo, do modelo, do sistema. Ou defendendo as mentiras largamente demonstradas de VEJA e todo o contexto que significa mídia como braço do capitalismo, da classe dominante.
Na novela ROQUE SANTEIRO, de um dos maiores autores teatrais do País, Dias Gomes, a moça de um cabaré, o cabaré da cidade, sonha com um rico fazendeiro se apaixonando por ela e levando-a, depois do pedido de casamento, para sua grande fazenda. No último capítulo o fazendeiro se materializa em Tarcisio Meira e a moça, Isis de Oliveira alcança seu sonho.
Latifundiários desprezam o romantismo/crítico que Dias Gomes imprimiu ao fato, para simplesmente comprar quem se dispõe ao blow job.
A mercadoria/latifundiária Regina Duarte é, neste momento, o principal porta-voz da barbárie capitalista contra os índios Guarani-Kayowas. Não entende nada de revolução feminista e nem do papel da mulher na construção de um modelo alternativo que, entre outras coisas, exclua a barbárie, a vitória pelo blow job, ou aquele em que o blow job seja um ato de amor como o da empregada/trabalhadora. Bem longe da hipocrisia da patroa.
E até na visão do anjo segundo a historinha.
VITRINE DO MUNDO
Barbet
26 de outubro 2012

Instintivamente,
Em passos incertos ia,
No amanhecer do "dia",
Ainda não percebia.

Depois observando,
Nos tropeços do caminho
E mesmo assim caindo,
Mãos se estendiam.

Mas, são tantos os irmãos,
Caídos e maltratados,
Pelas ruas encontrados,
Chega-me uma preocupação.

Tira-me o sossego,
Tal estado de coisas,
O mundo continua rodando,
OS "invisíveis" padecendo.

Será que as possiblidades,
Ocasionalmente ofertadas
E muitas vezes retiradas,
Seguem um padrão?

Haverá um "Patrão",
Que hora mal humorado,
Tire OS sonhos, sonhados,
De tão infeliz cidadão?

Haverá um manual,
Um guia a ser seguido,
Para se adquirir na vida,
OS elementos apetecidos?

Ou já viemos marcados,
Data de validade vencida
E só alguns conseguem
Alegria na vida?

Se assim fosse,
Por certo algo teria,
Muito errado neste contrato,
Devendo ser derrogado.

Como isso não acontece e
O contrato permanece,
Carece de muita atenção,
O comportamento de ocasião.

As escolhas devem seguir,
Critério do coração,
Não podemos esquecer,
Quase tudo fica no chão.

O que levamos na "mala"
Não tem peso, mas valor,
Leve, viaja nas asas do vento,
Desperta no pensamento
Do mais atento autor.

***

Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
---------
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STFG OU PRG? - O BRASIL "INVISÍVEL" - Laerte Braga

Laerte Braga
Ou Lula é um idiota, ou Lula é um farsante. O mensalão foi uma das armadilhas das muitas nas quais caiu. A carta de intenções que assinou quando FHC era presidente e o País estava falido, tentando se mostrar um “candidato responsável”. Correu ao Palácio, abraçou o presidente, recebeu afagos de um “Lula está maduro” e eleito para mudar, inventou um “capitalismo a brasileira” misturado a políticas assistencialistas, o Brasil continua debaixo do tacão do sistema financeiro, dos grandes conglomerados empresariais, do latifúndio e sob a ameaça de retorno à idade das trevas na ação da chamada bancada evangélica.
Uma combinação de canalhas aos quais se associa a mídia de mercado.
Supremo Tribunal Federal da Globo, ou Partido da Rede Globo? Esse é o Brasil “visível” e mostrado todos os dias como se essa fosse a nossa realidade. É a deles, dos donos.
A armadilha Haiti. O assunto já estava decidido no governo FHC e Lula não hesitou um só instante em enviar tropas brasileiras para aquele país numa ocupação interminável e que não melhorou em nada a vida dos haitianos, tampouco promoveu a democracia. É parte do processo de ocupação e recolonização do Brasil, hoje relegado à condição de Grande Colômbia, o nome que o conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A dá a todo esse conjunto de ações.
Cerca de 150 haitianos alojados numa casa no município de Basiléia, no Acre, 235 quilômetros de distância da capital, Rio Branco, próximo à fronteira com a Bolívia, passam fome. O governo do estado deixou de pagar o aluguel da casa e não fornece mais alimentação.
Vieram para o Brasil perto de cinco mil haitianos, logo após o terremoto que devastou aquele país. O governo federal afirma que não tem mais recursos para ajudar imigrantes. O mesmo tipo de comunicado veio da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos do Acre. Uma doação permitiu que os haitianos em Basiléia vissem a cor e sentissem o gosto de comer, depois de dois dias sem qualquer alimentação. Na casa estão 40 mulheres e algumas crianças, uma delas recém nascida.
O pesquisador Foster Brown, cientista do Experimento de Grande Escala Biosfera Atmosfera na Amazônia (LBA) e membro do MAP - de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia)- uma iniciativa de direitos humanos, esteve em Brasiléia na quarta-feira. Inspeção camuflada de ONG.
O que fazem os militares brasileiros no Haiti? Comandam de brincadeira as forças das Nações Unidas. À época do terremoto, militares norte-americanos tomaram a si o poder de decisões e o comando, em tese de um general brasileiro, foi para o brejo. A exceção dos hospitais de campanha que o governo de Cuba montou no país e salvaram milhares de vidas, os norte-americanos guardaram os bens e propriedades das elites do Haiti, as regiões litorâneas onde se descobriu petróleo (um pré sal em dimensões mínimas, mas máximas para a extensão territorial do Haiti). Nessas ações foi permitida inclusive a volta do ex-ditador Jean Claude Duvalier, anos atrás caçado pelos EUA por crimes contra a humanidade e corrupção. Vive a larga entre Porto Príncipe e paraísos europeus.
Entre os militares brasileiros não só integrantes das forças armadas, mas das polícias militares. Recebem treinamento para a ocupação de áreas consideradas de risco no Brasil, as experiências estão sendo feitas nas favelas do Rio de Janeiro sob o nome de UPP – UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA –, que mantém intocado o tráfico de droga, quando não raro está, a polícia militar, envolvida no esquema.
Essa “experiência” tem base também em Medelín na Colômbia, freqüentada por militares e policiais brasileiros para “aprendizado” e já vai chegar ao Espírito Santo segundo declarações do porta-voz do governo estadual Renato Casagrande (ocupa nominalmente o cargo de governador, Paulo Hartung detém a palavra final).
É parte dos desdobramentos da Operação Condor, agora no período de abertura democrática. Eliminar toda e qualquer resistência, ou todo e qualquer risco ao controle que os acionistas do Estado possam vir a sofrer ou a correr.
O mesmo se aplica ao massacre de índios no País. A questão Guarani/Kaiowás está ligada a ocupação da terra pelo latifúndio, ainda mais agora no delírio de produzir etanol e transgênicos à larga. O controle é de empresas estrangeiras, até a figura do usineiro nacional está sumindo.
Essa armadilha tem outro viés. O tratado de livre comércio firmado por Lula com o governo de Israel. Agentes da MOSSAD – serviço secreto – agem no Brasil de forma descarada. O golpe no Paraguai, por exemplo, foi articulado em função desses interesses, outro capítulo do plano GRANDE COLÔMBIA.
A figura que chamam de chanceler no Brasil, Anthony Patriot, por pouco não foi escorraçada de Assunção quando tentou (de brincadeira, para inglês ver) evitar a deposição branca de Fernando Lugo.
Dilma governa o Brasil visível, o das elites. Mantém os programas assistencialistas do governo Lula e tenta evitar de todas as formas que a crise internacional que cobre a União Européia, por exemplo, chegue ao nosso País. Ou até a dos EUA, onde 30 milhões de pessoas vivem na linha da miséria, o que levou o ator Jeff Bridges a declarar que “se outro país fizesse com nosso povo o que as nossas elites estão fazendo, já teríamos entrado em guerra”.
Sabe que se não for assim, se não se equilibrar com muito cuidado vai para o limbo dos golpes brancos.
Paulo Maluf é deputado federal, aliado de Lula nas eleições municipais de São Paulo capital e procurado pela INTERPOL. Não pode sair do País do contrário será preso. Fernando Henrique, José Serra, Geraldo Alckmin, Daniel Dantas, Gilmar Mendes, Eduardo Azeredo, Aécio Neves, etc, passeiam sem problema algum, sem nenhum Joaquim Barbosa para fazer cumprir a lei, ou fazer andar inquéritos e processos e ainda deitam falação sobre “honra”. Que o diga o Procurador Geral da República sentado numa pilha de inquéritos.
Uma das edições do JORNAL NACIONAL, porta-voz dos acionistas do Estado ocupou 18 minutos de pouco mais de 40 da edição normal, para tentar alavancar a candidatura de José Serra a prefeito de São Paulo e outros menos votados, como ACM Neto.
É o Partido da Rede Globo, face visível desse modelo perverso. Pode ser também o Supremo Tribunal Federal da Globo. Um partido que se ocupa da “justiça”.
A decisão dos índios Guarani/Kaiowás de morrer coletivamente caso sejam removidos de suas terras no Mato Grosso do Sul começa a ganhar o noticiário internacional e isso desagrada a latifundiários e seus pistoleiros, prontos a fazer cumprir a “lei”. Lula se eximiu e culpa ao dizer que não deu tempo, que “fiquei devendo aos Guarani/Kaiowás”. Uma liminar de Gilmar Mendes suspendeu um decreto presidencial garantindo a terra aos índios. Gilmar Mendes tem interesses diretos nos dois estados do Mato Grosso. Políticos e econômicos. É ligado a latifundiários e seu instituto de estudos jurídicos foi salvo da falência com verbas públicas. É paladino da “moral, da justiça” e hoje aliado de Joaquim Barbosa.
Joaquim Barbosa que chamou Gilmar Mendes de cangaceiro e disse não temer seus “jagunços”, “capangas”, hoje ama Gilmar Mendes, que ama FHC, que ama a Fundação Ford, que ama o Departamento de Estado, que ama o terrorismo sionista do governo de Israel e que desamam, todos, os povos da América Latina, da África, da Ásia, que controlam a União Européia (uma grande base militar da OTAN e nada mais além disso) e promovem o terrorismo de Estado em larga escala, em qualquer parte do mundo. Trazem agora a ameaça de substituir a vaselina de Obama pela areia de Mitt Romney.
Supremo Tribunal Federal da Globo, ou Partido da Rede Globo são apenas instrumentos de um monstro chamado capitalismo, conhecido também como nazi/sionismo, assim como o Partido da Veja (uma espécie de PPS em relação ao PSDB).
Em todas essas histórias Lula entrou de gaiato, Dilma não sabe para que lado está a biruta e os verdadeiros donos governam o país invisível aos brasileiros, mas visível a eles. Foi por isso que William Bonner chamou os telespectadores do JORNAL NACIONAL DE Homer Simpson, com o sentido de idiotas. 
O partido de Lula está esfacelado, figuras históricas estão indo para a cadeia (sem juízo de mérito) e o plano GRANDE COLÔMBIA em marcha. O golpe de 1964 foi comandado por um general norte-americano, Vernon Walthers (falava português, ficava mais fácil ser entendido em suas ordens, as ordens que dava aos militares brasileiros). Esse é mais sofisticado, mas os objetivos são os mesmos.
Em todo caso tem Salve Jorge, a nova novela da GLOBO, tem Edir Macedo noutra ponta lutando pela primazia junto aos donos, todos farinha do mesmo saco e vem aí a COPA DO MUNDO.
É hora de ir às ruas e reencontrar a luta popular, muitas vezes perdida na cooptação do poder representado por uma cadeira, mesa, telefone e alguns cartões de crédito, além do “direito” de ser governo.
De onde? De quem?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESPECIAL COCO CHANEL - Barbet



Se me perguntassem quem revolucionou a moda, eu diria sem pestanejar " COCO CHANEL". Pela história, pela coragem, pela auto-confiança, por seus princípios, feeling e principalmente pela sua visão de futuro e o inegável talento! Quem ainda não assistiu ao filme COCO CHANEL, está perdendo, literalmente! Conta não só sua história, mas mostra a pessoa que foi, de onde vem o COCO no seu nome, como bolou seu logotipo, o seu grande amor, o quanto ela teve que batalhar para colocar em prática tudo aquilo que sonhava, e o quanto foi penoso e divertido ser COCO CHANEL. Enfim, poderia ficar horas rasgando seda e colocando adjetivos, mas prefiro que vejam, reflitam, se divirtam e se emocionem com COCO CHANEL.


E depois de assistir ao primeiro mini seriado, assista essse de COCO CHANEL E STRAVINSKY. Ele é essencial para bem entender o filme que conta a história de amor de Chanel com Stravinsky. Por exemplo: no começo do filme Chanel já tinha os cabelos curtos (corte que até hoje leva o seu nome como referência) e estava na fase do “pretinho básico”, era o luto da morte de Boy, seu grande amor. Só quando ela começa a ter um affair com Stravinsky é que ela esta pronta para assumir outras cores (ou não cor, já que passou do preto para o branco). Tanto que assim que ela veste o primeiro vestido branco ouve em seu ateliê: Chanel, o que aconteceu? Você esta usando branco! (Em tom de espanto). Há ainda outras fortes conexões entre as duas produções. Se o seriado começa em um periodo decadente de Chanel, esse começa praticamente na falência de Stravinsky! Além de todas as pessoas que trabalham ao redor de Chanel e suas amizades. O figurino como não poderia deixar de ser é LINDO!


 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“La décadanse" Serge Gainsbourg – Jane Birkin - Barbet


Serge Gainsbourg insistia em fazer com que Jane Birkin cantasse uma oitava acima do normal para que parecesse um rapazinho a cantar. O problema é que ali pelo fim dos anos 60 ele teve um affair com Brigitte Bardot, para quem chegou a escrever algumas músicas, a mais famosa das quais a "Je t'aime moi non plus" que chegou a ser cantada em dueto com Brigitte. Ora consta que ela era alguém de quem não se esquecia facilmente, portanto quando este se apaixona perdidamente por Jane Birkin pouco tempo depois, e quis com ela cantar a música que compôs para Brigitte, fez questão que esta não cantasse da mesma forma. Uns dizem que foi para se vingar da francesa, outros para que não se lembrasse dela.
sempre com cigarro na boca e olheiras de quem não dormia á meses não impediram que coleccionasse romances com uma quantidade enorme de mulheres lindas.
Morreu em 1991 de ataque cardíaco.

SERGE GAINSBOURG & BRIGITTE BARDOT SING TOGETHER IN DUET THE ORIGINAL VERSION OF "JE T'AIME, MOI NON PLUS" -"I LOVE YOU, ME EITHER ". It was recorded in december 1967 and edited only in 1986 for some reasons. In 1968, it was recorded again with Jane Birkin. Brigitte Bardot est l'un des grands mythes du cinéma français, une réelle icône qui servit de modèle pour le buste de la statue de la Marianne symbolisant la France. Après une carrière magnifique, elle se retire du 7 è art pour s'engager définitivement dans la cause animale - Barbet

Aconteceu na Islândia - Elio Mollo







ACONTECEU NA ISLÂNDIA
 

A Islândia (em islandês: Ísland; AFI: [ˈislant]) é um país nórdico insular europeu situado no Oceano Atlântico Norte. O país possui uma população de cerca de 319 575 habitantes e uma área total de 103 000 km². Sua capital e maior cidade é Reiquiavique, cuja área metropolitana abriga cerca de dois terços da população nacional. Localizada na Dorsal Meso-Atlântica, a Islândia é muito ativa vulcânica e geologicamente, o que define sua paisagem. O interior é constituído principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, montanhas e geleiras, enquanto vários grandes rios glaciais correm para o mar através das planícies. Aquecida pela corrente do Golfo, a Islândia tem um clima temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável.
Segundo Landnámabók, o povoamento da Islândia começou em 874, quando o chefe norueguês Ingólfur Arnarson se tornou o primeiro morador norueguês permanente da ilha. Outros exploradores já tinham visitado a ilha antes mas lá ficaram apenas durante o inverno. Nos séculos seguintes, os povos de origem Nórdica e Céltica se assentaram no território da Islândia. Até ao século XX, a população islandesa era fortemente dependente da pesca e da agricultura e o território do país era, entre 1262 e 1918, parte das monarquias norueguesa e, mais tarde, dinamarquesa. No século XX, a economia e o sistema de proteção social da Islândia desenvolveram-se rapidamente e, nas últimas décadas, o país tem implementado o livre comércio no Espaço Econômico Europeu, acabando com a dependência da pesca e partindo para novos domínios econômicos no setor de serviços, finanças e de vários tipos de indústrias. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A2ndia)


ISLÂNDIA. O POVO É QUEM MAIS ORDENA. E JÁ TIROU O PAÍS DA RECESSÃO

por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011
http://www1.ionline.pt/conteudo/113267-islandia-o-povo-e-quem-mais-ordena-e-ja-tirou-o-pais-da-recessao

 A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura

Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

Lição democrática n.º 1:

Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.

Lição democrática n.º 2:

Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indenizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planejando a cobrança desses valores à Islândia.

Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indenizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

Lição democrática n.º 3:

As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nas midias internacionais.

* * *

Abraço fraterno

Elio

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mathieu Kassovitz: A Vida de Outra Mulher Trailer Legendado

Je t´aime - moi non plus - Barbet

A História Por Trás da Música - Je t'aime... moi non plus (Jane Birkin & Gainsbourg)

Dia  22 de setembro, é comemorado o Dia dos Amantes e, em homenagem aos enamorados, o Passeando conta a história de uma das músicas mais sensuais de todos os tempos, "Je t'aime... moi non plus", canção francesa escrita por Serge Gainsbourg (cantor, compositor, ator e diretor francês).
O título da canção, cuja tradução em português é "Eu te amo... Eu também não", foi inspirado em uma famosa frase do pintor espanhol Salvador Dali que, quando perguntado sobre o que o diferenciava de Pablo Picasso, teria respondido: "Picasso é espanhol, eu também. Picasso é um gênio, eu também. Picasso é comunista, eu também não".
A canção foi escrita originalmente para Brigitte Bardot, com quem Gainsbourg teve um ardente caso de amor no final de 1967. Bardot pediu a Gainsbourg para escrever "a canção de amor mais bonita que podia imaginar", e ele escreveu "Je t'aime" e "Bonnie e Clyde". O casal gravou a música em um estúdio de Paris, em uma sessão de duas horas, em uma pequena cabine de vidro. No entanto, o single não foi lançado. Há a versão de que a notícia da gravação teria vazado para a imprensa, o que teria irritado o marido de Bardot, o empresário alemão Gunter Sachs. Bardot teria então pedido a Gainsbourg que não liberasse a gravação. Entretanto, uma outra versão diz que o que impediu o lançamento da gravação foram os protestos do representante de Bardot, que temia pela imagem da atriz. Insatisfeito, Gainsbourg teria dito que "a música era muito pura, e que pela primeira vez na vida havia escrito uma canção de amor e ela tinha sido mal interpretada", porém, atendeu o pedido de Bardot.
Em 1968, Gainsbourg se apaixonou pela atriz inglesa Jane Birkin (na foto com Gainsbourg), que conheceu no set de seu filme "Slogan". Ele então pediu que Birkin gravasse a música com ele. Lançado em fevereiro de 1969, o single tinha uma capa simples, com as palavras "Interdit aux moins de 21 ans" (proibido para menores de 21 anos).
A letra de "Je t'aime... moi non plus" é um diálogo entre dois amantes durante um encontro sexual. "Eu vou e venho, entre suas partes íntimas", "Você é a onda, eu a ilha nua" e "O amor físico é sem sentido" são alguns trechos da canção. A letra é cantada, falada e sussurrada, e com muitos gemidos de prazer, culminando em um aparente orgasmo no final da canção (houve rumores de que o casal havia realmente praticado sexo durante as gravações).
Apesar do indiscutível sucesso em toda a Europa e de ter atingido o posto número 1 em vendas no Reino Unido e o 58 nos Estados Unidos, a canção (que muitos consideravam pornográfica) foi censurada nas rádios da Itália, Polônia, Islândia, Suécia, Espanha, Iugoslávia e Reino Unido, além de ter sido denunciada pelo Vaticano.
Em 1986, a versão original da canção, interpretada por Bardot, foi finalmente lançada, a pedido da própria atriz, que se arrependeu por não a ter liberado antes.
"Je t'aime... moi non plus" foi regravada mais tarde por Donna Summer e Ray Conniff, entre outros.

No primeiro vídeo, você confere a versão com Jane Birkin e, no segundo, a versão original, com Brigitte Bardot.



 

Alma - Barbet

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A bicyclette - Barbet



SÓ DE PASSAGEM
Barbet
16 outubro 2012

Toc! Toc! Toc!
Sou eu,
Barbet.
Boa tarde,
Posso entrar?
Obrigada.
Não,
Apenas água.
Ufa,
Que calor,
Cheguei a tempo.
Ele esta!?
,Que bom,
- Posso falar-lhe?
- Espero, claro,
O tempo necessário.
Meu Deus,
Nem acredito!
Em pessoa!
~~~~~~~~~~~~~~
Estou sem palavras,
Vou me acalmar.
~~~~~~~~~~~~~~
Boa noite SR,
Eu quero,
Desejo,
Agradecer-Te,
Por tudo,
Pelas oportunidades.
Não, todas elas.
Será mesmo?
Fiz?
Tem certeza?
Não errei tanto?
Que bom.
Posso ir tranquila?
ok, eu vou.
Não,
Não estou chorando,
Não Te preocupes,
Estou emocionada.
Posso Te dar um abraço?
Posso!
Uau! fantástico.
Valeu a pena!
Minha vida valeu a pena!
Que bom.
Até outro dia.
Virei sim.
Sempre que desejares.
Sei o caminho,
Não te aflijas.
Olhe por mim,
Precisarei sempre.
Te amo!
Obrigada.

tchau

* * *

Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
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domingo, 14 de outubro de 2012

 

SINTO SAUDADE DE MIM
"A Menina"
Barbet
06 outubro 2012

E muito difícil passar para o papel,
A maneira na qual sinto saudade de mim,
Daquela garotinha que ainda mora em meu coração,
Que guardo com carinho e muito amor, na mais pura emoção.

E realmente complicado procurar a mim mesma
E chegar à conclusão que embora crescida e mais vivida,
Ainda A tenho na sua forma mais pura e singela a me encantar,
Na sua total fragilidade me ajudando a caminhar.

Esta menina que é a minha Grande companheira de jornada,
Forjada em paragens não lembradas agora,
Muitas vezes é a autora de uma realidade alternativa necessária,
Que certamente emerge das experiências trazidas de outrora.

Esta criança DA qual ora escrevo em seu melhor significado,
Representa toda a essência do meu ser abstrato,
Qual perfume de fragrância suave em frasco diminuto,
Que imunda o ambiente em circunstância cara.

Sinto saudade, mas a tenho a todo instante,
Busca-me todas as vezes que me pressente amargurada,
E neste momento quem escreve estas linhas mal traçadas,
Esteja certo, não sou eu é ela,
A menina mencionada.

* * *

 
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de muita paz e amor

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TEM NOVIDADES





Em páginas poéticas (Poemas)
Roberto Romanelli Maia
e em artigos espíritas
Paulo da Silva Neto Sobrinho

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Atualizado em 04 de outubro de 2012 - 18h32min


Ao repassar mantenha os créditos desta mensagem






CREPÚSCULO
Barbet
13 outubro 2012

Por trás de uma dobra da vida,
Um fenômeno se faz perceber,
Na primeira fila sentada,
Observo admirada:

Existem dois instantes do dia,
No qual a luz e a escuridão,
Dão-se as mãos e juntos permeiam
Em cor gradiente nossa emoção.

O azul celeste e o escuro da noite,
Formam um tênue manto necessário,
A cobrir de certa nostalgia,
Toda a extensão do cenário.

Tudo se passa tão rapidamente,
Em nossas idas e vindas conturbadas,
Que não damos conta e por distração,
Deixamos de lado esta comunhão.

Logo as estrelas começam a piscar,
As luzes e os faróis já indicam,
Que como sangue em nossas veias,
O mundo continua a pulsar.

Na beleza desta continuidade,
Derradeiramente me rendo e observo,
Na mais completa perplexidade,
Meu relativo entendimento.

* * *
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Outros poemas estão disponíveis para a leitura no

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sábado, 6 de outubro de 2012

Terra Sem Males - mito guarani - Antônio Amâncio



Quando Nhanderuvuçu (nosso grande Pai) resolveu acabar com a terra, devido à maldade dos homens, avisou antecipadamente Guiraypoty, o grande pajé, e mandou que dançasse. Este obedeceu-lhe, passando toda a noite em danças rituais. E quando Guiraypoty terminou de dançar, Nhanderuvuçu retirou um dos esteios que sustentam a terra, provocando um incêndio devastador.
Guiraypoty, para fugir do perigo, partiu com sua família, para o Leste, em direção ao mar. Tão rápida foi a fuga, que não teve tempo de plantar e nem de colher a mandioca. Todos teriam morrido de fome se não fosse seu grande poder que fez com que o alimento surgisse durante a viagem.
Quando alcançaram o litoral, seu primeiro cuidado foi construir uma casa de tábuas, para que, quando viessem as águas, ela pudesse resistir. Terminada a construção, retomaram a dança e o canto.
O perigo tornava-se cada vez mais iminente, pois o mar, como que para apagar o grande incêndio, ia engolindo toda a terra. Quanto mais subiam as águas, mas Guirapoty e sua família dançavam.
E para não serem tragados pela água, subiram no telhado da casa. Guiraypoty chorou, pois teve medo. Mas sua mulher lhe falou: - Se tens medo, meu pai, abre teus braços para que os pássaros que estão passando possam pousar.
Se eles sentarem no teu corpo, pede para nos levar para o alto. E, mesmo em cima da casa, a mulher continuou batendo a taquara ritmadamente contra o esteio da casa, enquanto as águas subiam. Guiraypoty entoou então o nheengaraí, o canto solene guarani. Quando iam ser tragados pela água, acasa se moveu, girou, flutuou, subiu... subiu até chegar à porta do céu,onde ficaram morando.


Mon Cher Poète - Barbet



 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


7 conceitos bizarros da física que todos devem conhecer - Barbet

7 conceitos bizarros da física que todos devem conhecer

No dia-a-dia, conceitos básicos de física (como força, aceleração e pressão) não causam tanto espanto, nem soam absurdos. Quando mudamos para outros cenários, porém, as regras mudam: no mundo subatômico, por exemplo, partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e só o fato de observá-las já altera seu estado; buracos negros podem conter a massa de uma estrela condensada em um único ponto; e para um objeto viajando à velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.
 
Por Guilherme de Souza em 26.09.2012 as 17:00                         
Confira a seguir estas e outras ideias que fogem do que nós consideramos “normal” – mas que não causam tanto espanto em cientistas da área.

1 – Relatividade
 
O termo se refere a duas das mais famosas teorias da física, ambas propostas por Albert Einstein. Na primeira, divulgada em 1906, o físico demonstrou, por meio de uma série de cálculos, que a velocidade da luz é a maior que pode ser atingida por um corpo. Outra ideia defendida por Einstein foi a de que o tempo pode passar mais devagar (ou mais rápido) conforme a velocidade do observador.
Em 1916, ele publicou uma versão expandida dessas ideias, chamada de Teoria Geral da Relatividade. Desta vez, ele abordou também a questão da gravidade, que, segundo ele, seria uma distorção do espaço-tempo causada por objetos massivos. Essa teoria também prevê a existência dos estranhos buracos negros e ajuda a compreender a distorção sofrida pela luz ao atravessar galáxias (causada pela grande força gravitacional desses objetos).

2 – Mecânica Quântica

Átomos, todo mundo sabe, são extremamente pequenos. Partículas como prótons e elétrons, por sua vez, são ainda menores, tão pequenas que, em seu “mundo”, prevalece a Mecânica Quântica – proposta no começo do século 20.
Na escala subatômica, as partículas podem se comportar como ondas e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. É na Mecânica Quântica que estão outros conceitos curiosos, como “emaranhamento” e o “Princípio da Incerteza”.

3 – Teoria das Cordas
Essa teoria (que, por sinal, é estudada pelo personagem Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory) sugere que partículas não são pequenos pontos, mas dobras em objetos unidimensionais similares a cordas. A diferença entre as partículas seria a frequência com que as cordas vibram.
A Teoria das Cordas é uma tentativa de conciliar a Física Quântica e a Teoria Geral da Relatividade, além de uma possível base para a hipotética “Teoria do Tudo”, que, supostamente, será capaz de unir todos os conceitos físicos e explicar o universo.

4 – Singularidade

Na física, o termo se refere a um ponto em que tempo e espaço estão infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro de buracos negros (dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto) e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.
5 – Princípio da Incerteza
Formulado em 1927 pelo físico alemão Werner Heisenberg, o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a localização e a velocidade de uma partícula subatômica.
Há dois fatores por trás da incerteza apontada pelo princípio: o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula) já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição do estado de uma partícula.

6 – Gato de Schrödinger

Esse termo se refere a uma experiência teórica imaginada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935, que demonstraria o quão estranha era a incerteza por trás da Mecânica Quântica.
Schrödinger propôs que se imaginasse um gato, preso em uma caixa junto com material radioativo. No experimento, haveria 50% de chance de que o material se deteriorasse, emitindo radiação e matando o gato, e 50% de chance de que o material não emitisse radiação e que o gato sobrevivesse.
De acordo com a física clássica, um desses cenários obrigatoriamente se tornaria realidade e poderia ser observado quando alguém abrisse a caixa. De acordo com a Mecânica Quântica, contudo, o gato não estaria nem vivo nem morto até que alguém abrisse a caixa e observasse (medindo e, portanto, afetando a situação).

7 – Emaranhamento
É um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica, no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma se move, a outra se move na mesma direção.
O conceito perturbou o próprio Albert Einstein, que o chamou de “assombrosa ação a distância”. O emaranhamento já foi induzido em experimentos e cientistas esperam, algum dia, poder aproveitá-lo para criar computadores supervelozes.[LiveScience]

Roquefort: queijo simbólico da culinária francesa - Antônio Amâncio

Roquefort: queijo simbólico da culinária francesa
 
Originário da Gália romana, o Roquefort foi se aprimorando através dos séculos, transformando-senum dos exemplos mais típicos
de um requintado bom gosto no comer
Nelson Ribeiro Fragelli
Enviado especial
França
Paris –– Com a história do célebre queijo Roquefort pretendo narrar o que o espírito francês chama, de modo cavalheiresco, a aventura do Roquefort.
Foi casualmente que, numa viagem ao Sul da França, hospedei-me ao lado de antigaCommanderie -- caserna de uma Ordem medieval -- na árida região do Larzac. Trata-se daCommanderie de Santa Eulália : muralhas, torres, e uma igreja, recolhida e sóbria, como a vida dos religiosos cavaleiros daquela época.
A região é pontilhada de Commanderies: a poucos quilômetros está a de La Cavalerie. Mais além a de La Couvertoirade, primor de cidadela medieval.
A epopéia do Roquefort
Nas cercanias, incrustada na rocha, encontra-se a pequena cidade de Roquefort-sur-Soulzon. Tive a curiosidade atraída por ela.
O famoso queijo Roquefort que ali se faz é o resultado de uma feliz conjugação entre as ovelhas do Larzac, as ervas que só vicejam naqueles campos e um acidente geológico ocorrido antes de Cristo, no enorme rochedo de Combalou.
Outrora majestoso, o Combalou, lentamente erodido por olhos d'água, um dia ruiu fragorosamente. Imensos blocos, caindo uns sobre os outros, formaram grutas, algumas enormes. Quando o vento bate nas ruínas do Combalou e penetra pelos vãos das pedras, atinge as grutas muito úmidas, favorecendo assim o aparecimento de uma flora, desconhecida na aridez do Larzac.
Certo dia, nos remotos tempos da dominação romana, um pastor, fatigado da ordenha, castigado pelo sol, recolheu-se em uma das grutas do Combalou. A atmosfera era fresca, corria ali um pouco d'água. Numa pedra depositou seu balde de leite e sobre outra apoiou-se preguiçosamente.
Repousado, resolveu explorar um labirinto - um daqueles vãos por onde corre ar. Surpreso, encontrou outras grutas, muito maiores, de um odor e de um frescor arrebatadores. E nelas se perdeu. Não soube reencontrar seu balde, o que não o incomodou tanto, pois sua descoberta bem valia o leite perdido. Não foi difícil encontrar outra saída para casa.
Dias depois encontrou seu leite. Evidentemente estava coalhado. Mas, sobre ele o vento dos túneis depositara folículos e polens retirados àquela flora rústica. O conjunto fermentara e o produto era um queijo de agradável sabor, até então desconhecido. Provado, ele fez saltar de contentamento as papilas inadvertidas do nosso pastor.
Tinha nascido o Roquefort. As grutas pouco a pouco se transformaram em centros de produção da nova descoberta.
Pelo Larzac, uma encruzilhada de caminhos Norte-Sul, na então Gália, passavam mercadorias destinadas ao poderoso Império Romano. Essa rota comercial favoreceu a expansão do novo queijo. Gregos e ibéricos o importavam. Plinio o Velho faz menção, em sua História Natural, de um queijo do Larzac que chegava a Roma pelo porto de sstia. Os primeiros séculos do cristianismo assinalam, na mesma região, um queijo "produzido em abundância, que sacia camponeses, encontrando-se também à mesa requintada de senhores". Tudo leva a crer que fosse o Roquefort.
Carlos Magno, grande civilizador de povos, desejava que os conventos por ele fundados em toda a Europa dessem, não só santos e educadores, mas também administradores e agrônomos. Cada mosteiro era antes de tudo um lugar de oração, mas também um centro civilizador, intelectual e agrícola. Assim é que atualmente cerca de 40% das cidades francesas são de origem monástica.
Segundo uma tradição cara ao Roquefort, o Imperador Carlos recebia todos os anos, no Natal, em seu palácio de Aix-la-Chapelle, um carregamento de queijo portado em lombo de mula.
Ordens monásticas e militares, cistercienses, cavaleiros de Malta, o Templo em particular, ali estabelecidas para defesa da região contra os assaltos muçulmanos, reconheceram o alto valor do Roquefort. Aprimoraram técnicas de utilização do solo e trato de ovelhas, sistematizaram a produção.
Polêmica sobre o número de queijos
Queijo em francês se diz fromage. Tal é o sutil poder dos grandes queijos sobre as disposições do homem que um estudioso da cultura francesa disse, certa vez, que a palavra bem poderia ser derivada de fromagie: uma forma de magia para encantar o espírito. Não falta jocosidade à observação. Não lhe falta também um fundo de verdade.
No mesmo sentido recordo-me da observação do General de Gaulle, quando chefe de Estado, lamentando-se das dificuldades em dirigir seu irrequieto país: "Não é fácil governar um povo que criou mais de 430 tipos de queijo".
Observação que não fez senão aumentar a polêmica, pois seus governados jamais se puseram de acordo com esse número, sucedendo-se debates e demonstrações de que são 523, talvez 367. Até hoje ainda se publicam correções a esses números.
O fato inegável é que os queijos são numerosos e deliciosos. E que influem na opinião. Duas afirmações que, milagrosamente, obtêm o consenso francês.
A vitória do imperador dos queijos...
Como comprovar essa magia exercida pelo Roquefort ?
A reação de um velho amigo brasileiro ao prová-lo pela primeira vez serve bem de ponto de referência para medir o efeito sobre o ânimo de quem dele se serve com gosto.
Em férias, ele desejava conhecer palácios, igrejas e pinturas da Renascença. Renascença que ele louvava como tendo sabido dar ao senso artístico humano aprimorada expressão. Acompanhei-o em honra à velha camaradagem.
Era uma segunda-feira chuvosa e gélida quando chegamos a Sévérac-Le-Château, perto de Roquefort, atrasamo-nos pelas estradinhas estreitas e perigosas que serpenteiam os precipícios ao longo do rio Tarn. Dez horas da noite. Tarde para as cidadezinhas da região. Todos os restaurantes fechados, e nós com fome!
Para não dormir famintos a dona do hotel propôs servir-nos alguns queijos. Não seriam muitos, disse ela, pois não reserváramos jantar. Ela serviria, com outros dois, o Roquefort. Ao ouvir esse nome deleitável, pensei : estamos salvos. Não passaremos fome.
Aconchegado junto a uma lareira que se extinguia, embora esfomeado, meu amigo hesitou em tocar o Roquefort. (Disse-me mais tarde que o odor ativo, lembrando curral de ovelhas, o espantara). Serviu-se dos outros queijos.
Fingi não notar sua perplexidade. Esperava encorajá-lo. Visto ser ele apreciador da cultura, gostaria de iniciá-lo nas artes daquela magia. Servi-me abundantemente.
Ele me olhou desconfiado e tendo liquidado os dois outros queijos, ainda com fome, olhava interrogativo, ora o Roquefort, ora minha impassibilidade, como que pedindo socorro.
Aquele Roquefort estava insuperável: sua massa, branca como o leite, pontilhada pela germinação esverdeada das hervas, maturado nas grutas do Combalou, tinha sabor inigualável.
Com certa pena, perguntei-lhe se não prestaria honras ao imperador dos queijos. Cortei-lhe uma fatia, recomendando o vinho como acompanhante de estilo.
À primeira dentada estremeceu. Tivera a falsa impressão de roer a perna de um carneiro curtida em pimenta. Um sabor agressivo invadiu-lhe a capacidade degustativa. Para não sufocar-se tomou dois goles de vinho. Aliviou-se.
Eu nada via para deixá-lo à vontade em seu combate.
Passado o susto, sentindo os primeiros agrados da combinação pão-Roquefort-vinho a aquecê-lo internamente, arriscou um segundo pedaço. Este fundiu-lhe na boca como um sorvete. Ele nunca notara isto num queijo, pois a característica é exclusiva do Roquefort. Esvaneceu-se o curral. E passou a ter o paladar acariciado por flocos de lã de alvas ovelhas ; fungos e ervas, de um verde musgo, se incrustavam naquela brancura única e a tudo temperavam, transformando o que de início julgou ser pimenta, em pétalas de flores campestres.
Ele ficou meditativo ao terminar a modesta fatia que lhe dera. Matizados pelo vinho os sabores do Roquefort, passando pela degustação subiam-lhe à mente como um fogo de artifício no qual, a cada momento, uma cor reluz mais do que as outras.
E entre sabores que lhe percorriam ordenadamente a sensibilidade e o bem estar do corpo vigorosamente nutrido, em silêncio, contemplava os restos do Roquefort como um leão domado apresentando a juba para ser cofiada. Descontraído, confiante, atacou nova fatia.
Satisfeito, pensei que ele procurasse o repouso. Qual nada. Propôs-me andar pelas ruas desertas de Sévérac-Le-Château, sob fina e fria chuva. Subimos até o castelo. Falava contínua e meditadamente. Perguntou sobre queijos da região, os Templários, a causa que defendiam, suasCommanderies, etc. Parecia esquecido dos primores artísticos da Renascença, prestes a se inscrever na Ordem do Templo e partir em cruzada. Dominando o Roquefort, era por ele modelado.
Lembrei-me então dos Templários, dos queijos de de Gaulle e da fro-magie. Meu amigo passara por uma aventura a aventura do Roquefort.