quinta-feira, 7 de julho de 2011

A MARCHA DA MACONHA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO...Barbet


A MARCHA DA MACONHA E A "LIBERDADE DE EXPRESSÃO"
Jorge Linhaça
Antes de entrar na questão em si, uma placa na imagem chamou minha atenção.
Alguém empunha um cartaz com os dizeres " Deus Fez a Maconha"...verdade...mas também fez animais peçonhentos e outros venenos em foma de plantas...aí eu pergunto...será que esse boca-aberta que escreveu tal cartaz já tomou veneno de cobra ou sai por ai mastigando plantas venenosas?
Vamos ter um mínimo de bom senso!!! Dito isto passemos ao texto.
Acompanho ressabiado a liberação das tais "Marchas da maconha"
Embora as pessoas tenham o direito sagrado de manifestar-se sobre qualquer assunto , preocupa-me o que possa resultar disso.
Daqui a pouco teremos pessoas se manifestando sobre o direito de ser corrupto, quem sabe não começam a pipocar Marchas pela corrupção? Afinal se marchar pela maconha não é apologia ao crime, marchar pela corrupção também não é...e imaginem quantas marchas podem ser inventadas passando por essa premissa.
Quanto à descriminação da maconha, é importante realçar, a titulo de contribuição, que não se trata de descriminar o tráfico e sim o uso da maconha.
Na verdade a maconha seria vendida como o cigarro ou as bebidas alcoólicas.
Da parte dos governantes ( sabe-se lá se isentos ou não ) o olhar é para a arrecadação de impostos sobre o produto.
Por outro lado, que existem políticos enterrados no mar de lama do tráfico não é segredo para ninguém.
Dificilmente o crime organizado teria chegado ao patamar a que chegou em nosso país se não fosse a "vista grossa" das autoridades (in) competentes.
Ou alguém acredita que é "por acaso" que o policiamento de nossas fronteiras é feito por "meia dúzia" de policiais? E isso não é de hoje não...antes que alguém imagine que esse quadro iniciou-se durante o governo petista ( o que não o isenta da responsabilidade de não haver mudado em quase nada o quadro que recebeu).
A questão quanto à liberação das " marchas da maconha" , levando em conta a tão propalada liberdade de expressão, esbarra num problema mais do que comum em nosso país, onde os limite entre se manifestar a favor da liberação e a apologia ao uso de drogas é demasiado tênue.
Um dos grandes defensores da descriminação das drogas é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que incluiu no seu raciocínio que isso deve ser feito em conjunto com medidas na área de saúde para o tratamento dos dependentes químicos.
Oras, em um país onde a internação para tal tratamento é opcional e, dizem os especialistas, o tratamento não tem resultado se feito de maneira compulsória ; onde o estado simplesmente não dá conta nem de atender a saúde de um modo geral e onde levantou-se recentemente que vários médicos "de prestígio" inclusive o Secretário de Esportes do estado de São Paulo, recebem /biam do Governo sem dar os plantões ( e isso com certeza é apenas a ponta do iceberg, embora infelizmente logo vá cair no esquecimento), num país onde a saúde pública é tratada com descaso e o cidadão que depende de tratamento em hospitais públicos é tratado pior do que gado, imaginem de onde sairão os recursos para tal fim.
Pior, imaginem qual será o fim desses recursos ( provavelmente desviados para o pagamento de profissionais que não comparecerão aos locais de trabalho ) imagine quantos medicamentos não serão "devidamente" desviados desses locais a exemplo do que já acontece com os medicamentos para tratamento de doenças graves como o câncer e que acabam sendo encontrados em clínicas particulares, vendidos a peso de ouro.
Há muito mais por trás dessas passeatas do que "apenas" o direito de se expressar. Seria interessante saber quem as financia, afinal não é qualquer um que resolve deixar o trabalho ou seus afazeres para iniciar uma campanha dessas proporções.
Quem pretende faturar alto com esse movimento, tome ele o rumo que tomar?
Dinheiro, prestígio político, lavagem de dinheiro, tudo isso entra no jogo e quem estiver jogando pretende ganhar muito.
Não amigos, com a descriminação nenhum traficante será libertado para esvaziar cadeias, ao menos não se ficar apenas na descriminação do uso, afinal a maconha é mesmo "tolerada" discretamente dentro dos presídios pois "acalma" os detentos.
Mas, quem estabelecerá o limite de posse de drogas que possa ser considerado para uso pessoal ou o que é tráfico, quando a maconha estiver sendo vendida em bares e farmácias?
Vão limitar a quantidade de quanto o cidadão pode comprar?
E se ele comprar em vários lugares ? Quem fará o controle?
Em países europeus onde isso ( a descriminação ) acontece já estão restringindo as vendas apenas para os locais, pois habitantes de países vizinhos iam lá abastecer-se das drogas proibidas em sua pátria.
A geração dos anos 60, baseada em sexo , drogas e rock and roll,
parece ter deixado uma herança perversa para as gerações atuais.
A tal geração do sexo livre, do uso das drogas , deixou-nos a proliferação das drogas, a desculpa das novas gerações de que se meu pai, avô usou, usa, não há problemas.
Fica a questão, algum desses antigos usuários tem força moral para convencer seus filhos a seguir outro rumo?
Há aqueles que dizem que a maconha acalma e libera a sensibilidade artística...grandes nomes da música foram ou são usuários de drogas e arrastam uma multidão de fãs.
Não sei se a maconha tem esse feito, mas sei que nunca precisei dela para escrever uma única linha nem para atuar em um palco.
Enfim...muito há que se discutir sobre isso, eu , dentro do meu ponto de vista sou contra a descriminação da maconha ou de outras drogas. Mas cada um tem o seu pensar pra cada cabeça a sua sentença.
Hoje o mercado do tabaco investe pesado em campanhas e produtos que atraiam os mais jovens já que os mais velhos estão cessando com esse hábito.Hoje não é raro encontrar cigarros com vários sabores e coloridos.
Com as drogas a coisa não há de ser diferente.
O público alvo hão de ser realmente os jovens independente de sua classe social.
Pesquisas revelam que nossos filhos começam a beber cada vez mais cedo, estimulados mesmo pelos pais, alguns tem seu primeiro contato com o álcool por volta dos doze anos, Afinal, uam cachacinha , vinho ou cerveja não fazem mal...que o diga a saúde pública e/ou as estatísticas do trânsito.
Que o digam as milhares de famílias destruídas pelo àlcool.
Será que com a maconha será diferente?
Será que uma pai que "dá uns pegas" não levará seus filhos, desde a mais tenra idade pelo mesmo caminho?
Será que se um filho seu estiver em uma casa onde o uso de maconha é comum e não mais um crime, ele resistirá á "curiosidade" de conhecer seus efeitos?
O interessante é que me parece que estamos caminhando na contra mão da saúde, ou ao menos num grande paradoxo pois, afinal, os fumantes em todo o mundo tem seu "direito de fumar" cada vez mais restrito, mesmo áreas abertas como parques estão sendo alvos de lei contra esse hábito.
A maioria das pessoas aprova tais restrições em nome da saúde...alega-se que os não fumantes ficam expostos aos males do cigarro como fumantes passivos...o mesmo ocorre com a maconha, só que se dá o nome de "brisa" - fulano ficou chapado só na "brisa" ou seja, no meio do fumacê de quem consome. Qual a diferença ?
Enquanto isso se marcha a favor da maconha...vá lá entender a cabeça desse povo.
Contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com

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