sexta-feira, 30 de setembro de 2011

[Carta O BERRO] Adeus Europa por Frei Betto - Vanderley Caixe

30.09.11 - Mundo
Adeus Europa
Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
Adital
Lembram-se da Europa resplandecente dos últimos 20 anos, do luxo das avenidas do Champs-Élysées, em Paris, ou da Knightsbridge, em Londres? Lembram-se do consumismo exagerado, dos eventos da moda em Milão, das feiras de Barcelona e da sofisticação dos carros alemães?
Tudo isso continua lá, mas já não é a mesma coisa. As cidades europeias são, hoje, caldeirões de etnias. A miséria empurrou milhões de africanos para o velho continente em busca de sobrevivência; o Muro de Berlim, ao cair, abriu caminho para os jovens do Leste europeu buscarem, no Oeste, melhores oportunidades de trabalho; as crises no Oriente Médio favorecem hordas de novos imigrantes.
A crise do capitalismo, iniciada em 2008, atinge fundo a Europa Ocidental. Irlanda, Portugal e Grécia, países desenvolvidos em plena fase de subdesenvolvimento, estendem seus pires aos bancos estrangeiros e se abrigam sob o implacável guarda-chuva do FMI.
O trem descarrilou. A locomotiva – os EUA – emperrou, não consegue retomar sua produtividade e atola-se no crescimento do desemprego. Os vagões europeus, como a Itália, tombam sob o peso de dívidas astronômicas. A festa acabou.
Previa-se que a economia global cresceria, nos próximos dois anos, de 4,3% a 4,5%. Agora o FMI adverte: preparem-se, apertem os cintos, pois não passará de 4%. Saudades de 2010, quando cresceu 5,1%.
O mundo virou de cabeça pra baixo. Europa e EUA, juntos, não haverão de crescer, em 2012, mais de 1,9%. Já os países emergentes deverão avançar de 6,1% a 6,4%. Mas não será um crescimento homogêneo. A China, para inveja do resto do mundo, deverá avançar 9,5%. O Brasil, 3,8%.
Embora o FMI evite falar em recessão, já não teme admitir estagnação. O que significa proliferação do desemprego e de todos os efeitos nefastos que ele gera. Há hoje, nos 27 países da União Europeia, 22,7 milhões de desempregados. Os EUA deverão crescer apenas 1% e, em 2012, 0,9%. Muitos brasileiros, que foram para lá em busca de vida melhor, estão de volta.
Frente à crise de um sistema econômico que aprendeu a acumular dinheiro mas não a produzir justiça, o FMI, que padece de crônica falta de imaginação, tira da cartola a receita de sempre: ajuste fiscal, o que significa cortar gastos do governo, aumentar impostos, reduzir o crédito etc. Nada de subsídios, de aumentos de salários, de investimentos que não sejam estritamente necessários.
Resultado: o capital volátil, a montanha de dinheiro que circula pelo planeta em busca de multiplicação especulativa, deverá vir de armas e bagagens para os países emergentes. Portanto, estes que se cuidem para evitar o superaquecimento de suas economias. E, por favor, clama o FMI, não reduzam muito os juros, para não prejudicar o sistema financeiro e os rendimentos do cassino da especulação.
O fato é que a zona do euro entrou em pânico. A ponto de os governos, sem risco de serem acusados de comunismo, se prepararem para taxar as grandes fortunas. Muitos países se perguntam se não cometeram uma monumental burrada ao abrir mão de suas moedas nacionais para aderir ao euro. Olham com inveja para o Reino Unido e a Suíça, que preservam suas moedas.
A Grécia, endividada até o pescoço, o que fará? Tudo indica que a sua melhor saída será decretar moratória (afetando diretamente bancos alemães e franceses) e pular fora do euro.
Quem cair fora do euro terá de abandonar a União Europeia. E, portanto, ficar à margem do atual mercado unificado. Ora, quando os primeiros sintomas dessa deserção aparecerem, vai ser um deus nos acuda: corrida aos saques bancários, quebra de empresas, desemprego crônico, turbas de emigrantes em busca de, sabe Deus onde, um lugar ao sol.
Nos anos 80, a Europa decretou a morte do Estado de bem-estar social. Cada um por si e Deus por ninguém. O consumismo desenfreado criou a ilusão de prosperidade perene. Agora a bancarrota obriga governos e bancos a pôr as barbas de molho e repensar o atual modelo econômico mundial, baseado na ingênua e perversa crença da acumulação infinita.
[Frei Betto é escritor, autor do romance "Minas do ouro” (Rocco), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.
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Vanderley Caixe

Aprovação de Dilma sobe a 71% - Olho Vivo

DOENÇA.....CAUSAS X CURA.....- Haroldo Oliveira

Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta.A cura real somente acontece do interior para o exterior .....
Sim, diga a seu médico que vc tem dor no peito,
mas diga tb que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.


Conte a seu médico que vc tem azia,
mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que vc tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer tb que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que vc sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo,
com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em sí o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoismo.
Não querem mudar de vida.


Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.
Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.

Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos;
a enfermidade é um deles e por certo,
o principal recado que lhe chega da sabedoria
divina é que está faltando mais amor e harmonia em sua vida.
Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curam por dentro.
Há dois mil anos esses remédios estão à nossa disposição.
Quando nos decidiremos?
Livro: O Médico Jesus
José Carlos De Lucca

General Giap - Vanderley Caixe

Suspeito de abuso sexual contra filha aparece para depor em Bauru - Barbet


O advogado e assessor sindical Sandro Luiz Fernandes, de 45 anos, e sua mulher se apresentaram nesta sexta na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru, cidade a 326 quilômetros de São Paulo, por volta de 12h. Ele foram depor no caso em que Fernandes é suspeito de atentado violento ao pudor por supostamente ter cometido abusos sexuais contra a filha, a sobrinha, a cunhada e o filho de 9 anos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

[Carta O BERRO] Museu contará história das Lutas Camponesas no Nordeste - Vanderley Caixe

O município de Sapé, localizado no estado da Paraíba, ganhará um Museu Histórico das Lutas Camponesas no Nordeste. O centro de memória funcionará na casa e no terreno onde viveu João Pedro Teixeira, líder das Ligas Camponesas na Paraíba assassinado no dia 2 de abril de 1962.
Na sexta-feira passada (23), integrantes da organização não-governamental Memorial das Ligas Camponesas se reuniram com Paulo Maldos, secretário de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, para discutir o projeto do memorial.
De acordo com Luiz Damázio de Lima, presidente da ONG Memorial das Ligas Camponesas, a ideia é que Paulo Maldos "faça a ponte com Brasília para a implantação do projeto de Memorial e consiga recursos para a execução”. Segundo ele, a intenção é restaurar a casa onde morou João Pedro Teixeira e lá construir um museu com informações das lutas camponesas no Nordeste.
"Vamos fazer um museu para o resgate da história de João Pedro Teixeira e das lutas pós-João Pedro”, afirma, lembrando que 15 anos depois da morte do líder, reiniciou-se a luta por terra na região. Segundo ele, hoje, o estado da Paraíba possui cerca de 270 assentamentos.
A concretização do Museu Histórico das Lutas Camponesas está cada vez mais próxima. No início deste mês, o Governo do Estado da Paraíba publicou um decreto no Diário Oficial em que declara de utilidade pública mais 2,27 hectares de terras do Sítio Antas do Sono, no povoado de Barra de Antas, em Sapé. Em julho passado, o governo já havia declarado de utilidade pública 4,83 hectares do local.
Além do museu, Luiz Damázio comenta que a intenção é utilizar o terreno para também construir um centro de formação para os agricultores, com área para lazer, comercialização e unidades produtoras baseadas no sistema agroecológico.
A meta, segundo ele, é que pelo menos o museu esteja pronto no dia 2 de abril de 2012, data de celebração dos 50 anos do assassinato de João Pedro Teixeira. "Esse projeto é importante para os agricultores porque resgata a história de um cidadão que deu sua vida pela luta pela melhoria de vida das pessoas. A ideia é dar um rumo melhor à vida dos agricultores e fortalecer a luta deles. Esperamos que esse memorial seja um centro de referência não só no Nordeste, mas também nacional e até internacional”, comenta.
Ligas Camponesas
As Ligas Camponesas foram associações de trabalhadores rurais formadas em Pernambuco e, depois, em estados como Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás. Iniciaram em 1955 e se estenderam até 1964 com o objetivo de lutar pela reforma agrária e pela posse de terra. Na Paraíba, destacou-se o núcleo de Sapé, com mais de 10 mil integrantes liderados por João Pedro Teixeira, que foi assassinado no dia 2 de abril de 1962.

Sintomas da Esquizofrenia, 1940 - BBT

v

Ilusão - Barbet






ILUSÃO
Barbet
28 setembro 2011
Pensar que o mundo esta bem,
Os mares despoluídos,
As geleiras ainda firmes,
O ar puro como antes.
Dantes
Admitir que tudo se resolverá rápido,
Amaremo-nos como irmãos,
Daremos as mãos,
Ninguém terá mais fome.
Homens
Acreditar no fim da violência no mundo,
No desarmamento das grandes potências,
No respeito à fragilidade dos povos,
Na independência tão desejada.
Nada
Dormir sem ter receio,
Não assustar com o latido do cão,
Deixar a porta aberta,
Inclusive a do coração.
Ilusão
Pensar que nunca melhoraremos,
Por não termos coragem suficiente,
Somos guerreiros,
Conseguiremos!
Ação

***

Menina de 13 anos morre durante sessão de exorcismo no JapãoA Polícia prendeu o pai, Atsushi - Ir Alberto
A Polícia prendeu o pai, Atsushi Maishigi, de 50 anos, e o sacerdote Kazuaki Kinoshita, de 56, pela morte da adolescente.           
EFE
Destaque Cena clássica do filme O Exorcista
A Polícia prendeu nesta terça-feira (27) em Kumamoto (sul do Japão) um sacerdote e o pai de uma adolescente de 13 anos que morreu afogada enquanto era submetida a um ritual de exorcismo, informou a imprensa local.
Durante o ritual, que aconteceu há um mês, mas somente revelado nesta terça-feira, a adolescente Tomomi Maishigi foi amarrada em uma cadeira e teve água jogada sobre sua cabeça diversas vezes como parte do ritual budista para espantar os maus espíritos, informou o jornal "Yomiuri" em sua edição digital.
A Polícia prendeu o pai, Atsushi Maishigi, de 50 anos, e o sacerdote Kazuaki Kinoshita, de 56, pela morte da adolescente. Os dois negaram as acusações e garantem que queriam somente "exorcizar os maus espíritos" e não cometer um abuso físico.
Segundo policiais citados pelo "Yomiuri", Tomomi perdeu a consciência na sessão de afogamento, na noite de 27 de agosto e, apesar de ter sido transferida para um hospital próximo, morreu na madrugada seguinte.
Os dois homens submeteram a menina ao ritual da "cascata" de água por mais de 100 vezes desde março, para o qual inclusive tinham solicitado a estadia da adolescente em um templo budista
Os pais de Tomomi pediram ajuda do sacerdote porque estavam preocupados com uma doença física e mental que a filha sofria, e este recomendou o ritual que supostamente a curaria depois de expulsar seus "demônios".

Por que a mídia tem medo da regulação? - Olho Vivo

Ricardo Gama comenta prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira acusado de mandante do assassinato de juíza encontra-se detido no Batalhão de Choque - Barbet

Mundo: Kadafi estaria perto de fronteira da Argélia, diz CNT
O homem responsável pela caçada a Muammar Kadafi afirma acreditar que o ex-líder líbio esteja na cidade de Ghadamis, perto da fronteira com a Argélia.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Hisham Buhagiar afirmou que Kadafi está protegido por tuaregues, a mais de 500 quilômetros a sudoeste de Trípoli.
De acordo com o militar, o ditador e o filho dele, Saif Al-Islam estariam juntos e com intenção de escapar para o Níger. Lá já está Saadi, outro filho do ex-presidente líbio.

Segundo o calendário judaico, a partir do anoitecer do dia 28 de setembro de 2011 inicia-se o ano 5772 - Barbet

28 de Setembro - Dia do Ano Novo Judaico

Segundo o calendário judaico, a partir do anoitecer do dia 28 de setembro de 2011 inicia-se o ano 5772. Para os judeus, é tempo de refletir e se arrepender dos pecados. Ao invés de brindar com champanhe e pular sete ondas, eles preferem se focar na introspecção e na reflexão. O Ano Novo é chamado de Rosh Hashaná, dia em que Deus criou o mundo.
O Rosh Hashaná acontece, geralmente em setembro, pois a contagem dos anos no judaísmo é feita pelo calendário lunar. O ano lunar tem 354 dias, portanto faltam 11 para os 365 contados normalmente. Para ajustar, se convencionou que alguns anos têm um mês a mais no calendário judaico. O primeiro mês do ano é chamado de Tishrei, palavra que remonta ao período de 586 a.C. a 536 a.C., quando Jerusalém foi destruída pelos babilônios e os judeus foram forçadamente exilados para a região mesopotâmia. Ali eles desenvolveram o calendário de 12 meses – que às vezes ganha um mês extra para o ajuste com o calendário tradicional.
Um dos símbolos mais importantes do Rosh Hashaná é o shofar, instrumento feito de chifre de carneiro que é tocado na data e remonta à época em que os judeus eram nômades. Outra característica do shofar é que ele soa como um alarme, que chama à reflexão e à consciência adormecida.
Datas judaicas importantes nos próximos anos, iniciando sempre ao anoitecer do primeiro dia mencionado:
Rosh Hashaná
2011: 28/09 a 30/09 – ano 5772
2012: 16/09 a 18/09 – ano 5773
2013: 04/09 a 06/09 – ano 5774
2014: 24/09 a 26/09 – ano 5775
2015: 13/09 a 15/09 – ano 5776
Yom Kippur2011: 07/10 a 08/10
2012: 25/09 a 26/09
2013: 13/09 a 14/09
2014: 03/10 a 04/10
2015: 22/09 a 23/09
Hanukkah
2011: 20/12 a 28/12
2012: 08/12 a 16/12
2013: 27/11 a 05/12
2014: 16/12 a 24/12
2015: 06/12 a 14/12

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ROCK IN RIO: MUITA COISA PARA MELHORAR…- BBT

por STELLA RODRIGUES, DO RIO DE JANEIRO

26 de Set. de 2011 às 19:13
Com uma performance eletrizante de “Seek and Destroy”, o Metallica encerrou o fim de semana de estreia do Rock in Rio. A primeira parte do evento tem um saldo positivo em diversos aspectos, mas também uma extensa lista de questões de estrutura a serem melhoradas para os quatro dias de evento restantes (29 e 30 de setembro, 1 e 2 de outubro).
Banheiros
O problema mais marcante no último domingo, 25, foi em relação aos banheiros. A produção do Rock in Rio optou por dispensar os costumeiros banheiros químicos e instalar 500 cabines de banheiro com sistema próprio de água e esgoto. Porém, no terceiro dia de atividades na Cidade do Rock, a quantidade de objetos jogados no sistema sanitário contribuiu para que os encanamentos não suportassem e vazassem, deixando um odor fétido de urina nas regiões em torno dos banheiros. A assessoria de imprensa do evento informou que, ao longo dos próximos dias, a equipe de engenharia trabalhará para consertar o problema e retomar o festival no próximo fim de semana sem questões de higiene pendentes. (leia toda a entrevista aqui).
Alimentação
Uma dificuldade que também atrapalhou a diversão das 100 mil pessoas a cada dia que estavam na Cidade do Rock, com seus 150 mil metros quadrados de extensão, foi a alimentação. Os 12 quiosques e 48 lojas de comida não deram conta da fome do público. O tempo nas filas (foto) durava mais do que algumas das apresentações. E, com a pressa de atender toda aquela gente, os funcionários das lanchonetes acabavam servindo comida ainda parcialmente congelada, por exemplo. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, a vice-presidente Roberta Medina declarou, a respeito da rede de fast food Bob’s, uma das mais presentes no local e que chegou a ficar sem comida, em alguns momentos: “É o maior operador e está deficitário. Eles estão trabalhando para aumentar a agilidade do atendimento. Sabemos que um dos problemas é a contratação de mão de obra temporária, que não se compromete, não está habituada com a dinâmica, porque não trabalham nas lojas. São coisas que estamos consertando.” Leia mais aqui..
Organização do espaço
A quantidade massiva de pessoas não tornou apenas inviável a alimentação. A circulação estava complicada, pois, por mais que todos coubessem ali, o lugar não tem espaço de fluxo, de forma que para chegar de um ponto a outro, leva tempo – e paciência. Isso vale também para a região de saída da Cidade do Rock. Roberta Medina afirmou que fez duas vezes o trajeto entre a porta da Cidade do Rock e o local de onde partiam os ônibus que transportavam o público de volta às suas casas – e que levou, em cada uma delas, cerca de 12 minutos. Porém, levando em consideração que boa parte do público chegava e saía na mesma hora, a aglutinação de pessoas fazia com que essa caminhada levasse mais de uma hora. Lá dentro, o ponto de maior problema de fluxo de pessoas é a região da Rockstreet. Era bastante difícil circular pela rua baseada no cenário de Nova Orleans que, afinal de contas, era uma rua e servia para isso. Roberta citou esse espaço nominalmente, em entrevista, e afirmou que a rua deverá ser alargada, conforme a possibilidade do espaço, para que a situação seja sanada quando o festival reabrir.
A dificuldade em ir de um ponto a outro intensificou um hábito que é tido como comum entre muitos brasileiros: o de jogar lixo no chão. Era possível ver latas de lixo com bastante espaço e gente jogando lixo fora delas, ou seja, não foi uma questão de falta de latões onde colocar os dejetos. Ainda assim, a Cidade do Rock parecia um aterro ao final de cada dia. Na noite de sábado, quando choveu e as pessoas dispensaram suas capas de chuva usadas nos gramados, a paisagem ficou ainda pior.
Segurança
Outro problema que deu trabalho aos organizadores foi a segurança. Como é costumeiro em aglomerados desse porte, furtos aconteceram, sendo registrados entre 100 e 200 boletins de ocorrência a cada dia – nem todos relativos a furtos, mas a grande maioria. “A diferença do primeiro para o segundo dia foi brutal. A história dos furtos, que é algo que a própria polícia questiona, porque não necessariamente foram furtos – já que as pessoas largam bolsas no canto e vão pular com a banda”, despistou Roberta Medina, acrescentando que aumentou a quantidade de homens que fizeram a segurança e colocou alguns agentes à paisana em meio ao público para facilitar, afinal, não é nada fácil pegar pessoas colocando a mão nas bolsas dos outros e roubando celulares em meio ao caos da pista. Para mais informações a respeito das ocorrências policiais durante o Rock in Rio, clique aqui e aqui.
No mais, o Rock in Rio, se provou uma experiência de festival bastante intensa – pecando, porém, nessas questões de logística. Em termos de show, mesmo, o que atrapalhou foram os atrasos, que Roberta Medina garante que serão evitados ao máximo no próximo fim de semana, e problemas de áudio no palco Sunset (que geraram ainda mais atrasos).
O Rock in Rio continua sua maratona de 160 bandas e mais de 14 horas por dia de shows na próxima quinta, 29, com Stevie Wonder, Ke$ha, Joss Stone, entre outras atrações.
CRÉDITOS: ROLLING STONE BRASIL

Cuidado com as novas igrejas - VIDEO ESTARRECEDOR - Ir Alberto

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Primavera Árabe - Barbet

Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil
Ivan Lessa em ilustração de BaptistãoSem equinócios ou solstícios, quase que sem o mundo ocidental notar, em meio às suas explosivas e enfumaçadas incursões militares na região, sem falar no próprio pau local, a “Primavera Árabe” teve início no dia 18 de dezembro de 2010 no Oriente Médio e Norte da África.
Desabrocharam, como flores multi-coloridas, comícios, demonstrações e passeatas, protestos de uma forma geral, a favor – ou pedindo e exigindo – democratizações e, segundo historiadores avoados, mais baldes para regarem seu florido jardim que, no meio da areia, da miséria, da cacetada policial ou militar, insistia em crescer – e aparecer, como a margarida.
Em lugar de rituais pagãos, ou mesmo agenda e programa organizado de ação, o que deu mesmo foram as novas tecnologias de comunicação informática.
Poder-se-ia dizer (para os que cultivam a mesóclise) que a inusitada estação, para toda aquela região, foi regada a Facebook, Twitter e YouTube. Era um tal de Abdulas trocarem com Alis informações valiosas, muitas com mais de 140 caractéres arábicos. “Ei, cara, num esquece, amanhã na praça Fuad, vamos botar pra quebrar!” e variações em torno do encontro florido.
Com flor não se brinca. Elas tendem a pegar o poder distraído. E mesmo as mais delicadas e formosas podem morder os calcanhares dos homens no poder.
Sem termos de sair de nosso hemisfério, lembremos de Geraldo Vandré, todo de preto, lembrando que já havia falado de flores. Não foi bem o início de uma “Primavera Brasileira”, mas que chateou os homens, lá isso chateou.
E nosso democrático desabrochar ficou adiado por mais umas duas décadas e durou bem mais que o tempo de uma manhã, que é o que duram as rosas, segundo o lendário poético vulgar.
Durou o tempo que os milicos quiseram. Só ai então pudemos plantar e regar essas begônias que florescem a todo vapor (?) em nosso riquíssimo, lato senso, processo democrático.
Afastei-me de propósito do assunto que virou minha pauta de hoje.
Eu gosto mais das palavras e o que elas, bem calibradas, podem fazer, e só a elas e com elas paro e boto minha fantasia de jardineiro tropical e empunho, como se um cartaz subversivo em meio à passeata, ou, no caso de levante mais sério, minha espingardinha tcheca.
Eu disso tcheca? Pois disse-o bem.
Eu só tenho uma única objeção à chamada “Primavera Árabe”: chamar o que está acontecendo de “Primavera Árabe”.
No Oriente Médio e no Norte da África não há primavera na acepção rigorosa ou até mesmo generosa do fenômeno. Qualquer meteorologista sabe disso. Tem tempestade de areia. siroco, Peter O´Toole, Omar Shariff, cobras venenosas, camelos cuspindo longe e, num bom dia, coisa rara, oásis e miragens não de todo desprezíveis.
As canções do deserto e das cidades árabes e norte-africanas, não ligam a primavera a um estado de espírito amoroso, tenro, inspirador de namoros e amores. De jeito nenhum. É areia e vento.
Consta haver 250 milhões de tipos de areia diferentes e, pelo menos, uns 3 mil ventos distintos.
E os namorados Nadruz e Soraya vão de braços dados porque a Primavera é a estação do amor? Em absoluto. Como disse, lá não tem disso, não. Perguntem ao Hosni Mubarak no Egito e esperem a resposta.
“Primavera”, no sentido político, só mesmo a de Praga, em 1968. Aquela sim era um florescer de democratizações e reformas econômicas, e quem a regava era o saudoso Alexander Dubcek. Foi o ano em que cheguei à Europa e só se falava nisso.
Como o que é bom e decente dura pouco, a “Primavera de Praga” durou quase nada, de janeiro a agosto apenas. Mais do que nossas primaveras e mesmo do resto da Europa.
Mas os russos, então soviéticos, sabem, ou sabiam, cuidar dessas flores perigososas e tacaram não balde mas canhão d´água e tanque pra cima do subversivo, lá pra eles, florescer.
Não sobrou pétala sobre pétala e a despolinização do país em estação “errada” foi rápida e rasteira.
Tiveram, os pobres tchecos, de aguentar um tempinho, até 1989, para ser preciso, e a “Revolução de Veludo” para a descomunização do país.
Frise-se que em certos países, segundo o lendário popular, e certas pesquisas científicas, “flor” e “primavera” dão azar, ao passo que veludo é um material excelente para troca da guarda e mulher bem fornida.
Portanto, Tunísia, Egito, Síria, Iêmen, Sudão, Argélia, Bahrein, Irã, Iraque, Jordânia, Omã e Marrocos, devagar com essa primavera aí.
Deixem as flores para lá e reguem cactos que é mais saudável. Vejam vosso Khadafi como está sendo caçado a jatos “aliados”. Está valendo executar chefe de estado tido como flor nociva e indesejável pelos países com quatro estações definidas.

Mulheres conquistam direito de votar e serem votadas na Arábia Saudita - BBT

Um dos países mais fechados e com maior discriminação sobre as mulheres no Oriente Médio, a Arábia Saudita deu um passo para o reconhecimento de seus direitos nesse domingo (25/09). O rei Abdullah bin Abdul Aziz anunciou que a partir das próximas eleições municipais, em 2015, as mulheres poderão votar e ser votadas. "A partir da próxima legislatura, as mulheres terão o direito de disputar eleições municipais e escolher candidatos, segundo os princípios islâmicos", disse Abdullah, em discurso transmitido ao vivo pela televisão estatal.
A decisão atende a antigas manifestações de ativistas pelos direitos humanos e do movimento feminista local. A Arábia Saudita acabou ficando de fora da chamada ‘Primavera Árabe’, que mexeu com a política de diversos países da região, mas o governo foi obrigado a fazer concessões. Essa foi mais uma delas.
De acordo com o rei, a participação feminina também será aceita no conselho da Shura, uma espécie de parlamento saudita, cujos membros são nomeados e não eleitos. No entanto, elas terão poderes legislativos limitados.
Leia mais:
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Após seis meses, Primavera Árabe se divide entre repressão e esperança
Abdullah, de 86 anos, disse ter tomado sua decisão após consultar o ulama, clérigo máximo saudita. ““Porque nós rejeitamos marginalizar mulheres em todas as esferas da sociedade… nós decidimos envolver mulheres no conselho Shura como membros, com início no próximo mandato”, afirmou.
Mesmo com a conquista do direito a voto, as mulheres ainda sofrem uma série de restrições na Arábia Saudita, país onde vigora uma interpretação radical da sharia (lei islâmica). Elas continuam proibidas de dirigir e de viajar sem o consentimento de um parente masculino e devem se manter segregadas dos homens em locais públicos.

Esquerda fica com maioria no senado francês e atinge Sarkozy - Barbet

Por Sophie LouetPARIS (Reuters) - O governo conservador do presidente francês, Nicolas Sarkozy, perdeu a maioria no senado para a esquerda neste domingo, disseram autoridades locais, em uma derrota histórica a apenas sete meses antes de eleição presidencial.
Pela primeira vez desde 1958, o senado tradicionalmente dominado pela direita, se virou para uma maioria de esquerda, devido a uma grande mudança da geração dos seus principais membros.
Resultados iniciais das eleições indiretas mostraram que os candidatos da esquerda ficaram com pelo menos 23 assentos que eram do partido conservador, garantindo-lhes assim, a maioria absoluta.
A mudança para a esquerda, que Gerard Larcher, líder da UMP no senado descreveu como o acontecimento que terá consequências 'sísmicas' antes da eleição presidencial em abril, gerou gritos de alegria de simpatizantes da esquerda, durante uma reunião em Paris.
'O dia 25 de setembro de 2011, entrará para a história', disse para a TV LCI, Jean-Pierre Bel, líder do grupo socialista no Senado. 'Os resultados das eleições no senado significam uma merecida punição para a direita.'
A vitória da esquerda se seguiu a uma série de vitórias dos candidatos socialistas nas eleições locais, nas mesmas regiões onde dezenas de milhares de autoridades municipais, com chamados de 'super eleitores' nas pesquisas para o senado, votaram no domingo.
Um senado pendendo para a esquerda não será capaz de atrapalhar os planos legislativos de Sarkozy, mas a perda do antigo baluarte para a direita é um retrocesso simbólico, especialmente quando acontece ao mesmo tempo em que as pesquisas apontam resultados insistentemente negativos para ele.
A popularidade de Sarkozy subiu ligeiramente nos últimos meses, mas ele continua sendo um dos menos populares presidentes franceses do pós-guerra e enfrenta uma dura batalha para a sua reeleição, numa eleição de dois turnos, marcada para abril do ano que vem.
Eleitores franceses estão deprimidos em relação as suas perspectivas econômicas, o desemprego continua alto e uma crise da dívida europeia levou a um minucioso exame das finanças públicas da França.
Essas preocupações ofuscaram as vitórias na política internacional de Sarkozy, especialmente o papel da França na derrubada de Muammar Gaddafi.
Valerie Pecresse, porta-voz do governo, minimizou o resultado das eleições, mostrando que Sarkozy manteve a maioria na Assembleia Nacional.
'Isso não é, de jeito nenhum, um empecilho para o governo, pois, como vocês sabem, a Assembleia Nacional tem a última palavra.'
'As eleições locais raramente favorecem o candidato à reeleição', completou ela. 'Perdemos algumas cidades e regiões e, matematicamente, houve um avanço para os super eleitores de esquerda.'
Mesmo que a câmara de deputados controle a legislação, uma derrota eleitoral é prejudicial para Sarkozy, nos últimos meses do seu governo, já que ele enfrenta uma disputa difícil pela reeleição contra François Hollande, o mais provável candidato socialista.
'Essa vitória cria uma dinâmica... Se conseguirmos ganhar a presidência da república, depois de ganhar a presidência do Senado, isso será ótimo', disse Hollande na TV LCI.
Não há nenhuma legislação importante que um senado de esquerda possa atrasar, mas perder a sua maioria lá pode enterrar o grande plano de Sarkozy, de conseguir incluir na constituição francesa uma lei de orçamento para equilibrar a dívida, uma medida que poderia ter sido uma ancora para a classificação AAA da França.
O parlamento já aprovou um ajuste ao orçamento de 2011 para incluir um socorro maior para a Grécia, como acordado pelos países da zona do euro, em 21 de julho, e o orçamento de 2012 deverá ser aprovado sem maiores problemas.
Dos 170 assentos que serão disputados na eleição, o UMP tinha 147 de um total de 343, contra os 115 do Partido Socialista, antes da votação de domingo. Os resultados finais devem sair mais tarde, ainda no domingo.
O número de assentos no senado será aumentado para 348, refletindo um aumento na população.
Sarkozy deverá anunciar em novembro, que pretende concorrer a um segundo mandato, nas eleições de abril.

domingo, 25 de setembro de 2011

Greve Nacional dos Bancários. BANCÁRIOS DECIDEM POR GREVE, A PARTIR DE 3ª FEIRA - Vanderley Caixe

BANCÁRIOS DECIDEM POR GREVE, A PARTIR DE 3ª FEIRAPeço a colaboração da militância e de toda a classe trabalhadora para a greve da categoria bancária que se inicia na próxima 3ª feira (27/09). Paguem as contas com antecedência. Seguem abaixo os motivos que nos levam a greve pelo 8º ano consecutivo.
Somente no 1º semestre deste ano de 2011, lucros dos maiores bancos foram da ordem de R$ 27,4 bilhões, aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior;
Piso salarial da categoria bancária não chega a 3 salários mínimos. Para efeito de comparação com vizinhos do cone sul: Brasil - piso de US$ 735,29; Argentina - piso de US$ 1.432,21; Uruguai - US$ 1.039,00. Há que se recordar também de que no Brasil a diferença entre o que ganha um executivo de banco ganha 400 vezes mais do que o piso de ingresso na categoria !
Bancários(as) reivindicam reajuste de 12,8% (bem abaixo e tímido ante a lucratividade média do setor: 26%), contudo a banqueirada ofereceu apenas 8%, o que dá um "montante" de apenas 0,39% de aumento real.
No período compreendido entre os anos de 1995 a 2006, 181 trabalhadores(as) bancários(os) se suicidaram, média de 1 suicídio a cada 20 dias ! Como há subnotificação, esse número pode ser até maior, chegando a números reais de 226 a 271 casos, o que traria uma incidência de um suicídio a cada 16 ou 13 dias respectivamente (SANTOS, Marcelo Augusto Finazzi. Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho. Dissertação de mestrado apresentada a FACE-UNB, 2009). E ainda que não se possa afirmar que somente o trabalho é responsável por tal anomia, tampouco se pode descartar o elemento suicidogênico presente na organização do trabalho e modelo de gestão dos bancos.
Enfim, bancário(a) vive na barbárie !
Reitero a solidariedade de tod@s !
Edilson Montrose de Aguiar Jr.
Diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
INTERSINDICAL - Bancários na Luta
"No ventre de Maria, Deus se fez homem. E na carpintaria de José, Deus também se fez classe" (Dom Pedro Casaldáliga)
"Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixar cooptar, não se deixar esmagar. Lutar Sempre ! ... Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo." (Florestan Fernandes)
"Todo mundo deve ser intelectual e militante ao mesmo tempo. É difícil, não é certa a saída, mas é certo que o mundo será o que fizermos" (Immanuel Wallerstein)

Condenadas na França pelo uso da burca - Barbet

EITA SEMANINHA DANADA - Laerte Braga

Imagina o sujeito acordando com os trinados de Kate Perry – e em play back ainda por cima – e a cara de Antônio Anastasia pairando sobre Minas Gerais com coroa e cetro de imperador. Putz! Ou é o caso de recusar o bafômetro, deve ter tomado todas e umas horas de sono não foram suficientes para afastar os fantasmas oriundos ou de um bom scoth, melhor ainda, uma deliciosa pinga, ou então de procurar direto, sem intermediários, um hospital psiquiátrico e se auto vestir numa camisa de força.Só imaginar que Kate Perry canta já é uma tragédia. Pior ainda Antônio Anastasia imperador de Minas Gerais. É público e notório que quando apoiou a reeleição para um terceiro mandato – foi o único a fazê-lo – de Alberto Fujimori no Peru, FHC estava de olho no seu eventual terceiro mandato. Como bem diz Millôr Fernandes e lembrou Emir Sader, “FHC é o único sujeito que acha que é mais inteligente que ele próprio”.
O sonho de transformar São Paulo num império com a denominação FIESP/DASLU e ser coroado com José Arruda Serra na figura grão vizir.
Um desses canais de tevê a cabo/satélite, no afã de emburrecer mais ainda os telespectadores, lançou um concurso antes da chegada de Kate Perry ao Brasil. Um vídeo feito por assinantes nos moldes da tal “cantora”. O melhor deles garantiria o direito de um dia com a dita cuja. Devem ter se esquecido que tortura é crime inafiançável e contra a humanidade.
Já andam vendendo lobisomem no mercado. É o capitalismo.
O comandante interino da 3ª de Cavalaria Mecanizada, coronel Mário Luís de Oliveira, em Bagé, Rio Grande do Sul, soltou uma ordem do dia lida perante a tropa formada no pátio, ou qualquer outro canto do quartel e deitou histórias de horrores sobre o governo João Goulart e a “corajosa” atitude das forças armadas depondo o presidente para salvar o Brasil. Imagino o que terá sido a noite da tropa.
Reforço de grades nas janelas, nas portas, trancas, câmeras o escambau. O medo que no meio da noite pudesse emergir das sombras e penumbras um comunista munido de foice e martelo e disparar foiçadas e marteladas na democracia.
É que essa gente não gosta de prestar contas da covardia real que foi 1964. Das prisões à revelia da lei, das torturas, dos estupros, dos assassinatos, o medo da Comissão da Verdade. Escondem-se atrás da saia da anistia e tentam aterrorizar a turma.
A ordem do dia do distinto é um primor de ferocidade. É preciso atenção para saber se quando sai às ruas usa focinheira, do contrário estará infringindo a lei que protege os cidadãos de ataques de animais ferozes.
Deve ter baixado o espírito de Dan Mitrione, do general Vernon Walthers, comandante das forças armadas golpistas em 1964, de Garrastazu Medice e seu radinho de pilha querendo Dadá Maravilha de titular na seleção de 1970. Sai Tostão, ou sai Jairzinho, ou então Rivelino, entra Dadá.
O espectro do delegado Fleury rondava o ambiente.
O discurso da presidente Dilma Roussef na abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas foi um traulitada no esquema das grandes nações, dos poderosos/quebrados, mas donos de arsenais capazes de destruir tudo. O cavalo de Átila – “por onde o cavalo de Átila passa não medra grama” – deve ter se remoído onde quer que se encontre.
Nada diferente do óbvio, a lógica do capitalismo a brasileira inventado no governo Lula e diagnóstico preciso de Ivan Pinheiro, secretário geral do PCB. Mas aquele negócio de no rico dinheirinho brasileiro a turma não vai por as mãos para salvar da falência banqueiros e grandes corporações européias. Ainda mais depois de atrapalhar contratos brasileiros – empresas – na Líbia.
A ONU viveu momentos de brilho na semana que passou. O discurso do presidente palestino Mahamoud Abbas e o envergonhado falatório do líder nazi/sionista Benjamin Netanyahu, principal executivo de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
As armas nucleares do genocida Netanyahu versus os estilingues dos palestinos.
Essa turma deveria perder um pouco de tempo, fazer um esforço além de assistir o JORNAL NACIONAL e ouvir Miriam Leitão defendendo os empregos de trabalhadores norte-americanos às custas de trabalhadores brasileiros (no caso do IPI de carros importados) e ler o discurso do líder da revolução islâmica no Irã, o aiatolá Sayyed Ali Khamanei, no encontro chamado Despertar Islâmico.
Ao falar sobre a revolução no Irã e abordar os dias atuais, o levante dos egípcios, principalmente.
Nessas revoluções, os princípios, valores e metas não aparecem escritos em manifestos pré-fabricados por grupos ou partidos: aparecem escritos na mente, coração e desejos de cada uma e de todas as pessoas que se apresentam à cena onde a história se faz; e são declarados no contexto, por seus slogans e atitudes. Considerados todos esses sinais, podem-se ver e declarar que os princípios das atuais revoluções em curso na região, no Egito e em outros países são, em primeiro lugar e principalmente, os seguintes:
Reviver e renovar a dignidade e o respeito nacionais que foram quebrados e golpeados durante longos anos de governos ditatoriais e corruptos, e pela dominação pelos EUA e pelo ocidente. Manter alta a bandeira do Islã, que é fé profunda no coração do povo, ligação de muitas gerações entre muitos povos, que oferece a muitos paz de espírito, sentido de justiça, desejo de progresso e prosperidade que não se alcançam senão sob a lei islâmica, a Xaria. Resistir contra a influência e a dominação de EUA e Europa, causa da desgraça e dos mais graves danos, e da humilhação dos povos desses países, ao longo de 200 anos. Opor-se ao regime de ficção, de usurpação, dos sionistas, que as potências imperialistas cravaram como adaga, funda, no coração dessa região, para usá-la como ferramenta que lhes permitisse manter a amaldiçoada dominação, depois de terem expulsado um povo inteiro, de sua terra nativa e histórica Não há dúvidas de que as revoluções na região que se apóiam e querem fazer valer esses princípios, não agradam os EUA, a Europa e os sionistas, e que eles usarão todos os meios que encontrarem para negá-las. Mas negar as revoluções no mundo islâmico não apagará a verdade.
Não tenho bem certeza, mas acho que foi Spielberg, que fez um exercício sobre o caráter doentio da sociedade norte-americana, aquela que mata os pais e dá uma festa. Ou executa com injeção letal inocentes ou presumidos culpados. Um submarino japonês chega por engano às imediações de Los Angeles e os japas ficam fascinados com aquele letreiro imenso – HOLLYWOOD. E tocam a tirar retrato, mania de japoneses até hoje. O “patriotismo” dos cidadãos aflora por todos os cantos e a tarefa de levar o submarino a fazer água enche de brios os peitos dos tais cidadãos. Enquanto isso o general comandante chora ao assistir Pocahontas.
Vai daí que o terror vira uma esculhambação geral. É uma forma de enxergar a estupidez, diferente da de Kulbrick e seu capitão Mandrake, transgressor da ordem capitalista em flagrante desrespeito à propriedade privada ao quebrar a máquina de Coca Cola e catar a moeda que lhe permitiu avisar ao Pentágono que o general enlouqueceu.
Hoje é diferente. George Bush se veste de Barack Obama e toma o cinismo como instrumento de governo. O desempenho do canastrão tipo Silvéster Stallone, o Rambo, é substituído pelo ator competente. E ainda por cima se deixa engraxar para parecer negro.
Quando a coisa aperta corre até a geladeira e serve uma cerveja num dos cantos ao ar livre da Casa Branca. Com direito a avental e tudo.
Mas a sede é tanta que o original pode voltar noutro nome e noutra forma.
Poucos deram atenção a um fato significativo acontecido há uns dois ou três meses. O Superman renunciou à cidadania norte-americana, preocupado com tantas barbáries perpetradas pelos EUA. Estavam respingando sobre o dito.
Lois Lane continua a ver navios. E a tomar suco de laranja brasileiro taxado para não afetar o mercado norte-americano, os produtores do país, coisa que a veneranda senhora Miriam Leitão não diz nem amarrada, pois é paga para dizer o contrário, para ignorar a verdade. Sei lá, tenho a sensação que a vetusta comentarista, adequadamente chamada de “urubóloga” pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, qualquer dia sai voando que nem aqueles teco tecos que carregam anúncios em longas faixas. A dela é previsível – vem aí a crise –. Compra não que é fria.
A ela falta a verve para encarnar o personagem do “Homem que falava javanês”, mesmo porque Machado de Assis virou branco num comercial da Caixa Econômica Federal.
Ah! Ia me esquecendo. Compraram uma cadeira de “imortal” para Merval Pereira, jornalista do O GLOBO. Fez um discurso chamando de “vagabundos” os beneficiários do programa bolsa família. “Imortal” tem ajuda de custos com verba pública. Chá bolinhos, etc.
Presente o ex-governador de São Paulo José Arruda Serra. O tal que a filha ganhou uma bolsa em Harvard, paga pela AMBEV – antes de oficializada a fusão Brahma/Antártica). A moça estudou por lá, a AMBEV pagou, na volta foi trabalhar na empresa e a fusão legalizada. Tutti buona gente. Sem falar nas contribuições para a candidatura do vampiro paulista.
A Academia Brasileira de Letras vive uma fase descendente, deve ser por isso que branquearam Machado de Assis, desde a eleição de José Sarney, autor do destempero BREJAL DOS GUAJÁS, demolido letra por letra pelo jornalista Millor Fernandes.
Daqui a cem anos quando alguém falar do imortal Merval o outro vai dizer – quem? – Ora, você não sabe? jornalista do O GLOBO. – Ah! sei. – Sem saber nada.
Quem não se lembra de Marinho, lateral esquerdo do Botafogo e depois do Fluminense, pernambucano loiro e de olhos azuis, a descendência holandesa?
Em novembro de 1555 o vice-almirante Nicolas Durant de Villegagnon chegou à baía de Guanabara. O propósito era criar a França Antártica. Nada a ver com a cerveja. Mas com comércio e uma parte do Brasil colônia para a França.
Villegagnon comeu o pão que o diabo amassou no tempo que ficou por aqui. Católico, obrigava os franceses que trocavam presentes por índias ao sacramento do matrimônio. Gerou revolta entre os seus, mas controlou o esquema. Acabou envolvido no cisma da Igreja Católica e os primeiros pastores protestantes chegaram por aqui àquela época (nada a ver também com Edir Macedo, esse é outro tipo de pilantragem).
O projeto faliu a curto e médio prazo, mas hoje, com certeza, lá está Antônio Anastasia, monarquista empedernido, assentado no trono do governo de Minas a perseguir professores com um séquito de deputados estaduais, desembargadores e a mídia comprada e guardada na carteira das contas públicas, lógico, o dinheiro sai do bolso do cidadão.
Deformação genética da França Antártica. Deve achar que merece Versailles.
Eita semaninha danada!
Satélite da Nasa se desintegra sobre o Pacífico

DEPUTADO FEDERAL JEAN WILLIS SOFRE AMEAÇAS DE MORTE - Ir Alberto

"O deputado federal e colunista de CartaCapital Jean Wyllys (PSOL-RJ) está sendo ameaçado de morte por uma comunidade na rede social Orkut. A comunidade, que existe desde o dia 8, tem 20 membros e está relacionada com outras como a “Contra Feminismo” e “Movimento Masculinista”.
Jean Wyllys foi eleito ano passado a deputado federal e apoia o PL122, que criminaliza a homofobia. Wyllys também propõe lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Assunto ao qual a comunidade faz referência por meio de texto e afirma que “esse viado deve ser morto, levar umas porradas, ser torturado, desejo a morte de todos OS gays e lésbicas, devem ser estupradas e mortas. Vamos debater aqui a forma de matar esse filho DA p… do Jean”.
De acordo com reportagem do Estadão.com o deputado entrou em contato com o Google, pedindo a retirada DA comunidade do AR, mas a empresa afirmou a Wyllys que o “a página não contrariava as políticas do grupo e por isso else não poderiam tirar a página do AR”.
Wyllys afirmou que é a favor DA liberdade de expressão na Internet e que ela deve ser garantida, mas que é preciso pensar em “instrumentos legais que possam impedir que as pessoas usem o anonimato para crime”.

sábado, 24 de setembro de 2011

Para avô dos roqueiros brasileiros, Rock in Rio foi desfigurado - Barbet


A cantora cabo-verdiana Cesária Évora, de 70 anos, anunciou ontem a decisão de encerrar sua carreira por problemas de saúde. Segundo um comunicado divulgado pela gravadora da artista, Cesária Évora não tem mais condições físicas de se apresentar. A 'diva dos pés descalços' faria uma turnê por cinco países da Europa, mas, seguindo recomendações médicas, decidiu cancelar os shows e se aposentar. Sua última apresentação aconteceu em Paris, dia 27 de abril, no teatro Grand Rex. Em uma de suas entrevistas, a cantora pediu desculpas aos fãs pelo cancelamento da turnê e disse que teve a carreira que desejou.

Nem véu islâmico nas ruas, nem orações públicas em direção a Meca - Barbet


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Algumas horas para salvar a Palestina! Eu já assinei - Barbet

Incrível comunidade da Avaaz, 
Urgente -- em algumas horas o presidente Abbas decidirá se vai ou não fazer oposição à pressão dos EUA e deixar que o mundo vote sobre a decisão para elevar a Palestina à condição de Estado, ou deixar Nova Iorque sem nenhum resultado. Vamos encher nossos governos com telefonemas e mensagens dizendo para eles apoiarem Abbas, e enviar ao presidente uma enorme onda de apoio pra que ele seja forte - essa mensagem vai ser entregue por uma flotilha de navios da Avaaz que vai velejar ao lado da ONU amanhã de manhã:
Hoje, o apelo palestino por uma condição de Estado independente pode morrer nos próximos meses, a menos que nós ajudemos a salvar esse apelo. Na quarta-feira à noite, o presidente Obama se encontrou com o presidente palestino Abbas, e possivelmente o pressionou fortemente para evitar uma votação completa na assembleia das Nações Unidas, uma votação que a Palestina certamente venceria. Ontem a pressão parecia estar funcionando, e os palestinos estão desistindo da votação.
Vai ser uma tremenda desilusão para o mundo e para os palestinos se esse momento passar sem nenhuma realização. Isso iria enfraquecer a paz e alimentar a desesperança, o extremismo e a violência. Mas ainda podemos virar o jogo. Em algumas horas, a Avaaz vai levar uma flotilha de navios pelo rio que corre próximo à ONU, coberta com enormes cartazes. Outro barco com jornalistas dos maiores meios de comunicação do mundo vai permitir a filmagem da flotilha e os jornalistas vão entrevistar nosso porta-voz. Se pudermos dizer que, em apenas 12 horas, 250 mil pessoas apelaram ao Abbas para que ele seja firme e forte e permita que o mundo faça uma votação, isso vai ajudar a definir este momento na mídia -- influenciando a decisão de Abbas em atender ou não a esse apelo histórico.
Esta semana a Avaaz se reuniu com vários ministros de relações exteriores e nossa manifestação em Nova Iorque para entregar nossa poderosa petição com um milhão de assinaturas que foi notícia em todos os lugares. Mas o lobby dos EUA é impetuoso - nós precisamos urgentemente apelar ao Abbas para que ele seja forte e a cada um de nossos países para que apoiem o presidente palestino. Clique abaixo para assinar a petição e enviar uma mensagem urgente por telefone, no Facebook ou Twitter para governos e seus líderes, ou deixe comentários em artigos de notícias específicos para modelar a narrativa da mídia nesse momento. Temos apenas algumas horas antes que o presidente Abbas faça seu discurso na ONU mostrando sua decisão. Vamos fazer tudo que pudermos:
http://www.avaaz.org/po/urgent_18_hours_for_palestine/?vl
O apelo pela condição de Estado independente é uma tentativa pacífica, razoável e diplomática para dar os próximos passos rumo à paz e dar aos palestinos esperança após 40 anos de ocupação, opressão e colonização pelo estado legítimo de Israel. Pesquisas de opinião pública financiadas pela Avaaz e outras pesquisas mostram que a grande maioria de pessoas pelo mundo apoiam essa medida. Mas o governo extremista de Israel, com seu poderoso lobby político dos EUA, está determinado a matar essa proposta consciente e manter a Palestina fraca, oferencendo, pelo contrário, mais anos de falsas conversações de paz, ao passo em que colonizam mais terras palestinas. Ironicamente, estes extremistas ameaçam mais a Israel do que a Palestina, uma vez que um crescente número de palestinos estão desistindo da ideia de dois Estados e decidindo abraçar um desafio a longo prazo -- um desafio que eles comparam com a luta da África do Sul contra o apartheid -- por um único estado democrático secular com igualdade de direitos para todas as etnias e credos -- efetivamente o fim de Israel enquanto um Estado Judeu.
Algo grandioso está acontecendo aqui. O presidente Obama disse que um Estado palestino somente pode ser concedido por meio de negociações com os israelenses. Mas quando Israel aplicou junto à ONU pela condição de Estado, os EUA não solicitaram que os palestinos concordassem com o pedido. Os EUA usam a retórica das manifestações a favor da democracia na Líbia, Síria e outros lugares, mas quando os palestinos buscam a liberdade, Washington faz tudo o que pode para se opor. Esse tipo de predisposição, no qual um aliado convicto, e até mesmo cego, de Israel é o único "pacificador" que temos é parcialmente o motivo pelo qual este conflito persite por décadas. Mas finalmente o mundo já se cansou - 127 nações, incluindo o Brasil, Índia, China e agora a França, levantaram-se para apelar por uma nova direção, e se outros se juntarem a eles, a era da hegemonia de Israel/EUA sobre esse conflito pode estar chegando ao fim, com um panorama de vozes globais e regionais mais amplo e mais sábio, especialmente as vozes das próprias pessoas, para substituir essa hegemonia. Tudo se resume às próximas horas --vamos fazer com que o mundo se levante, e fazer acontecer:
http://www.avaaz.org/po/urgent_18_hours_for_palestine/?vl
Agora mesmo, o presidente Abbas está escrevendo seu discurso. Fontes internas dizem que ele está se sentido traído pelos americanos, israelenses e líderes árabes aliados dos EUA com quem trabalhou toda a sua vida pela paz. Na quarta-feira, em um evento, ele disse alegadamente ao New York Times que "estava farto de todas essas pessoas, e não sabia o que fazer...". As esperanças do povo palestino estão com um homem que, após ser repetidamente traído e enfraquecido pelos EUA, está perdendo a sua própria esperança. Mas uma grande maioria do mundo, e 80% de seu próprio povo, apoiam seu objetivo. Vamos pedir que ele coloque sua esperança no mundo e no apelo de seu povo, deixe o mundo votar o reconhecimento da Palestina, e deposite confiança ao resto do mundo e ao seu povo, que ajudarão esse novo Estado florescer.
Com esperança,
Ricken, Alice, Emma, Wissam, Nicola, David e toda a equipe da Avaaz
MAIS INFORMAÇÕES:
Comunidade Internacional tenta restabelecer diálogo entre Israel e palestinos (Terra Brasil)
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5366260-EI188,00-Comunidade+Internacional+tenta+restabelecer+dialogo+entre+Israel+e+palestinos.html
Sarkozy diz que veto dos EUA a Estado palestino pode gerar violência no Oriente Médio (BBC Brasil)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/09/110921_sarkozy_palestino_rn.shtml
Obama diz a Abbas que vai vetar Estado palestino na ONU (Último Segundo)
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/obama-diz-a-abbas-que-vai-vetar-estado-palestino-na-onu/n1597222632068.html
Abbas seguirá com pedido palestino na ONU apesar de advertências (O Globo) http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/09/20/abbas-seguira-com-pedido-palestino-na-onu-apesar-de-advertencias-925402347.asp

Premiê israelense convida Abbas para negociações de paz imediatas - Barbet

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse na tarde desta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU que os palestinos primeiro precisam entrar em paz com Israel para só depois pedir o reconhecimento de seu Estado.
O discurso de Netanyahu foi feito logo após o do presidente palestino, Mahmoud Abbas, que disse que já era hora de seu povo 'ganhar a liberdade' e ter um Estado.
'A paz precisa estar ancorada na segurança e não pode ser alcançada por meio de resoluções da ONU, somente por meio de negociações diretas', disse o premiê israelense, que ofereceu sua 'mão' para todos no Oriente Médio, mas 'especialmente aos palestinos'.
Ele ainda convidou Abbas para negociações sobre a paz imediatas, que começassem ainda no dia de hoje.
'Agora que estamos na mesma cidade, no mesmo prédio, vamos nos encontrar hoje, aqui na ONU. Ninguém nem nada vai nos impedir se isso for realmente nosso objetivo. Vamos falar abertamente e, se Deus quiser, encontrar um caminho comum para a paz', disse.
Netanyahu citou um ditado árabe, que diz que não se pode aplaudir com uma só mão. 'E o mesmo vale para a paz. Não posso alcançar a paz sem você. Estou estendendo minha mão, a mão pacífica de Israel.'
Estado judeu
O premiê israelense disse ainda que os palestinos precisam reconhecer Israel como o Estado judeu, 'como já fizeram todos os líderes mundiais sérios'.
Ele também defendeu os assentamentos israelenses, dizendo que eles não são o centro do problema, e, sim, o resultado do confronto.
'Não estou aqui para receber aplausos, mas sim para falar a verdade. E a verdade é que Israel quer a paz', afirmou, acrescentando que nenhum país se beneficiará mais da paz na região do que Israel.
Na parte final de seu discurso, ele citou o soldado israelense Gilad Shalit, que foi capturado pelo Hamas há cinco anos.
'Shalit é filho de todas as famílias israelenses. Todos aqui deveriam exigir sua libertação imediata. Se querem passar uma resolução hoje, que seja essa a resolução', disse o premiê, sob aplausos.