A alegação é a necessidade de obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014.
Em 2002, durante a campanha eleitoral, Lula falava da necessidade de um projeto Brasil. Ou seja, um projeto político que permitisse ao País encontrar os rumos necessários a sair do berço esplêndido em que se encontrava deitado. Candidato à época chegou a afirmar que só em três momentos da história do Brasil república houve um projeto efetivo e real nessa direção.
A era Vargas, o governo JK e a ditadura militar, segundo o petista – que ao citá-los não os julgou, evidente –, apresentaram propostas concretas para transformações no Brasil. O seu governo, foi mote de campanha, seria um novo projeto para o País, com dimensões capazes de transformá-lo em potência mundial.
O conceito de potência mundial é relativo. O Brasil de Lula inventou o “capitalismo a brasileira”, conceito de Ivan Pinheiro – secretário geral do PCB, o mais antigo partido existente aqui – e como potência regional pratica um sub-imperialismo em relação a seus vizinhos, nunca buscou de fato a integração latino-americana e a despeito do discurso de “independência”, submete-se aos interesses de banqueiros internacionais, grandes corporações e latifúndio.
As mudanças, ou os dados apresentados como positivos refletem apenas políticas assistencialistas – que, originalmente não teriam esse caráter – e hoje têm apenas o viés eleitoral. Uma aliança com Gilberto Kassab em São Paulo, por exemplo, o que é?
No duro mesmo somos um grande entreposto do capital internacional, subordinados a esse capital e nem rato que ruge o Brasil consegue ser no atual governo. Quase 50% das receitas orçamentárias do governo são para pagar dívidas.
Os serviços públicos voltam a se deteriorar com o abandono do servidor, as políticas de arrocho dos tucanos se manifestam na figura do ministro Guido Mantega e o que se percebe é que o mundo petista gira hoje em torno do ganhar ou não perder eleições, não importa como.
A máxima de Bias Fortes, ex-governador de Minas – “o feio em eleição é perder”.
O papel proeminente que o Brasil chegou a exercer no governo Lula através do Ministério das Relações Exteriores sumiu. A presença do “Brasil potência” dissolveu-se nos rumos dados à política externa pelo chanceler Anthony Patriot, uma espécie de míssil dos interesses norte-americanos de afastar o país do processo de integração latino-americana e sua interveniência em situações como a que se vê o Irã, por conta da desmedida boçalidade do capitalismo nazi/sionista de EUA e Israel.
Voltamos a ser coadjuvantes de um coral de amém.
Com os portos abertos e agora os aeroportos (portas de entrada de nossa casa), cada vez mais se configura a submissão ao modelo de globalização nos moldes falidos do neoliberalismo.
O governo Dilma mistura ingredientes do tucanato, mantém as políticas assistencialistas e marcha em passo de ganso para desaparecer na pequenez política da presidente.
O brutal episódio da tomada do bairro Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, São Paulo, um arranjo desafinado do governador paulista Geraldo Alckmin (amigo de Dilma) e empresários de seu estado, garantidos pela boçalidade de uma “instituição” cancerosa nas poucas células do que se imagina um estado democrático e de direito.
A absoluta omissão do governo federal, a despeito das vozes contrárias. Mas depois do fato consumado. Da barbárie acontecida.
E agora a privataria petista ao sabor dos interesses da organização mafiosa que comanda o futebol no mundo, a FIFA. É isso é apenas o discurso público, a privatização de aeroportos estava prevista desde o governo Lula.
O que Dilma pensa ganhar com essa virada até em relação ao governo Lula não sei. Imaginar que as omeletes que receitou aos brasileiros no programa de Ana Maria Braga sejam suficientes para aquietar a mídia de mercado é ingenuidade demais.
O que ocorre é o contrário. Ao perceber a fraqueza, a fragilidade política da presidente a mídia – braço do complexo de banqueiros, corporações e latifúndio – deita e rola. Cada semana um alvo/ministro num governo sem rumo ou mudando de rumo e mergulhando num abismo que as consequências, certamente, serão adversas.
A ira furibunda de setores do PT ao exigir respeito pelo partido se perde no desrespeito à história de lutas e a razão de ser do PT. Foi para o brejo, é um PSDB com alguns matizes diferentes do original.
A doença de “consultorias” tomou conta do partido, a burocracia (que não anda, que emperra e se torna pelega) mostra-se um veneno letal em comparação ao que se viu, por exemplo, nas eleições de 1989.
Por mais otimistas que sejam os discursos de Dilma em relação à crise que afeta países/colônias da Comunidade Europeia. Por mais que o cinismo e a arrogância de Barack Obama vá se manifestar neste ano por conta da disputa presidencial em seu país. Ou por mais grave que seja a crise nos EUA – reprimida pela Polícia com requintes de estado autoritário –, as nuvens que pairam sobre o Brasil, que resultam dos equívocos da presidente, da tucanização do PT, viva agora na privatização dos aeroportos e sabe-se o que vem pela frente, a soma dessas parcelas vai resultar num total difícil de digerir, vai exibir as contradições do chamado mundo institucional e a isso se adiciona o desmanche do Poder Judiciário e o descrédito do Poder Legislativo.
E não será, evidente, porque Miriam Leitão ou William Waack acham isso na pregação diária que juntam à alienação/alienante ao jornal das seis, das sete, de que hora for dos noticiários dirigidos à classe média (que não entende nada de bolsa de valores, mas escuta e vê atentamente o que a moça da vez fala), não será por essas razões que o governo vai se desmanchar e de repente o Brasil inteiro, numa espécie de acender de lâmpada, entenderá que não mudou nada de nada e que continuamos imersos em berço esplêndido a reboque de interesses que nada têm a ver com o tal projeto Brasil que Lula falava.
Estamos na era da Privataria Petista.
Em 2002, durante a campanha eleitoral, Lula falava da necessidade de um projeto Brasil. Ou seja, um projeto político que permitisse ao País encontrar os rumos necessários a sair do berço esplêndido em que se encontrava deitado. Candidato à época chegou a afirmar que só em três momentos da história do Brasil república houve um projeto efetivo e real nessa direção.
A era Vargas, o governo JK e a ditadura militar, segundo o petista – que ao citá-los não os julgou, evidente –, apresentaram propostas concretas para transformações no Brasil. O seu governo, foi mote de campanha, seria um novo projeto para o País, com dimensões capazes de transformá-lo em potência mundial.
O conceito de potência mundial é relativo. O Brasil de Lula inventou o “capitalismo a brasileira”, conceito de Ivan Pinheiro – secretário geral do PCB, o mais antigo partido existente aqui – e como potência regional pratica um sub-imperialismo em relação a seus vizinhos, nunca buscou de fato a integração latino-americana e a despeito do discurso de “independência”, submete-se aos interesses de banqueiros internacionais, grandes corporações e latifúndio.
As mudanças, ou os dados apresentados como positivos refletem apenas políticas assistencialistas – que, originalmente não teriam esse caráter – e hoje têm apenas o viés eleitoral. Uma aliança com Gilberto Kassab em São Paulo, por exemplo, o que é?
No duro mesmo somos um grande entreposto do capital internacional, subordinados a esse capital e nem rato que ruge o Brasil consegue ser no atual governo. Quase 50% das receitas orçamentárias do governo são para pagar dívidas.
Os serviços públicos voltam a se deteriorar com o abandono do servidor, as políticas de arrocho dos tucanos se manifestam na figura do ministro Guido Mantega e o que se percebe é que o mundo petista gira hoje em torno do ganhar ou não perder eleições, não importa como.
A máxima de Bias Fortes, ex-governador de Minas – “o feio em eleição é perder”.
O papel proeminente que o Brasil chegou a exercer no governo Lula através do Ministério das Relações Exteriores sumiu. A presença do “Brasil potência” dissolveu-se nos rumos dados à política externa pelo chanceler Anthony Patriot, uma espécie de míssil dos interesses norte-americanos de afastar o país do processo de integração latino-americana e sua interveniência em situações como a que se vê o Irã, por conta da desmedida boçalidade do capitalismo nazi/sionista de EUA e Israel.
Voltamos a ser coadjuvantes de um coral de amém.
Com os portos abertos e agora os aeroportos (portas de entrada de nossa casa), cada vez mais se configura a submissão ao modelo de globalização nos moldes falidos do neoliberalismo.
O governo Dilma mistura ingredientes do tucanato, mantém as políticas assistencialistas e marcha em passo de ganso para desaparecer na pequenez política da presidente.
O brutal episódio da tomada do bairro Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, São Paulo, um arranjo desafinado do governador paulista Geraldo Alckmin (amigo de Dilma) e empresários de seu estado, garantidos pela boçalidade de uma “instituição” cancerosa nas poucas células do que se imagina um estado democrático e de direito.
A absoluta omissão do governo federal, a despeito das vozes contrárias. Mas depois do fato consumado. Da barbárie acontecida.
E agora a privataria petista ao sabor dos interesses da organização mafiosa que comanda o futebol no mundo, a FIFA. É isso é apenas o discurso público, a privatização de aeroportos estava prevista desde o governo Lula.
O que Dilma pensa ganhar com essa virada até em relação ao governo Lula não sei. Imaginar que as omeletes que receitou aos brasileiros no programa de Ana Maria Braga sejam suficientes para aquietar a mídia de mercado é ingenuidade demais.
O que ocorre é o contrário. Ao perceber a fraqueza, a fragilidade política da presidente a mídia – braço do complexo de banqueiros, corporações e latifúndio – deita e rola. Cada semana um alvo/ministro num governo sem rumo ou mudando de rumo e mergulhando num abismo que as consequências, certamente, serão adversas.
A ira furibunda de setores do PT ao exigir respeito pelo partido se perde no desrespeito à história de lutas e a razão de ser do PT. Foi para o brejo, é um PSDB com alguns matizes diferentes do original.
A doença de “consultorias” tomou conta do partido, a burocracia (que não anda, que emperra e se torna pelega) mostra-se um veneno letal em comparação ao que se viu, por exemplo, nas eleições de 1989.
Por mais otimistas que sejam os discursos de Dilma em relação à crise que afeta países/colônias da Comunidade Europeia. Por mais que o cinismo e a arrogância de Barack Obama vá se manifestar neste ano por conta da disputa presidencial em seu país. Ou por mais grave que seja a crise nos EUA – reprimida pela Polícia com requintes de estado autoritário –, as nuvens que pairam sobre o Brasil, que resultam dos equívocos da presidente, da tucanização do PT, viva agora na privatização dos aeroportos e sabe-se o que vem pela frente, a soma dessas parcelas vai resultar num total difícil de digerir, vai exibir as contradições do chamado mundo institucional e a isso se adiciona o desmanche do Poder Judiciário e o descrédito do Poder Legislativo.
E não será, evidente, porque Miriam Leitão ou William Waack acham isso na pregação diária que juntam à alienação/alienante ao jornal das seis, das sete, de que hora for dos noticiários dirigidos à classe média (que não entende nada de bolsa de valores, mas escuta e vê atentamente o que a moça da vez fala), não será por essas razões que o governo vai se desmanchar e de repente o Brasil inteiro, numa espécie de acender de lâmpada, entenderá que não mudou nada de nada e que continuamos imersos em berço esplêndido a reboque de interesses que nada têm a ver com o tal projeto Brasil que Lula falava.
Estamos na era da Privataria Petista.
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