"Esperança esperante" é uma expressão só possível a
alguém como Jean Paul Sartre, sabendo que lhe restava pouco tempo de vida. Uma
forma sábia e mineira de preparar-se para o outro lado tentando justificar esse
lado e dando sentido a tudo que escreveu e falou.
Entender Fellini. Woddy Allen fez isso com precisão matemática. Juntou óleo e água. Como se fosse possível comer uma pizza napolitana em New York sem um saquinho ou muitos de catchup. Crítica feroz de Marlene Dietrich - "os americanos têm essa mania de colocar catchup em tudo. Aí não é comida, é catchup".
A despeito de ter dito isso em pleno período de fúria do senador Joe McCarty não foi expulsa e nem presa. Suas pernas eram consideradas as mais belas do mundo e isso pesou na hora do FBI optar entre o catchup e Dietrich.
À falta de consenso sobre isso, Cyd Charisse disputava o título, ficou o dito pelo não dito.
Pode até não parecer importante esse negócio de perna, mas Marta Rocha deixou de ser miss universo por uma diferença de duas polegadas em suas coxas, em relação à norte-americana, acho que Miriam Stevenson, não tenho mais tanta certeza.
À época além de uma enxurrada de opiniões de especialistas eivados de patriotismo, as revistas e jornais manifestaram veemente protesto pelo que hoje seria chamado de preconceito.
Preconceito de coxa? Sei lá.
Existem coisas ou fatos que não se explicam. Ou que é melhor. Deixar para lá.
Jânio Quadros, por exemplo. Fez lambanças a torto e a direito (à direita então nem se fala) e no meio do caminho disparou - "fi-lo porque qui-lo". E ainda envolveu Afonso Arinos numa parceria. Obra sobre a gramática da língua portuguesa.
É algo inexplicável, a antiga UDN. Sarney é sobrevivente do partido e integrava um grupo chamado "bossa nova" que tinha posições "mais à esquerda". No dia 31 de março de 1964 lançou um manifesto em defesa da legalidade do alto de seu feudo, o Maranhão e à tarde proclamou-se "revolucionário".
Mas nem tudo é imperfeito. Jânio derrotou FHC nas eleições para prefeito da capital paulista em 1985. O esforço do IBOPE e da GLOBO para a eleição de Fernando Henrique não valeram nada. No dia seguinte, pela manhã, sozinho, o ex-presidente e então prefeito eleito, saiu de sua casa e foi a um supermercado comprar uma escova de dentes. Alegou que estava precisando. Nem sei se derrotar FHC foi algo como perfeição. De repente o ex-presidente nem teria sido.
Creio, até hoje, que Jânio tinha como modelo o ator norte-americano Groucho Marx. "Não entro em clube que me aceita como sócio". Existem quilômetros de diferenças entre o brasileiro e o Marx. Jânio era histriônico e Groucho um sujeito notável em todos os sentidos.
O grande medo de Janis Joplin era ser descoberta como "fraude". Tinha pânico que as pessoas descobrissem que não sabia "cantar" e de repente tudo ruísse.
Eram olhos faiscantes.
Faiscavam um brilho único do seu grande medo e isso só fez com que cantasse cada vez mais e melhor até que uma dor incompreensível da diferença entre cinco dólares por um hambúrguer e cinco milhões por um LP fez com que apagasse.
Woody Allen atribuiu o fato a outro fato. Joplin não tocava saxofone.
Mergulhava em piscinas vazias. Mas preenchia almas.
Entender Fellini. Woddy Allen fez isso com precisão matemática. Juntou óleo e água. Como se fosse possível comer uma pizza napolitana em New York sem um saquinho ou muitos de catchup. Crítica feroz de Marlene Dietrich - "os americanos têm essa mania de colocar catchup em tudo. Aí não é comida, é catchup".
A despeito de ter dito isso em pleno período de fúria do senador Joe McCarty não foi expulsa e nem presa. Suas pernas eram consideradas as mais belas do mundo e isso pesou na hora do FBI optar entre o catchup e Dietrich.
À falta de consenso sobre isso, Cyd Charisse disputava o título, ficou o dito pelo não dito.
Pode até não parecer importante esse negócio de perna, mas Marta Rocha deixou de ser miss universo por uma diferença de duas polegadas em suas coxas, em relação à norte-americana, acho que Miriam Stevenson, não tenho mais tanta certeza.
À época além de uma enxurrada de opiniões de especialistas eivados de patriotismo, as revistas e jornais manifestaram veemente protesto pelo que hoje seria chamado de preconceito.
Preconceito de coxa? Sei lá.
Existem coisas ou fatos que não se explicam. Ou que é melhor. Deixar para lá.
Jânio Quadros, por exemplo. Fez lambanças a torto e a direito (à direita então nem se fala) e no meio do caminho disparou - "fi-lo porque qui-lo". E ainda envolveu Afonso Arinos numa parceria. Obra sobre a gramática da língua portuguesa.
É algo inexplicável, a antiga UDN. Sarney é sobrevivente do partido e integrava um grupo chamado "bossa nova" que tinha posições "mais à esquerda". No dia 31 de março de 1964 lançou um manifesto em defesa da legalidade do alto de seu feudo, o Maranhão e à tarde proclamou-se "revolucionário".
Mas nem tudo é imperfeito. Jânio derrotou FHC nas eleições para prefeito da capital paulista em 1985. O esforço do IBOPE e da GLOBO para a eleição de Fernando Henrique não valeram nada. No dia seguinte, pela manhã, sozinho, o ex-presidente e então prefeito eleito, saiu de sua casa e foi a um supermercado comprar uma escova de dentes. Alegou que estava precisando. Nem sei se derrotar FHC foi algo como perfeição. De repente o ex-presidente nem teria sido.
Creio, até hoje, que Jânio tinha como modelo o ator norte-americano Groucho Marx. "Não entro em clube que me aceita como sócio". Existem quilômetros de diferenças entre o brasileiro e o Marx. Jânio era histriônico e Groucho um sujeito notável em todos os sentidos.
O grande medo de Janis Joplin era ser descoberta como "fraude". Tinha pânico que as pessoas descobrissem que não sabia "cantar" e de repente tudo ruísse.
Eram olhos faiscantes.
Faiscavam um brilho único do seu grande medo e isso só fez com que cantasse cada vez mais e melhor até que uma dor incompreensível da diferença entre cinco dólares por um hambúrguer e cinco milhões por um LP fez com que apagasse.
Woody Allen atribuiu o fato a outro fato. Joplin não tocava saxofone.
Mergulhava em piscinas vazias. Mas preenchia almas.
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