Uma vez perguntaram a Al Capone (controlava jornalistas, congressistas,
juízes, policiais) como ele convivia com a monteira de corpos dos seus
inimigos em cada refrega por disputa dos “negócios.”
A resposta de Capone, que era um tipo arrogante, algo assim como novo rico,
tucano, foi direta – “isso é o de menos, morre gente todo dia, não há nada
pessoal, são só negócios. Tinha até estima por alguns dos meus desafetos.”
E o arremate. “Não me choco, a gente se acostuma, sabe que é a luta pela
sobrevivência, igual a qualquer empresa em qualquer lugar do país.”
Porcos se acostumam a viver em seu ambiente. Tucanos e DEMocratas não têm
esse tipo de preocupação, são como Capone.
No dia imediato à tentativa de golpe contra Chávez, abril de 2002,
jornalistas das maiores redes privadas da Venezuela foram comemorar a
notícia falsa que de comum acordo com os outros grupos golpistas havia
desfechado a fracassada investida.
Riram de sua mentira, brindaram sua mentira.
Fizeram tudo certinho, só se esqueceram de combinar com o povo. Está tudo
documentado em “A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TRAÍDA”. Dois dias após a posse do
“presidente” golpista Pedro Carmona se viram diante de um dilema. Ou matavam
milhões de pessoas que estavam nas ruas pedindo a volta de Chávez e
transformavam a Venezuela num deserto particular, para eles, ou saiam,
fugiam, pois lhes faltava a sustentação básica, a popular.
Fugiram.
Diogo Mainardi é um jornalista da revista VEJA. Disparou acusações durante
os últimos anos contra figuras do governo Lula. Seus artigos eram citados e
apontados como exemplo de coragem, de jornalismo independente (pelos que
vivem com os porcos, que me perdoem os porcos).
A cada golfada de vômito de Mainardi em cada edição da revista VEJA os
atacados iam, como acontece no processo democrático, exigir na Justiça a
prova do que estava sendo afirmado, denunciado.
Mainardi está na Itália, tem dupla nacionalidade. Não conseguiu provar coisa
alguma e fez um acordo com VEJA, a revista que abrigava suas denúncias
falsas, forjadas e montadas em função de contratos assinados com o governo
de José Arruda Serra (as revistas da ABRIL, sem concorrência, eram
distribuídas nas escolas, são aliás, de São Paulo, em contrato milionário).
Fugiu para evitar ser condenado diante de todos processos e VEJA, num acordo
com o jornalista, que continua a escrever, paga as indenizações às vítimas
das mentiras de Mainardi. Na Itália Mainardi escapa da prisão.
VEJA não é única. O sistema GLOBO é um câncer na comunicação. FOLHA DE SÃO
PAULO idem. ESTADO DE SÃO PAULO ibidem. A mídia privada vive com os porcos
no Brasil (mais uma vez que me perdoem os porcos).
Quando o delegado Protógenes Queiroz prendeu o doublê de banqueiro/tucano e
assaltante de cofres públicos Daniel Dantas o ministro do STF – SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – Gilmar Mendes (que emprega o jornalista Eraldo não sei
das quantas em uma arapuca que mantém sustentada com dinheiro público e de
incautos e emprega para calar a boca do jornalista e cala) concedeu em tempo
recorde dois habeas corpus a Dantas.
Gilmar e Dantas foram companheiros no governo de FHC. Um garantindo a parte
jurídica das maracutaias e outro na turma da privatização.
Essa gente chama liberdade de expressão o direito de inventar, injuriar,
forjar e concentra em suas mãos, poucas “famiglias”, o poder de tentar
iludir os brasileiros com suas “verdades” montadas nas agências de
propaganda, nas grandes empresas, em Washington e Wall Street.
O Brasil é apenas um objetivo num contexto global que os donos do mundo
consideram essencial. José Arruda Serra é o capataz designado para cumprir
essa tarefa.
No caso dos habeas corpus concedidos a Daniel Dantas, na semana seguinte, a
revista VEJA surgiu com uma misteriosa suspeita que o gabinete do ministro
presidente do STF estivesse sendo alvo de escuta e uma conversa entre Gilmar
e o senador Heráclito Fontes (ficha suja) foi apresentada como prova.
VEJA nem toca no assunto mais, era a mentira para ajudar salvar Dantas e
Gilmar, a gravação era uma farsa, foi montada nos laboratórios/chiqueiros
desse jornalismo fétido da mídia privada.
Protógenes e o juiz De Sanctis viraram réus por combater a bandidagem.
As denúncias feitas na última edição de VEJA cumprem esse papel. Tentar
evitar a todo custo que Dilma Roussef vença as eleições no primeiro turno e
jogar a decisão para o segundo, na tentativa de obter o controle do Brasil.
São mentirosas, são falsas e foram orquestradas, como serão várias até o dia
das eleições, no esquema FIESP/DASLU.
O jornalista Luís Nassif, ele mesmo alvo de vários processos por ter
denunciado esse jornalismo podre dessas quadrilhas, tocou num ponto chave
nesse tipo de matéria. O do repórter, de quem assina as denúncias.
Nassif revela uma conversa com um amigo jornalista que lembrou a ele que um
direito nunca foi tirado dos repórteres. O de dizer não. “Se não concorda
com o teor da edição, se acredita que a matéria foi mutilada, pode dizer
não. A matéria sai sem assinatura e o repórter se preserva. A matéria da
VEJA tem a assinatura do repórter Diego Escostegui. Para o bem (caso esteja
certo) ou para o mal (caso tenha manipulado informações), marcará o nome
desse repórter para sempre”.
O empresário Fábio Bacarat, um dos alvos da denúncia, em nota oficial
desmentiu todo o teor da reportagem de capa de VEJA.
A ministra Erenice Guerra, chefe do Gabinete Civil, em nota desmente todas
as afirmações de VEJA e vai mais além, afirma que foi procurada pelo
repórter (que disse sim a se prestar ao papel de pústula, aquele sujeito que
faz tudo pelo chefe, cai de quatro sem problema) e todas as suas declarações
foram ignoradas ou manipuladas.
O JORNAL NACIONAL, não poderia deixar de ser, a coisa é orquestrada, cada
hora entra um instrumento, deu ênfase às “denúncias” e cumpriu seu papel
nessa história de tentar eleger José Arruda Serra a todo custo.
Vamos ter tentativas semelhantes de golpe através da mentira até o dia das
eleições.
Pode parecer repetitivo, mas é preciso lembrar que a GLOBO deixou de
anunciar o fato jornalístico mais importante do dia, em 2006, ante véspera
da eleição, a queda do avião da GOL, para não prejudicar o impacto de um
dossiê falso que iria jogar no ar tentando levar as eleições para o segundo
turno e viabilizar condições para um tucano vencer, no caso Geraldo
Alckimin. As concorrentes, todas, já haviam divulgado o acidente.
E outras tantas, é prática corriqueira da GLOBO, de VEJA, da FOLHA DE SÃO
PAULO, do ESTADO DE SÃO PAULO, da RBS (não noticia quando o filho do diretor
estupra, aí fica em silêncio) esse tipo de jornalismo marrom, podre.
É por isso que William Bonner afirma que o telespectador do JORNAL NACIONAL
“é como Homer Simpson”, rotulando-o de idiota. É a maneira como ele enxerga
o cidadão que assiste ao filme diário travestido de JORNAL DA MENTIRA.
A ética desse tipo de gente é a dos que pagam por esse amontoado de farsas.
Não tem a menor idéia do que seja dignidade profissional. Só de quanto está
no contracheque e na conta bancária.
São canalhas plenos, absolutos. Tinham como lembrou o amigo citado por
Nassif, o direito de dizer não. Ou seja, de manifestar princípios de
dignidade e caráter. Fala mais alto o dinheiro, vence a capacidade de serem
camaleões dos patrões, bonecos ventríloquos.
O Brasil é vital para os interesses dos que tocam o mundo a seu bel prazer,
em função de seus interesses, certamente, não são os interesses dos
brasileiros.
José Arruda Serra não apresentou uma única proposta de governo, só calúnias,
acusações e choro.
Tem dito com freqüência que essa mania de compará-lo com FHC, seu
inspirador, é um erro, pois não estamos falando de passado, mas de futuro.
É claro. Só que é preciso olhar para o passado, o governo corrupto e podre
que foi o de FHC, para não incorrermos no mesmo erro. Do contrário não
teremos futuro. Ele vende tudo. PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, o que estiver no
“estoque” do item patrimônio público. E como FHC e seus apaniguados embolsam
polpudas propinas.
O que VEJA mostra, como o JORNAL NACIONAL, é o desespero dos que estão
perdendo a perspectiva de continuar a crescer em cima do dinheiro público,
aquele pago e gerado pelo trabalho de milhões de brasileiros.
A mídia privada vive entre os porcos (que me perdoem os porcos, não têm
culpa disso).
O que tentam é um golpe. Para eles pouco importa o Brasil e os brasileiros.
A corrupção e a venalidade, a subserviência é intrínseca a eles.
Já nascem com esse imprimatur. De seres repugnantes.
O desafio de uma comunicação calcada na ética da verdade, sem distorções,
não importa o direito de opinião, é líquido e certo, ninguém precisa ser a
favor disso ou daquilo que não seja o ditame de sua consciência, de seu
saber, mas é necessário que esses estejam assentados sobre pilares de
dignidade. É um desafio que precisa ser objeto de amplo debate popular.
Não é o caso de VEJA, nem da GLOBO, ou da FOLHA DE SÃO PAULO, da RBS, da
mídia privada como um todo.
A sujeira é parte deles, se acostumaram, como Al Capone.
Que tal exibir a verdadeira história da quebra de sigilos fiscais e mostrar
o papel de Verônica Serra, a filha do bandido, nos “negócios”? Ou a origem
real da história que virar livro e contar quem de fato é José Arruda Serra e
os interesses que representa?
Não fazem, estão no bolso dos donos.
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