Uma mulher de 46 anos, cidadã holandesa mas com família no Irã, foi executada neste sábado por enforcamento, depois de ser considerada culpada por tráfico de drogas, segundo autoridades iranianas.
Zahra Bahrami ficou presa durante um ano, depois de participar de um protesto contra o governo iraniano em 2009, durante uma visita à sua família.
De acordo com a promotoria de Teerã, durante uma busca em sua casa, as autoridades encontraram 450 gramas de cocaína e 420 gramas de ópio.
A promotoria acrescentou que Bahrami era integrante de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que traficava cocaína para o Irã usando ligações com holandeses.
A execução de Bahrami na manhã deste sábado eleva o número de execuções registradas este ano no Irã para 66, de acordo com informações da imprensa.
Autoridades da Holanda afirmaram que estão extremamente preocupadas com o caso de Bahrami.
Choque
As autoridades holandesas afirmaram que não tiveram acesso a Bahrami, pois o governo do Irã não reconhece a dupla cidadania.
Um porta-voz do Ministério do Exterior holandês afirmou que ainda não pode confirmar a morte de Bahrami, pois ainda não recebeu informações das autoridades iranianas.
O advogado de Bahrami, Jinoos Sharif, disse ao grupo de defesa dos direitos humanos de Nova York, International Campaign for Human Rights in Iran, que ficou chocado com a execução.
“Estou perplexo pela forma que a sentença da minha cliente foi dada enquanto as acusações de segurança ainda não tinham sido analisadas”, afirmou.
A filha de Bahrami disse ao grupo ativista de Nova York que as acusações contra sua mãe foram fabricadas.
“Ela nem mesmo fuma cigarros… Como pode alguém que participa de manifestações (depois) das eleições (que reelegeram o presidente Mahmoud Ahmadinejad) e coloca a vida em risco, participar de ações como estas, contra o próprio país?”, afirmou Banafsheh Nayebpour.
domingo, 30 de janeiro de 2011
[Carta O BERRO] Brevíssima história de 40 anos de políticas neoliberais - Vanderley-Revista
Brevíssima história de 40 anos de políticas neoliberais
Por Marshall Auerback - de Washington
It's a new deal
Um assíduo leitor de New Deal 2.0 faz uma aguda questão:
“Há uma questão que nunca consigo responder. Muitos especialistas dizem que a ideologia neoliberal iniciou nos anos 80 com Reagan, Thatcher e a Escola de Chicago. Mas sigo sem entender o que tornou possível esse giro na economia política. Que elementos, que novas forças nos anos 80 podem explicar essa mudança ideológica e as desigualdades que a seguiram?”
Todos esses temas são muito dignos de exploração e eu, quero dizer desde logo, não posso fazer justiça a eles com uma resposta de duas linhas. É melhor recomendar o soberbo livro de Yves Smith, Econned. O livro proporciona uma excelente explicação histórica do modo como algumas teorias infundadas, mas amplamente aceitas, levaram à execução de políticas que geraram o atual estado de coisas. Também ilumina a capacidade dessas filosofias para ressuscitar mesmo quando se acumulam provas conclusivas contra elas. Documenta não só a crescente degradação dos economistas profissionais neoclássicos (e sua concomitante tendência a reduzir a soma da experiência humana a uma série de equações matemáticas), mas também a maneira pela qual fundações muito bem financiadas subvencionaram universidades e think tanks que, por sua vez, legitimaram e validaram essas filosofias charlatanescas.
A ideia de que governos democraticamente eleitos devem servir-se de políticas fiscais discricionárias para contraestabilizar as flutuações do ciclo do gasto público chegou a ser visto como algo muito próximo ao socialismo. Os poderes que tomam decisões políticas foram postos gradualmente nas mãos de um corpo de tecnocratas neoliberais que pontificavam sobre as limitações dos governos e reforçavam as posições fiscalmente pró-cíclicas, ou seja: reforçavam a contração discricionária quando os estabilizadores automáticos levavam a grandes déficits orçamentários como resultado da frágil demanda não-pública.
Essa mudança em nossas políticas públicas foi acompanhada por um processo de tomada de controle dos juristas em uma longa marcha através do poder Judiciário. Foi um esforço patrocinado pelas grandes empresas, centrado exclusivamente no tema da desregulação, e culminou com um esforço titânico para revogar as reformas do New Deal, limitar o poder dos sindicatos e do próprio governo (salvo em matéria de Defesa, cabe assinalar, que organizou seu próprio e formidável exército de lobistas).
Responder a questão colocada por nosso leitor passa por reconhecer que este foi um processo que durou décadas e que veio acompanhado de enormes somas de dinheiro e de vasto exército de forças empresariais, jurídicas e políticas, empenhado em frustrar qualquer alternativa progressista. O processo inteiro ocorreu em um período de aproximadamente 40 anos. Flexibilização da regulação e da supervisão; uma crescente desigualdade que levou às famílias a se endividar para manter o nível de gasto; cobiça e exuberância irracional e liquidez global excessiva: todos esses são sintomas do mesmo problema.
Mas como tudo começou? A análise que o grande economista Hyman Minsky realizou no final de sua vida é particularmente potente, porque permite ver essas mudanças a partir de uma vasta perspectiva histórica. Minsky chamou a situação de saída da II Guerra Mundial de “capitalismo paternalista”. Ela se caracterizava por um “enorme Tesouro público” (cujo custo equivalia a 5% do PIB) dotado de um orçamento que oscilava contraciclicamente a fim de estabilizar a renda, o emprego e os fluxos de lucros; um Banco Central ao estilo de um “enorme banco” que mantinha baixas as taxas de juros e intervinha como emprestador último de recursos; uma ampla variedade de garantias estatais (seguro de depósitos, respaldo público implícito ao grosso das hipotecas); programas de bem estar social (Seguridade Social, ajuda às famílias com filhos dependentes, ajuda médica); estreita supervisão e regulação das instituições financeiras; e um leque de programas públicos para promover a melhoria da renda e a igualdade de riqueza (tributação progressiva, leis de salário mínimo, proteção para o trabalho sindicalmente organizado, maior acesso à educação e à habitação para pessoas de baixa renda).
Além disso, o Estado jogava um papel importante em matéria de financiamento e refinanciamento (por exemplo, a corporação pública para financiar a reforma de imóveis e a corporação pública para o crédito destinado à compra de imóveis) e na criação de um mercado hipotecário moderno para a compra de imóveis (baseado em um empréstimo de tipo fixo amortizável em 30 anos), sustentado por empresas patrocinadas pelo Estado. Minsky reconheceu papel desempenhado pela Grande Depressão e pela II Guerra Mundial na criação de bases para a estabilidade financeira. Nas palavras de Randy Wray:
“A Depressão pulverizou e expulsou o grosso dos ativos e passivos financeiros: isso permitiu às empresas e às famílias saírem com pouca dívida privada. O ciclópico gasto público durante a II Guerra Mundial criou poupança e lucro no setor privado, enchendo os livros de contabilidade com dívida saneada do Tesouro (60% do PIB, imediatamente depois da II Guerra). A criação de uma classe média, assim como o baby boom, mantiveram alta a demanda de consumo e alimentaram um rápido crescimento do gasto público dos estados federados e dos municípios em infraestrutura e em serviços públicos demandados pelos consumidores metropolitanos.
A elevada demanda dos entes públicos e dos consumidores trouxe por sua vez consigo a possibilidade de se cobrir o grosso das necessidades das empresas para financiar o gasto interno, incluindo os investimentos. Assim, durante as primeiras décadas que se seguiram à Segunda Guerra, o capital financeiro desempenhou um papel muito menor. A lembrança da Grande Depressão gerou relutância em relação ao endividamento. Os sindicatos pressionavam e, frequentemente, obtinham mais e mais compensações, o que permitiu o crescimento dos níveis de vida, financiados em sua maior parte somente com a renda dos trabalhadores.”
Na década de 1970 tudo isso começou a mudar, como é bem explicado em Econned. O gasto público começou a crescer mais lentamente que o PIB; os salários ajustados à inflação se estancaram a medida que os sindicatos perdiam poder; a desigualdade começou a crescer e as taxas de pobreza deixaram de cair; as taxas de desemprego dispararam; e o crescimento econômico começou a desacelerar.
Nos anos 70 assistimos também aos primeiros esforços sustentados para fugir das restrições impostas pelo New Deal, a medida que as finanças respondiam para aproveitar as oportunidades. Com o desastroso experimento monetarista de Volcker (1979-82), muitos dos velhos vestígios do sistema bancário estabelecido pelo New Deal foram arrasados.
O rito de inovações se acelerou a medida que foram se adotando muitas práticas financeiras novas para proteger as instituições do risco da taxa de juros. A despeito de todas as apologias feitas sobre os anos de Volcker a frente da Federal Reserve, o certo é que suas políticas de juros altos assentaram as bases do atual sistema financeiro baseado no mercado, incluídas a titulação hipotecária, a inovação financeira na forma de derivativos para cobrir o risco das taxas de juros, assim como muitos dos veículos financeiros “extra contábeis” que proliferaram nas duas últimas décadas. Legislou-se para criar um tratamento fiscal muito mais favorável aos juros, o que, por sua vez, estimulou as compras alavancadas para substituir ativos por dívida (como a tomada de controle empresarial financiada com dívida que seria servida pelos futuros fluxos de receita da empresa assim controlada).
Os excedentes orçamentários dos anos Clinton – outro exemplo de ascendência de uma filosofia neoliberal que fugiu da política tributária e determinou a primazia da política monetária – restringiram a demanda agregada, encolheram as receitas e criaram uma maior dependência da dívida privada como meio de sustentar o crescimento e as receitas. Esse foi claramente facilitado por inovações que ampliaram o acesso ao crédito e mudaram os critérios das empresas e dos lares para definir o nível de endividamento prudente. O consumo conduzia o timão e a economia voltou finalmente aos rendimentos dos anos 60. Regressou o crescimento robusto, agora alimentado pelo déficit do gasto privado, não pelo crescimento do gasto público e da receita privada. Tudo isso levou ao que Minsky chamou de capitalismo dos gestores do dinheiro.
Esse é o contexto histórico básico que veio se desenvolvendo nos últimos 40 anos. E essa é, provavelmente, uma resposta que vai mais além do que nosso amável leitor queria, mas sua questão não é daquelas que possa ser respondida laconicamente.
Marshall Auerback é analista econômico, pesquisador do Roosevelt Institute, colaborador da New Economic Perspectives e da NewDeal 2.0.
Tradução para SinPermiso: Casiopea Altisench
Tradução para Carta Maior: Katarina Peixoto
Enviado pelo Correio da Cidadania
Por Marshall Auerback - de Washington
It's a new deal
Um assíduo leitor de New Deal 2.0 faz uma aguda questão:
“Há uma questão que nunca consigo responder. Muitos especialistas dizem que a ideologia neoliberal iniciou nos anos 80 com Reagan, Thatcher e a Escola de Chicago. Mas sigo sem entender o que tornou possível esse giro na economia política. Que elementos, que novas forças nos anos 80 podem explicar essa mudança ideológica e as desigualdades que a seguiram?”
Todos esses temas são muito dignos de exploração e eu, quero dizer desde logo, não posso fazer justiça a eles com uma resposta de duas linhas. É melhor recomendar o soberbo livro de Yves Smith, Econned. O livro proporciona uma excelente explicação histórica do modo como algumas teorias infundadas, mas amplamente aceitas, levaram à execução de políticas que geraram o atual estado de coisas. Também ilumina a capacidade dessas filosofias para ressuscitar mesmo quando se acumulam provas conclusivas contra elas. Documenta não só a crescente degradação dos economistas profissionais neoclássicos (e sua concomitante tendência a reduzir a soma da experiência humana a uma série de equações matemáticas), mas também a maneira pela qual fundações muito bem financiadas subvencionaram universidades e think tanks que, por sua vez, legitimaram e validaram essas filosofias charlatanescas.
A ideia de que governos democraticamente eleitos devem servir-se de políticas fiscais discricionárias para contraestabilizar as flutuações do ciclo do gasto público chegou a ser visto como algo muito próximo ao socialismo. Os poderes que tomam decisões políticas foram postos gradualmente nas mãos de um corpo de tecnocratas neoliberais que pontificavam sobre as limitações dos governos e reforçavam as posições fiscalmente pró-cíclicas, ou seja: reforçavam a contração discricionária quando os estabilizadores automáticos levavam a grandes déficits orçamentários como resultado da frágil demanda não-pública.
Essa mudança em nossas políticas públicas foi acompanhada por um processo de tomada de controle dos juristas em uma longa marcha através do poder Judiciário. Foi um esforço patrocinado pelas grandes empresas, centrado exclusivamente no tema da desregulação, e culminou com um esforço titânico para revogar as reformas do New Deal, limitar o poder dos sindicatos e do próprio governo (salvo em matéria de Defesa, cabe assinalar, que organizou seu próprio e formidável exército de lobistas).
Responder a questão colocada por nosso leitor passa por reconhecer que este foi um processo que durou décadas e que veio acompanhado de enormes somas de dinheiro e de vasto exército de forças empresariais, jurídicas e políticas, empenhado em frustrar qualquer alternativa progressista. O processo inteiro ocorreu em um período de aproximadamente 40 anos. Flexibilização da regulação e da supervisão; uma crescente desigualdade que levou às famílias a se endividar para manter o nível de gasto; cobiça e exuberância irracional e liquidez global excessiva: todos esses são sintomas do mesmo problema.
Mas como tudo começou? A análise que o grande economista Hyman Minsky realizou no final de sua vida é particularmente potente, porque permite ver essas mudanças a partir de uma vasta perspectiva histórica. Minsky chamou a situação de saída da II Guerra Mundial de “capitalismo paternalista”. Ela se caracterizava por um “enorme Tesouro público” (cujo custo equivalia a 5% do PIB) dotado de um orçamento que oscilava contraciclicamente a fim de estabilizar a renda, o emprego e os fluxos de lucros; um Banco Central ao estilo de um “enorme banco” que mantinha baixas as taxas de juros e intervinha como emprestador último de recursos; uma ampla variedade de garantias estatais (seguro de depósitos, respaldo público implícito ao grosso das hipotecas); programas de bem estar social (Seguridade Social, ajuda às famílias com filhos dependentes, ajuda médica); estreita supervisão e regulação das instituições financeiras; e um leque de programas públicos para promover a melhoria da renda e a igualdade de riqueza (tributação progressiva, leis de salário mínimo, proteção para o trabalho sindicalmente organizado, maior acesso à educação e à habitação para pessoas de baixa renda).
Além disso, o Estado jogava um papel importante em matéria de financiamento e refinanciamento (por exemplo, a corporação pública para financiar a reforma de imóveis e a corporação pública para o crédito destinado à compra de imóveis) e na criação de um mercado hipotecário moderno para a compra de imóveis (baseado em um empréstimo de tipo fixo amortizável em 30 anos), sustentado por empresas patrocinadas pelo Estado. Minsky reconheceu papel desempenhado pela Grande Depressão e pela II Guerra Mundial na criação de bases para a estabilidade financeira. Nas palavras de Randy Wray:
“A Depressão pulverizou e expulsou o grosso dos ativos e passivos financeiros: isso permitiu às empresas e às famílias saírem com pouca dívida privada. O ciclópico gasto público durante a II Guerra Mundial criou poupança e lucro no setor privado, enchendo os livros de contabilidade com dívida saneada do Tesouro (60% do PIB, imediatamente depois da II Guerra). A criação de uma classe média, assim como o baby boom, mantiveram alta a demanda de consumo e alimentaram um rápido crescimento do gasto público dos estados federados e dos municípios em infraestrutura e em serviços públicos demandados pelos consumidores metropolitanos.
A elevada demanda dos entes públicos e dos consumidores trouxe por sua vez consigo a possibilidade de se cobrir o grosso das necessidades das empresas para financiar o gasto interno, incluindo os investimentos. Assim, durante as primeiras décadas que se seguiram à Segunda Guerra, o capital financeiro desempenhou um papel muito menor. A lembrança da Grande Depressão gerou relutância em relação ao endividamento. Os sindicatos pressionavam e, frequentemente, obtinham mais e mais compensações, o que permitiu o crescimento dos níveis de vida, financiados em sua maior parte somente com a renda dos trabalhadores.”
Na década de 1970 tudo isso começou a mudar, como é bem explicado em Econned. O gasto público começou a crescer mais lentamente que o PIB; os salários ajustados à inflação se estancaram a medida que os sindicatos perdiam poder; a desigualdade começou a crescer e as taxas de pobreza deixaram de cair; as taxas de desemprego dispararam; e o crescimento econômico começou a desacelerar.
Nos anos 70 assistimos também aos primeiros esforços sustentados para fugir das restrições impostas pelo New Deal, a medida que as finanças respondiam para aproveitar as oportunidades. Com o desastroso experimento monetarista de Volcker (1979-82), muitos dos velhos vestígios do sistema bancário estabelecido pelo New Deal foram arrasados.
O rito de inovações se acelerou a medida que foram se adotando muitas práticas financeiras novas para proteger as instituições do risco da taxa de juros. A despeito de todas as apologias feitas sobre os anos de Volcker a frente da Federal Reserve, o certo é que suas políticas de juros altos assentaram as bases do atual sistema financeiro baseado no mercado, incluídas a titulação hipotecária, a inovação financeira na forma de derivativos para cobrir o risco das taxas de juros, assim como muitos dos veículos financeiros “extra contábeis” que proliferaram nas duas últimas décadas. Legislou-se para criar um tratamento fiscal muito mais favorável aos juros, o que, por sua vez, estimulou as compras alavancadas para substituir ativos por dívida (como a tomada de controle empresarial financiada com dívida que seria servida pelos futuros fluxos de receita da empresa assim controlada).
Os excedentes orçamentários dos anos Clinton – outro exemplo de ascendência de uma filosofia neoliberal que fugiu da política tributária e determinou a primazia da política monetária – restringiram a demanda agregada, encolheram as receitas e criaram uma maior dependência da dívida privada como meio de sustentar o crescimento e as receitas. Esse foi claramente facilitado por inovações que ampliaram o acesso ao crédito e mudaram os critérios das empresas e dos lares para definir o nível de endividamento prudente. O consumo conduzia o timão e a economia voltou finalmente aos rendimentos dos anos 60. Regressou o crescimento robusto, agora alimentado pelo déficit do gasto privado, não pelo crescimento do gasto público e da receita privada. Tudo isso levou ao que Minsky chamou de capitalismo dos gestores do dinheiro.
Esse é o contexto histórico básico que veio se desenvolvendo nos últimos 40 anos. E essa é, provavelmente, uma resposta que vai mais além do que nosso amável leitor queria, mas sua questão não é daquelas que possa ser respondida laconicamente.
Marshall Auerback é analista econômico, pesquisador do Roosevelt Institute, colaborador da New Economic Perspectives e da NewDeal 2.0.
Tradução para SinPermiso: Casiopea Altisench
Tradução para Carta Maior: Katarina Peixoto
Enviado pelo Correio da Cidadania
[Carta O BERRO] A história não se julga nos tribunais, ela ela á sempre matéria de historiadores. Uma carta de Cesare Battisti - Vanderley-Revista
Uma carta de Cesare Battisti: serA história não se julga nos tribunais, ela á sempre matéria de historiadores
Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti. Por Cesare Battisti
Caros companheiros(as), há meia hora, nesta terça, antes da visita dos companheiros decidi escrever um recado para todos vocês que participam dessa luta em meu favor. Resultado: pouco tempo para escrever algo vigoroso; cabeça cheia de insultos grifados de uma cela a outra; e o espírito fica longe: palavras que não se deixam prender e, enfim, o recado é para já.
Tem-se dito e escrito tanto sobre esse “Caso Battisti” que já não sei mais distinguir direitinho o eu do outro. Aquele Battisti surgido do nada e jogado pela mídia como pasto para gado. Mas essas são só palavras, vazias como as cabeças desses mercenários que costumam facilmente trocar a pistola com a caneta e até uma cadeira no Congresso. No entanto, os companheiros/as de luta, assim, todos/as aqueles que ainda sabem ler atrás da “notícia”, vocês sabem quem é quem, qual a minha história e também a manipulação descarada que está servindo a interesses políticos e pessoais, de carreira e de mercado: em 2004, depois de 14 anos de asilo, a França de Sarkozi me vendeu à Itália de Berlusconi em troca do trem-bala [comboio de grande velocidade] de Lyon-Turin. Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti.
Entre centenas de refugiados dos anos 70 que se encontram em vários países do mundo, não fui escolhido eu por acaso nem pela importância do papel de militante, mas pela imagem pública que eu tinha enquanto escritor, o que me dava o acesso à grande mídia para denunciar os crimes de Estado naquela época e os atuais…
Eis que de repente há tantas coisas por dizer que eu não sei mais me orientar! Pela rua, claro, só a rua vai me dirigir até vocês. Na rua comecei mil anos atrás e nela continuo; nela mesmo onde será praticamente impossível evitar-nos. E então falo, falo de homens e de mulheres, de companheiros(as), de sonhos e de Estados (esses também ficam no caminho, de ladinho). Falo sobre minha vida que não conheceu hinos, nem infância, mas que em troco tive o mundo todo para brincar com outra música que não essas fanfarras de botas.
Contudo, parece quase que estou falando como homem livre, não é? Porém, estou preso. Vai fazer quatro anos no próximo março. Ainda assim, essas cariátides da reação não conseguiram me pegar em tempo. Quase três anos se passaram (antes de eu ser preso), de rua a outra, nesse tempo conheci o país, cheirei o povo, me misturei a ele, ao ponto de quase esquecer o hálito fedorento dos cães de caça. Ainda estou preso, está certo, mas isso não me impede de sentir lá fora vossos corações batendo pela liberdade.
Talvez eu tinha que falar-lhes algo mais sobre esta perseguição sem fim, dar-lhes algumas dicas de como driblar a matilha. Mas acabei por pintar-lhes um abraço sincero e libertário. É o que conta.
Cesare Battisti, 18 de janeiro de 2011
Leia aqui para saber mais sobre o caso de Cesare Battisti.
Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti. Por Cesare Battisti
Caros companheiros(as), há meia hora, nesta terça, antes da visita dos companheiros decidi escrever um recado para todos vocês que participam dessa luta em meu favor. Resultado: pouco tempo para escrever algo vigoroso; cabeça cheia de insultos grifados de uma cela a outra; e o espírito fica longe: palavras que não se deixam prender e, enfim, o recado é para já.
Tem-se dito e escrito tanto sobre esse “Caso Battisti” que já não sei mais distinguir direitinho o eu do outro. Aquele Battisti surgido do nada e jogado pela mídia como pasto para gado. Mas essas são só palavras, vazias como as cabeças desses mercenários que costumam facilmente trocar a pistola com a caneta e até uma cadeira no Congresso. No entanto, os companheiros/as de luta, assim, todos/as aqueles que ainda sabem ler atrás da “notícia”, vocês sabem quem é quem, qual a minha história e também a manipulação descarada que está servindo a interesses políticos e pessoais, de carreira e de mercado: em 2004, depois de 14 anos de asilo, a França de Sarkozi me vendeu à Itália de Berlusconi em troca do trem-bala [comboio de grande velocidade] de Lyon-Turin. Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti.
Entre centenas de refugiados dos anos 70 que se encontram em vários países do mundo, não fui escolhido eu por acaso nem pela importância do papel de militante, mas pela imagem pública que eu tinha enquanto escritor, o que me dava o acesso à grande mídia para denunciar os crimes de Estado naquela época e os atuais…
Eis que de repente há tantas coisas por dizer que eu não sei mais me orientar! Pela rua, claro, só a rua vai me dirigir até vocês. Na rua comecei mil anos atrás e nela continuo; nela mesmo onde será praticamente impossível evitar-nos. E então falo, falo de homens e de mulheres, de companheiros(as), de sonhos e de Estados (esses também ficam no caminho, de ladinho). Falo sobre minha vida que não conheceu hinos, nem infância, mas que em troco tive o mundo todo para brincar com outra música que não essas fanfarras de botas.
Contudo, parece quase que estou falando como homem livre, não é? Porém, estou preso. Vai fazer quatro anos no próximo março. Ainda assim, essas cariátides da reação não conseguiram me pegar em tempo. Quase três anos se passaram (antes de eu ser preso), de rua a outra, nesse tempo conheci o país, cheirei o povo, me misturei a ele, ao ponto de quase esquecer o hálito fedorento dos cães de caça. Ainda estou preso, está certo, mas isso não me impede de sentir lá fora vossos corações batendo pela liberdade.
Talvez eu tinha que falar-lhes algo mais sobre esta perseguição sem fim, dar-lhes algumas dicas de como driblar a matilha. Mas acabei por pintar-lhes um abraço sincero e libertário. É o que conta.
Cesare Battisti, 18 de janeiro de 2011
Leia aqui para saber mais sobre o caso de Cesare Battisti.
[Carta O BERRO] BBB......por Luiz Fernando Verissímo. - Vanderley-Revista
Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB" ( LEIA COM ATENÇÃO, EM RESPEITO À SUA FAMÍLIA )
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE..
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça,
cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? HERÓIS ?
São esses nossos exemplos de HERÓIS ?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo,
o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia,
alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rio$$$$$ de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade
AMIGO
A LEI BRASILEIRA AUTORIZA ESSAS BESTIALIDADES, MAS O SEU LAR É INVIOLÁVEL DESLIGUE SUA TV NA HORA QUE ANUNCIAREM O PROGRAMA, E DESSA FORMA
A AUDIÊNCIA VAI CONTINUAR EM QUEDA LIVRE ( JÁ É A MENOR DE TODAS AS EDIÇÕES)
E OS PATROCINADORES TIRARÃO O PROGRAMA DO AR.
BRASIL...! Acima de tudo...!!!
CAI FORA DILMA – CHEGA DE CAIR DE QUATRO - Laerte Braga
Se o teor da carta divulgado pela mídia privada que a presidente Dilma Roussef enviou ao presidente italiano Giorgio Napolitano estiver correto, Lula e os eleitores de Dilma Roussef teremos sido vítimas do maior conta do vigário da história do Brasil, só comparável à renúncia de Jânio Quadros e ao curto período de Collor Globo de Mello.
A revista CARAS, em retribuição a serviços prestados, gastou quatro páginas com a mulher do embaixador da Itália no Brasil, aquele que freqüenta o gabinete do Gilmar Mendes pela porta dos fundos, para revelar que a dita cuja se considera mais brasileira que italiana.
Ela e o marido devem ter sido nomeados por serviços prestados ao governo Berlusconi.
Ao afirmar que a decisão depende do STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – a presidente está abrindo mão do seu direito constitucional de decidir ou não sobre a matéria, confirmado pelo próprio STF decisão anterior. A palavra final cabe ao presidente da República.
E o ex-presidente Lula já a tomou.
Dilma Roussef deve pegar a faixa e entregar a Cesar Peluso, ministro presidente do STF. Deve ir para casa. Mentiu e ludibriou milhões de brasileiros e ao próprio Lula que a fez candidata e presidente (faria um poste, logo Dilma e um zero à esquerda é a mesma coisa).
Confirmada a submissão da presidência da República ao STF e ao governo da colônia norte-americana que alguns insistem em chamar de Itália – o paraíso dos pedófilos sob a batuta de Sílvio Berlusconi – Dilma não tem o que fazer no governo do Brasil.
O fato divulgado pela mídia privada – venal, como qualquer William Waack da vida – que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo ao Brasil para reconsiderar o caso não levou em conta que 11% dos deputados compareceram a tal reunião e dentre eles todos os deputados italianos.
Os demais, 89%, decidiram não se pronunciar sobre o assunto.
Berlusconi e seus sicários (são escolhidos a dedo entre os cafetões italianos, até porque tem que ter perfil para sair em CARAS), querem Battisti cumprindo pena na antiga república dos césares (base militar norte-americana hoje e área de pedofilia a partir do primeiro-ministro) em golpe eleitoral, mentindo sobre o processo, o julgamento, todo o curso dessa história lastimável, na qual só falta à presidente do Brasil, ex-presa política, cair de quatro.
Já tem caído em tantos outros pontos que não será surpresa se cair neste também.
Toda aquela conversa de Brasil potência construída por Celso Amorim, Samuel Pinheiro Guimarães, vai por água abaixo. Mas também, com Moreira Franco, Antônio Patriota, esperar o que?
Dilma, sendo real o teor da carta, é um caso de estelionato eleitoral.
O cinismo elevado ao máximo, ao seu ponto culminante.
Como já foi notado por Alípio Freire, esse é um governo de técnicos e técnicos não têm nem compromisso com o Brasil, nem com ninguém. E tampouco consideram o ser humano como tal. Somos números, detalhes.
Num país que um senador – Heráclito Fortes (DEM) é informante da embaixada dos EUA, nada é surpreendente (fato revelado pelos documentos do WIKILEAKS).
Num governo que Moreira Franco põe as garras num Ministério de suma importância, nenhum cofre está seguro, nenhum sistema de segurança garante contra assaltos.
E se a presidente se mostra vacilante, capaz de ceder à chantagem do STF (CESAR PELUSO e GILMAR MENDES), é bobagem imaginar quer a coisa vá se resolver – os anseios do trabalhador brasileiro – pela via do chamado institucional.
Breve a revogação da lei áurea a julgar pelas políticas e mudanças anunciadas por Dilma.
O menos pior (Dilma em relação a Serra) está se mostrando igual.
Ou assume o governo e mostra que a fama de brava é algo mais que fama, ou só brabeza diante de subordinados e subserviência diante de superiores. Ou sai fora.
E está claro que Cesar Peluso e Gilmar Mendes mandam e desmandam, mesmo que isso signifique rasgar a Constituição.
Battisti refugiado, direito assegurado por Lula, é uma decisão correta, humana, faz jus ao Brasil e aos brasileiros.
Se Berlusconi não gosta, paciência. Faça uma festa num dos seus palácios e convide os ministros Peluso e Gilmar Mendes.
Mas a presidente cair de quatro!
É pura traição. É característica de cinismo o mais deslavado.
Pelo jeito, breve, Dilma em CARAS, mostrando seu quarto no Palácio do Alvorada, seus berlequins preferidos, etc, etc.
Oh! Se continuar baixando a audiência do BBB 11 sugiro Boninho chamar a presidente para uma incursão na casa. Na Colômbia fizeram isso, levaram a versão colombiana da “zona em sua casa” o traficante/presidente Álvaro Uribe para participar dos folguedos.
E olha que zona é lugar de respeito. BBB é outra coisa.
A revista CARAS, em retribuição a serviços prestados, gastou quatro páginas com a mulher do embaixador da Itália no Brasil, aquele que freqüenta o gabinete do Gilmar Mendes pela porta dos fundos, para revelar que a dita cuja se considera mais brasileira que italiana.
Ela e o marido devem ter sido nomeados por serviços prestados ao governo Berlusconi.
Ao afirmar que a decisão depende do STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – a presidente está abrindo mão do seu direito constitucional de decidir ou não sobre a matéria, confirmado pelo próprio STF decisão anterior. A palavra final cabe ao presidente da República.
E o ex-presidente Lula já a tomou.
Dilma Roussef deve pegar a faixa e entregar a Cesar Peluso, ministro presidente do STF. Deve ir para casa. Mentiu e ludibriou milhões de brasileiros e ao próprio Lula que a fez candidata e presidente (faria um poste, logo Dilma e um zero à esquerda é a mesma coisa).
Confirmada a submissão da presidência da República ao STF e ao governo da colônia norte-americana que alguns insistem em chamar de Itália – o paraíso dos pedófilos sob a batuta de Sílvio Berlusconi – Dilma não tem o que fazer no governo do Brasil.
O fato divulgado pela mídia privada – venal, como qualquer William Waack da vida – que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo ao Brasil para reconsiderar o caso não levou em conta que 11% dos deputados compareceram a tal reunião e dentre eles todos os deputados italianos.
Os demais, 89%, decidiram não se pronunciar sobre o assunto.
Berlusconi e seus sicários (são escolhidos a dedo entre os cafetões italianos, até porque tem que ter perfil para sair em CARAS), querem Battisti cumprindo pena na antiga república dos césares (base militar norte-americana hoje e área de pedofilia a partir do primeiro-ministro) em golpe eleitoral, mentindo sobre o processo, o julgamento, todo o curso dessa história lastimável, na qual só falta à presidente do Brasil, ex-presa política, cair de quatro.
Já tem caído em tantos outros pontos que não será surpresa se cair neste também.
Toda aquela conversa de Brasil potência construída por Celso Amorim, Samuel Pinheiro Guimarães, vai por água abaixo. Mas também, com Moreira Franco, Antônio Patriota, esperar o que?
Dilma, sendo real o teor da carta, é um caso de estelionato eleitoral.
O cinismo elevado ao máximo, ao seu ponto culminante.
Como já foi notado por Alípio Freire, esse é um governo de técnicos e técnicos não têm nem compromisso com o Brasil, nem com ninguém. E tampouco consideram o ser humano como tal. Somos números, detalhes.
Num país que um senador – Heráclito Fortes (DEM) é informante da embaixada dos EUA, nada é surpreendente (fato revelado pelos documentos do WIKILEAKS).
Num governo que Moreira Franco põe as garras num Ministério de suma importância, nenhum cofre está seguro, nenhum sistema de segurança garante contra assaltos.
E se a presidente se mostra vacilante, capaz de ceder à chantagem do STF (CESAR PELUSO e GILMAR MENDES), é bobagem imaginar quer a coisa vá se resolver – os anseios do trabalhador brasileiro – pela via do chamado institucional.
Breve a revogação da lei áurea a julgar pelas políticas e mudanças anunciadas por Dilma.
O menos pior (Dilma em relação a Serra) está se mostrando igual.
Ou assume o governo e mostra que a fama de brava é algo mais que fama, ou só brabeza diante de subordinados e subserviência diante de superiores. Ou sai fora.
E está claro que Cesar Peluso e Gilmar Mendes mandam e desmandam, mesmo que isso signifique rasgar a Constituição.
Battisti refugiado, direito assegurado por Lula, é uma decisão correta, humana, faz jus ao Brasil e aos brasileiros.
Se Berlusconi não gosta, paciência. Faça uma festa num dos seus palácios e convide os ministros Peluso e Gilmar Mendes.
Mas a presidente cair de quatro!
É pura traição. É característica de cinismo o mais deslavado.
Pelo jeito, breve, Dilma em CARAS, mostrando seu quarto no Palácio do Alvorada, seus berlequins preferidos, etc, etc.
Oh! Se continuar baixando a audiência do BBB 11 sugiro Boninho chamar a presidente para uma incursão na casa. Na Colômbia fizeram isso, levaram a versão colombiana da “zona em sua casa” o traficante/presidente Álvaro Uribe para participar dos folguedos.
E olha que zona é lugar de respeito. BBB é outra coisa.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Governo e construtoras darão moradias para famílias da região Serrana do estado do Rio O governo federal, em parceria com o estado do Rio e as prefeituras dos municípios da região Serrana fluminense, vai financiar a construção de seis mil unidades habitacionais para os desabrigados das enchentes ocorridas neste mês. Outras duas mil serão bancadas por construtoras do Rio de Janeiro - BBT
“O holocausto não é nem nunca será só um momento histórico. O holocausto abre no mundo uma determinada prática de trato do opositor político, que consiste em calá-lo, mas não apenas silenciá-lo, trata-se silenciá-lo através de sua redução a sub-humanidade, através da tortura, da dor e da morte lenta (…). Não se confunda o dever da memória com a passividade da simples lembrança. A memória expressa a firme determinação de impedir que a intolerância e a injustiça se banalizem no caminho da humanidade”, disse.- BBT
Presidenta Dilma Rousseff participa de cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto em Porto Alegre.
O nome de uma segunda menor de idade, uma brasileira que teria participado aos 17 anos de festas que incluiriam orgias organizadas pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi revelado por promotores italianos. - BBT
De acordo com a imprensa italiana, Iris Berardi - que hoje tem 19 anos - já era conhecida pela polícia como prostituta e teria participado de festas em casas do primeiro-ministro na Sardenha e em Milão dias antes de completar 18 anos.
Segundo a agência de notícias italiana Ansa, a brasileira participou de uma festa em Porto Rotondo, na Sardenha, no dia 21 de novembro de 2009, dias antes de seu aniversário.
Ela também teria participado de outra festa em outra casa de Berlusconi, em Arcore, perto de Milão, em dezembro de 2009.
Usar os serviços de uma prostituta não é considerado crime na Itália, mas pagar por uma prostituta com menos de 18 anos é um delito.
Os detalhes foram divulgados a partir dos novos documentos entregues por promotores nesta quarta-feira (26) a um comitê do Parlamento italiano. Berlusconi nega todas as acusações e afirma que há motivação política no caso.
Vingança
Segundo a imprensa italiana, a presença de Berardi nas casas de Berlusconi teria sido comprovada por registros de telefones celulares.
Há dez dias, os promotores italianos entregaram 386 páginas de documentos nas quais afirmam que têm provas de pagamentos feitos por Berlusconi a prostitutas. O último documento entregue pelos promotores tem 227 páginas.
A maior parte do primeiro dossiê trata de Karima El Mahroug, de 18 anos, uma dançarina marroquina - também conhecida como Ruby - que participou de festas do primeiro-ministro italiano quando ainda tinha 17 anos. De acordo com os promotores, ela teria sido paga para ter relações sexuais com Berlusconi.
Karima afirma que recebeu cerca de R$ 20 mil (9 mil euros) do primeiro-ministro ao final de uma festa, mas diz que a quantia não era um pagamento por serviços sexuais, e sim um presente. Ela também nega ser prostituta.
Berlusconi, por sua vez, prometeu punir os magistrados que divulgaram os documentos e afirmou que eles estão movendo uma vingança política contra ele.
No último sábado (22), o primeiro-ministro negou a possibilidade de renunciar por causa do escândalo, que considera "uma tentativa de subverter o desejo dos eleitores".
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[ 3setor ] Filme Lixo Extraordinário - Carlos Moreira
WASTE LAND Official Trailer from Almega Projects on Vimeo.
Oi,
Tive o prazer de assistir o filme e o debate sobre o filme Lixo
Extraordinário, no Festival do Rio do ano passado ( 2010 ).
É um extraordinário filme, emocionante, contundente, dedicado, arte
pura, lindo, lindo, lindo !
É um dos indicados para o Oscar.
É uma pena só estar passando em uma sala na cidade do Rio de Janeiro.
TRAILER OFICIAL
http://www.youtube.com/watch?v=_pyR9qCd2F8&feature=player_embedded
Site Oficial : http://www.wastelandmovie.com
Abaixo outras informações.
Um forte abraço
Carlos R. S. Moreira ( Beto
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
[Carta O BERRO] ASSINEM: PETIÇÃO PELO FIM IMEDIATO DO SEQUESTRO - Vanderley-Revista
MANIFESTO PELO FIM IMEDIATO DA PRISÃO INSUSTENTÁVEL E INCONSTTITUCIONAL DE CESARE BATTISTI, que pode ser acessada aqui.
Endereçada ao STF e ao Governo Federal, a petição recebeu inicialmente, no papel, as assinaturas de 32 profissionais do Direito e/ou professores universitários dedicados ao ensino jurídico.
Recomendo a leitura atenta do documento, que sintetiza admiravelmente o Caso Battisti e as anomalias jurídicas que o marcam -- tão graves que o maior jurista brasileiro vivo, Dalmo de Abreu Dallari, não hesitou em alertar a cidadania que Cezar Peluso está dando vazão à sua "vocação arbitrária" ao manter sequestrado o escritor:
"Os cidadãos abaixo assinados expressam total inconformidade com a decisão do ministro Cézar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, de manter preso o cidadão italiano Cesare Battisti e instam pela sua soltura imediata e inadiável, por ser de justiça. A situação atual constitui profundo desprezo a) à decisão do presidente da república pela não-extradição, b) ao estado democrático de direito e, sobretudo, c) à dignidade da pessoa humana. Imprescindível, portanto, virmos a público manifestar:
1. No dia 31 de dezembro de 2010, o presidente da república decidiu negar o pedido de extradição de Cesare Battisti, formulado pela Itália. A legalidade e legitimidade dessa decisão são inatacáveis. O presidente exerceu as suas competências constitucionais como chefe de estado. A fundamentação contemplou disposições do tratado assinado por Brasil e Itália, em especial o seu Art. 3º, alínea f, que obsta a extradição para quem possa ter a situação agravada se devolvido ao país suplicante, por “motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal”.
2. O presidente da república assumiu como razões de decidir o detalhado e consistente parecer da Advocacia-Geral da União, de n.º AGU/AG-17/2010. A decisão do presidente também condiz com os sólidos argumentos de cartas públicas e manifestos firmemente contrários à extradição, assinados por juristas do quilate de Dalmo de Abreu Dallari, Bandeira de Mello, Nilo Batista, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides e Juarez Tavares, entre outros. A decisão também confirmou o refúgio concedido a Cesare Battisti pelo governo brasileiro, em janeiro de 2009, pelo então ministro da justiça Tarso Genro, que da mesma forma admitira o status de perseguido político dele.
3. Vale lembrar que o STF, em acórdão de dezembro de 2009, confirmado em abril de 2010, reafirmou (por cinco votos contra quatro) que a palavra final no processo de extradição cabe exclusivamente ao presidente da república – o que já constituía praxe na tradição constitucional brasileira e no direito comparado. Na ocasião, o ministro Marco Aurélio de Mello (um dos votos vencidos) fez uma observação cristalina: o extraditando está preso enquanto se decide sobre sua extradição.
4. Em conseqüência, Cesare Battisti permaneceu preso aguardando o posicionamento do presidente da república. Nesse ínterim, o governo italiano encabeçado pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi utilizou de intimidações jactantes e declarações despeitadas para pressionar as autoridades brasileiras e fazer de Battisti uma espécie de espetáculo circense, para salvar o seu governo da crise interna que notoriamente atravessa.
5. Causou perplexidade e repúdio, portanto, quando, tendo conhecimento da decisão do presidente da república, o ministro Cézar Peluso, presidente do STF, negou a soltura de Cesare Battisti. O Art. 93, inciso XII, da Constituição determina que “a atividade jurisdicional será ininterrupta” e o faz, precisamente, para contemplar casos de emergência, em que direitos fundamentais estejam ameaçados. Ora, o magistrado investido da jurisdição dispunha, em 6 de janeiro, de todos os elementos factuais e jurídicos para decidir sobre o caso. Porém, resolveu não agir, diferindo a decisão para (pelo menos) fevereiro, determinando nova apreciação pelo plenário da corte. Tal adiamento serviu a novas manobras dos interessados na caça destemperada a Battisti, num assunto que, de direito, já foi decidido pela última instância: o presidente da república.
6. A decisão em sede monocrática do ministro Cézar Peluso afronta acintosamente o conteúdo do ato competente do presidente da república. Se, como pretende o presidente do STF, o plenário reapreciará a matéria, isto significa que o presidente da república não deu a palavra final. Ou seja, o ministro Cézar Peluso descumpriu não somente a decisão definitiva do Poder Executivo, como também os acórdãos de seu tribunal, esvaziando-os de eficácia. Em outras palavras, um único juiz, voto vencido nos acórdões em pauta, desafiou tanto o Poder Executivo quanto o Poder Judiciário. O presidente do STF não pode transformar a sua posição pessoal em posição do tribunal. Não lhe pode usurpar a autoridade, já exercida quando o plenário ratificara a competência presidencial sobre a extradição.
7. A continuidade da prisão de Cesare Battisti tornou-se uma abominação jurídica. Negada a extradição, a privação da liberdade do cidadão ficou absolutamente sem fundamento. A liberdade é regra e não exceção. A autoridade judicial deve decretar a soltura, de ofício e imediatamente, como prescreve o Art. 5º, inciso LXI, da Constituição. Cesare está recluso no presídio da Papuda, em Brasília, desde 2007. Mantê-lo encarcerado sem fundamento, depois de todo o rosário processual a que foi submetido nos últimos três anos, com sua carga de pressão psicológica, consiste em extremo desprezo de seus direitos fundamentais. Significa ser cúmplice com uma prisão arbitrária e injustificada, absolutamente vergonhosa para o país, em indefensável violação ao Art. IX da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, dentre inúmeros tratados e documentos internacionais de que o Brasil é signatário.
Manifestamos a total inconformidade diante da manutenção da prisão de Cesare Battisti, mal escorada numa sucessão incoerente de argumentos e decisões judiciais, que culminou no ato ilegal e inconstitucional do ministro Cézar Peluso, ao retornar o caso mais uma vez ao plenário do STF.
Por todo o exposto, reclamamos pela liberdade imediata de Cesare Battisti, fazendo valer a decisão competente do presidente da república em 31 de dezembro de 2010
Endereçada ao STF e ao Governo Federal, a petição recebeu inicialmente, no papel, as assinaturas de 32 profissionais do Direito e/ou professores universitários dedicados ao ensino jurídico.
Recomendo a leitura atenta do documento, que sintetiza admiravelmente o Caso Battisti e as anomalias jurídicas que o marcam -- tão graves que o maior jurista brasileiro vivo, Dalmo de Abreu Dallari, não hesitou em alertar a cidadania que Cezar Peluso está dando vazão à sua "vocação arbitrária" ao manter sequestrado o escritor:
"Os cidadãos abaixo assinados expressam total inconformidade com a decisão do ministro Cézar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, de manter preso o cidadão italiano Cesare Battisti e instam pela sua soltura imediata e inadiável, por ser de justiça. A situação atual constitui profundo desprezo a) à decisão do presidente da república pela não-extradição, b) ao estado democrático de direito e, sobretudo, c) à dignidade da pessoa humana. Imprescindível, portanto, virmos a público manifestar:
1. No dia 31 de dezembro de 2010, o presidente da república decidiu negar o pedido de extradição de Cesare Battisti, formulado pela Itália. A legalidade e legitimidade dessa decisão são inatacáveis. O presidente exerceu as suas competências constitucionais como chefe de estado. A fundamentação contemplou disposições do tratado assinado por Brasil e Itália, em especial o seu Art. 3º, alínea f, que obsta a extradição para quem possa ter a situação agravada se devolvido ao país suplicante, por “motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal”.
2. O presidente da república assumiu como razões de decidir o detalhado e consistente parecer da Advocacia-Geral da União, de n.º AGU/AG-17/2010. A decisão do presidente também condiz com os sólidos argumentos de cartas públicas e manifestos firmemente contrários à extradição, assinados por juristas do quilate de Dalmo de Abreu Dallari, Bandeira de Mello, Nilo Batista, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides e Juarez Tavares, entre outros. A decisão também confirmou o refúgio concedido a Cesare Battisti pelo governo brasileiro, em janeiro de 2009, pelo então ministro da justiça Tarso Genro, que da mesma forma admitira o status de perseguido político dele.
3. Vale lembrar que o STF, em acórdão de dezembro de 2009, confirmado em abril de 2010, reafirmou (por cinco votos contra quatro) que a palavra final no processo de extradição cabe exclusivamente ao presidente da república – o que já constituía praxe na tradição constitucional brasileira e no direito comparado. Na ocasião, o ministro Marco Aurélio de Mello (um dos votos vencidos) fez uma observação cristalina: o extraditando está preso enquanto se decide sobre sua extradição.
4. Em conseqüência, Cesare Battisti permaneceu preso aguardando o posicionamento do presidente da república. Nesse ínterim, o governo italiano encabeçado pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi utilizou de intimidações jactantes e declarações despeitadas para pressionar as autoridades brasileiras e fazer de Battisti uma espécie de espetáculo circense, para salvar o seu governo da crise interna que notoriamente atravessa.
5. Causou perplexidade e repúdio, portanto, quando, tendo conhecimento da decisão do presidente da república, o ministro Cézar Peluso, presidente do STF, negou a soltura de Cesare Battisti. O Art. 93, inciso XII, da Constituição determina que “a atividade jurisdicional será ininterrupta” e o faz, precisamente, para contemplar casos de emergência, em que direitos fundamentais estejam ameaçados. Ora, o magistrado investido da jurisdição dispunha, em 6 de janeiro, de todos os elementos factuais e jurídicos para decidir sobre o caso. Porém, resolveu não agir, diferindo a decisão para (pelo menos) fevereiro, determinando nova apreciação pelo plenário da corte. Tal adiamento serviu a novas manobras dos interessados na caça destemperada a Battisti, num assunto que, de direito, já foi decidido pela última instância: o presidente da república.
6. A decisão em sede monocrática do ministro Cézar Peluso afronta acintosamente o conteúdo do ato competente do presidente da república. Se, como pretende o presidente do STF, o plenário reapreciará a matéria, isto significa que o presidente da república não deu a palavra final. Ou seja, o ministro Cézar Peluso descumpriu não somente a decisão definitiva do Poder Executivo, como também os acórdãos de seu tribunal, esvaziando-os de eficácia. Em outras palavras, um único juiz, voto vencido nos acórdões em pauta, desafiou tanto o Poder Executivo quanto o Poder Judiciário. O presidente do STF não pode transformar a sua posição pessoal em posição do tribunal. Não lhe pode usurpar a autoridade, já exercida quando o plenário ratificara a competência presidencial sobre a extradição.
7. A continuidade da prisão de Cesare Battisti tornou-se uma abominação jurídica. Negada a extradição, a privação da liberdade do cidadão ficou absolutamente sem fundamento. A liberdade é regra e não exceção. A autoridade judicial deve decretar a soltura, de ofício e imediatamente, como prescreve o Art. 5º, inciso LXI, da Constituição. Cesare está recluso no presídio da Papuda, em Brasília, desde 2007. Mantê-lo encarcerado sem fundamento, depois de todo o rosário processual a que foi submetido nos últimos três anos, com sua carga de pressão psicológica, consiste em extremo desprezo de seus direitos fundamentais. Significa ser cúmplice com uma prisão arbitrária e injustificada, absolutamente vergonhosa para o país, em indefensável violação ao Art. IX da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, dentre inúmeros tratados e documentos internacionais de que o Brasil é signatário.
Manifestamos a total inconformidade diante da manutenção da prisão de Cesare Battisti, mal escorada numa sucessão incoerente de argumentos e decisões judiciais, que culminou no ato ilegal e inconstitucional do ministro Cézar Peluso, ao retornar o caso mais uma vez ao plenário do STF.
Por todo o exposto, reclamamos pela liberdade imediata de Cesare Battisti, fazendo valer a decisão competente do presidente da república em 31 de dezembro de 2010
[Carta O BERRO] ÁGUA E CERVEJA - NÃO DEIXEM DE LER! MEDICINA,SAÚDE E ALIMENTAÇÃO! - Vanderley-Revista
A HORA CORRETA PARA TOMAR ÁGUA
Você vai ao bar e bebe uma cerveja.
Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu estomago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"
Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de liquido está sendo ingerido, ele sabe apenas q "é líquido".
Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caracas, o cara tá maluco!!!"
E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora-extra e filtra muito sangue e enche rápido.
Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.
O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estomago manda outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"
O RIM filtra feito um louco, só q agora, o q ele expulsa não é o álcool, ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mas o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais "bunitim".
Chega uma hora q você tá com o teor alcoólico tão alto q teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...
Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"
Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".
O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos. Como o CÉREBRO é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca.
Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água.
Sabia que tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?
2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.
Você vai ao bar e bebe uma cerveja.
Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu estomago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"
Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de liquido está sendo ingerido, ele sabe apenas q "é líquido".
Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caracas, o cara tá maluco!!!"
E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora-extra e filtra muito sangue e enche rápido.
Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.
O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estomago manda outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"
O RIM filtra feito um louco, só q agora, o q ele expulsa não é o álcool, ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mas o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais "bunitim".
Chega uma hora q você tá com o teor alcoólico tão alto q teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...
Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"
Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".
O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos. Como o CÉREBRO é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca.
Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água.
Sabia que tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?
2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.
[Carta O BERRO] BATTISTI - NÃO EXTRADITAR, RECUSANDO O COMANDO DE BERLUSCONI. - Vanderley-Revista
As opiniões sobre a questão "BATTISTI", ou têm sido ideológicas ou resultam do desconhecimento da história política do pós-guerra da Europa e das condições em que Battisti foi preso, julgado e condenado, à revelia.Exatamente nos anos em que tanto as forças de direita, quanto as eclesiásticas dominavam o cenário italiano, pelas mãos dos cidadãos acima de qualquer suspeita, como o arcebispo Paul Marcinkus e os banqueiros Roberto Calvi e Michele Sindona. Culminando com o assassinato do papa Albino Luciani e, posteriormente, de Sindona e Calvi.
Durante os 40 anos posteriores ao final da II Guerra, frente ao que se considerava uma ameaça às instituições democráticas do Mundo Ocidental - o Pacto de Varsóvia - os serviços secretos dos EUA e Inglaterra, juntamente com a OTAN, estruturaram forças secretas e clandestinas (stay behind), ao arrepio das leis de cada país, constituídas de para-militares: armados, remunerados, treinados e agindo sob as suas ordens, conhecidas sob denominações diversas, todas na forma de exércitos secretos. Na Itália denominou-se Operação GLADIO. Em todos os países em que se instalaram, não só se transformaram em instituições armadas e organizadas para o combate ao perigo comunista, como passaram a interferir diretamente na política e funções do Estado, implementando ações terroristas, como ficou demonstrado pelos juízes de MÃOS LIMPAS, todas as vezes que qualquer partido julgado de esquerda assumisse posição política capaz de disputar o poder. Na realidade, apesar da força crescente de um partido comunista italiano, jamais as instituições democráticas européias estiveram em perigo, ou o comando escapou das forças de direita.
As palavras de Henry Kissinger sempre foram a vanguarda das ações mlitares dos Estados Unidos: "Não vejo por que deveríamos deixar um país se tornar comunista devido à irresponsabilidade de seu próprio povo".
Em 31de maio de 1972, um carro explodiu na cidade italiana de PETEANO, matando um carabineiro e ferindo um civil. Esse atentado "foi assumido" pelo grupo terrorista "BRIGADAS VERMELHAS". Doze anos depois, em 1984, inquérito dirigido pelo juiz Felice Cosson, concluiu:1) que o atentado usara explosivo que as Brigadas não possuíam, mas era parte dos estoques da OTAN; 2) que um especialista em explosivos Marco Morin, da policia, falsificara relatórios sobre o caso, de forma a jogar a culpa sobre os comunistas e os extremistas de esquerda. Morin pertencia à organização fascista "ORDINE NUOVO"; 3) que o atentado havia sido preparado pela "ORDINE NUOVO", em cooperação com o SID - Serviço de informação da defesa, pertencente aos serviços secretos do exercito italiano; 4) que a bomba fora colocada por Vincenzo Vinciguerra, do Ordine Nuovo, que fugiu sob a proteção da polícia. Anos após, declarava ele: "É todo um mecanismo que é posto em movimento, desde os carabineiros até o Ministro do Interior, passando pela alfândega e os serviços de inteligência civil e militar, que aceitam o raciocínio ideológico que sustenta o atentado".
Foi no contexto da guerra fria da luta pelo poder - capitalistas x comunistas - que os extremistas italianos - da direita e da esquerda - recorreram ao terrorismo.
À esquerda destacando-se as BRIGADAS VERMELHAS, que no computo final foram responsáveis diretos por 75 mortes.
À direita, destacavam-se os exércitos secretos da OTAN e, especificamente na Italia a OPERAÇÃO GLADIO E ORDINE NUOVO.
A diferença fundamental na atuação das organizações estava no alvo escolhido. Enquanto os terroristas de esquerda tinham como alvo pessoas e instituições definidas, os terroristas de direita sempre tiveram como alvo a população civil, buscando espalhar o pânico na população, através do maior número de mortos, possível. Dessa forma, através de uma política midiática, transferiam para os comunistas e os extremistas de esquerda, toda responsabilidade pelos atentados. Outra diferença fundamental foi o apoio que os terroristas de direita tiveram do estado italiano. Não foram presos, à exceção de Vincenzo Vinciguerra. Todos os lideres das Brigadas Vermelhas e de outras organizações terroristas da esquerda, foram presos, julgados e condenados.
As estatísticas indicam que entre janeiro de 1969 e dezembro de 1987, haviam sido praticados 14.591 atos de violência por razões políticas, nos quais morreram 491 pessoas e feridas 1 181.
Em 03/agosto/1990, o primeiro ministro italiano, Giulio Andreotti reconheceu, perante o Parlamento, as atividades facínoras - atentados violentos seguidos de morte e sofrimento - da organização GLADIO. Declarou ainda que GLADIO e as organizações para-militares existiam e estavam sob o comando da OTAN. Não só na Itália, disse ele mas em toda Europa, inclusive França dirigida pelo partido socialista. Em novembro de 2002, Andreotti foi condenado a 24 anos de prisão, acusado de corrupção, de manipulação clandestina das instituições do Estado, colaboração com a Máfia e do assassinato de políticos da oposição - do jornalista Miro Pirelli, que investigava a morte de Aldo Moro, pelo mafioso Gaetano Badalamenti, e do próprio presidente da república, o social democrata Aldo Moro. Em 2003, Andreotti conseguiu a anulação dos veredictos, tendo sido solto.Uma outra qualidade de Andreotti, à época - anos 70/80 - era a de ser obreiro de Deus, sendo, juntamente com o presidente do banco do Vaticano, monsenhor Donato de Bonis, gestor dos fundos da FUNDACAO CARDEAL FRANCIS SPELLLMAN, cuja propriedade era dele, Andreotti. Acontece que essa era uma fundação fantasma,que movimentou bilhões de dólares, usados na compra de partidos políticos, de políticos e prelados italianos. Incluindo a Democracia Cristã e seus administradores Arnaldo Forlani e Severino Citaristi e o partido socialista italiano e seu líder Bettino Craxi. O novo presidente do IOR nos anos 90 - Angelo Caloia - levantou todas as falcatruas de Andreotti e seus sequazes. Esses dados e informações estão no livro "VATICANO S.A", de Gianluigi Nuzzi, Editora LAROUSSE.
Dado o nível das mentiras e dos acumpliciamentos clandestinos, da deterioração moral, das manipulações, da crueldade, dos atentados, dos assassinatos impostos pelo terrorismo de estado,da cumplicidade do judiciário à época em que Battisti foi condenado, com as forças da extrema direita e com a máfia, sua extradição representará uma aceitação, por nosso País, da política e crimes de assassinatos, comandada pelas forças do mal da extrema direita italian. Nada de democrática ou de judiciário independente, à época em que Battisti foi condenado.
O PT e a senadora Marina só merecem o apreço de todos os brasileiros, ao tentar impedir que o Brasil se envolva num processo politicamente incorreto, amoral, cruel e desumano.
Luiz Fernando Victor.
Brasília, verão de 2011
Durante os 40 anos posteriores ao final da II Guerra, frente ao que se considerava uma ameaça às instituições democráticas do Mundo Ocidental - o Pacto de Varsóvia - os serviços secretos dos EUA e Inglaterra, juntamente com a OTAN, estruturaram forças secretas e clandestinas (stay behind), ao arrepio das leis de cada país, constituídas de para-militares: armados, remunerados, treinados e agindo sob as suas ordens, conhecidas sob denominações diversas, todas na forma de exércitos secretos. Na Itália denominou-se Operação GLADIO. Em todos os países em que se instalaram, não só se transformaram em instituições armadas e organizadas para o combate ao perigo comunista, como passaram a interferir diretamente na política e funções do Estado, implementando ações terroristas, como ficou demonstrado pelos juízes de MÃOS LIMPAS, todas as vezes que qualquer partido julgado de esquerda assumisse posição política capaz de disputar o poder. Na realidade, apesar da força crescente de um partido comunista italiano, jamais as instituições democráticas européias estiveram em perigo, ou o comando escapou das forças de direita.
As palavras de Henry Kissinger sempre foram a vanguarda das ações mlitares dos Estados Unidos: "Não vejo por que deveríamos deixar um país se tornar comunista devido à irresponsabilidade de seu próprio povo".
Em 31de maio de 1972, um carro explodiu na cidade italiana de PETEANO, matando um carabineiro e ferindo um civil. Esse atentado "foi assumido" pelo grupo terrorista "BRIGADAS VERMELHAS". Doze anos depois, em 1984, inquérito dirigido pelo juiz Felice Cosson, concluiu:1) que o atentado usara explosivo que as Brigadas não possuíam, mas era parte dos estoques da OTAN; 2) que um especialista em explosivos Marco Morin, da policia, falsificara relatórios sobre o caso, de forma a jogar a culpa sobre os comunistas e os extremistas de esquerda. Morin pertencia à organização fascista "ORDINE NUOVO"; 3) que o atentado havia sido preparado pela "ORDINE NUOVO", em cooperação com o SID - Serviço de informação da defesa, pertencente aos serviços secretos do exercito italiano; 4) que a bomba fora colocada por Vincenzo Vinciguerra, do Ordine Nuovo, que fugiu sob a proteção da polícia. Anos após, declarava ele: "É todo um mecanismo que é posto em movimento, desde os carabineiros até o Ministro do Interior, passando pela alfândega e os serviços de inteligência civil e militar, que aceitam o raciocínio ideológico que sustenta o atentado".
Foi no contexto da guerra fria da luta pelo poder - capitalistas x comunistas - que os extremistas italianos - da direita e da esquerda - recorreram ao terrorismo.
À esquerda destacando-se as BRIGADAS VERMELHAS, que no computo final foram responsáveis diretos por 75 mortes.
À direita, destacavam-se os exércitos secretos da OTAN e, especificamente na Italia a OPERAÇÃO GLADIO E ORDINE NUOVO.
A diferença fundamental na atuação das organizações estava no alvo escolhido. Enquanto os terroristas de esquerda tinham como alvo pessoas e instituições definidas, os terroristas de direita sempre tiveram como alvo a população civil, buscando espalhar o pânico na população, através do maior número de mortos, possível. Dessa forma, através de uma política midiática, transferiam para os comunistas e os extremistas de esquerda, toda responsabilidade pelos atentados. Outra diferença fundamental foi o apoio que os terroristas de direita tiveram do estado italiano. Não foram presos, à exceção de Vincenzo Vinciguerra. Todos os lideres das Brigadas Vermelhas e de outras organizações terroristas da esquerda, foram presos, julgados e condenados.
As estatísticas indicam que entre janeiro de 1969 e dezembro de 1987, haviam sido praticados 14.591 atos de violência por razões políticas, nos quais morreram 491 pessoas e feridas 1 181.
Em 03/agosto/1990, o primeiro ministro italiano, Giulio Andreotti reconheceu, perante o Parlamento, as atividades facínoras - atentados violentos seguidos de morte e sofrimento - da organização GLADIO. Declarou ainda que GLADIO e as organizações para-militares existiam e estavam sob o comando da OTAN. Não só na Itália, disse ele mas em toda Europa, inclusive França dirigida pelo partido socialista. Em novembro de 2002, Andreotti foi condenado a 24 anos de prisão, acusado de corrupção, de manipulação clandestina das instituições do Estado, colaboração com a Máfia e do assassinato de políticos da oposição - do jornalista Miro Pirelli, que investigava a morte de Aldo Moro, pelo mafioso Gaetano Badalamenti, e do próprio presidente da república, o social democrata Aldo Moro. Em 2003, Andreotti conseguiu a anulação dos veredictos, tendo sido solto.Uma outra qualidade de Andreotti, à época - anos 70/80 - era a de ser obreiro de Deus, sendo, juntamente com o presidente do banco do Vaticano, monsenhor Donato de Bonis, gestor dos fundos da FUNDACAO CARDEAL FRANCIS SPELLLMAN, cuja propriedade era dele, Andreotti. Acontece que essa era uma fundação fantasma,que movimentou bilhões de dólares, usados na compra de partidos políticos, de políticos e prelados italianos. Incluindo a Democracia Cristã e seus administradores Arnaldo Forlani e Severino Citaristi e o partido socialista italiano e seu líder Bettino Craxi. O novo presidente do IOR nos anos 90 - Angelo Caloia - levantou todas as falcatruas de Andreotti e seus sequazes. Esses dados e informações estão no livro "VATICANO S.A", de Gianluigi Nuzzi, Editora LAROUSSE.
Dado o nível das mentiras e dos acumpliciamentos clandestinos, da deterioração moral, das manipulações, da crueldade, dos atentados, dos assassinatos impostos pelo terrorismo de estado,da cumplicidade do judiciário à época em que Battisti foi condenado, com as forças da extrema direita e com a máfia, sua extradição representará uma aceitação, por nosso País, da política e crimes de assassinatos, comandada pelas forças do mal da extrema direita italian. Nada de democrática ou de judiciário independente, à época em que Battisti foi condenado.
O PT e a senadora Marina só merecem o apreço de todos os brasileiros, ao tentar impedir que o Brasil se envolva num processo politicamente incorreto, amoral, cruel e desumano.
Luiz Fernando Victor.
Brasília, verão de 2011
Dilma inicia domingo (30) visita a Buenos Aires - Barbet
A presidenta Dilma Rousseff inaugura sua agenda internacional no próximo domingo (30) ao chegar a Buenos Aires (Argentina) por volta das 18h30. Na segunda-feira (31), Dilma cumprirá uma intenso dia de compromissos. Pela manhã, ela se reúne com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em seguida haverá uma reunião ampliada com ministros argentinos e brasileiros.
Antes do almoço, no dia 31, Dilma e Cristina assinam uma série de atos de parceria e, por fim, fazem uma declaração conjunta à imprensa. Assessores da presidenta brasileira negociam para que ela consiga visitar o Museu da Memória – construído em homenagem às vítimas da ditadura da Argentina (1976-1983). Só em Buenos Aires, há três monumentos em homenagem às vítimas do período militar.
Na Argentina, Dilma consolidará o estilo da política externa do seu governo, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul, em especial. A ideia é negociar a ampliação das parcerias nas áreas de energia elétrica e nuclear, projetos de desenvolvimento social e tecnologia digital, assim como investimentos no setor de mineração.
A visita à Argentina será a primeira viagem da presidenta ao exterior dando início a uma série que inclui o Peru, em fevereiro, Paraguai e Uruguai, em março. Para a visita a Buenos Aires, Dilma estará acompanhada por uma comitiva de ministros e assessores de várias áreas – economia, desenvolvimento social, energia, tecnologia e relações exteriores.
Antes de voltar para o Brasil, no começo da noite de segunda-feira (31), Dilma deve visitar o Museu da Memória Aberta construído no antigo prédio da Escola de Mecânica Armada, onde funcionava um centro de tortura em Buenos Aires. O local era um dos mais temidos pelos críticos e resistentes à ditadura. Essa visita, porém, está apenas planejada e não confirmada.
Organizações de direitos humanos da Argentina estimam que cerca de 30 mil pessoas, incluindo jovens e crianças, desapareceram na ditadura. Um dos movimentos mais famosos no mundo é o liderado pelas Mães e Avós da Praça de Maio. São mulheres que defendem a punição dos envolvidos no período da ditadura e buscam informações sobre filhos e netos desaparecidos.
No último dia 10, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com a presidenta argentina e nove ministros. As autoridades do Ministério do Planejamento da Argentina informaram que os governos dos dois países devem aprovar propostas para avançar na construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre Corrientes (Argentina) e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem 2012 e futuramente sejam gerados 2,9 mil megawatts.
O comércio entre Brasil e Argentina é intenso e só em 2010 registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil. Desde o final do ano passado, os argentinos vivem um período conturbado da economia. Pouco antes da passagem do ano, houve registros de desabastecimento de combustíveis nos postos de gasolina e também falta de alguns tipos de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, assim como ocorreram apagões.
Fonte:
Portal Brasil
Antes do almoço, no dia 31, Dilma e Cristina assinam uma série de atos de parceria e, por fim, fazem uma declaração conjunta à imprensa. Assessores da presidenta brasileira negociam para que ela consiga visitar o Museu da Memória – construído em homenagem às vítimas da ditadura da Argentina (1976-1983). Só em Buenos Aires, há três monumentos em homenagem às vítimas do período militar.
Na Argentina, Dilma consolidará o estilo da política externa do seu governo, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul, em especial. A ideia é negociar a ampliação das parcerias nas áreas de energia elétrica e nuclear, projetos de desenvolvimento social e tecnologia digital, assim como investimentos no setor de mineração.
A visita à Argentina será a primeira viagem da presidenta ao exterior dando início a uma série que inclui o Peru, em fevereiro, Paraguai e Uruguai, em março. Para a visita a Buenos Aires, Dilma estará acompanhada por uma comitiva de ministros e assessores de várias áreas – economia, desenvolvimento social, energia, tecnologia e relações exteriores.
Antes de voltar para o Brasil, no começo da noite de segunda-feira (31), Dilma deve visitar o Museu da Memória Aberta construído no antigo prédio da Escola de Mecânica Armada, onde funcionava um centro de tortura em Buenos Aires. O local era um dos mais temidos pelos críticos e resistentes à ditadura. Essa visita, porém, está apenas planejada e não confirmada.
Organizações de direitos humanos da Argentina estimam que cerca de 30 mil pessoas, incluindo jovens e crianças, desapareceram na ditadura. Um dos movimentos mais famosos no mundo é o liderado pelas Mães e Avós da Praça de Maio. São mulheres que defendem a punição dos envolvidos no período da ditadura e buscam informações sobre filhos e netos desaparecidos.
No último dia 10, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com a presidenta argentina e nove ministros. As autoridades do Ministério do Planejamento da Argentina informaram que os governos dos dois países devem aprovar propostas para avançar na construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre Corrientes (Argentina) e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem 2012 e futuramente sejam gerados 2,9 mil megawatts.
O comércio entre Brasil e Argentina é intenso e só em 2010 registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil. Desde o final do ano passado, os argentinos vivem um período conturbado da economia. Pouco antes da passagem do ano, houve registros de desabastecimento de combustíveis nos postos de gasolina e também falta de alguns tipos de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, assim como ocorreram apagões.
Fonte:
Portal Brasil
De cadeira de rodas, o ex-vice-presidente da República, José Alencar, deixou o hospital nesta terça-feira (25) especialmente para receber uma homenagem da presidente Dilma Rousseff na capital paulista. José Alencar recebeu a Medalha 25 de janeiro, uma alusão aos 457 anos da cidade de São Paulo. - BBT
[Carta O BERRO] Civilização ou Barbárie - Vanderley-Revista
Reunidos na cidade portuguesa de Serpa, os participantes no III Encontro Internacional Civilização ou Barbárie – Desafios do Mundo Contemporâneo lançam um alerta quanto ao agravamento da crise global do sistema capitalista.
Constatam que pela evolução dessa crise – política, social, financeira, económica, militar, energética, cultural e ambiental – o capitalismo, na sua escalada de agressividade, se tornou um factor de regressão absoluta da civilização, ameaçando a própria continuidade da vida na Terra.
Sublinham que os EUA, núcleo do sistema capitalista, optaram por uma estratégia de terrorismo de Estado que assume matizes genocídas nas suas guerras asiáticas.
Identificam na União Europeia um bloco politico-económico-militar ao serviço do capital monopolista, empenhado em impor, através do chamado Tratado Constitucional, um reforço da integração capitalista, aprofundando o seu carácter federalista, neoliberal e militarista.
Saúdam a resistência dos povos europeus à ofensiva em curso contra os seus direitos e garantias,contra as soberanias nacionais e a democracia, ofensiva que promove o desemprego e a pauperização, favorece o grande capital, e suprime direitos laborais e sociais,sobretudo nos sectores da Saúde, da Educação, da segurança social,destruindo conquistas históricas dos trabalhadores, e atingindo com particular violência as mulheres trabalhadoras. As gigantescas manifestações de protesto em França, em Espanha, Italia, Portugal e sobretudo na Grécia confirmam que a radicalização da luta de massas, como resposta à violência do sistema, se amplia a nível continental.
Condenam as guerras imperiais que atingem os povos do Iraque e do Afeganistão, agredidos e ocupados e os monstruosos crimes ali cometidos pelas forças armadas dos EUA e da NATO, com a aprovação e cumplicidade do Governo português; denunciam como farsa os calendários de retirada das tropas invasoras; advertem que autênticos exércitos de mercenários se comportam na Região como hordas fascistas; e saúdam a resistencia dos povos iraquiano e afegão em luta pela liberdade e independencencia.
Manifestam a sua solidariedade com o povo mártir da Palestina e o povo do Líbano no seu combate heróico contra o sionismo neofascista. Denunciam o Tribunal Especial das Naçóões Unidas sobre o Líbano como mero serventuário dos EUA e de Israel. Denunciam a hipocrisia da falsa política de paz do governo Obama, aliado incondicional do sionismo e do Estado terrorista de Israel.
Advertem contra o perigo de uma agressão iminente dos EUA e de Israel ao povo do Irão – agressão que poderia ser o prólogo da III Guerra Mundial – e denunciam a campanha de desinformação montada para deformar a imagem daquela nação que foi berço de grandes civilizações.
Alertam para a política de cerco militar e guerra fria que os EUA conduzem contra a República Popular da China.
Condenam as intervenções militares directas e indirectas do imperialismo estadounidense na America Latina; denunciam o regresso da IV Frota da US Navy a águas sul americanas e a instalação de 7 novas bases norte-americanas na Colômbia e reclamam o encerramento de todas as existentes no Continente, incluindo a de Guantanamo, ocupada ilegalmente em Cuba.
Denunciam a participação do governo dos EUA, através da CIA e do Pentágono, no golpe de estado nas Honduras e na fracassada intentona no Equador e saúdam as conquistas democráticas e as medidas anti-imperialistas alcançadas pelos governos progressistas de Evo Morales na Bolívia e de Rafael Correa no Equador.
Saúdam a luta, corajosa e difícil, de uma percentagem crescente de cidadãos norte-americanos contra as engrenagens de um sistema de poder cuja ambição e irracionalidade configuram ameaça à humanidade e sublinham que as esperanças suscitadas pela eleição de Barack Obama se desvaneceram à medida que se tornou evidente que o novo presidente dava continuidade no fundamental à política externa de George Bush – agravando-a mesmo, como sucede no Afeganistão e na América Latina – e, no plano interno, actuava como aliado do capital contra os trabalhadores.
Saúdam calorosamente o povo da Venezuela pelos avanços realizados no desenvolvimento da Revolução Bolivariana, e pela firmeza perante o imperialismo estadounidense e na defesa do projecto de construção de uma sociedade socialista.
Reclamam o fim do bloqueio imposto a Cuba pelos EUA e da «Posição Comum da UE»,ambos instrumentos do imperialismo. Sublinham que a sua revolução socialista e a heróica resistência do seu povo a meio século de guerra não declarada foi factor decisivo para o fortalecimento em todo o continente da resistência ao imperialismo norte-americano. Sem essa resistência e exemplo, os avanços revolucionarios registados na Venezuela não teriam sido possiveis, nem a emergência de governos progressistas noutros países.
Saudam as primeiras manifestações da classe operária e dos trabalhadores da Rússia contra a exploração desencadeada pela restauração capitalista em curso no país.
Saudam a campanha internacional «Gaza Livre» pelo levantamento do criminoso bloqueio a Gaza.
Condenam os crimes cometidos pelo governo de Uribe Velez na Colômbia nos quais desempenhou importante papel o actual presidente Juan Manuel Santos e lembram que a solidaridade da União Europeia com o regime neofascista colombiano dificulta uma solução negociada para o conflito existente naquele pais pela qual tem lutado corajosamente o seu povo. Exprimem a sua solidariedade com a senadora Piedad Cordoba e as vítimas do terrorismo de estado.
Constatam que o crescimento económico capitalista, baseado no aumento do consumo, mobiliza fluxos colossais de materiais e de energia, causando a degradação e a exaustão de recursos naturais finitos – nomeadamente o petróleo que neste momento atinge o nível máximo de produção possível – ameaçando os processos de renovação natural. Ao invés do bem-estar das populações, o crescimento económico capitalista desfigura assim a relação harmoniosa do Homem com a Terra que habita e que é património comum da humanidade, destruindo o ambiente necessário à vida e os recursos indispensáveis à produção de bens essenciais.
Alertam para a necessidade imperiosa do combate à alienação de grande parte da humanidade, envenenada pelo massacre mediático de uma comunicação social – controlada pelo imperialismo – que desinforma e manipula, disseminando a mentira e ocultando a realidade em escala mundial.
Apelam ao reforço da defesa da diversidade cultural e da resistência cultural e linguística, contra a hegemonização e a colonização do espaço mediático, comercial, cultural, científico pela expressão anglo-saxónica, enquanto «língua de trabalho» do imperialismo.
Proclamam a convicção de que o marxismo – e em particular o seu núcleo fundador assente na obra de Marx e Engels – continua a ocupar um lugar central entre as referências teóricas mobilizadas não somente pelos comunistas mas também pelos progressistas do mundo. A reapropriação e o reforço do marxismo, da sua metodologia e dos seus conceitos, como pensamento da crítica e da transformação do mundo, nem dogmático nem domesticado, e a herança do marxismo-leninismo, continuam a ser uma necessidade absoluta da luta ideológica e na justa definição da estratégia e da táctica das forças que se empenhem no combate anti-capitalista e anti-imperialista. Contra o sistema totalitário de desinformação, de alienação e de manipulação das massas, o marxismo-leninismo permanece como a arma intelectual mais preciosa nas mãos dos trabalhadores e dos povos que resistem. Renunciar a ele equivaleria a desistir da luta pelo socialismo.
Denunciam o carácter profundamente reaccionário das campanhas de criminalização do comunismo, recordam as consequências trágicas do desaparecimento da União Soviética e expressam a convicção de que o socialismo é a única alternativa ao sistema capitalista que, ao entrar na fase senil, optou por uma estratégia de desespero e exterminista, que ameaça reconduzir a humanidade à barbárie.
Registam o significado das comemorações do I Centenário da Republica Portuguesa, sublinhando a importância decisiva da participação do povo na revolução do 5 de Outubro de 1910 e nas suas conquistas políticas.
Constatam com alegria e esperança a intensificação das lutas dos trabalhadores em escala mundial, bem como a resistência às guerras de agressão, designadamente nos EUA, centro do sistema de dominação, e sublinham que o reforço da solidariedade internacionalista entre os explorados e os excluídos de todo o mundo é imprescindivel à globalização do combate contra o inimigo comum: o capitalismo e o imperialismo.
Serpa, 1 de Novembro de 2010
O original encontra-se em http://www.odiario.info/?p=1798
Esta declaração encontra-se em http://resistir.info/ .
[Carta O BERRO] O Pasquim – A Subversão do Humor - Vanderley-Revista
O Pasquim – A Subversão do Humor
Em 1969, ano particularmente duro no regime militar, surgiu no Rio de Janeiro “O Pasquim”, tablóide que, com sua irreverência, humor e anarquia, daria uma nova roupagem e linguagem ao jornalismo brasileiro, uma forma mais coloquial à publicidade e causaria um forte abalo nos níveis da hipocrisia nacional. A TV Câmara conta no documentário “O Pasquim – a Subversão do Humor”, através dos principais personagens desta história, como ele invadiu o Brasil, enfrentando a censura e a cadeia com o riso aberto, como se fosse mais uma das farras da turma de Ipanema.
Em O Pasquim, Jaguar, Ziraldo, Sérgio Cabral, Luiz Carlos Maciel, Marta Alencar, Miguel Paiva, Claudius, Sérgio Augusto, Reinaldo, Hubert lembram como se escreveu esta página da nossa história e Angeli, Chico Caruso, Washington Olivetto e Zélio como ela foi determinante para as páginas seguintes.
Ninguém ficou rico com a publicação, embora ela tenha vendido nos seus melhores tempos, entre 1969 e 1973, até 250 mil exemplares. Um volume acima do razoável, se lembrarmos que os jornais de tiragem nacional rodam hoje, mais de 30 anos depois, com toda a informatização, a facilidade de distribuição e as fortes campanhas de assinantes, cerca de 300 mil exemplares.
A verdade é que o comportamento da chamada Patota do Pasquim era tão anárquico quanto o conteúdo do jornal. E o que ganharam gastaram entre prisão, brigas, festas e altas dosagens etílicas. Bem que os militares e a elite brasileira tentaram sufocá-lo diversas vezes e de formas variadas mas, quando conseguiram, ele já havia disseminado uma nova forma de comportamento nos meios de comunicação. Como diz Jaguar, a imprensa tirou o paletó e a gravata, ou, como diz Olivetto, passamos a escrever e nos comunicar com língua de gente, do povo.
http://antoniozai.wordpress.com/2011/01/19/o-pasquim-a-subversao-do-humor/
Carta O BERRO] Neoliberalismo - a cara do capitalismo contemporâneo - e pós neoliberalismo. - Vanderley-Revista
O capitalismo passou por várias fases na sua história. Como reação à crise de 1929, fechou-se o período de hegemonia liberal, sucedido por aquele do predomínio do modelo keynesiano ou regulador. A crise deste levou ao renascimento do liberalismo, sob nova roupagem que, por isso, se auto denominou de neoliberalismo.
Este impôs uma desregulamentação geral na economia, com o argumento de que a economia havia deixado de crescer pelo excesso de normas, que frearia a capacidade do capital de investir. Desregulamentar é privatizar, é abrir os mercados nacionais à economia mundial, é promover o Estado mínimo, diminuindo os investimentos em politicas sociais, em favor do mercado, é impor a precariedade nas relações de trabalho.
A desregulamentação levou a uma gigantesca transferência de capitais do setor produtivo ao especulativo porque, livre de travas, o capital se dirigiu para o setor onde tem mais lucros, com maios liquidez e menos tributação: o setor financeiro. Porque o capital não está feito para produzir, mas para acumular. Se pode acumular mais na especulação, se dirige para esse setor, que foi o que aconteceu em escala mundial.
O modelo neoliberal se tornou hegemônico em escala mundial, impondo as politicas de livre comércio, de Estados mínimos, de globalização do mercado de trabalho para os investimentos, entre outros aspectos. É uma nova fase do capitalismo, como foram as fases de hegemonia liberal e keynesiana. Não se pode dizer que seja a última, porque um sistema sempre encontra formas – mesmo que aprofundem suas contradições - se outro sistema não surge como alternativa, com a força correspondente para superá-lo.
Mas é uma fase difícil de ser superada, porque a desregulação tem muitas dificuldades para ser superada. Mesmo com a crise atual afetando diretamente os países do centro do capitalismo, provocada pela fata de regulação do sistema financeiro, ainda assim pouco ou quase nada foi feito para o controle do capital financeiro, justamente a origem da crise. Como já se disse: Obama salvou os bancos, achando que os bancos salvariam a economia dos EUA. Mas os bancos se salvaram às custas da economia norteamericana, que segue em crise.
É difícil para o capitalismo desembaraçar-se do neoliberalismo, etapa que marca o final de um ciclo desse sistema. A discussão que se coloca é de se o modelo chinês representa vida útil e inteligência mais além do neoliberalismo ou do capitalismo. Se sua via de mercado se vale do mercado para superar o capitalismo ou se o mercado o vincula de obrigatória e estreita ao capitalismo.
O certo é que ser de esquerda hoje é de lutar contra o neoliberalismo, não apenas resistindo a ele, mas sobretudo construindo alternativas a este modelo, allternativas que projetem para além do capitalismo. O neoliberalismo promove um brutal processo de mercantilização das coisas e das relações sociais. Tudo passa a ter preço, tudo pode ser compra e vendido, tudo é reduzido a mercadoria, em um processo que tem no shopping center sua utopia.
Nesse caso, lutar pela superação do neoliberalismo é desmercantilizar, restabelecer e generalizar os direitos como acesso a bens e serviços, ao invés da luta selvagem no mercado, de todos contra todos, para obtê-los às expensas dos outros. Generalizar a condição do cidadão às expensas da generalização do consumidor. Do sujeito de direitos e não do dono de poder aquisitivo.
Quanto mais se desmercantilizar, quanto mais se afirmar os direitos de todos, mais se estará criando esfera pública, às expensas da esfera mercantil (que eles chamam de privada). Essa pode ser a via de passagem do neoliberalismo como estágio do capitalismo à sua superação, a uma era pós-capitalista. Mas hoje o que nos une a todos é a luta por distintas formas de pós neoliberalismo - pela universailização dos direitos, pela extensão da cidadania em todas suas formas – politica, econômica, social, cultural -, pelo triunfo do Estado social contra o Estado mínimo, da esfera pública contra a esfera mercantil.
Este impôs uma desregulamentação geral na economia, com o argumento de que a economia havia deixado de crescer pelo excesso de normas, que frearia a capacidade do capital de investir. Desregulamentar é privatizar, é abrir os mercados nacionais à economia mundial, é promover o Estado mínimo, diminuindo os investimentos em politicas sociais, em favor do mercado, é impor a precariedade nas relações de trabalho.
A desregulamentação levou a uma gigantesca transferência de capitais do setor produtivo ao especulativo porque, livre de travas, o capital se dirigiu para o setor onde tem mais lucros, com maios liquidez e menos tributação: o setor financeiro. Porque o capital não está feito para produzir, mas para acumular. Se pode acumular mais na especulação, se dirige para esse setor, que foi o que aconteceu em escala mundial.
O modelo neoliberal se tornou hegemônico em escala mundial, impondo as politicas de livre comércio, de Estados mínimos, de globalização do mercado de trabalho para os investimentos, entre outros aspectos. É uma nova fase do capitalismo, como foram as fases de hegemonia liberal e keynesiana. Não se pode dizer que seja a última, porque um sistema sempre encontra formas – mesmo que aprofundem suas contradições - se outro sistema não surge como alternativa, com a força correspondente para superá-lo.
Mas é uma fase difícil de ser superada, porque a desregulação tem muitas dificuldades para ser superada. Mesmo com a crise atual afetando diretamente os países do centro do capitalismo, provocada pela fata de regulação do sistema financeiro, ainda assim pouco ou quase nada foi feito para o controle do capital financeiro, justamente a origem da crise. Como já se disse: Obama salvou os bancos, achando que os bancos salvariam a economia dos EUA. Mas os bancos se salvaram às custas da economia norteamericana, que segue em crise.
É difícil para o capitalismo desembaraçar-se do neoliberalismo, etapa que marca o final de um ciclo desse sistema. A discussão que se coloca é de se o modelo chinês representa vida útil e inteligência mais além do neoliberalismo ou do capitalismo. Se sua via de mercado se vale do mercado para superar o capitalismo ou se o mercado o vincula de obrigatória e estreita ao capitalismo.
O certo é que ser de esquerda hoje é de lutar contra o neoliberalismo, não apenas resistindo a ele, mas sobretudo construindo alternativas a este modelo, allternativas que projetem para além do capitalismo. O neoliberalismo promove um brutal processo de mercantilização das coisas e das relações sociais. Tudo passa a ter preço, tudo pode ser compra e vendido, tudo é reduzido a mercadoria, em um processo que tem no shopping center sua utopia.
Nesse caso, lutar pela superação do neoliberalismo é desmercantilizar, restabelecer e generalizar os direitos como acesso a bens e serviços, ao invés da luta selvagem no mercado, de todos contra todos, para obtê-los às expensas dos outros. Generalizar a condição do cidadão às expensas da generalização do consumidor. Do sujeito de direitos e não do dono de poder aquisitivo.
Quanto mais se desmercantilizar, quanto mais se afirmar os direitos de todos, mais se estará criando esfera pública, às expensas da esfera mercantil (que eles chamam de privada). Essa pode ser a via de passagem do neoliberalismo como estágio do capitalismo à sua superação, a uma era pós-capitalista. Mas hoje o que nos une a todos é a luta por distintas formas de pós neoliberalismo - pela universailização dos direitos, pela extensão da cidadania em todas suas formas – politica, econômica, social, cultural -, pelo triunfo do Estado social contra o Estado mínimo, da esfera pública contra a esfera mercantil.
O NÓ DOS MÉDICOS FORMADOS EM CUBA - Laerte Braga
Cidadãos do Haiti (país ocupado pelos EUA com forças auxiliares dentre as quais brasileiras) preferem fazer longas filas diante dos hospitais de campanha montados pelos médicos cubanos logo após o terremoto que devastou o país, que enfrentar o risco dos médicos norte-americanos ou brasileiros.
O risco de médicos brasileiros e norte-americanos não diz respeito à competência, falo da barbárie instalada no país, seja pelo terremoto, é anterior a ele, seja pelas forças de ocupação. Não estão nem aí para a epidemia de cólera, o problema é outro, dentre eles, petróleo.
Cuba não integra o esquema decidido pela OEA – Organização dos Estados Americanos – e está lá por pura solidariedade.
Os médicos norte-americanos, todos formados em portentosas universidades, receberam ordens do comando militar dos EUA proibindo-os de recorrer aos cubanos. Se o paciente vai morrer, paciência; é um sacrifício em prol da “democracia”. Para os cubanos é uma vida que deve ser salva.
Questão de eficiência, a medicina cubana. Questão de propaganda, toda a parafernália tecnológica dos terroristas de Washington.
A cólera e doenças outras varrem o Haiti. Militares norte-americanos e seus apêndices (brasileiros, etc.) entendem que o assunto deva ser tratado a bordoada e o fazem dessa forma.
Todo esse processo “democrático” em favor da “reconstrução” do Haiti pode terminar em Baby Doc - Jean Claude Duvalier - eleito presidente da república. É mais fácil de ser comprado e há reservas significativas de petróleo no Haiti.
Já o povo... Como o próprio povo norte-americano é adereço no mundo neoliberal, gerido por conglomerados, o maior deles o EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
O Brasil discute a partir dos interesses dos grandes grupos que controlam a saúde e se beneficiam do festival de privatizações e terceirizações nos três níveis de governo, se o curso de medicina em Havana, onde estão centenas de jovens latino-americanos, preenche as exigências mínimas que o formando seja um bom médico.
Preenche sim, só não preenche os objetivos dos donos da saúde e seus cofres.
Os médicos formados em Cuba têm sido capaz de mostrar competência e eficiência em campos que médicos de faculdades centenárias dos EUA, ou qualquer outro país, não conseguem mostrar, ou mostram igual.
É preciso entender que um cirurgião do porte de Adib Jatene, por exemplo, é como se fosse um Picasso, ou Van Gogh na matéria. Essa é a exceção e não a regra. E Jatene tem consciência social, é bom que se diga.
Há uma diferença abissal entre o ensino de medicina em Cuba e o ensino de medicina no Brasil, se levarmos em conta o nível das faculdades privadas – em sua esmagadora maioria – a diferença fica insuperável.
Escuela Latinoamericana de Medicina - Cuba
É de formação, começa aí. O médico formado em Cuba, com um currículo que o torna apto a ser médico em qualquer parte do planeta, tem a visão de mundo a partir de políticas públicas de saúde, de saneamento básico. O médico brasileiro, se não for integrante das quadrilhas que dominam o setor, vai carregar uma cruz sem tamanho e sabe que vai trabalhar pelo menos doze horas por dia a troco de um salário de irrisório. Qualquer avanço que queira obter, especialização, pós, mestrado, doutorado, etc., vai depender dele, do esforço dele.
Já vi, e muitos vimos, médicos do setor público desesperados por falta de condições mínimas de trabalho e sabedores que o paciente tal ou qual vai acabar morrendo em decorrência disso. O desespero? A impotência diante do descalabro que é o setor.
A questão das doenças mentais no País, que deveria ter tomado um rumo diverso do atual, desde a aprovação de um projeto de lei que reduziu o internamento (mas mais que isso, marcou a base para políticas públicas de saúde mental), é caótica.
A imensa e esmagadora maioria dos planos de saúde, todos subsidiados com verbas públicas, tem restrições a tratamentos psiquiátricos.
UNIPAC - Juiz de Fora
A família Andrada (corrupta desde que chegou aqui com a corte portuguesa em navio chapa branca) opera em Minas Gerais uma arapuca chamada UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos.
Tem um curso de medicina na cidade de Juiz de Fora com todas as deficiências possíveis, tanto que não é reconhecido pelo Ministério da Educação, mas “reconhecido” pelo ex-governador Aécio Neves (doublê de político e alucinado).
O reconhecimento ou não do diploma dos médicos formados em Cuba é um debate que se dá exclusivamente por conta dos interesses dos grandes grupos de saúde em não ter a perspectiva de médicos formados com visão de saúde pública.
Do contrário, ao invés de termos aqui a discussão sobre a validade ou não dos diplomas dos médicos formados em Cuba, teríamos outra, uma sobre lobbyists, deputados, senadores, etc., defendendo grupos privados de saúde, políticas de privatização e terceirização do setor que simplesmente matam ou abandonam seus associados.
Os alunos que freqüentam a faculdade de medicina em Havana, por exemplo, são deportados se de outros países e expulsos se cubanos, no caso de cola. No Brasil não foram julgados e exercem a medicina médicos que, quando calouros, mataram um companheiro num trote irracional, como quase todo trote. Permanecem impunes.
Brasileiros na ELAM
A carga cubana horária é intensa, os professores têm, de fato, dedicação exclusiva. Os livros são reaproveitados e gratuitos. Uma das exigências para a matrícula é que o aluno tenha feito o ensino básico em escolas públicas (para os não cubanos). O currículo ensejou um nível na medicina reconhecido em todo o mundo a despeito do imoral bloqueio terrorista dos EUA.
Os alunos dedicam-se exclusivamente ao estudo, recebem moradia, alimentação, tratamento médico e odontológico gratuitos, têm momentos de lazer e prática esportiva e tudo a custo zero.
A diferença é na formação (embora não seja regra geral, mas é quase).
São médicos formados para a medicina popular e não para o capitalismo, o lucro.
Não há quem morra na fila de um SUS em Cuba e sobre esse assunto o cineasta Michael Moore mostra num documentário quais as diferenças entre a medicina cubana, a saúde pública e a estupidez nos EUA.
O que há em relação aos médicos cubanos é discriminação.
O Brasil é um país onde a mídia é podre. Mídia privada, corrupta e dominada pelos grandes grupos. A informação tem dois objetivos. Desinformar e alienar.
Pouco ou nada se fala da ação dos médicos cubanos no Haiti.
Ou qualquer avanço relacionado à medicina que aconteça em Cuba. Deixam sempre uma dúvida, deliberada, planejada
O brasileiro, por exemplo, não tem a menor idéia – a esmagadora maioria – que os planos de saúde são subsidiados por verbas públicas da saúde num dos grandes “negócios” para enriquecer uns poucos.
O ideal, ao invés da discussão sobre o valor ou não dos diplomas cubanos seria um teste.
Por exemplo. Entregar duas cidades brasileiras de porte médio a um grupo de médicos formados em Cuba (uma das cidades) e a outra a grupos privados de medicina brasileiros.
Médico por médico não haveria diferença alguma (exceto se prevalecer a bandalheira e os médicos formados pelos Andradas aparecerem, não conhecem nem esparadrapo). Andradas e outras faculdades privadas.
No quesito saúde pública, não tenho dúvidas, os cubanos dariam banho, como dão. E pelo mundo inteiro.
Medicina pública envolve todas as especialidades e políticas públicas de saúde voltadas para todas as pessoas.
Onde existe medicina preventiva no Brasil exceto nos comerciais de governos dos estados ou dos municípios?
Roseana Sarney
A preocupação de Roseana Sarney, por exemplo, é com contas e empresas no exterior. Dinheiro roubado ao povo do Maranhão e, lógico, boa parte da Saúde.E aí fica difícil dizer que o ensino da medicina em Cuba é deficiente em relação ao Brasil.
A tal “deficiência” são os “negócios”.
Ou o índice de mortalidade infantil mais baixo do mundo, informação da ONU – Organização das Nações Unidas.
A Bolívia mantém centenas de médicos cubanos em seu país para implantar políticas públicas de saúde. O modelo cubano como preferem dizer alguns. Quando Evo Morales – Presidente da Bolívia – fala:“dizem que somos pobres, mas não somos pobres não, somos indígenas”, está mostrando de forma linear, clara, que os valores reais que contam na vida prevalecem ali, ao contrário dos valores de qualquer pilantra da área de saúde em governos brasileiros (qualquer nível), louco atrás de um contrato de terceirização.
E ainda mais agora com o megalomaníaco ex-secretário de saúde de Minas, Marcus Pestana, deputado federal. Se deixar por conta de gente assim privatiza-se o próprio paciente.
Que tal um debate franco sobre as faculdades de medicina privadas no Brasil? Os subsídios a planos de saúde? Os crimes cometidos por planos de saúde ao negar-se ao cumprimento da lei?
O debate sobre se os médicos cubanos têm formação acadêmica à altura dos brasileiros é pretexto para encobrir a transformação do setor num grande “negócio”.
O médico brasileiro, o médico comum, aquele que batalha o dia-a-dia, ao contrário dos “donos dos negócios”, paga, cá na ponta, o preço da ineficiência perversa, portanto deliberada, do modelo brasileiro de Saúde.
Sei de médicos que em postos de saúde públicos mandaram comprar uma simples aspirina com dinheiro do próprio bolso e ainda foram criticados e advertidos por isso.
O debate é esse. Médicos brasileiros submetidos a regime de semi-escravidão nos plantões dos grandes hospitais privados e um sem número respondendo a processos por “erros médicos”, pois a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
O problema é esse, não é se os médicos cubanos estão ou não aptos a exercer medicina com formação adequada e correta. Estão sim, em qualquer lugar.
É difícil explicar ou sustentar que médicos que obtém resultados ótimos, num conjunto de políticas públicas, como obtêm os cubanos, repito; os índices mais baixos do mundo em mortalidade infantil, o êxito no tratamento da cólera no Haiti, não tenham formação devida para o exercício da medicina aqui.
É tapar o sol com a peneira, é diagnosticar gravidez como “barriga-d’água”.
Medicina dos "Lobbyists"
O nó é aí, não é no diploma dos médicos formados em Cuba.
Lobbyists, deputados, senadores, mídia privada corrupta atiram para um lado tentando desviar o foco real do assunto e levando as pessoas a pensarem como se fosse a realidade delas os grandes “negócios” que os donos realizam.
Quando José Serra era ministro da Saúde cismou de realizar um mutirão de saúde, operar milhares de pessoas em todo o Brasil durante determinado número de dias e foram os médicos cá da ponta, os do plantão, os do dia a dia nos postos de saúde, que disseram “não” a essa proposta de genocídio. Os donos dos hospitais, das grandes clínicas, sorriram de uma ponta a outra da boca.
O diploma de médicos cubanos e sua validade ou convalidação no Brasil é pretexto para esconder perversidade e corrupção.
Só isso, mais nada, o resto nem detalhe é.
Postado e ilustrado por Castor Filho
O risco de médicos brasileiros e norte-americanos não diz respeito à competência, falo da barbárie instalada no país, seja pelo terremoto, é anterior a ele, seja pelas forças de ocupação. Não estão nem aí para a epidemia de cólera, o problema é outro, dentre eles, petróleo.
Cuba não integra o esquema decidido pela OEA – Organização dos Estados Americanos – e está lá por pura solidariedade.
Os médicos norte-americanos, todos formados em portentosas universidades, receberam ordens do comando militar dos EUA proibindo-os de recorrer aos cubanos. Se o paciente vai morrer, paciência; é um sacrifício em prol da “democracia”. Para os cubanos é uma vida que deve ser salva.
Questão de eficiência, a medicina cubana. Questão de propaganda, toda a parafernália tecnológica dos terroristas de Washington.
A cólera e doenças outras varrem o Haiti. Militares norte-americanos e seus apêndices (brasileiros, etc.) entendem que o assunto deva ser tratado a bordoada e o fazem dessa forma.
Todo esse processo “democrático” em favor da “reconstrução” do Haiti pode terminar em Baby Doc - Jean Claude Duvalier - eleito presidente da república. É mais fácil de ser comprado e há reservas significativas de petróleo no Haiti.
Já o povo... Como o próprio povo norte-americano é adereço no mundo neoliberal, gerido por conglomerados, o maior deles o EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
O Brasil discute a partir dos interesses dos grandes grupos que controlam a saúde e se beneficiam do festival de privatizações e terceirizações nos três níveis de governo, se o curso de medicina em Havana, onde estão centenas de jovens latino-americanos, preenche as exigências mínimas que o formando seja um bom médico.
Preenche sim, só não preenche os objetivos dos donos da saúde e seus cofres.
Os médicos formados em Cuba têm sido capaz de mostrar competência e eficiência em campos que médicos de faculdades centenárias dos EUA, ou qualquer outro país, não conseguem mostrar, ou mostram igual.
É preciso entender que um cirurgião do porte de Adib Jatene, por exemplo, é como se fosse um Picasso, ou Van Gogh na matéria. Essa é a exceção e não a regra. E Jatene tem consciência social, é bom que se diga.
Há uma diferença abissal entre o ensino de medicina em Cuba e o ensino de medicina no Brasil, se levarmos em conta o nível das faculdades privadas – em sua esmagadora maioria – a diferença fica insuperável.
Escuela Latinoamericana de Medicina - Cuba
É de formação, começa aí. O médico formado em Cuba, com um currículo que o torna apto a ser médico em qualquer parte do planeta, tem a visão de mundo a partir de políticas públicas de saúde, de saneamento básico. O médico brasileiro, se não for integrante das quadrilhas que dominam o setor, vai carregar uma cruz sem tamanho e sabe que vai trabalhar pelo menos doze horas por dia a troco de um salário de irrisório. Qualquer avanço que queira obter, especialização, pós, mestrado, doutorado, etc., vai depender dele, do esforço dele.
Já vi, e muitos vimos, médicos do setor público desesperados por falta de condições mínimas de trabalho e sabedores que o paciente tal ou qual vai acabar morrendo em decorrência disso. O desespero? A impotência diante do descalabro que é o setor.
A questão das doenças mentais no País, que deveria ter tomado um rumo diverso do atual, desde a aprovação de um projeto de lei que reduziu o internamento (mas mais que isso, marcou a base para políticas públicas de saúde mental), é caótica.
A imensa e esmagadora maioria dos planos de saúde, todos subsidiados com verbas públicas, tem restrições a tratamentos psiquiátricos.
UNIPAC - Juiz de Fora
A família Andrada (corrupta desde que chegou aqui com a corte portuguesa em navio chapa branca) opera em Minas Gerais uma arapuca chamada UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos.
Tem um curso de medicina na cidade de Juiz de Fora com todas as deficiências possíveis, tanto que não é reconhecido pelo Ministério da Educação, mas “reconhecido” pelo ex-governador Aécio Neves (doublê de político e alucinado).
O reconhecimento ou não do diploma dos médicos formados em Cuba é um debate que se dá exclusivamente por conta dos interesses dos grandes grupos de saúde em não ter a perspectiva de médicos formados com visão de saúde pública.
Do contrário, ao invés de termos aqui a discussão sobre a validade ou não dos diplomas dos médicos formados em Cuba, teríamos outra, uma sobre lobbyists, deputados, senadores, etc., defendendo grupos privados de saúde, políticas de privatização e terceirização do setor que simplesmente matam ou abandonam seus associados.
Os alunos que freqüentam a faculdade de medicina em Havana, por exemplo, são deportados se de outros países e expulsos se cubanos, no caso de cola. No Brasil não foram julgados e exercem a medicina médicos que, quando calouros, mataram um companheiro num trote irracional, como quase todo trote. Permanecem impunes.
Brasileiros na ELAM
A carga cubana horária é intensa, os professores têm, de fato, dedicação exclusiva. Os livros são reaproveitados e gratuitos. Uma das exigências para a matrícula é que o aluno tenha feito o ensino básico em escolas públicas (para os não cubanos). O currículo ensejou um nível na medicina reconhecido em todo o mundo a despeito do imoral bloqueio terrorista dos EUA.
Os alunos dedicam-se exclusivamente ao estudo, recebem moradia, alimentação, tratamento médico e odontológico gratuitos, têm momentos de lazer e prática esportiva e tudo a custo zero.
A diferença é na formação (embora não seja regra geral, mas é quase).
São médicos formados para a medicina popular e não para o capitalismo, o lucro.
Não há quem morra na fila de um SUS em Cuba e sobre esse assunto o cineasta Michael Moore mostra num documentário quais as diferenças entre a medicina cubana, a saúde pública e a estupidez nos EUA.
O que há em relação aos médicos cubanos é discriminação.
O Brasil é um país onde a mídia é podre. Mídia privada, corrupta e dominada pelos grandes grupos. A informação tem dois objetivos. Desinformar e alienar.
Pouco ou nada se fala da ação dos médicos cubanos no Haiti.
Ou qualquer avanço relacionado à medicina que aconteça em Cuba. Deixam sempre uma dúvida, deliberada, planejada
O brasileiro, por exemplo, não tem a menor idéia – a esmagadora maioria – que os planos de saúde são subsidiados por verbas públicas da saúde num dos grandes “negócios” para enriquecer uns poucos.
O ideal, ao invés da discussão sobre o valor ou não dos diplomas cubanos seria um teste.
Por exemplo. Entregar duas cidades brasileiras de porte médio a um grupo de médicos formados em Cuba (uma das cidades) e a outra a grupos privados de medicina brasileiros.
Médico por médico não haveria diferença alguma (exceto se prevalecer a bandalheira e os médicos formados pelos Andradas aparecerem, não conhecem nem esparadrapo). Andradas e outras faculdades privadas.
No quesito saúde pública, não tenho dúvidas, os cubanos dariam banho, como dão. E pelo mundo inteiro.
Medicina pública envolve todas as especialidades e políticas públicas de saúde voltadas para todas as pessoas.
Onde existe medicina preventiva no Brasil exceto nos comerciais de governos dos estados ou dos municípios?
Roseana Sarney
A preocupação de Roseana Sarney, por exemplo, é com contas e empresas no exterior. Dinheiro roubado ao povo do Maranhão e, lógico, boa parte da Saúde.E aí fica difícil dizer que o ensino da medicina em Cuba é deficiente em relação ao Brasil.
A tal “deficiência” são os “negócios”.
Ou o índice de mortalidade infantil mais baixo do mundo, informação da ONU – Organização das Nações Unidas.
A Bolívia mantém centenas de médicos cubanos em seu país para implantar políticas públicas de saúde. O modelo cubano como preferem dizer alguns. Quando Evo Morales – Presidente da Bolívia – fala:“dizem que somos pobres, mas não somos pobres não, somos indígenas”, está mostrando de forma linear, clara, que os valores reais que contam na vida prevalecem ali, ao contrário dos valores de qualquer pilantra da área de saúde em governos brasileiros (qualquer nível), louco atrás de um contrato de terceirização.
E ainda mais agora com o megalomaníaco ex-secretário de saúde de Minas, Marcus Pestana, deputado federal. Se deixar por conta de gente assim privatiza-se o próprio paciente.
Que tal um debate franco sobre as faculdades de medicina privadas no Brasil? Os subsídios a planos de saúde? Os crimes cometidos por planos de saúde ao negar-se ao cumprimento da lei?
O debate sobre se os médicos cubanos têm formação acadêmica à altura dos brasileiros é pretexto para encobrir a transformação do setor num grande “negócio”.
O médico brasileiro, o médico comum, aquele que batalha o dia-a-dia, ao contrário dos “donos dos negócios”, paga, cá na ponta, o preço da ineficiência perversa, portanto deliberada, do modelo brasileiro de Saúde.
Sei de médicos que em postos de saúde públicos mandaram comprar uma simples aspirina com dinheiro do próprio bolso e ainda foram criticados e advertidos por isso.
O debate é esse. Médicos brasileiros submetidos a regime de semi-escravidão nos plantões dos grandes hospitais privados e um sem número respondendo a processos por “erros médicos”, pois a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
O problema é esse, não é se os médicos cubanos estão ou não aptos a exercer medicina com formação adequada e correta. Estão sim, em qualquer lugar.
É difícil explicar ou sustentar que médicos que obtém resultados ótimos, num conjunto de políticas públicas, como obtêm os cubanos, repito; os índices mais baixos do mundo em mortalidade infantil, o êxito no tratamento da cólera no Haiti, não tenham formação devida para o exercício da medicina aqui.
É tapar o sol com a peneira, é diagnosticar gravidez como “barriga-d’água”.
Medicina dos "Lobbyists"
O nó é aí, não é no diploma dos médicos formados em Cuba.
Lobbyists, deputados, senadores, mídia privada corrupta atiram para um lado tentando desviar o foco real do assunto e levando as pessoas a pensarem como se fosse a realidade delas os grandes “negócios” que os donos realizam.
Quando José Serra era ministro da Saúde cismou de realizar um mutirão de saúde, operar milhares de pessoas em todo o Brasil durante determinado número de dias e foram os médicos cá da ponta, os do plantão, os do dia a dia nos postos de saúde, que disseram “não” a essa proposta de genocídio. Os donos dos hospitais, das grandes clínicas, sorriram de uma ponta a outra da boca.
O diploma de médicos cubanos e sua validade ou convalidação no Brasil é pretexto para esconder perversidade e corrupção.
Só isso, mais nada, o resto nem detalhe é.
Postado e ilustrado por Castor Filho
A TRAGÉDIA DO RIO DE JANEIRO - Laerte Braga
Não existe estado em qualquer lugar do mundo que possa sobreviver, ao longo dos anos, a governadores como Chagas Freitas (dois mandatos), Moreira Franco, Marcelo Alencar, Anthony e Rosinha Garotinho e agora Sérgio Cabral.
Se tomarmos como referência o ano de 1960, transferência da capital federal para Brasília e depois o de 1975, fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro, preservando este nome, há uma longa história que hoje culmina numa tragédia de dimensões dramáticas, esta de 2011, trinta e seis anos após a fusão imposta arbitrariamente pela ditadura militar.
Negrão de LimaNão existe estado em qualquer lugar do mundo que possa sobreviver, ao longo dos anos, a governadores como Chagas Freitas (dois mandatos), Moreira Franco, Marcelo Alencar, Anthony e Rosinha Garotinho e agora Sérgio Cabral.
Se tomarmos como referência o ano de 1960, transferência da capital federal para Brasília e depois o de 1975, fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro, preservando este nome, há uma longa história que hoje culmina numa tragédia de dimensões dramáticas, esta de 2011, trinta e seis anos após a fusão imposta arbitrariamente pela ditadura militar.
Negrão de Lima
Uma das primeiras tentativas de planejamento urbano no País, exceto cidades como Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, foi feita pelo ex-prefeito da antiga capital federal, Francisco Negrão de Lima, mineiro de Nepomuceno (não confundir com São João Nepomuceno) e que havia sido ministro de Vargas, de JK e foi prefeito designado pelo próprio JK.
Diplomata de carreira, Francisco Negrão de Lima criou a SURSAN (Superintendência de Urbanismo e Saneamento), voltada para projetos de médio e longo prazos, já na preocupação de pensar a cidade do Rio de Janeiro como cidade/.estado (1956/1958).Um “novo Rio” foi pensado pela SURSAN e boa parte começou a ser executada no governo de Carlos Lacerda, primeiro governador eleito da nova unidade da Federação (foi eleito em 1960, com mandato de cinco anos). A expressão NOVO RIO, inclusive, foi usada por Lacerda para caracterizar as obras que realizou. À sua característica de extrema-direita e golpista, juntou a de engenheiro de obras prontas, ou planos prontos.
O antigo estado do Rio de Janeiro, feudo da família Amaral Peixoto, desde a morte de Roberto da Silveira, em 1961, foi vítima de governadores indiretos (nomeados pela ditadura) até a designação do almirante Floriano Peixoto Faria Lima (1975/1979) para implantar e consolidar a fusão com a antiga capital federal, a cidade/estado da Guanabara.
Uma das primeiras tentativas de planejamento urbano no País, exceto cidades como Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, foi feita pelo ex-prefeito da antiga capital federal, Francisco Negrão de Lima, mineiro de Nepomuceno (não confundir com São João Nepomuceno) e que havia sido ministro de Vargas, de JK e foi prefeito designado pelo próprio JK.
Diplomata de carreira, Francisco Negrão de Lima criou a SURSAN (Superintendência de Urbanismo e Saneamento), voltada para projetos de médio e longo prazos, já na preocupação de pensar a cidade do Rio de Janeiro como cidade/.estado (1956/1958).
Um “novo Rio” foi pensado pela SURSAN e boa parte começou a ser executada no governo de Carlos Lacerda, primeiro governador eleito da nova unidade da Federação (foi eleito em 1960, com mandato de cinco anos). A expressão NOVO RIO, inclusive, foi usada por Lacerda para caracterizar as obras que realizou. À sua característica de extrema-direita e golpista, juntou a de engenheiro de obras prontas, ou planos prontos.
O antigo estado do Rio de Janeiro, feudo da família Amaral Peixoto, desde a morte de Roberto da Silveira, em 1961, foi vítima de governadores indiretos (nomeados pela ditadura) até a designação do almirante Floriano Peixoto Faria Lima (1975/1979) para implantar e consolidar a fusão com a antiga capital federal, a cidade/estado da Guanabara.
O primeiro governador eleito (indiretamente) desse novo estado, o que resulta da fusão RIO/GUANABARA foi Chagas Freitas, um político oriundo do ademarismo (uma das primeiras escolas do malufismo no Brasil), ligado ao ex-governador paulista Ademar de Barros e ao seu partido PSP – Partido Social Progressista.
Chagas Freitas foi um exemplo do fisiologismo político discreto, mas pleno e absoluto, e o único governador do antigo MDB em meio a governadores indiretos (eleitos pelas assembléias depois de indicados pela ditadura), já que a antiga Guanabara rejeitou, desde os primeiros momentos do golpe, a ordem fascista dos militares que se seguiram à deposição de João Goulart – Jango.
Quando governador eleito da Guanabara, em 1965, contra Carlos Lacerda e a ditadura militar (nas últimas eleições diretas até 1982 por obra e graça da ditadura), Negrão de Lima enfrentou tragédia de dimensões menores, mas proporcionalmente iguais às de hoje na cidade do Rio de Janeiro. O primeiro mês de mandato, o primeiro ano de governo.
Botou a mão na massa, retomou os projetos da antiga SURSAN – Lacerda havia tido um delírio com um “negócio” chamado DIOXIADIS – e de lá até o governo de Leonel Brizola, já no novo estado, nenhuma obra mais – a exceção das cosméticas – foi realizada na cidade do Rio de Janeiro, agora capital e no estado do Rio de Janeiro.
Negrão de Lima (Guanabara) e Leonel Brizola (Rio de Janeiro) foram os únicos governadores a priorizarem, cada um a seu tempo e cada qual com sua realidade, questões como meio-ambiente, saneamento, obras de contenção em encostas, todo o conjunto de atribuições do poder público para evitar o que aconteceu neste ano de 2011.
No caso específico de Brizola, a urbanização de favelas levou a GLOBO a acusá-lo de aliança com o tráfico. O mau caratismo da GLOBO tem dez mil anos como diria Nélson Rodrigues sobre o gol de Emerson na final do campeonato brasileiro do ano passado.
Sérgio Cabral, reeleito ano passado, por exemplo, das verbas destinadas para obras de contenção de encostas, preservação ambiental e saneamento, passou 24 milhões à Fundação Roberto Marinho (arapuca da máfia MARINHO - GLOBO para fugir de impostos e fingir que ajuda). Para que e por que ninguém sabe ao certo, mas não é incorreto concluir que o dinheiro tinha e teve a finalidade de fazer um mimo na mais poderosa rede de comunicações do País e ganhar apoio à sua candidatura à reeleição.
Se morreram até agora 630 pessoas por conta da incúria de governos estaduais e municipais e do próprio homem em relação à natureza, do ponto de vista da GLOBO e dos Marinho isso significa uma baita audiência.
Transformaram a tragédia em espetáculo.
Apropriaram-se da dor das pessoas, mentiram e mentem como no caso do desentendimento que não houve entre a Cruz Vermelha e a Prefeitura de Teresópolis, é possível até que tenha existido uma tabela extra para comerciais inseridos durante as transmissões especiais diante dos custos das mesmas.
Não são humanos, nunca foram.
O governo federal sistematicamente tem repassado verbas ao estado do Rio para obras nessa direção. Tais verbas sistematicamente prestam-se a demagogia de governantes (Marcelo Alencar sumiu com o dinheiro da despoluição da baía da Guanabara e Garotinho idem) e a decretos de luto oficial quando as tragédias ocorrem.
O protocolo da hipocrisia.
Orçamentos estaduais e municipais, cada qual dentro de suas possibilidades, têm incluído verbas para projetos visando a realização de obras necessárias a evitar que aconteça o que aconteceu em várias cidades do estado do Rio e de outros, como Minas e São Paulo (o primeiro, estado sob governo de um desvairado por oito anos – Aécio – e agora um alucinado Anastasia. São Paulo sob governo tucano desde a primeira eleição de Mário Covas, em 1994.)
A soma de recursos dos três níveis de governo, os contratos firmados com agências nacionais e internacionais de financiamento para projetos voltados a esse fim, prevenção de tragédias como a que está acontecendo, foi suficiente para que nada disso tivesse acontecido. Ou essa proporção de calamidade fosse menor, até na prevenção, como aconteceu na Austrália, onde as famílias em meio a enchentes as maiores da história do país fossem retiradas a tempo.
Em Cuba, antes da passagem do furacão Katrina o governo evacuou uma cidade inteira e apenas uma morte foi registrada.
Os governantes aqui é que foram e são incompetentes e corruptos. Uma ou outra coisa, ou as duas ao mesmo tempo.
Aldo Rebelo, que dizem ser comunista, nas mãos dos latifundiários, quer um novo Código Florestal que abra as florestas ao latifúndio, ao agronegócio, em parceria com o deputado Vacarezza, do PT. Líder da bancada, que, nas mãos da Monsanto, quer a semente conhecida como TERMINATOR em nossa agricultura, acentuando sua dependência a grupos e empresas estrangeiras e cedendo terras brasileiras a essas quadrilhas, numa proporção que afeta a soberania nacional, a integridade de nosso território.
Não há política voltada para o saneamento, para o meio-ambiente, existem operações cosméticas e demagogia em cima do sofrimento e da dor das vítimas desse tipo de desdém.
Criminoso, desdém criminoso.
A cidade é a realidade imediata de cada um de nós. É na cidade que nascemos, crescemos, nos formamos, constituímos nossas famílias, vivemos o dia a dia e na cidade é que terminamos esse dia a dia, mas que se estende aos que geramos.
Nossos governantes pensam em termos de um ou dois mandatos, um ou dois períodos de “grandes negócios”.
A primeira lição que a tragédia nos traz é a da imperiosa necessidade de canais de participação popular, com caráter deliberativo, de fiscalização, para impedir que governos doem dinheiro público a fundações como a Roberto Marinho, disfarce, fachada de uma das maiores máfias do País.
Ou legalizem a casa, em área proibida, de um apresentador de tevê – Luciano Huck – porque cliente do escritório de advocacia da mulher do governador.
Não se pode permitir que o projeto de “reconstrução” das cidades destruídas pelas chuvas fique restrito a prefeitos e vereadores (câmaras municipais são uma aberração, conselhos de cidadãos substituem-nas e dão representatividade real aos habitantes da cidade, de cada cidade).
Do contrário vira uma festa de empreiteiras e todo o entorno dessas organizações criminosas, sob a batuta de prefeitos sem rumo e/ou corruptos.
Quando Evo Morales, presidente da Bolívia, disse a propósito de um comentário sobre os bolivianos serem “pobres”, que “dizem que somos pobres, mas não somos pobres não, somos indígenas” – o povo boliviano em sua maioria é indígena – estava dizendo que os cidadãos são capazes de construir sua realidade em cima de estruturas que permitam a existência, a coexistência e a convivência em bases dignas e humanas, mantendo suas culturas, tradições, a realidade de cada povo.
Não há necessidade de uma loja da rede McDonald’s em cada cidade do mundo para que todos possam ser felizes.
E se temos uma realidade brasileira, temos uma realidade fluminense, uma realidade de Teresópolis, outra de Petrópolis, outra de Friburgo e assim por diante. Cada uma em seu contexto, em seus limites. Todas com pontos de semelhança, lógico, somos uma nação.
Somos um todo, mas somos partes também.
A tragédia do Rio de Janeiro vai se repetir dentro de mais alguns anos. Com certeza. Neste momento, a mídia está preocupada com o espetáculo. A GLOBO já está preocupada com a demora em esgotar o assunto, isso pode afetar a audiência do BBB-11 e o “drama” sobre determinada sister ser ou não transexual; e os governos em se mostrarem “presentes” numa realidade que é viva e cruel por conta de suas ausências.
Ou o povo das cidades atingidas, de todas as cidades brasileiras toma o destino de cada uma de suas cidades, nossas cidades, em nossas mãos, ou tudo vai continuar como farsa, se repetindo indefinidamente de tempos em tempos.
E é assim que vamos construir uma política ambiental, que envolva saneamento, obras básicas de contenção de encostas, preservação de áreas que implicam riscos, nas cidades, nos estados e no Brasil.
Do contrário, em breve, estaremos afogados nos “negócios” dos que ganham com tragédias como essa.
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