A presidenta Dilma Rousseff inaugura sua agenda internacional no próximo domingo (30) ao chegar a Buenos Aires (Argentina) por volta das 18h30. Na segunda-feira (31), Dilma cumprirá uma intenso dia de compromissos. Pela manhã, ela se reúne com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em seguida haverá uma reunião ampliada com ministros argentinos e brasileiros.
Antes do almoço, no dia 31, Dilma e Cristina assinam uma série de atos de parceria e, por fim, fazem uma declaração conjunta à imprensa. Assessores da presidenta brasileira negociam para que ela consiga visitar o Museu da Memória – construído em homenagem às vítimas da ditadura da Argentina (1976-1983). Só em Buenos Aires, há três monumentos em homenagem às vítimas do período militar.
Na Argentina, Dilma consolidará o estilo da política externa do seu governo, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul, em especial. A ideia é negociar a ampliação das parcerias nas áreas de energia elétrica e nuclear, projetos de desenvolvimento social e tecnologia digital, assim como investimentos no setor de mineração.
A visita à Argentina será a primeira viagem da presidenta ao exterior dando início a uma série que inclui o Peru, em fevereiro, Paraguai e Uruguai, em março. Para a visita a Buenos Aires, Dilma estará acompanhada por uma comitiva de ministros e assessores de várias áreas – economia, desenvolvimento social, energia, tecnologia e relações exteriores.
Antes de voltar para o Brasil, no começo da noite de segunda-feira (31), Dilma deve visitar o Museu da Memória Aberta construído no antigo prédio da Escola de Mecânica Armada, onde funcionava um centro de tortura em Buenos Aires. O local era um dos mais temidos pelos críticos e resistentes à ditadura. Essa visita, porém, está apenas planejada e não confirmada.
Organizações de direitos humanos da Argentina estimam que cerca de 30 mil pessoas, incluindo jovens e crianças, desapareceram na ditadura. Um dos movimentos mais famosos no mundo é o liderado pelas Mães e Avós da Praça de Maio. São mulheres que defendem a punição dos envolvidos no período da ditadura e buscam informações sobre filhos e netos desaparecidos.
No último dia 10, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com a presidenta argentina e nove ministros. As autoridades do Ministério do Planejamento da Argentina informaram que os governos dos dois países devem aprovar propostas para avançar na construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre Corrientes (Argentina) e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem 2012 e futuramente sejam gerados 2,9 mil megawatts.
O comércio entre Brasil e Argentina é intenso e só em 2010 registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil. Desde o final do ano passado, os argentinos vivem um período conturbado da economia. Pouco antes da passagem do ano, houve registros de desabastecimento de combustíveis nos postos de gasolina e também falta de alguns tipos de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, assim como ocorreram apagões.
Fonte:
Portal Brasil
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