quarta-feira, 31 de agosto de 2011
[Carta O BERRO] UM FAMOSO CIENTISTA ITALIANO ESCREVE SOBRE A NEGATIVA DE EXTRADIÇÃO DE CESARE BATTISTI PELO GOVERNO BRASILEIRO - Vanderley Caixe
Carlos A. Lungarzo
AIUSA 9152711
Esta matéria contém, após esta introdução minha, um artigo do físico italiano Franco Piperno, um importante dirigente da esquerda alternativa durante os anos 70 e atual especialista em física da matéria, sobre Cesare Battisti, a quem pouco conhece e do qual não é amigo pessoal, o que dá garantia de raciocínio isento. Hoje em dia, é difícil encontrar, nos países latinos, cientistas que se ocupem de problemas de direitos humanos, mas é muito interessante a colaboração entre o rigor e a objetividade do cientista, com a sensibilidade do ativista humanitário, como se encontra neste artigo.
Observando a vida pública italiana de nosso tempo, pode ser difícil imaginar que o país já teve a cultura mais interessante do planeta, cujos rastos sobreviveram dispersos e fragmentados, tanto nas propostas sociais e comportamentais da esquerda alternativa dos anos 70, como nas novas formas da excelente filmografia das últimas décadas, e em vários outros aspectos.
Mas, quando a Itália era uma região de estados independentes, unidos por alguns nexos culturais (entre eles, a língua), nela floresceu o Renascimento, o Humanismo, o direito moderno com o célebre Marquês de Beccaria, e uma abundância de arte e literatura que inspirou o maior escritor da história, William Shakespeare, a situar em Verona e Veneza quatro de suas melhores peças.
Nem sempre houve fascismo nem máfia, e nem sempre o poder papal, que se apossou “espiritualmente” de toda a península, reinou em todos os estados, alguns dos quais foram exemplo de iluminismo, secularidade e tolerância. Além de tudo, a Itália criou a ciência experimental. Com efeito, antes da Galileu Galilei (1564-1642), a experimentação era uma curiosidade escondida nos porões de alguns “hereges” como Roger Bacon, que conseguiram florescer apenas em países como a Inglaterra a Dinamarca, ou a Holanda. Antes da Galileu, a única ciência desenvolvida era a matemática, que não entrava em conflito com a Igreja porque não interferia na teologia cristã. (A astronomia clássica é, em grande medida, matemática aplicada e não uma ciência empírica.)
O apogeu da ciência italiana, preanunciado pela filosofia natural de Giordano Bruno e o universalismo de Leonardo da Vinci, foi atingido entre os séculos XVI e XVIII com os grandes matemáticos da escola de Cardano, e os físicos posteriores a Galileu, especialmente com os pesquisadores em fluídos como Torricelli. Entretanto, a furiosa perseguição do papado contra os novos hereges fechou não apenas as portas da Itália, mas também de quase todo o Mediterrâneo ao pensamento científico. Na Itália ficaram algumas grandes figuras, porém isoladas e sem possibilidade de formar escola, como os famosos Alessandro Volta e Luigi Galvani, concorrentes no desenvolvimento do eletromagnetismo.
Mas, a unificação não foi auspiciosa para os cientistas, e o fascismo muito menos. Quando, em 1938, o Duce adoptou a política racial do nazismo, alguns físicos e matemáticos judeus, como Federigo Enriques (Livornio, 1871-1946) e Beppo Levi (1875-1961), ou ainda outros casados com esposas judias, como Enrico Fermi (1901-1954), deveram exilar-se. Por sua vez, Bruno Pontecorvo (1913-1993), judeu e comunista, fugiu a Paris em 1936, depois aos EEUU, quando os nazistas atacaram a França, e finalmente, em 1950 à URSS. Das grandes figuras da física do século XX, Guglielmo Marconi foi um dos poucos que no sofreu perseguição. Com o fim do fascismo, as estruturas científicas modestas que ficaram, conseguiram recompor uma escola de físicos razoável.
Mas a violência política dos Anos de Chumbo, também afetou a ciência. Físicos italianos foram colocados sob suspeita por sustentar uma visão democrática e igualitária da sociedade. Não deve parecer esquisito, então, que este artigo apresente um pesquisador e professor de física que também fora um relevante dirigente de grupos autonomistas.
A repressão italiana dos anos 70 foi uma das mais violentas na história do país. A data de 7 de abril de 1979 está marcada na memória da esquerda italiana. Foi o dia em que o procurador de Padua, Pietro Calogero (n. em 1936, Messina), próximo do neo-stalinismo, fez uma grande blitz contra intelectuais. Entre eles estava o físico Franco Piperno, cujo trabalho sobre Cesare Battisti apresentamos neste post.
Franco Piperno (nascido em Catanzaro, na Calabria, em 1942) foi, junto com Toni Negri, fundador do movimento Potere Operaio e um de seus líderes principais junto com Oreste Scalzone, Lanfranco Pace e Valerio Morucci. Tinha sido membro do Partido Comunista Italiano, mas foi expulso durante a agitação estudiantil de 1968, da qual foi um dos principais líderes.
Durante o Verão de 1969, participou das lutas sindicais na Fiat, e, no final de 1969, fundou juntamente com outros grupos políticos Potere Operaio. Foi, ao mesmo tempo, Secretário nacional e reconhecido líder com Toni Negri, Oreste Scalzone e Sergio Bologna. Tentou ser mediador no caso de Aldo Moro, e tentou dialogar com o Presidente democrata-cristão Amintore Fanfani, mas, como sabemos, a morte de Moro convinha à direita italiana e os EEUU.
Piperno foi um dos que denunciou publicamente que a Itália estava vivendo uma guerra civil em pequena escala.
Após o nefasto "7 de abril” foi acusado de ser um dos apoiadores armados da Autonomia Operaia, e fugiu a França, sendo ele também um beneficiado pela doutrina de François Mitterrand. Posteriormente se deslocou ao Canadá.
Piperno continuou refletindo sobre política e sociedade e publicou vários livros e numerosos artigos baseados em suas reflexões.
Franco formou-se em física na Universidade de Pisa (a mesma de Galileu) em 1967, e fez aperfeiçoamento em Roma e Trieste. Publicou vários artigos e quatro livros sobre física da matéria, mecânica quântica, física nuclear e astronomia.
Atualmente es professor associado (efetivo) de Física da matéria na Universidade da Calábria.
O artigo sobre Cesare Battisti é muito interessante pela objetividade e racionalidade com que trata o problema da extradição exigida pela Itália.
Agradeço ao autor por permitir sua tradução e publicação; e a Cesare Battisti por ter revisado minha tradução.
Lembrar para Julgar
O caso Battisti, a desinformação brasileira e a mentira italiana
Franco Piperno
Partamos de alguns fatos para depois, através do exercício da dúvida, chegar a uma certeza que se conclui com um “caveat”.
Primeiro Fato
Battisti foi condenado pelos magistrados milaneses, há trinta anos, por gravíssimos crimes. Em particular, a sentença definitiva lhe atribui 4 homicídios. Por dois destes crimes é acusado de responsabilidade moral.
Ele se proclama inocente. A autoridade política do Brasil, país regido por um regime considerado democrático pela diplomacia ocidental, lhe há concedido o status de imigrante em consideração da natureza política dos delitos dos quais é acusado e dos processos sucessivos que o têm envolvido. Em outras palavras, o governo brasileiro tem julgado que o desenvolvimento dos processos dos anos 70, quando estavam em vigor as “leis especiais contra o terrorismo”, estava gravemente eivado pelos procedimentos emergenciais adotados pelo estado italiano, para fazer frente a uma revolta social, uma “insurgência de massa”, sem precedentes na história do país.
Segundo Fato
Este juízo negativo não é certamente uma surpresa, uma ofensa inesperada e irresponsável à dignidade do nosso país, devida ao mau conhecimento da história italiana, em particular, da mais recente. De fato, nestes 30 anos, aconteceu muitas vezes que os requerimentos de extradição, pedidos por nossa magistratura pelos delitos referidos aos “anos de chumbo” foram formalmente rejeitados pela autoridade estrangeira, com motivações totalmente análogas à formuladas, há algumas semanas, pelo presidente brasileiro saliente Lula da Silva.
Aconteceu assim com o Canadá, a Suíça, a Alemanha, a Grã Bretanha, a Suécia, a Nicarágua, a Argentina, o Japão, para não falar da habitual França. La possibilidade de que as autoridades de todos estes países errassem no julgamento e carecessem de informações sobre nosso país é pouco provável. Parece mais provável, pelo contrário, que exista no sistema político italiano uma compulsão para voltar a suas origens, uma vontade surda de continuar sua legitimação com base na repressão dos movimentos revolucionários dos anos 70; ou, para dizê-lo com os chavões mediáticos, com base no mérito de ter salvado a república democrática do terrorismo vermelho, omitindo, talvez por modéstia, sua poderosa contribuição a gera-lo.
Assim, então, qualquer episódio que coloque dúvidas sobre as medidas liberticidas adotadas naquela época, e também sobre as sentenças judiciais naquele período, é visto pela classe política com emoção transversal, não desprovida de histeria, com a maioria e a oposição atuando conjuntamente, como se fosse um atentado à credibilidade do poder. Em soma, será que o presidente Lula erra em seu juízo sobre a tragédia italiana dos anos setenta, ou erra o presidente Napolitano a promover irresponsavelmente a gesta do companheiro [Ugo] Pecchioli [senador e ministro comunista] ministro sombra da polícia e ator protagonista naquela tragédia?
Terceiro Fato
É paradoxal que o presidente do Conselho [ou seja, o premiê; o autor se refere aqui a Silvio Berlusconi] e o ministro da justiça [Angelino Alfano] se lamente da escassa consideração em que é tida nossa magistratura junto à autoridade brasileira, quando ambos, ao uníssono e cotidianamente, denunciam a “doença italiana”, o uso político da justiça por partes dos juízes. Depois de tudo, pode acontecer que Lula leia, de tanto em tanto, o jornal de família ou escute il noticiário do TG1... [O autor se refere ao Tele Giornale 1, o nome dos telejornais do Canal de TV Rai Uno]
Talvez, Berlusconi e Alfano acreditem, de boa fé que esta distorção do papel da ordem judiciária, esta doença institucional, tenha sido contraído só recentemente, quando o mesmo Berlusconi, [Cesare] Previti [ex-ministro de defesa] e [Marcello] dell’Utri [ambos íntimos colaboradores de Berlusconi] têm ficado capturados naquela rede. Talvez, eles parecem acreditar que nos anos 70 a situação era diferente, e que então sim que a magistratura era confiável e imparcial e os juízes não se candidatavam a deputados. Lamentavelmente, podemos testemunhar, alguns entre nós por experiência direta, que não era assim, o vicio é velho para não dizer antigo. Ainda, para falar verdade, os métodos judiciários eram, com certeza, mais sumários e cruéis nessa época do que hoje, e a imprensa, toda a imprensa, como mínimo, mentia por omissão. Ainda, devemos neste sentido, por honestidade intelectual, notar que, então, não se tratou só de pulsões reacionárias de um bom número de juízes, mas da exiguidade do poder político que, incapaz de mediar, de desenvolver seu papel, acabou tratando aquele áspero confronto social como um problema de ordem pública, confiando a solução, através da legislação de emergência, à policia e à magistratura. Esta delegação do poder político na polícia está ainda em vigor, nesta Segunda República, quando se volta a invocar, por um motivo ou por outro, aqueles anos; e isto com próprias razões, porque a 2ª República é uma consequência não tanto da desaparição da União Soviética, e ainda menos da corrupção de Targentopoli, que continua mais vigorosa do que no começo; porém, a insurreição armada de estudantes e operários foi gerada no sentido de provocar, por assim dizer, a rotura do galho e a descoberta do verme: la emergência na consciência coletiva do país, do “dar-se conta” da verdadeira natureza das instituições republicanas nascidas da Resistência, aquele vazar de lagrimas e sangue deflagrado pelas leis liberticidas e pela licença para matar conferida à máquina repressiva do estado.
A Dúvida
Nós nutrimos mais de uma dúvida sobre as sentenças articuladas entorno do nebuloso instrumento jurídico da responsabilidade moral. E isto vale para Battisti como para [Adriano] Sofri, quaisquer que sejam as diferenças pessoais e humanas entre ambos. De fato, em apoio da racionalidade de nossa perplexidade, poderemos mostrar aqui centenas e centenas de casos de ordinária iniquidade acontecidos nesses anos, quando a responsabilidade moral vinha regada com certa generosidade a esquerda e direita; e, por consequência, a “melhor parte” do país, cerca de 5000 jovens e menos jovens, tem conhecido o exílio, o cárcere, a tortura, e a morte em dezenas de casos; apresentada alguma vez até na forma bizarra da “doença ativa”, para a defenestração desde os andares altos da delegacia, durante um interrogatório de polícia, como aconteceu em Milão; ou, de maneira vil, execuções sumárias enquanto, ainda, o sono da primeira parte da manhã tornava as pessoas indefesas, como em Genova.
Parece-nos evidente que a responsabilidade moral é uma circunstância difícil de aferir; e ter solicitado seu uso, soa como uma ordem de serviço surgida do aparato repressivo. O análogo da “responsabilidade moral” dos anos 70 é, em nossos dias, o delito de “associação externa” na máfia, hipótese legal de recente aparição na jurisprudência, porém desconhecida nos códigos – também neste caso, a indeterminação intrínseca do crime, conjunto ao uso do cárcere especial, permite à repressão se exercer não tanto sobre os criminais quanto aterrorizar o tecido social na qual a criminalidade encontra a nutrição de suas raízes, alimenta um consenso que provém da pertinência à mesma cultura.
A Certeza
Suponhamos também que os processos aos quais tem sido submetido Battisti se tenham celebrado na rigorosa obediência das garantias que a leis ordinárias outorgam ao imputado; e que as provas oferecidas pela acusação sejam resultado de uma evidência deslumbrante ¾ o que, enfatizo, é quase totalmente improvável.
Ainda neste caso, fica um argumento forte a favor de Battisti, no sentido de que, apesar dos crimes cometidos, convém que seja restituído à vida civil, ou pelo menos deixado em paz, com seus turbamentos e remorsos, no país que decidiu acolhê-lo. Isto concorda com a Constituição, tão frequentemente invocada de maneira retórica e demasiadas vezes traída.
Em nossas leis fundamentais, a expiação da pena não é concebida como a primitiva aflição do réu, dirigida a punir a dor irreparável e o rancor compreensível das vítimas, dos familiares e dos amigos. Mais exatamente, a função civil da privação da liberdade e de outras sanções acessórias, é aquela de redimir o culpado, de modo que o término da pena coincida com a realização de seu fim e a expiação se conclua com a recuperação de um ser humano para a comunidade.
Assim, nos parece que se pode concluir que, segundo a carta fundamental da república na qual nos há acontecido viver, Battisti tem terminado seu período de expiação; de fato, nos últimos 30 anos, vivendo num país ou em outro, nunca há violado os costumes e as leis. Por outro lado, seus livros, com seu discreto sucesso, testemunham que o processo de reinserção na vida civil já está positivamente concluído. Por outro lado, como já foi dito, as sentenças contra Battisti implicam a prisão perpétua; e só clima justiceiro [linchador] que envenena o debate italiano sobre o tema, pode explicar o esquecimento no qual tem caído a voz, racional e apaixonada, dos juristas democráticos que desde há tempo avançam colocando dúvida sobre a coerência de tal pena com o espírito e a letra do ordenamento constitucional. Assim, aquilo que a nossa melhor tradição jurídica nos permite aceitar, dificilmente poderia ser compartilhado pela autoridade de um país como o Brasil, onde a prisão perpétua é desconhecida. Por sinal, esta pena é considerado em muitas partes do mundo uma exceção desumana, mesmo se, entre nós, parece ter-se diluído o sentido de sua intrínseca e inútil crueldade. Para concluir sobre este ponto, o requerimento italiano de extraditar um condenado a prisão perpétua por um país onde nunca a pena acaba, é considerado uma “tortura juridicamente legitimada” e resulta com toda evidência inadmissível.
Todavia, na Italia, a mídia unanimemente não apenas considera que a extradição seja correta, mas julgam uma ofensa à dignidade nacional o fato que o Brasil não tenha resolvido concedê-la.
Respeito e Piedade
Nossa análise do caso Battisti não pode ignorar o trágico sofrimento aos quais estiveram sujeitos (algumas vezes, é bom dizer, por causa do fogo amigo) as vítimas e seus parentes. Mas, sendo que o mal feito não é reversível, a única possibilidade de resgatá-lo e tirar partido disso, aprender dos erros, por trágicos que possam ser. Isto quer dizer que o respeito que devemos às vítimas é o de reconstruir a verdade comum recolhida nos anos de chumbo, aquele período formidável, quando atuou a insurgência de massa contra os aspectos tirânicos do poder, suas mentiras e hipocrisias. Não teremos uma verdade comum se vem negada ou, ainda pior, privada daquela experiência, a inebriante paixão civil que há levado centenas de milhares de jovens e menos jovens a tomar a palavra em público, a tirar a humilhante máscara de súbdito, para virar cidadãos ativos, protagonistas de seu destino, artífices de sua realização. Também se isto tem implicado, como tem acontecido outras vezes na história, que se gerasse e se recebesse destruição e morte.
Dizer a verdade quer dizer antes de tudo, rejeitar a blasfema redução da insurgência de massa à prática terrorista, dos rebeldes aos criminais. Deve-se partir do reconhecimento do fato de que a Itália, nos anos 60, teve uma pequena guerra civil, e, como em toda guerra, tanto as vítimas como os algozes estavam em ambas as partes. Só sob esta condição, é possível perceber um percurso de verdade, de crescimento interior de nosso país que o conduza a se liberar do senso de culpa que o oprime. De fato, que na Itália o poder público seja possuído de uma coação a repetir a mentira pública resulta evidente do uso cínico do sentimento de piedade com as vítimas (sentimento que vem deformado e representado de maneira despudora na forma de reivindicações teatralizadas; e, ao mesmo tempo, pelo silêncio, quebrado pela propagação de calúnias, dentro do qual é omitida a dor pelas outras vítimas, caídas sob o fogo dos tutores da ordem, quando não pela mano dos mercenários da reação), este último intento, em aqueles anos, mais ou menos secretamente, à subversão da república enquanto hoje sentam nos assentos do parlamento republicano.
Caveat
O caso Battisti, justamente porque não se pode dizer que seu protagonista é um herói, é a ocasião, o tempo justo para acertar contas publicamente com o passado, guardando a verdade para passa-la ao futuro. E é por isto que nós, conscientes da responsabilidade que assumimos, concluímos lembrado (aos desmemoriados herdeiros da classe política dos anos 70, altos funcionários da repressão, ex-mercenários) um antigo ditado da Magna Grécia [colônias gregas no sul da Itália entre os séculos VII e II a. C.], que soa ao mesmo tempo como um reclamo e uma advertência.
Os vencedores só se salvarão se respeitarem a honra e os Deuses dos vencidos.
AIUSA 9152711
Esta matéria contém, após esta introdução minha, um artigo do físico italiano Franco Piperno, um importante dirigente da esquerda alternativa durante os anos 70 e atual especialista em física da matéria, sobre Cesare Battisti, a quem pouco conhece e do qual não é amigo pessoal, o que dá garantia de raciocínio isento. Hoje em dia, é difícil encontrar, nos países latinos, cientistas que se ocupem de problemas de direitos humanos, mas é muito interessante a colaboração entre o rigor e a objetividade do cientista, com a sensibilidade do ativista humanitário, como se encontra neste artigo.
Observando a vida pública italiana de nosso tempo, pode ser difícil imaginar que o país já teve a cultura mais interessante do planeta, cujos rastos sobreviveram dispersos e fragmentados, tanto nas propostas sociais e comportamentais da esquerda alternativa dos anos 70, como nas novas formas da excelente filmografia das últimas décadas, e em vários outros aspectos.
Mas, quando a Itália era uma região de estados independentes, unidos por alguns nexos culturais (entre eles, a língua), nela floresceu o Renascimento, o Humanismo, o direito moderno com o célebre Marquês de Beccaria, e uma abundância de arte e literatura que inspirou o maior escritor da história, William Shakespeare, a situar em Verona e Veneza quatro de suas melhores peças.
Nem sempre houve fascismo nem máfia, e nem sempre o poder papal, que se apossou “espiritualmente” de toda a península, reinou em todos os estados, alguns dos quais foram exemplo de iluminismo, secularidade e tolerância. Além de tudo, a Itália criou a ciência experimental. Com efeito, antes da Galileu Galilei (1564-1642), a experimentação era uma curiosidade escondida nos porões de alguns “hereges” como Roger Bacon, que conseguiram florescer apenas em países como a Inglaterra a Dinamarca, ou a Holanda. Antes da Galileu, a única ciência desenvolvida era a matemática, que não entrava em conflito com a Igreja porque não interferia na teologia cristã. (A astronomia clássica é, em grande medida, matemática aplicada e não uma ciência empírica.)
O apogeu da ciência italiana, preanunciado pela filosofia natural de Giordano Bruno e o universalismo de Leonardo da Vinci, foi atingido entre os séculos XVI e XVIII com os grandes matemáticos da escola de Cardano, e os físicos posteriores a Galileu, especialmente com os pesquisadores em fluídos como Torricelli. Entretanto, a furiosa perseguição do papado contra os novos hereges fechou não apenas as portas da Itália, mas também de quase todo o Mediterrâneo ao pensamento científico. Na Itália ficaram algumas grandes figuras, porém isoladas e sem possibilidade de formar escola, como os famosos Alessandro Volta e Luigi Galvani, concorrentes no desenvolvimento do eletromagnetismo.
Mas, a unificação não foi auspiciosa para os cientistas, e o fascismo muito menos. Quando, em 1938, o Duce adoptou a política racial do nazismo, alguns físicos e matemáticos judeus, como Federigo Enriques (Livornio, 1871-1946) e Beppo Levi (1875-1961), ou ainda outros casados com esposas judias, como Enrico Fermi (1901-1954), deveram exilar-se. Por sua vez, Bruno Pontecorvo (1913-1993), judeu e comunista, fugiu a Paris em 1936, depois aos EEUU, quando os nazistas atacaram a França, e finalmente, em 1950 à URSS. Das grandes figuras da física do século XX, Guglielmo Marconi foi um dos poucos que no sofreu perseguição. Com o fim do fascismo, as estruturas científicas modestas que ficaram, conseguiram recompor uma escola de físicos razoável.
Mas a violência política dos Anos de Chumbo, também afetou a ciência. Físicos italianos foram colocados sob suspeita por sustentar uma visão democrática e igualitária da sociedade. Não deve parecer esquisito, então, que este artigo apresente um pesquisador e professor de física que também fora um relevante dirigente de grupos autonomistas.
A repressão italiana dos anos 70 foi uma das mais violentas na história do país. A data de 7 de abril de 1979 está marcada na memória da esquerda italiana. Foi o dia em que o procurador de Padua, Pietro Calogero (n. em 1936, Messina), próximo do neo-stalinismo, fez uma grande blitz contra intelectuais. Entre eles estava o físico Franco Piperno, cujo trabalho sobre Cesare Battisti apresentamos neste post.
Franco Piperno (nascido em Catanzaro, na Calabria, em 1942) foi, junto com Toni Negri, fundador do movimento Potere Operaio e um de seus líderes principais junto com Oreste Scalzone, Lanfranco Pace e Valerio Morucci. Tinha sido membro do Partido Comunista Italiano, mas foi expulso durante a agitação estudiantil de 1968, da qual foi um dos principais líderes.
Durante o Verão de 1969, participou das lutas sindicais na Fiat, e, no final de 1969, fundou juntamente com outros grupos políticos Potere Operaio. Foi, ao mesmo tempo, Secretário nacional e reconhecido líder com Toni Negri, Oreste Scalzone e Sergio Bologna. Tentou ser mediador no caso de Aldo Moro, e tentou dialogar com o Presidente democrata-cristão Amintore Fanfani, mas, como sabemos, a morte de Moro convinha à direita italiana e os EEUU.
Piperno foi um dos que denunciou publicamente que a Itália estava vivendo uma guerra civil em pequena escala.
Após o nefasto "7 de abril” foi acusado de ser um dos apoiadores armados da Autonomia Operaia, e fugiu a França, sendo ele também um beneficiado pela doutrina de François Mitterrand. Posteriormente se deslocou ao Canadá.
Piperno continuou refletindo sobre política e sociedade e publicou vários livros e numerosos artigos baseados em suas reflexões.
Franco formou-se em física na Universidade de Pisa (a mesma de Galileu) em 1967, e fez aperfeiçoamento em Roma e Trieste. Publicou vários artigos e quatro livros sobre física da matéria, mecânica quântica, física nuclear e astronomia.
Atualmente es professor associado (efetivo) de Física da matéria na Universidade da Calábria.
O artigo sobre Cesare Battisti é muito interessante pela objetividade e racionalidade com que trata o problema da extradição exigida pela Itália.
Agradeço ao autor por permitir sua tradução e publicação; e a Cesare Battisti por ter revisado minha tradução.
Lembrar para Julgar
O caso Battisti, a desinformação brasileira e a mentira italiana
Franco Piperno
Partamos de alguns fatos para depois, através do exercício da dúvida, chegar a uma certeza que se conclui com um “caveat”.
Primeiro Fato
Battisti foi condenado pelos magistrados milaneses, há trinta anos, por gravíssimos crimes. Em particular, a sentença definitiva lhe atribui 4 homicídios. Por dois destes crimes é acusado de responsabilidade moral.
Ele se proclama inocente. A autoridade política do Brasil, país regido por um regime considerado democrático pela diplomacia ocidental, lhe há concedido o status de imigrante em consideração da natureza política dos delitos dos quais é acusado e dos processos sucessivos que o têm envolvido. Em outras palavras, o governo brasileiro tem julgado que o desenvolvimento dos processos dos anos 70, quando estavam em vigor as “leis especiais contra o terrorismo”, estava gravemente eivado pelos procedimentos emergenciais adotados pelo estado italiano, para fazer frente a uma revolta social, uma “insurgência de massa”, sem precedentes na história do país.
Segundo Fato
Este juízo negativo não é certamente uma surpresa, uma ofensa inesperada e irresponsável à dignidade do nosso país, devida ao mau conhecimento da história italiana, em particular, da mais recente. De fato, nestes 30 anos, aconteceu muitas vezes que os requerimentos de extradição, pedidos por nossa magistratura pelos delitos referidos aos “anos de chumbo” foram formalmente rejeitados pela autoridade estrangeira, com motivações totalmente análogas à formuladas, há algumas semanas, pelo presidente brasileiro saliente Lula da Silva.
Aconteceu assim com o Canadá, a Suíça, a Alemanha, a Grã Bretanha, a Suécia, a Nicarágua, a Argentina, o Japão, para não falar da habitual França. La possibilidade de que as autoridades de todos estes países errassem no julgamento e carecessem de informações sobre nosso país é pouco provável. Parece mais provável, pelo contrário, que exista no sistema político italiano uma compulsão para voltar a suas origens, uma vontade surda de continuar sua legitimação com base na repressão dos movimentos revolucionários dos anos 70; ou, para dizê-lo com os chavões mediáticos, com base no mérito de ter salvado a república democrática do terrorismo vermelho, omitindo, talvez por modéstia, sua poderosa contribuição a gera-lo.
Assim, então, qualquer episódio que coloque dúvidas sobre as medidas liberticidas adotadas naquela época, e também sobre as sentenças judiciais naquele período, é visto pela classe política com emoção transversal, não desprovida de histeria, com a maioria e a oposição atuando conjuntamente, como se fosse um atentado à credibilidade do poder. Em soma, será que o presidente Lula erra em seu juízo sobre a tragédia italiana dos anos setenta, ou erra o presidente Napolitano a promover irresponsavelmente a gesta do companheiro [Ugo] Pecchioli [senador e ministro comunista] ministro sombra da polícia e ator protagonista naquela tragédia?
Terceiro Fato
É paradoxal que o presidente do Conselho [ou seja, o premiê; o autor se refere aqui a Silvio Berlusconi] e o ministro da justiça [Angelino Alfano] se lamente da escassa consideração em que é tida nossa magistratura junto à autoridade brasileira, quando ambos, ao uníssono e cotidianamente, denunciam a “doença italiana”, o uso político da justiça por partes dos juízes. Depois de tudo, pode acontecer que Lula leia, de tanto em tanto, o jornal de família ou escute il noticiário do TG1... [O autor se refere ao Tele Giornale 1, o nome dos telejornais do Canal de TV Rai Uno]
Talvez, Berlusconi e Alfano acreditem, de boa fé que esta distorção do papel da ordem judiciária, esta doença institucional, tenha sido contraído só recentemente, quando o mesmo Berlusconi, [Cesare] Previti [ex-ministro de defesa] e [Marcello] dell’Utri [ambos íntimos colaboradores de Berlusconi] têm ficado capturados naquela rede. Talvez, eles parecem acreditar que nos anos 70 a situação era diferente, e que então sim que a magistratura era confiável e imparcial e os juízes não se candidatavam a deputados. Lamentavelmente, podemos testemunhar, alguns entre nós por experiência direta, que não era assim, o vicio é velho para não dizer antigo. Ainda, para falar verdade, os métodos judiciários eram, com certeza, mais sumários e cruéis nessa época do que hoje, e a imprensa, toda a imprensa, como mínimo, mentia por omissão. Ainda, devemos neste sentido, por honestidade intelectual, notar que, então, não se tratou só de pulsões reacionárias de um bom número de juízes, mas da exiguidade do poder político que, incapaz de mediar, de desenvolver seu papel, acabou tratando aquele áspero confronto social como um problema de ordem pública, confiando a solução, através da legislação de emergência, à policia e à magistratura. Esta delegação do poder político na polícia está ainda em vigor, nesta Segunda República, quando se volta a invocar, por um motivo ou por outro, aqueles anos; e isto com próprias razões, porque a 2ª República é uma consequência não tanto da desaparição da União Soviética, e ainda menos da corrupção de Targentopoli, que continua mais vigorosa do que no começo; porém, a insurreição armada de estudantes e operários foi gerada no sentido de provocar, por assim dizer, a rotura do galho e a descoberta do verme: la emergência na consciência coletiva do país, do “dar-se conta” da verdadeira natureza das instituições republicanas nascidas da Resistência, aquele vazar de lagrimas e sangue deflagrado pelas leis liberticidas e pela licença para matar conferida à máquina repressiva do estado.
A Dúvida
Nós nutrimos mais de uma dúvida sobre as sentenças articuladas entorno do nebuloso instrumento jurídico da responsabilidade moral. E isto vale para Battisti como para [Adriano] Sofri, quaisquer que sejam as diferenças pessoais e humanas entre ambos. De fato, em apoio da racionalidade de nossa perplexidade, poderemos mostrar aqui centenas e centenas de casos de ordinária iniquidade acontecidos nesses anos, quando a responsabilidade moral vinha regada com certa generosidade a esquerda e direita; e, por consequência, a “melhor parte” do país, cerca de 5000 jovens e menos jovens, tem conhecido o exílio, o cárcere, a tortura, e a morte em dezenas de casos; apresentada alguma vez até na forma bizarra da “doença ativa”, para a defenestração desde os andares altos da delegacia, durante um interrogatório de polícia, como aconteceu em Milão; ou, de maneira vil, execuções sumárias enquanto, ainda, o sono da primeira parte da manhã tornava as pessoas indefesas, como em Genova.
Parece-nos evidente que a responsabilidade moral é uma circunstância difícil de aferir; e ter solicitado seu uso, soa como uma ordem de serviço surgida do aparato repressivo. O análogo da “responsabilidade moral” dos anos 70 é, em nossos dias, o delito de “associação externa” na máfia, hipótese legal de recente aparição na jurisprudência, porém desconhecida nos códigos – também neste caso, a indeterminação intrínseca do crime, conjunto ao uso do cárcere especial, permite à repressão se exercer não tanto sobre os criminais quanto aterrorizar o tecido social na qual a criminalidade encontra a nutrição de suas raízes, alimenta um consenso que provém da pertinência à mesma cultura.
A Certeza
Suponhamos também que os processos aos quais tem sido submetido Battisti se tenham celebrado na rigorosa obediência das garantias que a leis ordinárias outorgam ao imputado; e que as provas oferecidas pela acusação sejam resultado de uma evidência deslumbrante ¾ o que, enfatizo, é quase totalmente improvável.
Ainda neste caso, fica um argumento forte a favor de Battisti, no sentido de que, apesar dos crimes cometidos, convém que seja restituído à vida civil, ou pelo menos deixado em paz, com seus turbamentos e remorsos, no país que decidiu acolhê-lo. Isto concorda com a Constituição, tão frequentemente invocada de maneira retórica e demasiadas vezes traída.
Em nossas leis fundamentais, a expiação da pena não é concebida como a primitiva aflição do réu, dirigida a punir a dor irreparável e o rancor compreensível das vítimas, dos familiares e dos amigos. Mais exatamente, a função civil da privação da liberdade e de outras sanções acessórias, é aquela de redimir o culpado, de modo que o término da pena coincida com a realização de seu fim e a expiação se conclua com a recuperação de um ser humano para a comunidade.
Assim, nos parece que se pode concluir que, segundo a carta fundamental da república na qual nos há acontecido viver, Battisti tem terminado seu período de expiação; de fato, nos últimos 30 anos, vivendo num país ou em outro, nunca há violado os costumes e as leis. Por outro lado, seus livros, com seu discreto sucesso, testemunham que o processo de reinserção na vida civil já está positivamente concluído. Por outro lado, como já foi dito, as sentenças contra Battisti implicam a prisão perpétua; e só clima justiceiro [linchador] que envenena o debate italiano sobre o tema, pode explicar o esquecimento no qual tem caído a voz, racional e apaixonada, dos juristas democráticos que desde há tempo avançam colocando dúvida sobre a coerência de tal pena com o espírito e a letra do ordenamento constitucional. Assim, aquilo que a nossa melhor tradição jurídica nos permite aceitar, dificilmente poderia ser compartilhado pela autoridade de um país como o Brasil, onde a prisão perpétua é desconhecida. Por sinal, esta pena é considerado em muitas partes do mundo uma exceção desumana, mesmo se, entre nós, parece ter-se diluído o sentido de sua intrínseca e inútil crueldade. Para concluir sobre este ponto, o requerimento italiano de extraditar um condenado a prisão perpétua por um país onde nunca a pena acaba, é considerado uma “tortura juridicamente legitimada” e resulta com toda evidência inadmissível.
Todavia, na Italia, a mídia unanimemente não apenas considera que a extradição seja correta, mas julgam uma ofensa à dignidade nacional o fato que o Brasil não tenha resolvido concedê-la.
Respeito e Piedade
Nossa análise do caso Battisti não pode ignorar o trágico sofrimento aos quais estiveram sujeitos (algumas vezes, é bom dizer, por causa do fogo amigo) as vítimas e seus parentes. Mas, sendo que o mal feito não é reversível, a única possibilidade de resgatá-lo e tirar partido disso, aprender dos erros, por trágicos que possam ser. Isto quer dizer que o respeito que devemos às vítimas é o de reconstruir a verdade comum recolhida nos anos de chumbo, aquele período formidável, quando atuou a insurgência de massa contra os aspectos tirânicos do poder, suas mentiras e hipocrisias. Não teremos uma verdade comum se vem negada ou, ainda pior, privada daquela experiência, a inebriante paixão civil que há levado centenas de milhares de jovens e menos jovens a tomar a palavra em público, a tirar a humilhante máscara de súbdito, para virar cidadãos ativos, protagonistas de seu destino, artífices de sua realização. Também se isto tem implicado, como tem acontecido outras vezes na história, que se gerasse e se recebesse destruição e morte.
Dizer a verdade quer dizer antes de tudo, rejeitar a blasfema redução da insurgência de massa à prática terrorista, dos rebeldes aos criminais. Deve-se partir do reconhecimento do fato de que a Itália, nos anos 60, teve uma pequena guerra civil, e, como em toda guerra, tanto as vítimas como os algozes estavam em ambas as partes. Só sob esta condição, é possível perceber um percurso de verdade, de crescimento interior de nosso país que o conduza a se liberar do senso de culpa que o oprime. De fato, que na Itália o poder público seja possuído de uma coação a repetir a mentira pública resulta evidente do uso cínico do sentimento de piedade com as vítimas (sentimento que vem deformado e representado de maneira despudora na forma de reivindicações teatralizadas; e, ao mesmo tempo, pelo silêncio, quebrado pela propagação de calúnias, dentro do qual é omitida a dor pelas outras vítimas, caídas sob o fogo dos tutores da ordem, quando não pela mano dos mercenários da reação), este último intento, em aqueles anos, mais ou menos secretamente, à subversão da república enquanto hoje sentam nos assentos do parlamento republicano.
Caveat
O caso Battisti, justamente porque não se pode dizer que seu protagonista é um herói, é a ocasião, o tempo justo para acertar contas publicamente com o passado, guardando a verdade para passa-la ao futuro. E é por isto que nós, conscientes da responsabilidade que assumimos, concluímos lembrado (aos desmemoriados herdeiros da classe política dos anos 70, altos funcionários da repressão, ex-mercenários) um antigo ditado da Magna Grécia [colônias gregas no sul da Itália entre os séculos VII e II a. C.], que soa ao mesmo tempo como um reclamo e uma advertência.
Os vencedores só se salvarão se respeitarem a honra e os Deuses dos vencidos.
Nova Tragédia anunciada - Barbet
Rio enfrentará em 2012 uma das maiores epidemias de dengue da história, diz prefeitoO
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou na manhã desta quarta-feira (31), durante o anúncio do Plano de Ação de Combate ao Dengue, para o ano 2012, no Centro de Operações da cidade, que o município deve enfrentar a maior epidemia de casos de dengue da história.
- Lamento informar, mas teremos uma das maiores epidemias de dengue da história. Todos os dados apontam para que seja a maior que o Rio já enfrentou, até mesmo com a chegada de novos tipos. E para evitar que as pessoas morram vamos tentar colocar em prática várias ações.
Entre as ações, o prefeito anunciou que Rio de Janeiro entra em estado de alerta contra a dengue por meio de decreto, a partir da próxima quinta-feira (1º), diante da possibilidade de um aumento significativo do número de casos nos próximos meses.
Com isso, a prefeitura resolveu dobrar o número agentes de combate para 3.605 e instalar 30 polos de hidratação para pacientes em toda a cidade, sendo que 20 deles funcionarão durante 12 horas e os outros dez funcionarão 24 horas, a partir de outubro.
Também está prevista a aquisição de novos carros e equipamentos. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, com a compra dos novos equipamentos o Rio vai ficar com 40 carros de fumacê, e 60 equipamentos portáteis, permitindo um maior combate ao ao mosquito na fase adulta.
- Esses equipamentos vão ajudar a minimizar a situação, cada carro vai passar quatro vezes por mês, no mesmo local. Porém temos que lembrar que nada pode substituir o combate ao foco. Todos esses equipamentos só matam o mosquito em fase adulta, a população precisa ajudar a combater o foco.
Como 82% dos criadouros do mosquito estão dentro de imóveis e em 2/3 dos casos registrados de dengue havia foco na casa dos doentes, o conjunto de medidas vai agilizar as vistorias em imóveis e envolver toda a sociedade e os diferentes órgãos públicos numa campanha contra o Aedes aegypti. O Centro de Operações vai funcionar como o Quartel General de combate à doença.
Outra medida que será aplicada no Plano de Combate a Dengue será a implementação de multa e poderá ser até mesmo considerado crime de desobediência e infração sanitária a recusa de receber de um agente sanitário para inspeção. E no caso da residência que for detectado por duas vezes o foco do mosquito, também poderá ser aplicada a multa.
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou na manhã desta quarta-feira (31), durante o anúncio do Plano de Ação de Combate ao Dengue, para o ano 2012, no Centro de Operações da cidade, que o município deve enfrentar a maior epidemia de casos de dengue da história.
- Lamento informar, mas teremos uma das maiores epidemias de dengue da história. Todos os dados apontam para que seja a maior que o Rio já enfrentou, até mesmo com a chegada de novos tipos. E para evitar que as pessoas morram vamos tentar colocar em prática várias ações.
Entre as ações, o prefeito anunciou que Rio de Janeiro entra em estado de alerta contra a dengue por meio de decreto, a partir da próxima quinta-feira (1º), diante da possibilidade de um aumento significativo do número de casos nos próximos meses.
Com isso, a prefeitura resolveu dobrar o número agentes de combate para 3.605 e instalar 30 polos de hidratação para pacientes em toda a cidade, sendo que 20 deles funcionarão durante 12 horas e os outros dez funcionarão 24 horas, a partir de outubro.
Também está prevista a aquisição de novos carros e equipamentos. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, com a compra dos novos equipamentos o Rio vai ficar com 40 carros de fumacê, e 60 equipamentos portáteis, permitindo um maior combate ao ao mosquito na fase adulta.
- Esses equipamentos vão ajudar a minimizar a situação, cada carro vai passar quatro vezes por mês, no mesmo local. Porém temos que lembrar que nada pode substituir o combate ao foco. Todos esses equipamentos só matam o mosquito em fase adulta, a população precisa ajudar a combater o foco.
Como 82% dos criadouros do mosquito estão dentro de imóveis e em 2/3 dos casos registrados de dengue havia foco na casa dos doentes, o conjunto de medidas vai agilizar as vistorias em imóveis e envolver toda a sociedade e os diferentes órgãos públicos numa campanha contra o Aedes aegypti. O Centro de Operações vai funcionar como o Quartel General de combate à doença.
Outra medida que será aplicada no Plano de Combate a Dengue será a implementação de multa e poderá ser até mesmo considerado crime de desobediência e infração sanitária a recusa de receber de um agente sanitário para inspeção. E no caso da residência que for detectado por duas vezes o foco do mosquito, também poderá ser aplicada a multa.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.
Embaixador de Israel na ONU: não há como interditar reconhecimento do estado palestino - Aoragem de Dizer
Embaixador de Israel na ONU: não há como interditar reconhecimento do estado palestinoNa avaliação do embaixador Ron Prosor, Israel não tem chance de reunir um número substancial de estados para se opor à resolução na Assembleia Geral da ONU que reconhecerá o estado palestino, em setembro. Fontes no Ministério das Relações Exteriores israelense estimam que entre 130 e 140 países votarão a favor dos palestinos. Permanece em aberto qual a posição dos 27 membros da União Europeia.
Barak Ravid – Haaretz
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Ron Prosor, enviou uma mensagem confidencial em vídeo para o Ministro do Exterior na semana passada, dizendo que Israel não tem chance de reunir um número substancial de estados para se opor à resolução na Assembleia Geral da ONU que reconhecerá o estado palestino, em setembro.
Enquanto isso, fontes no gabinete do primeiro ministro Benjamin Netanyahu dizem que ele está considerando não participar da Assembleia Geral, neste ano. Provavelmente Shimon Peres o representaria.
Sob a título “Informe da linha de frente na ONU”, Prosor – considerado um dos mais experientes e antigos diplomatas israelenses – apresentou uma avaliação muito pessimista quanto à capacidade de Israel de afetar significativamente os resultados da votação. Embora não o tenha dito explicitamente, Prosor sugere que Israel enfrentará uma derrota diplomática.
“O máximo que podemos esperar obter [no voto na ONU] é um grupo de estados que vão se abster ou estar ausentes durante a votação”, escreveu Prosor, acrescentando que seus comentários estavam baseados em mais de 60 encontros que teve nas últimas semanas com seus pares na ONU. “Só alguns poucos países votarão contra a iniciativa palestina”, escreveu.
Espera-se que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas contate o secretário geral da ONU em 20 de setembro e peça o reconhecimento da Palestina como membro pleno das Nações Unidas. No Ministério de Relações Exteriores a avaliação é que, para evitar o veto dos EUA, os palestinos buscarão o voto na Assembleia Geral e não no Conselho de Segurança, mesmo que aquela seja menos vinculante. O voto na assembleia geral provavelmente ocorrerá em outubro.
Fontes no Ministério das Relações Exteriores estimam que entre 130 e 140 países votarão a favor dos palestinos. Permanece em aberto qual a posição dos 27 membros da União Europeia.
A alta comissária para assuntos de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, vai se encontrar com Benjamin Netanyahu e com o ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, em Jerusalém hoje (28/08), tendo em vista o encontro de ministros do exterior em 3 de setembro.
Uma fonte sênior no Ministério de Relações Exteriores, que está trabalhando para frustrar os movimentos palestinos na ONU, disse que até agora só cinco países do ocidente tinham prometido a Israel que votariam contra o reconhecimento do estado palestino – os EUA, a Alemanha, a Itália, a Holanda e a República Tcheca.
“A maioria dos países ocidentais não quer estar na sala e votar contra o estado palestino”, disse a fonte sênior do ministério de relações exteriores.
No entanto, a posição de quatro países europeus pode mudar, de acordo com os termos da resolução que os palestinos proporão. Se o texto for moderado e incluir a possibilidade de retorno à mesa de negociações imediatamente depois da votação na ONU, esses quatro estados podem alterar sua posição e se abster.
No ministério de Relações Exteriores eles acreditam que os 27 membros da União Europeia vão se dividir entre um grande grupo que apoiará os palestinos e dois pequenos grupos que vão se abster e se opor à resolução.
O ministro de Relações Exteriores palestino Riyad al-Maliki disse neste fim de semana que a Autoridade Palestina está perto de obter o apoio de 130 estados que reconhecerão o estado palestino. Isso inclui o recente reconhecimento do estado palestino por Honduras e El Salvador. A China também anunciou que apoiará a resolução palestina na ONU.
Os palestinos avaliam que a Guatemala e vários países caribenhos também anunciarão seu reconhecimento do estado palestino nas próximas semanas. Israel continua a sua campanha internacional para evitar o apoio da resolução e uma série de ministros estão sendo enviados para a África e a Ásia.
Contudo, parece que Benjamin Netanyahu desistiu desse esforço, com sua decisão de não ir à Assembleia Geral no mês que vem. “A estas alturas, o primeiro ministro não acredita que sua ida a ONU contribuirá para uma mudança na votação da resolução pelo reconhecimento do estado palestino”, disse um dos assessores de Netanyahu.
O presidente Peres provavelmente irá substituir Netanyahu. Lieberman, que também viajará para a ONU, recomendou ao primeiro ministro que Peres se dirigisse à Assembleia Geral, de modo que a posição israelense ouvida na ONU fosse a mais conciliatória e moderada possível.
A maioria dos oficiais experientes de Israel acredita que o país deve tratar o voto na ONU como o fez com o Informe Goldstone – como algo inevitável que deve ser condenado. Um grupo menor de oficiais, que incluir membros do gabinete do ministro de relações exteriores, da Shin Bet [a política federal israelense] e ligados ao gabinete de planejamento das Forças de Defesa de Israel acredita que Israel deve tentar influenciar a linguagem da resolução, visando à retomada das negociações depois do voto.
Tradução: Katarina Peixoto
Barak Ravid – Haaretz
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Ron Prosor, enviou uma mensagem confidencial em vídeo para o Ministro do Exterior na semana passada, dizendo que Israel não tem chance de reunir um número substancial de estados para se opor à resolução na Assembleia Geral da ONU que reconhecerá o estado palestino, em setembro.
Enquanto isso, fontes no gabinete do primeiro ministro Benjamin Netanyahu dizem que ele está considerando não participar da Assembleia Geral, neste ano. Provavelmente Shimon Peres o representaria.
Sob a título “Informe da linha de frente na ONU”, Prosor – considerado um dos mais experientes e antigos diplomatas israelenses – apresentou uma avaliação muito pessimista quanto à capacidade de Israel de afetar significativamente os resultados da votação. Embora não o tenha dito explicitamente, Prosor sugere que Israel enfrentará uma derrota diplomática.
“O máximo que podemos esperar obter [no voto na ONU] é um grupo de estados que vão se abster ou estar ausentes durante a votação”, escreveu Prosor, acrescentando que seus comentários estavam baseados em mais de 60 encontros que teve nas últimas semanas com seus pares na ONU. “Só alguns poucos países votarão contra a iniciativa palestina”, escreveu.
Espera-se que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas contate o secretário geral da ONU em 20 de setembro e peça o reconhecimento da Palestina como membro pleno das Nações Unidas. No Ministério de Relações Exteriores a avaliação é que, para evitar o veto dos EUA, os palestinos buscarão o voto na Assembleia Geral e não no Conselho de Segurança, mesmo que aquela seja menos vinculante. O voto na assembleia geral provavelmente ocorrerá em outubro.
Fontes no Ministério das Relações Exteriores estimam que entre 130 e 140 países votarão a favor dos palestinos. Permanece em aberto qual a posição dos 27 membros da União Europeia.
A alta comissária para assuntos de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, vai se encontrar com Benjamin Netanyahu e com o ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, em Jerusalém hoje (28/08), tendo em vista o encontro de ministros do exterior em 3 de setembro.
Uma fonte sênior no Ministério de Relações Exteriores, que está trabalhando para frustrar os movimentos palestinos na ONU, disse que até agora só cinco países do ocidente tinham prometido a Israel que votariam contra o reconhecimento do estado palestino – os EUA, a Alemanha, a Itália, a Holanda e a República Tcheca.
“A maioria dos países ocidentais não quer estar na sala e votar contra o estado palestino”, disse a fonte sênior do ministério de relações exteriores.
No entanto, a posição de quatro países europeus pode mudar, de acordo com os termos da resolução que os palestinos proporão. Se o texto for moderado e incluir a possibilidade de retorno à mesa de negociações imediatamente depois da votação na ONU, esses quatro estados podem alterar sua posição e se abster.
No ministério de Relações Exteriores eles acreditam que os 27 membros da União Europeia vão se dividir entre um grande grupo que apoiará os palestinos e dois pequenos grupos que vão se abster e se opor à resolução.
O ministro de Relações Exteriores palestino Riyad al-Maliki disse neste fim de semana que a Autoridade Palestina está perto de obter o apoio de 130 estados que reconhecerão o estado palestino. Isso inclui o recente reconhecimento do estado palestino por Honduras e El Salvador. A China também anunciou que apoiará a resolução palestina na ONU.
Os palestinos avaliam que a Guatemala e vários países caribenhos também anunciarão seu reconhecimento do estado palestino nas próximas semanas. Israel continua a sua campanha internacional para evitar o apoio da resolução e uma série de ministros estão sendo enviados para a África e a Ásia.
Contudo, parece que Benjamin Netanyahu desistiu desse esforço, com sua decisão de não ir à Assembleia Geral no mês que vem. “A estas alturas, o primeiro ministro não acredita que sua ida a ONU contribuirá para uma mudança na votação da resolução pelo reconhecimento do estado palestino”, disse um dos assessores de Netanyahu.
O presidente Peres provavelmente irá substituir Netanyahu. Lieberman, que também viajará para a ONU, recomendou ao primeiro ministro que Peres se dirigisse à Assembleia Geral, de modo que a posição israelense ouvida na ONU fosse a mais conciliatória e moderada possível.
A maioria dos oficiais experientes de Israel acredita que o país deve tratar o voto na ONU como o fez com o Informe Goldstone – como algo inevitável que deve ser condenado. Um grupo menor de oficiais, que incluir membros do gabinete do ministro de relações exteriores, da Shin Bet [a política federal israelense] e ligados ao gabinete de planejamento das Forças de Defesa de Israel acredita que Israel deve tentar influenciar a linguagem da resolução, visando à retomada das negociações depois do voto.
Tradução: Katarina Peixoto
A REVISTA VEJA - Laerte Braga
O “jornalista” da revista VEJA que tentou invadir o quarto do hotel em Brasília onde se achava hospedado o ex-ministro José Dirceu é diferente de mau jornalista. É marginal. A revista é a quadrilha que emprega em seus quadros boa parte dos marginais do jornalismo brasileiro. Distribuem-se entre VEJA, GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS, ESTADO DE MINAS, etc, etc, a grande mídia privada.O esquema é tão poderoso que alguns conseguem chegar a Academia Brasileira de Letras, pressupostamente, só pressupostamente, uma instituição voltada para a cultura, o saber, a preservação de notáveis.
VEJA não extrapolou nenhum limite pelo simples fato que os limites de VEJA inexistem em se tratando de banditismo jornalístico. É regra, a razão de ser do carro chefe da quadrilha CIVITA.
A EDITORA ABRIL, que edita VEJA, fechou o exercício financeiro passado com perdas. Desde a ascensão de Lula não tem recebido as propinas nas formas as mais variadas (concorrências, publicidade e coisa e tal) que comprava o silêncio e a cumplicidade com o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Para princípio de conversa, como o grupo GLOBO, não é uma empresa nacional e nem tem compromissos com a informação. É dirigida segundo interesses de grupos econômicos internacionais, seus compromissos são com os interesses desses grupos.
A rede BBC, na semana passada, se viu forçada a desmentir informações que havia divulgado e a admitir que a OTAN comete toda a sorte de crimes e barbaridades na Líbia em função da necessidade de uma Europa Ocidental falida e dos Estados Unidos falido, dispor do petróleo líbio. Como aconteceu no Iraque.
E esse tipo de correção não existe por aqui.
É evidente que o marginal de VEJA deslocado para a matéria em Brasília contou com a cumplicidade de empregados do hotel, ou quem sabe da própria gerência, dos proprietários. Não haveria como agir com a desenvoltura que agiu se isso não tiver acontecido.
É um caso de Polícia e não de liberdade de imprensa, de expressão.
Como é importante destacar que pega no pulo do gato, na mentira, sórdida mentira, a grande mídia só replicou o acontecimento para ressaltar a denúncia como costuma fazer quando se trata dos interesses que pautam essas quadrilhas.
Quando descoberta a mentira, silenciou. Ordem de cima com certeza.
O fato jornalístico de repente passou a ser estupidez das lutas de vale tudo. Ou a escolha da musa do campeonato brasileiro.
A “sociedade do espetáculo” entremeada por sua mais degradante característica. O caráter covarde dos que comandam o processo de informação.
Se o ex-ministro estava em Brasília em ação política contra ou a favor do governo Dilma estava exercendo um direito legítimo de cidadão. Se certo ou errado é outra coisa. Mas nenhuma evidência sequer de crime, ou ação desonesta.
No preconceito que é o alicerce da grande mídia no Brasil contra os trabalhadores e na faina de alienar a classe média (que come arroz com feijão e adora arrotar maionese), VEJA é exatamente a que cumpre o papel sujo, aquele de ir aos esgotos do “jornalismo” e transformá-los em denúncias com ares de pátria amada indignada. Só que a água não é limpa.
A GLOBO reserva-se o direito de uma aparência asséptica na canalhice.
É lógico, alguém tem que parecer que toma banho nessa história toda.
A semana passada inteira toda a mídia voltou-se, por exemplo, contra a ocupação da fazenda da CUTRALE por trabalhadores do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra –. Não houve um único veículo de comunicação que noticiou que as terras são públicas, vão voltar à União e foram invadidas pela CUTRALE, empresa da COCA COLA.
Esse é o óbvio ululante. A COCA COLA detém o controle dessa mídia, goza de privilégios inaceitáveis dos quais os brasileiros não têm o menor conhecimento. Paga a vista a essa mídia.
O episódio provocado pela edição que respinga a água do mais sujo esgoto da marginalidade da mídia privada merece mais que apuração pura e simples e eventual punição dos culpados (agem assim faz tempo e permanecem impunes).
É necessário trazer essa luta pela democratização da mídia às ruas. Mostrar aos brasileiros que William Waack é agente estrangeiro (o preferido de Hilary Clinton). Toda a estrutura que sustenta essa fétida quadrilha a desinformar, a mentir e as razões pelas quais o faz.
Há duas questões de suma importância neste momento e por trás disso, entre todas as que dizem respeito ao Brasil e aos brasileiros. O pré-sal, cujo risco de cair em mãos de grupos estrangeiros é cada dia mais perceptível – é hora de outro O PETRÓLEO É NOSSO – e a estranha decisão do ministro das Comunicações Paulo Bernardo, com o consentimento de Dilma Roussef, de entrega da banda larga às chamadas teles. O ministro costuma viajar em aviões dessas empresas, vale dizer, no mínimo suspeito.
O institucional no Brasil está falido. A corrupção de Sérgio Cabral, Antônio Anastasia, Paulo Hartung, Geraldo Alckimin, José Sarney, Gilmar Mendes, tudo isso e todos esses são fichinhas perto do que há de real e concreto no avanço sobre o nosso País.
O governo Dilma é um fiasco à medida que abre espaços para essas quadrilhas, troca beijinhos com criminosos como FHC e não encontrou ainda a bússola dos compromissos assumidos em praça pública. Parece até que José Serra é o presidente da República.
Por trás da ação de VEJA contra o ex-ministro José Dirceu existe bem mais que uma denúncia forjada, falsa.
Existe um apetite pantagruélico de interesses de bancos, grupos econômicos e latifúndio contra o Brasil e os brasileiros.
A marcha para nos transformar em colônia desses interesses.
A indignação não deve limitar-se a deputados e senadores corruptos, ou políticos corruptos no todo. Mas aos que corrompem e que, curiosamente, estimulam os idiotas do pano preto.
VEJA não extrapolou nenhum limite pelo simples fato que os limites de VEJA inexistem em se tratando de banditismo jornalístico. É regra, a razão de ser do carro chefe da quadrilha CIVITA.
A EDITORA ABRIL, que edita VEJA, fechou o exercício financeiro passado com perdas. Desde a ascensão de Lula não tem recebido as propinas nas formas as mais variadas (concorrências, publicidade e coisa e tal) que comprava o silêncio e a cumplicidade com o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Para princípio de conversa, como o grupo GLOBO, não é uma empresa nacional e nem tem compromissos com a informação. É dirigida segundo interesses de grupos econômicos internacionais, seus compromissos são com os interesses desses grupos.
A rede BBC, na semana passada, se viu forçada a desmentir informações que havia divulgado e a admitir que a OTAN comete toda a sorte de crimes e barbaridades na Líbia em função da necessidade de uma Europa Ocidental falida e dos Estados Unidos falido, dispor do petróleo líbio. Como aconteceu no Iraque.
E esse tipo de correção não existe por aqui.
É evidente que o marginal de VEJA deslocado para a matéria em Brasília contou com a cumplicidade de empregados do hotel, ou quem sabe da própria gerência, dos proprietários. Não haveria como agir com a desenvoltura que agiu se isso não tiver acontecido.
É um caso de Polícia e não de liberdade de imprensa, de expressão.
Como é importante destacar que pega no pulo do gato, na mentira, sórdida mentira, a grande mídia só replicou o acontecimento para ressaltar a denúncia como costuma fazer quando se trata dos interesses que pautam essas quadrilhas.
Quando descoberta a mentira, silenciou. Ordem de cima com certeza.
O fato jornalístico de repente passou a ser estupidez das lutas de vale tudo. Ou a escolha da musa do campeonato brasileiro.
A “sociedade do espetáculo” entremeada por sua mais degradante característica. O caráter covarde dos que comandam o processo de informação.
Se o ex-ministro estava em Brasília em ação política contra ou a favor do governo Dilma estava exercendo um direito legítimo de cidadão. Se certo ou errado é outra coisa. Mas nenhuma evidência sequer de crime, ou ação desonesta.
No preconceito que é o alicerce da grande mídia no Brasil contra os trabalhadores e na faina de alienar a classe média (que come arroz com feijão e adora arrotar maionese), VEJA é exatamente a que cumpre o papel sujo, aquele de ir aos esgotos do “jornalismo” e transformá-los em denúncias com ares de pátria amada indignada. Só que a água não é limpa.
A GLOBO reserva-se o direito de uma aparência asséptica na canalhice.
É lógico, alguém tem que parecer que toma banho nessa história toda.
A semana passada inteira toda a mídia voltou-se, por exemplo, contra a ocupação da fazenda da CUTRALE por trabalhadores do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra –. Não houve um único veículo de comunicação que noticiou que as terras são públicas, vão voltar à União e foram invadidas pela CUTRALE, empresa da COCA COLA.
Esse é o óbvio ululante. A COCA COLA detém o controle dessa mídia, goza de privilégios inaceitáveis dos quais os brasileiros não têm o menor conhecimento. Paga a vista a essa mídia.
O episódio provocado pela edição que respinga a água do mais sujo esgoto da marginalidade da mídia privada merece mais que apuração pura e simples e eventual punição dos culpados (agem assim faz tempo e permanecem impunes).
É necessário trazer essa luta pela democratização da mídia às ruas. Mostrar aos brasileiros que William Waack é agente estrangeiro (o preferido de Hilary Clinton). Toda a estrutura que sustenta essa fétida quadrilha a desinformar, a mentir e as razões pelas quais o faz.
Há duas questões de suma importância neste momento e por trás disso, entre todas as que dizem respeito ao Brasil e aos brasileiros. O pré-sal, cujo risco de cair em mãos de grupos estrangeiros é cada dia mais perceptível – é hora de outro O PETRÓLEO É NOSSO – e a estranha decisão do ministro das Comunicações Paulo Bernardo, com o consentimento de Dilma Roussef, de entrega da banda larga às chamadas teles. O ministro costuma viajar em aviões dessas empresas, vale dizer, no mínimo suspeito.
O institucional no Brasil está falido. A corrupção de Sérgio Cabral, Antônio Anastasia, Paulo Hartung, Geraldo Alckimin, José Sarney, Gilmar Mendes, tudo isso e todos esses são fichinhas perto do que há de real e concreto no avanço sobre o nosso País.
O governo Dilma é um fiasco à medida que abre espaços para essas quadrilhas, troca beijinhos com criminosos como FHC e não encontrou ainda a bússola dos compromissos assumidos em praça pública. Parece até que José Serra é o presidente da República.
Por trás da ação de VEJA contra o ex-ministro José Dirceu existe bem mais que uma denúncia forjada, falsa.
Existe um apetite pantagruélico de interesses de bancos, grupos econômicos e latifúndio contra o Brasil e os brasileiros.
A marcha para nos transformar em colônia desses interesses.
A indignação não deve limitar-se a deputados e senadores corruptos, ou políticos corruptos no todo. Mas aos que corrompem e que, curiosamente, estimulam os idiotas do pano preto.
domingo, 28 de agosto de 2011
Enquete! - EU JÁ VOTEI! VOTE VC TAMBÉM!! - Evandro
Até agora 97% foram 'a favor'mas foram apenas 1658 votos.
um projeto de lei que vai colocar corrupção no rol dos crimes hediondos.
Vote também.
um projeto de lei que vai colocar corrupção no rol dos crimes hediondos.
Vote também.
[Carta O BERRO] Sete pontos acerca da Líbia por Domenico Losurdo - Vanderley Caixe
Doravante mesmo os cegos podem ver e compreender o que está a acontecer na Líbia:
1. O que se passa é uma guerra promovida e desencadeada pela NATO. Esta verdade acaba por se revelar até mesmo nos órgãos de "informação" burgueses. No La Stampa de 25 de Agosto, Lucia Annunziata escreve: é uma guerra "inteiramente externa, ou seja, feita pelas forças da NATO"; foi "o sistema ocidental que promoveu a guerra contra Kadafi". Uma peça do International Herald Tribune de 24 de Agosto mostra-nos "rebeldes" que se regozijam, mas eles estão comodamente instalados num avião que traz o emblema da NATO.
2. Trata-se de uma guerra preparada desde há muito tempo. O Sunday Mirror de 20 de Março revelou que "três semanas" antes da resolução da ONU já estavam em acção na Líbia "centenas" de soldados britânicos, enquadrados num dos corpos militares mais refinados e mais temidos do mundo (SAS). Revelações ou admissões análogas podem ser lidas no International Herald Tribune de 31 de Março, a propósito da presença de "pequenos grupos da CIA" e de uma "ampla força ocidental a actuar na sombra", sempre "antes do desencadeamento das hostilidades a 19 de Março".
3. Esta guerra nada tem a ver com a protecção dos direitos humanos. No artigo já citado, Lucia Annunziata observa com angústia: "A NATO que alcançou a vitória não é a mesma entidade que lançou a guerra". Nesse intervalo de tempo, o Ocidente enfraqueceu-se gravemente com a crise económica; conseguirá ele manter o controle de um continente que, cada vez mais frequentemente, percebe o apelo das "nações não ocidentais" e em particular da China? Igualmente, este mesmo diário que apresenta o artigo de Annunziata, La Stampa, em 26 de Agosto publica uma manchete a toda a largura da página: "Nova Líbia, desafio Itália-França". Para aqueles que ainda não tivessem compreendido de que tipo de desafio se trata, o editorial de Paolo Paroni (Duelo finalmente de negócios) esclarece: depois do início da operação bélica, caracterizada pelo frenético activismo de Sarkozy, "compreendeu-se subitamente que a guerra contra o coronel ia transformar-se num conflito de outro tipo: guerra económica, com um novo adversário: a Itália obviamente".
4. Desejada por motivos abjectos, a guerra é conduzida de modo criminoso. Limito-me apenas a alguns pormenores tomados de um diário acima de qualquer suspeita. O International Herald Tribune de 26 de Agosto, num artigo de K. Fahim e R. Gladstone, relata: "Num acampamento no centro de Tripoli foram encontrados os corpos crivados de balas de mais de 30 combatente pró Kadafi. Pelo menos dois deles estavam atados com algemas de plástico e isto permite pensar que sofreram uma execução. Dentre estes mortos, cinco foram encontrados num hospital de campo; um estava numa ambulância, estendido numa maca e amarrado por um cinturão e tendo ainda uma transfusão intravenosa no braço".
5. Bárbara como todas as guerras coloniais, a guerra actual contra a Líbia demonstra como o imperialismo se torna cada vez mais bárbaro. No passado, foram inumeráveis as tentativas da CIA de assassinar Fidel Castro, mas estas tentativas eram efectuadas em segredo, com um sentimento de que se não é por vergonha é pelo menos de temer possíveis reacções da opinião pública internacional. Hoje, em contrapartida, assassinar Kadafi ou outros chefes de Estado não apreciados no Ocidente é um direito abertamente proclamado. O Corriere della Sera de 26 de Agosto de 2011 titula triunfalmente: "Caça a Kadafi e seus filhos, casa por casa". Enquanto escrevo, os Tornado britânicos, aproveitando também a colaboração e informações fornecidas pela França, são utilizados para bombardear Syrte e exterminar toda a família de Kadafi.
6. Não menos bárbara que a guerra foi a campanha de desinformação. Sem o menor sentimento de pudor, a NATO martelou sistematicamente a mentira segundo a qual suas operações guerreiras não visavam senão a protecção dos civis! E a imprensa, a "livre" imprensa ocidental? Ela, em certo momento, publicou com ostentação a "notícia" segundo a qual Kadafi enchia seus soldados de viagra de modo a que eles pudessem mais facilmente cometer violações em massa. Como esta "notícia" caiu rapidamente no ridículo, surge então uma outra "nova" segundo a qual os soldados líbios atiram sobre as crianças. Nenhuma prova é fornecida, não se encontra nenhuma referência a datas e lugares determinados, nenhuma remessa a tal ou tal fonte: o importante é criminalizar o inimigo a liquidar.
7. Mussolini no seu tempo apresentava a agressão fascista contra a Etiópia como uma campanha para libertar este país da chaga da escravidão; hoje a NATO apresenta a sua agressão contra a Líbia como uma campanha para a difusão da democracia. No seu tempo Mussolini não cessava de trovejar contra o imperador etíope Hailé Sélassié chamando-o "Negus dos negreiros"; hoje a NATO exprime seu desprezo por Kadafi chamando-o "ditador". Assim como a natureza belicista do imperialismo não muda, também as suas técnicas de manipulação revelam elementos significativos de continuidade. Para clarificar quem hoje realmente exerce a ditadura a nível planetário, ao invés de citar Marx ou Lénine quero citar Emmanuel Kant. Num texto de 1798 (O conflito das faculdades), ele escreve: "O que é um monarca absoluto? Aquele que, quando comanda: 'a guerra deve fazer-se', a guerra seguia-se efectivamente". Argumentando deste modo, Kant tomava como alvo em particular a Inglaterra do seu tempo, sem se deixar enganar pela forma "liberal" daquele país. É uma lição de que devemos tirar proveito: os "monarcas absolutos" da nossa época, os tiranos e ditadores planetários da nossa época têm assento em Washington, em Bruxelas e nas mais importantes capitais ocidentais.
Agosto/2011
O original encontra-se em http://domenicolosurdo.blogspot.com/ ; a versão em francês em
http://www.legrandsoir.info/sept-points-sur-la-libye.html
1. O que se passa é uma guerra promovida e desencadeada pela NATO. Esta verdade acaba por se revelar até mesmo nos órgãos de "informação" burgueses. No La Stampa de 25 de Agosto, Lucia Annunziata escreve: é uma guerra "inteiramente externa, ou seja, feita pelas forças da NATO"; foi "o sistema ocidental que promoveu a guerra contra Kadafi". Uma peça do International Herald Tribune de 24 de Agosto mostra-nos "rebeldes" que se regozijam, mas eles estão comodamente instalados num avião que traz o emblema da NATO.
2. Trata-se de uma guerra preparada desde há muito tempo. O Sunday Mirror de 20 de Março revelou que "três semanas" antes da resolução da ONU já estavam em acção na Líbia "centenas" de soldados britânicos, enquadrados num dos corpos militares mais refinados e mais temidos do mundo (SAS). Revelações ou admissões análogas podem ser lidas no International Herald Tribune de 31 de Março, a propósito da presença de "pequenos grupos da CIA" e de uma "ampla força ocidental a actuar na sombra", sempre "antes do desencadeamento das hostilidades a 19 de Março".
3. Esta guerra nada tem a ver com a protecção dos direitos humanos. No artigo já citado, Lucia Annunziata observa com angústia: "A NATO que alcançou a vitória não é a mesma entidade que lançou a guerra". Nesse intervalo de tempo, o Ocidente enfraqueceu-se gravemente com a crise económica; conseguirá ele manter o controle de um continente que, cada vez mais frequentemente, percebe o apelo das "nações não ocidentais" e em particular da China? Igualmente, este mesmo diário que apresenta o artigo de Annunziata, La Stampa, em 26 de Agosto publica uma manchete a toda a largura da página: "Nova Líbia, desafio Itália-França". Para aqueles que ainda não tivessem compreendido de que tipo de desafio se trata, o editorial de Paolo Paroni (Duelo finalmente de negócios) esclarece: depois do início da operação bélica, caracterizada pelo frenético activismo de Sarkozy, "compreendeu-se subitamente que a guerra contra o coronel ia transformar-se num conflito de outro tipo: guerra económica, com um novo adversário: a Itália obviamente".
4. Desejada por motivos abjectos, a guerra é conduzida de modo criminoso. Limito-me apenas a alguns pormenores tomados de um diário acima de qualquer suspeita. O International Herald Tribune de 26 de Agosto, num artigo de K. Fahim e R. Gladstone, relata: "Num acampamento no centro de Tripoli foram encontrados os corpos crivados de balas de mais de 30 combatente pró Kadafi. Pelo menos dois deles estavam atados com algemas de plástico e isto permite pensar que sofreram uma execução. Dentre estes mortos, cinco foram encontrados num hospital de campo; um estava numa ambulância, estendido numa maca e amarrado por um cinturão e tendo ainda uma transfusão intravenosa no braço".
5. Bárbara como todas as guerras coloniais, a guerra actual contra a Líbia demonstra como o imperialismo se torna cada vez mais bárbaro. No passado, foram inumeráveis as tentativas da CIA de assassinar Fidel Castro, mas estas tentativas eram efectuadas em segredo, com um sentimento de que se não é por vergonha é pelo menos de temer possíveis reacções da opinião pública internacional. Hoje, em contrapartida, assassinar Kadafi ou outros chefes de Estado não apreciados no Ocidente é um direito abertamente proclamado. O Corriere della Sera de 26 de Agosto de 2011 titula triunfalmente: "Caça a Kadafi e seus filhos, casa por casa". Enquanto escrevo, os Tornado britânicos, aproveitando também a colaboração e informações fornecidas pela França, são utilizados para bombardear Syrte e exterminar toda a família de Kadafi.
6. Não menos bárbara que a guerra foi a campanha de desinformação. Sem o menor sentimento de pudor, a NATO martelou sistematicamente a mentira segundo a qual suas operações guerreiras não visavam senão a protecção dos civis! E a imprensa, a "livre" imprensa ocidental? Ela, em certo momento, publicou com ostentação a "notícia" segundo a qual Kadafi enchia seus soldados de viagra de modo a que eles pudessem mais facilmente cometer violações em massa. Como esta "notícia" caiu rapidamente no ridículo, surge então uma outra "nova" segundo a qual os soldados líbios atiram sobre as crianças. Nenhuma prova é fornecida, não se encontra nenhuma referência a datas e lugares determinados, nenhuma remessa a tal ou tal fonte: o importante é criminalizar o inimigo a liquidar.
7. Mussolini no seu tempo apresentava a agressão fascista contra a Etiópia como uma campanha para libertar este país da chaga da escravidão; hoje a NATO apresenta a sua agressão contra a Líbia como uma campanha para a difusão da democracia. No seu tempo Mussolini não cessava de trovejar contra o imperador etíope Hailé Sélassié chamando-o "Negus dos negreiros"; hoje a NATO exprime seu desprezo por Kadafi chamando-o "ditador". Assim como a natureza belicista do imperialismo não muda, também as suas técnicas de manipulação revelam elementos significativos de continuidade. Para clarificar quem hoje realmente exerce a ditadura a nível planetário, ao invés de citar Marx ou Lénine quero citar Emmanuel Kant. Num texto de 1798 (O conflito das faculdades), ele escreve: "O que é um monarca absoluto? Aquele que, quando comanda: 'a guerra deve fazer-se', a guerra seguia-se efectivamente". Argumentando deste modo, Kant tomava como alvo em particular a Inglaterra do seu tempo, sem se deixar enganar pela forma "liberal" daquele país. É uma lição de que devemos tirar proveito: os "monarcas absolutos" da nossa época, os tiranos e ditadores planetários da nossa época têm assento em Washington, em Bruxelas e nas mais importantes capitais ocidentais.
Agosto/2011
O original encontra-se em http://domenicolosurdo.blogspot.com/ ; a versão em francês em
http://www.legrandsoir.info/sept-points-sur-la-libye.html
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
[Carta O BERRO] Palestinos e Israel - URGENTE - Hoje o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir o apelo da Palestina para se tornar o 194º país do mundo. ASSINE! - Vanderley Caixe
Caros amigos,
Hoje o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir o apelo da Palestina para se tornar o 194º país do mundo. No entanto, governantes de países de destaque ainda estão em cima do muro. Somente um esforço gigantesco da opinião pública pode mudar a situação.
A Avaaz fez um pequeno, mas emocionante vídeo mostrando que essa proposta legítima é de fato a melhor oportunidade para acabar com o beco sem saída das infinitas negociações mal-sucedidas e abrir um novo caminho para a paz.
Clique para assistir o vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe para todos:
Enquanto a violência se espalha novamente e as tensões sobem no Oriente Médio, uma nova proposta de independência da Palestina ganha fôlego em todo o planeta. Se conseguirmos a aprovação dessa proposta na ONU, ela poderá significar um novo caminho para a paz.
Porém, os chefes de governo de países de destaque ainda estão em cima do muro e para convencê-los a apoiar a independência da Palestina precisamos reforçar a pressão da opinião pública. Muita gente acha que não entende a situação suficientemente bem para se mobilizar. Para ajudar, a Avaaz fez um novo vídeo de curta duração contando a verdade sobre o conflito. Se uma quantidade suficiente de pessoas assistir ao vídeo, assinar a petição e a encaminhar a todos os seus contatos, nossas lideranças serão forçadas a nos ouvir.
Quase 10 milhões de membros da Avaaz estão recebendo este e-mail. Vamos mudar o teor da conversa sobre o Oriente Médio e criar um maremoto de apoio à independência da Palestina. Clique no link abaixo para assistir ao vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe este e-mail a todos os seus contatos:
http://www.avaaz.org/po/middle_east_peace_now/?vl
Enquanto a maioria dos palestinos e israelenses querem uma solução para o conflito baseada em dois Estados, o governo extremista de Israel continua aprovando a construção de assentamentos em áreas contestadas, alimentando ódio e massacres. Apesar dos esforços, décadas de negociações para a paz lideradas pelos EUA fracassaram na tentativa de refrear os inimigos da paz e chegar a um acordo.
Hoje, essa proposta de independência poderia ser a melhor oportunidade em vários anos para sair do impasse, evitar outra espiral da violência e equilibrar o campo de ação entre as duas partes em favor das negociações.
No mês passado, os palestinos apresentaram sua proposta ao Conselho de Segurança. Mais de 120 países a apoiam, mas os Estados Unidos não só a rejeitam como estão enviando um claro sinal a seus aliados europeus de que qualquer apoio à proposta legítima dos palestinos dificultaria as relações bilaterais. Cabe a nós dizer às lideranças de países europeus de destaque que a opinião pública apoia esse avanço não-diplomático e não-violento e que a opinião dos cidadãos é que deveria influenciar as decisões estratégicas, e não as preferências do governo americano.
Nossa campanha está explodindo em todo o mundo -- mais de 830.000 membros se juntaram ao apelo nos primeiros dias! Ela foi mencionada na primeira página de grandes veículos de notícia, citada no Conselho de Segurança da ONU e tuitada pelo próprio presidente da Palestina! Agora vamos fazer com que ela ressoe nos ouvidos das lideranças de países europeus de destaque, cujo apoio é crucial. Clique no link abaixo para assistir ao vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe este e-mail a todos os seus contatos – nossa meta é conseguir 1 milhão de assinaturas:
http://www.avaaz.org/po/middle_east_peace_now/?vl
Há muita falta de informação sobre o conflito entre Israel e Palestina e muita gente não se sente segura para se engajar. Mas este pequeno vídeo explica claramente os detalhes e pode nos munir de informações para uma mobilização. Por sermos uma sólida rede global reforçada por quase 10 milhões de membros em todos os países do mundo, temos a oportunidade de provocar uma votação capaz de reverter décadas de violência.
Com esperança,
Alice, Pascal, Emma, Ricken, David, Rewan e a equipe da Avaaz
MAIS INFORMAÇÕES:
EUA declaram que novos assentamentos de Israel na Cisjordânia são 'preocupantes’ (UOL)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/08/15/eua-novos-assentamentos-judeus-sao-profundamente-preocupantes.jhtm
Palestinos pedirão entrada na ONU como Estado-membro em setembro (Folha.com)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/959322-palestinos-pedirao-entrada-na-onu-como-estado-membro-em-setembro.shtml
Presidente irá pedir reconhecimento do Estado Palestino na ONU (R7 Notícias)
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/presidente-ira-pedir-reconhecimento-do-estado-palestino-na-onu-20110816.html
Quarteto 'preocupado' com novos assentamentos de Israel (Veja)
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/quarteto-preocupado-com-novos-assentamentos-de-israel
Hoje o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir o apelo da Palestina para se tornar o 194º país do mundo. No entanto, governantes de países de destaque ainda estão em cima do muro. Somente um esforço gigantesco da opinião pública pode mudar a situação.
A Avaaz fez um pequeno, mas emocionante vídeo mostrando que essa proposta legítima é de fato a melhor oportunidade para acabar com o beco sem saída das infinitas negociações mal-sucedidas e abrir um novo caminho para a paz.
Clique para assistir o vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe para todos:
Postado: 26 agosto 2011
Porém, os chefes de governo de países de destaque ainda estão em cima do muro e para convencê-los a apoiar a independência da Palestina precisamos reforçar a pressão da opinião pública. Muita gente acha que não entende a situação suficientemente bem para se mobilizar. Para ajudar, a Avaaz fez um novo vídeo de curta duração contando a verdade sobre o conflito. Se uma quantidade suficiente de pessoas assistir ao vídeo, assinar a petição e a encaminhar a todos os seus contatos, nossas lideranças serão forçadas a nos ouvir.
Quase 10 milhões de membros da Avaaz estão recebendo este e-mail. Vamos mudar o teor da conversa sobre o Oriente Médio e criar um maremoto de apoio à independência da Palestina. Clique no link abaixo para assistir ao vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe este e-mail a todos os seus contatos:
http://www.avaaz.org/po/middle_east_peace_now/?vl
Enquanto a maioria dos palestinos e israelenses querem uma solução para o conflito baseada em dois Estados, o governo extremista de Israel continua aprovando a construção de assentamentos em áreas contestadas, alimentando ódio e massacres. Apesar dos esforços, décadas de negociações para a paz lideradas pelos EUA fracassaram na tentativa de refrear os inimigos da paz e chegar a um acordo.
Hoje, essa proposta de independência poderia ser a melhor oportunidade em vários anos para sair do impasse, evitar outra espiral da violência e equilibrar o campo de ação entre as duas partes em favor das negociações.
No mês passado, os palestinos apresentaram sua proposta ao Conselho de Segurança. Mais de 120 países a apoiam, mas os Estados Unidos não só a rejeitam como estão enviando um claro sinal a seus aliados europeus de que qualquer apoio à proposta legítima dos palestinos dificultaria as relações bilaterais. Cabe a nós dizer às lideranças de países europeus de destaque que a opinião pública apoia esse avanço não-diplomático e não-violento e que a opinião dos cidadãos é que deveria influenciar as decisões estratégicas, e não as preferências do governo americano.
Nossa campanha está explodindo em todo o mundo -- mais de 830.000 membros se juntaram ao apelo nos primeiros dias! Ela foi mencionada na primeira página de grandes veículos de notícia, citada no Conselho de Segurança da ONU e tuitada pelo próprio presidente da Palestina! Agora vamos fazer com que ela ressoe nos ouvidos das lideranças de países europeus de destaque, cujo apoio é crucial. Clique no link abaixo para assistir ao vídeo, assine a petição e, em seguida, encaminhe este e-mail a todos os seus contatos – nossa meta é conseguir 1 milhão de assinaturas:
http://www.avaaz.org/po/middle_east_peace_now/?vl
Há muita falta de informação sobre o conflito entre Israel e Palestina e muita gente não se sente segura para se engajar. Mas este pequeno vídeo explica claramente os detalhes e pode nos munir de informações para uma mobilização. Por sermos uma sólida rede global reforçada por quase 10 milhões de membros em todos os países do mundo, temos a oportunidade de provocar uma votação capaz de reverter décadas de violência.
Com esperança,
Alice, Pascal, Emma, Ricken, David, Rewan e a equipe da Avaaz
MAIS INFORMAÇÕES:
EUA declaram que novos assentamentos de Israel na Cisjordânia são 'preocupantes’ (UOL)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/08/15/eua-novos-assentamentos-judeus-sao-profundamente-preocupantes.jhtm
Palestinos pedirão entrada na ONU como Estado-membro em setembro (Folha.com)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/959322-palestinos-pedirao-entrada-na-onu-como-estado-membro-em-setembro.shtml
Presidente irá pedir reconhecimento do Estado Palestino na ONU (R7 Notícias)
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/presidente-ira-pedir-reconhecimento-do-estado-palestino-na-onu-20110816.html
Quarteto 'preocupado' com novos assentamentos de Israel (Veja)
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/quarteto-preocupado-com-novos-assentamentos-de-israel
A American Airlines cancelou todos os voos que partiriam de São Paulo e Rio de Janeiro para Nova York no próximo domingo. E a TAM cancelou oito decolagens, previstas para este sábado. Em nota, a Infraero recomenda aos passageiros que tem passagem marcada para os Estados Unidos, neste fim de semana, que entrem em contato com as companhias aéreas para verificar se os voos estão confirmados.
Furacão Irene faz NY tirar moradores de áreas de risco e fechar transporte - Barbet
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que toda a rede de transporte público da cidade vai ser fechada a partir das 12h deste sábado (27), preventivamente, por conta da passagem do furacão Irene.
A tempestade tropical se aproxima da Costa Leste do país e pode provocar estragos com suas chuvas e fortes ventos em uma região que vai das Carolinas do Norte e do Sul a Nova Jersey, incluindo Nova York e a capital, Washington.
Em comunicado, Cuomo disse que o estado de Nova York, com ajuda das autoridades federais, está se preparando para enfrentar um possível "desastre natural sem precedentes".
As autoridades municipais deram uma ordem de retirada obrigatória para cerca de 250 mil pessoas que moram em áreas baixas, que correm risco de inundação, disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
Segundo ele, é a primeira vez que isso acontece na história da cidade, e a ordem só foi dada porque a tempestade tem potencial para ser "muito séria".
A retirada obrigatória deveria começar às 16h locais (17h de Brasília), assim que os abrigos provisórios preparados para receber os moradores estivessem liberados.
Os principais setores atingidos são Coney Island e Manhattan Beach, no Brooklyn, Far Rockaway e Broad Channel, em Queens, e outras áreas costeiras de Staten Island.
Bloomberg também sugeriu que todos os moradores fiquem em suas casas durante 24 horas a partir da noite de sábado.
Transportes
A Autoridade Metropolitana de Transporte deve suspender todos os sistemas de ônibus, metrô e trens de 12h de sábado (13h de Brasília) até pelo menos 7h de segunda-feira (8h de Brasília).
O sistema atende diariamente a cerca de 8,5 milhões de usuários.
As pontes da cidade também poderão ser fechadas, caso os ventos superem 96 quilômetros por hora.
Chegada
O furacão perdeu um pouco de força, mas já provoca fortes ventos na costa das Carolinas do Norte e do Sul, disse o Centro Nacional de Furacões (CNF) nesta sexta-feira.
O centro da tempestade, na categoria 2 da escala Saffir-Simpson (que vai até 5), está localizado a cerca de 480 quilômetros a sul-sudoeste do cabo Hatteras, na Carolina do Norte, com ventos regulares que diminuíram de 165 para 155 quilômetros por hora."
"Pouca mudança na força é a previsão antes da chegada do Irene à costa da Carolina do Norte. Algum enfraquecimento é esperado depois disso", afirmou o CNF.
Sem esporte
Preocupações de segurança com os possíveis impactos causados pelo furacão Irene levaram a liga de futebol americano dos Estados Unidos (NFL) e outras entidades esportivas norte-americanas a remarcar ou cancelar eventos marcados para o fim de semana.
A NFL, as ligas de beisebol e futebol, e torneios de golfe e tênis tiveram eventos remarcados diante da aproximação do furacão Irene da Costa Leste dos EUA.
A tempestade tropical se aproxima da Costa Leste do país e pode provocar estragos com suas chuvas e fortes ventos em uma região que vai das Carolinas do Norte e do Sul a Nova Jersey, incluindo Nova York e a capital, Washington.
Em comunicado, Cuomo disse que o estado de Nova York, com ajuda das autoridades federais, está se preparando para enfrentar um possível "desastre natural sem precedentes".
As autoridades municipais deram uma ordem de retirada obrigatória para cerca de 250 mil pessoas que moram em áreas baixas, que correm risco de inundação, disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
Segundo ele, é a primeira vez que isso acontece na história da cidade, e a ordem só foi dada porque a tempestade tem potencial para ser "muito séria".
A retirada obrigatória deveria começar às 16h locais (17h de Brasília), assim que os abrigos provisórios preparados para receber os moradores estivessem liberados.
Os principais setores atingidos são Coney Island e Manhattan Beach, no Brooklyn, Far Rockaway e Broad Channel, em Queens, e outras áreas costeiras de Staten Island.
Bloomberg também sugeriu que todos os moradores fiquem em suas casas durante 24 horas a partir da noite de sábado.
Transportes
A Autoridade Metropolitana de Transporte deve suspender todos os sistemas de ônibus, metrô e trens de 12h de sábado (13h de Brasília) até pelo menos 7h de segunda-feira (8h de Brasília).
O sistema atende diariamente a cerca de 8,5 milhões de usuários.
As pontes da cidade também poderão ser fechadas, caso os ventos superem 96 quilômetros por hora.
Chegada
O furacão perdeu um pouco de força, mas já provoca fortes ventos na costa das Carolinas do Norte e do Sul, disse o Centro Nacional de Furacões (CNF) nesta sexta-feira.
O centro da tempestade, na categoria 2 da escala Saffir-Simpson (que vai até 5), está localizado a cerca de 480 quilômetros a sul-sudoeste do cabo Hatteras, na Carolina do Norte, com ventos regulares que diminuíram de 165 para 155 quilômetros por hora."
"Pouca mudança na força é a previsão antes da chegada do Irene à costa da Carolina do Norte. Algum enfraquecimento é esperado depois disso", afirmou o CNF.
Sem esporte
Preocupações de segurança com os possíveis impactos causados pelo furacão Irene levaram a liga de futebol americano dos Estados Unidos (NFL) e outras entidades esportivas norte-americanas a remarcar ou cancelar eventos marcados para o fim de semana.
A NFL, as ligas de beisebol e futebol, e torneios de golfe e tênis tiveram eventos remarcados diante da aproximação do furacão Irene da Costa Leste dos EUA.
[Carta O BERRO] O MUNDO À BEIRA DO CAOS por Miguel Urbano Rodrigues - Vanderley Caixe
A crise do capitalismo é tão profunda que até os líderes dos EUA e da União Europeia e os ideólogos do, Birmingham, Manchester e Liverpool alarma a Inglaterra de Cameron e motiva nas televisões e jornais ditos de referência torrentes de interpretações disparatadas de sociólogos e psicanalistas que falam como porta-vozes da classe dominante.
Em Washington, congressistas influentes manifestam o temor de que, o «fenómeno britânico» alastre aos EUA e, nos guetos das suas grandes cidades, jovens latinos e negros imitem os das minorias da Grã Bretanha, estimulados por mensagens e apelos no Twitter e no Facebook.
Mas enquanto a pobreza e a miséria aumentam, incluindo nos países mais ricos, a crise não afecta os banqueiros e os gestores das grandes empresas. Segundo a revista «Fortune», as fortunas de 357 multimilionários ultrapassam o PIB de vários países europeus desenvolvidos.
Nos EUA, na Alemanha, na França, na Itália os detentores do poder proclamam que a democracia política atingiu um patamar superior nas sociedades desenvolvidas do Ocidente. Mentem. A censura à moda antiga não existe. Mas foi substituída por um tipo de manipulação das consciências eficaz e perverso. Os factos e as notícias são seleccionados, apresentados, valorizados ou desvalorizados, mutilados e distorcidos, de acordo com as conveniências do grande capital. O objectivo é impedir os cidadãos de compreender os acontecimentos de que são testemunhas e o seu significado.
Os jornais e as cadeias de televisão nos EUA, na Europa, no Japão, na América Latina dedicam cada vez mais espaço ao «entretenimento» e menos a grandes problemas e lutas sociais e ao entendimento do movimento da Historia profunda.
Os temas impostos pelos editores e programadores – agentes mais ou menos conscientes do capital – são concursos alienantes, a violência em múltiplas frentes, a droga, o crime, o sexo, a subliteratura, o quotidiano do jet set, a vida amorosa de príncipes e estrelas, a apologia do sucesso material, as férias em lugares paradisíacos, etc.
Evitar que os cidadãos, formatados pela engrenagem do poder, pensem, é uma tarefa permanente dos media.
As crónicas de cinema, de televisao, a musica, a critica literária reflectem bem a atmosfera apodrecida do tipo de sociedade definida como civilizada e democrática por aqueles que, colocados na cúpula do sistema de poder, se propõem como aspiração suprema a multiplicar o capital.
Em Portugal surgiu como inovação grotesca um clube de pensadores; os debates, mesas redondas e entrevistas com dóceis comentadores, mascarados de «analistas», são insuportáveis pela ignorância, hipocrisia e mediocridade da quase totalidade desses serventuários do capital. Contra-revolucionários como Mario Soares, António Barreto, Medina Carreira, Júdice; formadores de opinião como Marcelo Rebelo de Sousa, um intoxicador de mentes influenciáveis que explica o presente e prevê o futuro como se fora o oráculo de Delfos; jornalistas his master voice, como Nuno Rogeiro e Teresa de Sousa; colunistas arrogantes que odeiam o povo português e a humanidade, como Vasco Pulido Valente, pontificam nos media imitando bruxos medievais, servindo o sistema em exercícios de verborreia que ofendem a inteligencia.
O Primeiro-ministro e o seu lugar-tenente Portas, exibindo posturas napoleónicas, pedem «sacrifícios» e compreensão aos trabalhadores enquanto, submissos, aplicam o projecto do grande capital e cumprem exigências do imperialismo.
Desde o inicio do primeiro governo Sócrates, o que restava da herança revolucionaria de Abril foi mais golpeado e destruído do que no quarto de século anterior.
Ao Portugal em crise exige- se o pagamento de uma factura enorme da crise maior em que se afunda o capitalismo.
Nos EUA, pólo hegemónico do sistema, o discurso do Presidente Obama, despojado das lantejoulas dos primeiros meses de governo, aparece agora como o de um político disposto neoliberalismo assumem essa realidade. Estão alarmados por não enxergarem uma solução que possa deter a corrida para o abismo. Esforçam-se sem êxito para que apareça luz no fim do túnel.
Apesar das contradições existentes, os EUA e as grandes potências da União Europeia puseram fim às guerras interimperialistas - como a de 1914-18 e a de 1939-45 – substituindo-as por um imperialismo colectivo, sob a hegemonia norte-americana, que as desloca para países do chamado Terceiro Mundo submetidos ao saque dos seus recursos naturais.
Mas a evolução da conjuntura mundial demonstra também com clareza que a crise do capital não pode ser resolvida no quadro de uma «transnacionalizao global», tese defendida por Toni Negri e Hardt no seu polémico livro em que negam o imperialismo tal como o definiu Lenine. Entre os EUA e a União Europeia (e os países emergentes da Ásia e da América Latina) existe um abismo histórico que não foi nem pode ser eliminado em tempo previsível.
A crescente internacionalização da gestão não desemboca automaticamente na globalização da propriedade. O Estado transnacional, a que aspiram uma ONU instrumentalizada, o FMI, o Banco Mundial e a OMC é ainda uma aspiração distante do sistema de poder.*
O caos em que o mundo está cair ilumina o desespero do capital perante a crise pela qual é responsável.
A ascensão galopante da direita neoliberal ao governo em países da União Europeia ressuscita o fantasma da ascensão do fascismo na Republica de Weimar. A Historia não se repete porem da mesma maneira e é improvável que a extrema-direita se instale no Poder no Velho Mundo. Mas a irracionalidade do assalto à razão é uma realidade.
O jogo do dinheiro nas bolsas é hoje muito mais importante na acumulação de gigantescas fortunas do que a produção. O papel dos «mercados» - eufemismo que designa o funcionamento da engrenagem da especulação nas manobras do capital - tornou-se decisivo no desencadeamento de crises que levam à falência países da União Europeia. Uma simples decisão do gestor de «uma agência de notação» pode desencadear o pânico em vastas áreas do mundo.
O surto de violência em bairros degradados de Londres a todas as concessões para permanecer na Casa Branca. A sua ultima capitulação perante o Congresso estilhaçou o que sobrava da máscara de humanista reformador. Para que o Partido Republicano permitisse aumentar de dois biliões de dólares o tecto de uma divida publica astronomica- já superior ao Produto Interno Bruto do país - aceitou manter intocáveis os privilégios indecorosos usufruídos por uma classe dominante que paga impostos ridículos e golpear duramente um serviço de saúde que já era um dos piores do mundo capitalista. A contrapartida da debilidade interior é uma agressividade crescente no exterior.
Centenas de instalações militares estadounidenses foram semeadas pela Ásia, Europa, América Latina e África.
Mas «a cruzada contra o terrorismo» não produziu os resultados esperados. As agressões americanas aos povos do Iraque e do Afeganistão promoveram o terrorismo em escala mundial em vez de o erradicar. Crimes monstruosos foram cometidos pela soldadesca americana no Iraque e no Afeganistão. O Congresso legalizou a tortura de prisioneiros. A «pacificação do Iraque», onde a resistência do povo à ocupação é uma realidade não passa de um slogan de propaganda. No Afeganistão, apesar da presença de 140 000 soldados dos EUA e da NATO, a guerra está perdida.
Os bombardeamentos de aldeias do noroeste do Paquistão por aviões sem piloto, comandados dos EUA por computadores, semeiam a morte e a destruição, provocando a indignação do povo daquele país.
O bombardeamento da Somália (onde a fome mata diariamente milhares de pessoas) por aviões da USAF, e de tribos do Iémen que lutam contra o despotismo medieval do presidente Saleh tornou-se rotineiro. Como sempre, Washington acusa as vítimas de ligações à Al Qaeda.
Na África, a instalação do AFRICOM, um exército americano permanente, e a agressão da NATO ao povo da Líbia confirmam a mundialização de uma a estratégia imperial.
O terrorismo de Estado emerge como componente fundamental da estratégia de poder dos EUA.
Obviamente, Washington e os seus aliados da União Europeia, tentam transformar o crime em virtude. Os patriotas que no Iraque, no Afeganistão, na Líbia resistem às agressões imperiais são qualificados de terroristas; os governos fantoches de Bagdad e Kabul estariam a encaminhar os povos iraquiano e afegão para a democracia e o progresso; o Irão, vítima de sanções, é ameaçado de destruição; o aliado neofascista israelense apresentado como uma democracia moderna.
A perversa falsificação da Historia é hoje um instrumento imprescindível ao funcionamento de uma estratégia de poder monstruosa que, essa sim, ameaça a Humanidade e a própria continuidade da vida na Terra.
O imperialismo acumula porem derrotas e os sintomas do agravamento da crise estrutural do capitalismo são inocultáveis.
O capitalismo, pela sua própria essência, não é humanizável. Terá de ser destruído. A única alternativa que desponta no horizonte é o socialismo. O desfecho pode tardar. Mas a resistência dos povos à engrenagem do capital que os oprime cresce na Ásia, na Europa, na América Latina, na África. Eles são o sujeito da História e a vitoria final será sua.
Vila Nova de Gaia, 15 de Agosto de 2011
*Estes temas são tratados em profundidade pelo economista argentino Claudio Katz num livro a ser editado brevemente.
Em Washington, congressistas influentes manifestam o temor de que, o «fenómeno britânico» alastre aos EUA e, nos guetos das suas grandes cidades, jovens latinos e negros imitem os das minorias da Grã Bretanha, estimulados por mensagens e apelos no Twitter e no Facebook.
Mas enquanto a pobreza e a miséria aumentam, incluindo nos países mais ricos, a crise não afecta os banqueiros e os gestores das grandes empresas. Segundo a revista «Fortune», as fortunas de 357 multimilionários ultrapassam o PIB de vários países europeus desenvolvidos.
Nos EUA, na Alemanha, na França, na Itália os detentores do poder proclamam que a democracia política atingiu um patamar superior nas sociedades desenvolvidas do Ocidente. Mentem. A censura à moda antiga não existe. Mas foi substituída por um tipo de manipulação das consciências eficaz e perverso. Os factos e as notícias são seleccionados, apresentados, valorizados ou desvalorizados, mutilados e distorcidos, de acordo com as conveniências do grande capital. O objectivo é impedir os cidadãos de compreender os acontecimentos de que são testemunhas e o seu significado.
Os jornais e as cadeias de televisão nos EUA, na Europa, no Japão, na América Latina dedicam cada vez mais espaço ao «entretenimento» e menos a grandes problemas e lutas sociais e ao entendimento do movimento da Historia profunda.
Os temas impostos pelos editores e programadores – agentes mais ou menos conscientes do capital – são concursos alienantes, a violência em múltiplas frentes, a droga, o crime, o sexo, a subliteratura, o quotidiano do jet set, a vida amorosa de príncipes e estrelas, a apologia do sucesso material, as férias em lugares paradisíacos, etc.
Evitar que os cidadãos, formatados pela engrenagem do poder, pensem, é uma tarefa permanente dos media.
As crónicas de cinema, de televisao, a musica, a critica literária reflectem bem a atmosfera apodrecida do tipo de sociedade definida como civilizada e democrática por aqueles que, colocados na cúpula do sistema de poder, se propõem como aspiração suprema a multiplicar o capital.
Em Portugal surgiu como inovação grotesca um clube de pensadores; os debates, mesas redondas e entrevistas com dóceis comentadores, mascarados de «analistas», são insuportáveis pela ignorância, hipocrisia e mediocridade da quase totalidade desses serventuários do capital. Contra-revolucionários como Mario Soares, António Barreto, Medina Carreira, Júdice; formadores de opinião como Marcelo Rebelo de Sousa, um intoxicador de mentes influenciáveis que explica o presente e prevê o futuro como se fora o oráculo de Delfos; jornalistas his master voice, como Nuno Rogeiro e Teresa de Sousa; colunistas arrogantes que odeiam o povo português e a humanidade, como Vasco Pulido Valente, pontificam nos media imitando bruxos medievais, servindo o sistema em exercícios de verborreia que ofendem a inteligencia.
O Primeiro-ministro e o seu lugar-tenente Portas, exibindo posturas napoleónicas, pedem «sacrifícios» e compreensão aos trabalhadores enquanto, submissos, aplicam o projecto do grande capital e cumprem exigências do imperialismo.
Desde o inicio do primeiro governo Sócrates, o que restava da herança revolucionaria de Abril foi mais golpeado e destruído do que no quarto de século anterior.
Ao Portugal em crise exige- se o pagamento de uma factura enorme da crise maior em que se afunda o capitalismo.
Nos EUA, pólo hegemónico do sistema, o discurso do Presidente Obama, despojado das lantejoulas dos primeiros meses de governo, aparece agora como o de um político disposto neoliberalismo assumem essa realidade. Estão alarmados por não enxergarem uma solução que possa deter a corrida para o abismo. Esforçam-se sem êxito para que apareça luz no fim do túnel.
Apesar das contradições existentes, os EUA e as grandes potências da União Europeia puseram fim às guerras interimperialistas - como a de 1914-18 e a de 1939-45 – substituindo-as por um imperialismo colectivo, sob a hegemonia norte-americana, que as desloca para países do chamado Terceiro Mundo submetidos ao saque dos seus recursos naturais.
Mas a evolução da conjuntura mundial demonstra também com clareza que a crise do capital não pode ser resolvida no quadro de uma «transnacionalizao global», tese defendida por Toni Negri e Hardt no seu polémico livro em que negam o imperialismo tal como o definiu Lenine. Entre os EUA e a União Europeia (e os países emergentes da Ásia e da América Latina) existe um abismo histórico que não foi nem pode ser eliminado em tempo previsível.
A crescente internacionalização da gestão não desemboca automaticamente na globalização da propriedade. O Estado transnacional, a que aspiram uma ONU instrumentalizada, o FMI, o Banco Mundial e a OMC é ainda uma aspiração distante do sistema de poder.*
O caos em que o mundo está cair ilumina o desespero do capital perante a crise pela qual é responsável.
A ascensão galopante da direita neoliberal ao governo em países da União Europeia ressuscita o fantasma da ascensão do fascismo na Republica de Weimar. A Historia não se repete porem da mesma maneira e é improvável que a extrema-direita se instale no Poder no Velho Mundo. Mas a irracionalidade do assalto à razão é uma realidade.
O jogo do dinheiro nas bolsas é hoje muito mais importante na acumulação de gigantescas fortunas do que a produção. O papel dos «mercados» - eufemismo que designa o funcionamento da engrenagem da especulação nas manobras do capital - tornou-se decisivo no desencadeamento de crises que levam à falência países da União Europeia. Uma simples decisão do gestor de «uma agência de notação» pode desencadear o pânico em vastas áreas do mundo.
O surto de violência em bairros degradados de Londres a todas as concessões para permanecer na Casa Branca. A sua ultima capitulação perante o Congresso estilhaçou o que sobrava da máscara de humanista reformador. Para que o Partido Republicano permitisse aumentar de dois biliões de dólares o tecto de uma divida publica astronomica- já superior ao Produto Interno Bruto do país - aceitou manter intocáveis os privilégios indecorosos usufruídos por uma classe dominante que paga impostos ridículos e golpear duramente um serviço de saúde que já era um dos piores do mundo capitalista. A contrapartida da debilidade interior é uma agressividade crescente no exterior.
Centenas de instalações militares estadounidenses foram semeadas pela Ásia, Europa, América Latina e África.
Mas «a cruzada contra o terrorismo» não produziu os resultados esperados. As agressões americanas aos povos do Iraque e do Afeganistão promoveram o terrorismo em escala mundial em vez de o erradicar. Crimes monstruosos foram cometidos pela soldadesca americana no Iraque e no Afeganistão. O Congresso legalizou a tortura de prisioneiros. A «pacificação do Iraque», onde a resistência do povo à ocupação é uma realidade não passa de um slogan de propaganda. No Afeganistão, apesar da presença de 140 000 soldados dos EUA e da NATO, a guerra está perdida.
Os bombardeamentos de aldeias do noroeste do Paquistão por aviões sem piloto, comandados dos EUA por computadores, semeiam a morte e a destruição, provocando a indignação do povo daquele país.
O bombardeamento da Somália (onde a fome mata diariamente milhares de pessoas) por aviões da USAF, e de tribos do Iémen que lutam contra o despotismo medieval do presidente Saleh tornou-se rotineiro. Como sempre, Washington acusa as vítimas de ligações à Al Qaeda.
Na África, a instalação do AFRICOM, um exército americano permanente, e a agressão da NATO ao povo da Líbia confirmam a mundialização de uma a estratégia imperial.
O terrorismo de Estado emerge como componente fundamental da estratégia de poder dos EUA.
Obviamente, Washington e os seus aliados da União Europeia, tentam transformar o crime em virtude. Os patriotas que no Iraque, no Afeganistão, na Líbia resistem às agressões imperiais são qualificados de terroristas; os governos fantoches de Bagdad e Kabul estariam a encaminhar os povos iraquiano e afegão para a democracia e o progresso; o Irão, vítima de sanções, é ameaçado de destruição; o aliado neofascista israelense apresentado como uma democracia moderna.
A perversa falsificação da Historia é hoje um instrumento imprescindível ao funcionamento de uma estratégia de poder monstruosa que, essa sim, ameaça a Humanidade e a própria continuidade da vida na Terra.
O imperialismo acumula porem derrotas e os sintomas do agravamento da crise estrutural do capitalismo são inocultáveis.
O capitalismo, pela sua própria essência, não é humanizável. Terá de ser destruído. A única alternativa que desponta no horizonte é o socialismo. O desfecho pode tardar. Mas a resistência dos povos à engrenagem do capital que os oprime cresce na Ásia, na Europa, na América Latina, na África. Eles são o sujeito da História e a vitoria final será sua.
Vila Nova de Gaia, 15 de Agosto de 2011
*Estes temas são tratados em profundidade pelo economista argentino Claudio Katz num livro a ser editado brevemente.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
O ROMANTISMO NÃO MORREU
Barbet
25 agosto 2011
E não morrerá jamais.
Vive na alma dos amantes,
Nas mãos dos poetas,
No olhar dos artistas,
Nas palavras não ditas.
No coração que bate mais forte,
Quando sente o ser desejado,
Nas frases cortadas,
No vestido mais decotado,
No terno bem assentado.
No perfume que faz sonhar,
Na tua silhueta ao luar,
Na vontade de abraçar,
No beijo gostoso de saborear.
Nos momentos a te esperar.
Nas melodias tocadas,
Nas letras bem traçadas,
Nos rabiscos do coração,
Em toda a tua emoção.
Então...
Naquele jeans desbotado,
Na blusa entreaberta,
Nas flores ofertadas,
No desejo calado.
Falado.
Ele se aloja "deep inside",
Em todos nós que sonhamos.
Quando fechamos os olhos
E desejamos.
E o pano de fundo que embriaga,
A alma de fantasia.
Sem ele pobres mortais
Não sonharíamos
Jamais.
***
O Filme a que todos devemos assistir!!! - Evandro
ELUCIDATIVO
Uma das maiores empresas de marketing do mundo resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drástico na Inglaterra.
Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou usem algum tipo de drogas e que reflictam e passem para os seus contactos. Orientem os vossos filhos, sobrinhos, amigos, etc...
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Lili Marlene - Barbet
A Canção
Esta pequena vinheta evoca o personagem de "Lili Marlene" (ou, como no original em alemão, "Lili Marleen"), da famosa canção alemã que se tornou o hino extra-oficial dos soldados de infantaria de ambos os lados na Segunda Guerra Mundial.A letra foi originariamente escrita em 1915 na forma de um poema por um soldado alemão da Primeira Guerra chamado Hans Leip. Posteriormente publicado em uma coletânea de sua poesia em 1937, as metáforas e a emoção do poema chamaram a atenção de Norbert Schultze, que o transformou em musica em 1938.
Lili Marlene se tornou uma canção de guerra quando foi transmitida por uma rádio alemã em Belgrado e foi captada pelos soldados alemães do Afrika Korps de Rommel.
Rommel gostou tanto da música que solicitou à Radio Belgrado que a incorporasse em sua programação, no que foi atendido. A canção era tocada às 21:55h todas as noites imediatamente antes do fim das transmissões.
Os aliados escutaram a música e Lili Marlene se tornou a melodia favorita dos dois lados, a despeito do idioma. Os saudosos soldados eram levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen, que se tornou uma estrela international. No entanto, a cantora mais famosa foi Marlene Dietrich, que começou a cantar a música em 1943.A enorme popularidade da versão alemã induziu a criação de uma apressada versão em inglês escrita pelo compositor britânico Tommie Connor em 1944 e transmitida pela BBC para as tropas aliadas.
Por que é mais fácil chorar quando se esta na chuva a molhar? Debaixo do chuveiro ou quando há água a correr? Não sei a resposta certa, mas posso arriscar que desta forma, seja qual for a causa da lágrima fica mais fácil lavar. Levar da alma a dor ou o amor espalhar. Seja por vergonha ou o que for precisamos aprender a chorar para só depois recomeçar.
Barbet
24 agosto 2011
***
A MÍDIA E A CORRUPÇÃO - Laerte Braga
Um dos “baluartes” no combate e denúncia à corrupção no Brasil são as organizações GLOBO. Surgida nos momentos que antecederam o golpe militar de 1964 e a partir de capital estrangeiro, é a porta voz da venalidade da mídia privada brasileira. Abriga em seus quadros figuras sinistras, inclusive “filhotes” de Hilary Clinton, secretária de Estado dos EUA, que tem especial apreço pelo jornalista e informante William Waack.
Quando o presidente eleito Evo Morales, da Bolívia e outros de países como o Equador e a Venezuela expulsaram de seus países quadrilhas como a Norberto Odebrecht a GLOBO reagiu de forma incisiva em defesa dos “interesses” das empresas nacionais e do próprio Brasil. Os presidentes desses países eleitos pelo voto foram transformados em “ditadores”. Claro, secou a mina por baixo da mesa.
A Norberto Odebrecht, quadrilha de fazer inveja e deixar no chinelo qualquer Beira-mar, qualquer FHC, qualquer Aécio, não conseguiu comprar nem ministros, nem servidores públicos e nem os presidentes daqueles países com obras superfaturadas, mal feitas, etc.
No Brasil compra um lote de cadeiras na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas assembléias legislativas, muitos governadores de estados (Anastasia, Alckimin por exemplo, ou Renato Casagrande, poucos exemplos), como compra prefeitos e vereadores.
O governador do Ceará, Cid Gomes, irmão do ex-presidenciável (se é que existe isso) Ciro Gomes, disse à imprensa a propósito da greve de professores em busca de melhores salários. “Quem dá aula tem que fazê-lo por amor, se não for assim que busque outra profissão”.
Pedir ao governador – bandido – que doe o seu salário é besteira. Interessante é pedir que doe as propinas. Vale para o governador de Minas, o de São Paulo, o do Rio, o do Espírito Santo (o governador nominal é Renato Casagrande, o de fato é o chefe da quadrilha, Paulo Hartung).
A GLOBO incentiva uma campanha contra a corrupção. Tudo bem.
Que tal acabar com câmaras municipais, em sua maioria antro de negociatas (como a da minha cidade pela maioria dos vereadores) e substituí-las por conselhos populares representativos da comunidade, de categorias?
Que tal acabar com os tribunais de contas? O de Minas tem Antônio Andrada, Toninho, ex-prefeito de Barbacena, envolvido em tráfico de drogas e que para sossegar a família Andrada (chegou ao Brasil em navio chapa branca na frota de Cabral) foi encostado num lugar vitalício e hoje ajuda o pobre ex-prefeito e atual pastor Bejani (apareceu no JORNAL NACIONAL contando o dinheiro pago pelos empresários de ônibus) a se esquivar da lei da filha limpa.
E tem outros, muitos outros.
Por que não substituí-los por fiscais eleitos pelo voto direto, que possam fiscalizar, inclusive, com transparência absoluta, obrigação de divulgação pública, atos de quadrilhas como a ANVISA, ANAEL, ANATEL, etc, criadas por FHC para escapar do controle do voto popular (são favoritos que o rei indica e estão acima da lei).
Nos três níveis. Federal, estadual e municipal.
A GLOBO não quer acabar com a corrupção, é beneficiária direta da corrupção, é produto da corrupção, é venal. Nem ela, nem VEJA, nem a mídia como um todo.
O que querem é que a chave do cofre mude de mãos.
Sabe qual uma das notícias destaque no portal GLOBO.COM, sábado, dia 20, por volta das 17 horas? Que a atriz Claudia Jimenez “continua o troca troca, foi vista aos beijos com um novo affair”.
Isso é que é informação, isso é que conscientizar o cidadão. São pilantras e o basta que tem ser dado é a eles.
Povo neles, participação popular e as verdadeiras quadrilhas, os corruptores, vão aparecer ao lado dos corrompidos padrão Cid Gomes.
Manda o pilantra governar de graça, sem salário e sem propina. Vê se ele aceita?
Esse tipo de gente quando tem problema corre atrás de Gilmar Mendes e compra o habeas corpus. É só olhar, tem, com certeza, habeas corpus para qualquer tipo de crime que essa gente possa cometer, até estupro.
Quando o presidente eleito Evo Morales, da Bolívia e outros de países como o Equador e a Venezuela expulsaram de seus países quadrilhas como a Norberto Odebrecht a GLOBO reagiu de forma incisiva em defesa dos “interesses” das empresas nacionais e do próprio Brasil. Os presidentes desses países eleitos pelo voto foram transformados em “ditadores”. Claro, secou a mina por baixo da mesa.
A Norberto Odebrecht, quadrilha de fazer inveja e deixar no chinelo qualquer Beira-mar, qualquer FHC, qualquer Aécio, não conseguiu comprar nem ministros, nem servidores públicos e nem os presidentes daqueles países com obras superfaturadas, mal feitas, etc.
No Brasil compra um lote de cadeiras na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas assembléias legislativas, muitos governadores de estados (Anastasia, Alckimin por exemplo, ou Renato Casagrande, poucos exemplos), como compra prefeitos e vereadores.
O governador do Ceará, Cid Gomes, irmão do ex-presidenciável (se é que existe isso) Ciro Gomes, disse à imprensa a propósito da greve de professores em busca de melhores salários. “Quem dá aula tem que fazê-lo por amor, se não for assim que busque outra profissão”.
Pedir ao governador – bandido – que doe o seu salário é besteira. Interessante é pedir que doe as propinas. Vale para o governador de Minas, o de São Paulo, o do Rio, o do Espírito Santo (o governador nominal é Renato Casagrande, o de fato é o chefe da quadrilha, Paulo Hartung).
A GLOBO incentiva uma campanha contra a corrupção. Tudo bem.
Que tal acabar com câmaras municipais, em sua maioria antro de negociatas (como a da minha cidade pela maioria dos vereadores) e substituí-las por conselhos populares representativos da comunidade, de categorias?
Que tal acabar com os tribunais de contas? O de Minas tem Antônio Andrada, Toninho, ex-prefeito de Barbacena, envolvido em tráfico de drogas e que para sossegar a família Andrada (chegou ao Brasil em navio chapa branca na frota de Cabral) foi encostado num lugar vitalício e hoje ajuda o pobre ex-prefeito e atual pastor Bejani (apareceu no JORNAL NACIONAL contando o dinheiro pago pelos empresários de ônibus) a se esquivar da lei da filha limpa.
E tem outros, muitos outros.
Por que não substituí-los por fiscais eleitos pelo voto direto, que possam fiscalizar, inclusive, com transparência absoluta, obrigação de divulgação pública, atos de quadrilhas como a ANVISA, ANAEL, ANATEL, etc, criadas por FHC para escapar do controle do voto popular (são favoritos que o rei indica e estão acima da lei).
Nos três níveis. Federal, estadual e municipal.
A GLOBO não quer acabar com a corrupção, é beneficiária direta da corrupção, é produto da corrupção, é venal. Nem ela, nem VEJA, nem a mídia como um todo.
O que querem é que a chave do cofre mude de mãos.
Sabe qual uma das notícias destaque no portal GLOBO.COM, sábado, dia 20, por volta das 17 horas? Que a atriz Claudia Jimenez “continua o troca troca, foi vista aos beijos com um novo affair”.
Isso é que é informação, isso é que conscientizar o cidadão. São pilantras e o basta que tem ser dado é a eles.
Povo neles, participação popular e as verdadeiras quadrilhas, os corruptores, vão aparecer ao lado dos corrompidos padrão Cid Gomes.
Manda o pilantra governar de graça, sem salário e sem propina. Vê se ele aceita?
Esse tipo de gente quando tem problema corre atrás de Gilmar Mendes e compra o habeas corpus. É só olhar, tem, com certeza, habeas corpus para qualquer tipo de crime que essa gente possa cometer, até estupro.
sábado, 20 de agosto de 2011
O COMBATE À CORRUPÇÃO E O "BASTA" QUE É "FARSA" - Laerte Braga
Que o governo Dilma Roussef é um fiasco diante das expectativas criadas, não tenho dúvidas. Mas, que a presidente é uma pessoa íntegra e busca limpar o terreiro presidencial de quadrilhas alojadas em ministérios e organismos do Estado é outra certeza. Quadrilhas inclusive de seu partido.
Em todo esse movimento contra a corrupção o fator predominante é a hipocrisia. Não há trabalhador brasileiro que não seja contrário à corrupção, como não há banqueiro, ou grande empresário, ou latifundiário que não seja corrupto.
Isso significa que, para existir a corrupção é necessário que haja o corruptor. Quem corrompe? O motorista de táxi? O dono da padaria? Ou o banqueiro que leva 45% da receita orçamentária do País em juros escorchantes, num Banco Central em que o COPOM – CONSELHO DE POLÍTICA MONETÁRIA – é controlado por eles? Ou o grande empresário, padrão Eike Batista, Daniel Dantas, Ermírio de Moraes que cometem crimes de toda a sorte e permanecem impunes porque tanto podem comprar governadores, como deputados, senadores, prefeitos e até ministros de cortes judiciárias supremas, caso de Gilmar Mendes, especialista em habeas corpus a bandidos de grande coturno?
E o latifundiário? Que se vale de toda a sorte de trapaças possíveis para manter privilégios de terras muitas vezes roubadas à própria União? Que lesa instituições financeiras públicas buscando dinheiro para um fim e aplicando em outro? Que se vale de trabalho escravo? Que aceita as regras impostas pelas companhias que produzem agrotóxicos, ou o tal do agronegócio, o transgênico, muito bem definido por Sílvio Tendler em seu documentário “O VENENO NA NOSSA MESA”?
Para denunciar a corrupção é necessário denunciar também a empresa QUEIROZ GALVÃO e suas laranjas. Compra governadores, prefeitos, funcionários públicos (Em Minas compraram a maioria das ações do setor ambiental, inclusive e principalmente o procurador JoaQUINZINHO, bandido sem nenhum respeito pela coisa pública).
As empreiteiras que servem ao governo de São Paulo e financiam campanhas de Alckimin, Serra, etc.
Ou as que devastam o estado do Espírito Santo sem respeito pelo ambiente, pelas pessoas, tudo em nome de um progresso que é privilégio, por comum a poucas pessoas.
Sair às ruas para denunciar a corrupção e exigir a punição dos corruptos implica em denunciar os corruptores e colocá-los, também, na cadeia.
Há um processo arquivado por Geraldo Brindeiro, Procurador Geral da República ao tempo de FHC – mentor da quadrilha tucana – que prova fartamente a compra de votos para aprovação da emenda que permitiu a reeleição do bandido. Está lá.
E as privatizações? A indicação do bandido Nelson Jobim para o STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – para “acabar” com a resistência de juízes decentes contra a entrega do patrimônio público pelo governo FHC?
A corrupção é implícita ao modelo político e econômico. Está agarrada nele, faz parte do modelo. É o modelo que está falido em todos os sentidos, o mundo institucional que é braço dos corruptores.
Todas as vezes que se fala em financiamento público de campanha a mídia venal, caso da GLOBO, VEJA, etc, despejam os William Waack da vida – agente norte-americano – para comandar as críticas e por uma razão simples. Querem que deputados, senadores, governadores, em sua maioria, prefeitos, etc, possam ser comprados, literalmente, por “doações” de bancos, empresas e latifundiários. Se acabar a boca como é que os bandidos vão arranjar dinheiro para comprar votos?
E as empresas, os bancos, os latifundiários, como vão controlar a maioria do Congresso, exemplo agora do Código Florestal, onde compraram o deputado Aldo Rebelo e já estão arranjando um emprego vitalício para ele no Tribunal de Contas da União (outra farsa)?
O Tribunal de Contas de Minas, onde existe um conselheiro que esteve envolvido com drogas, Antônio Andrada, dá mostras que vai liberar Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora, exibido até no JORNAL NACIONAL recebendo propina e contando o dinheiro para disputar, novamente, a Prefeitura da cidade? Quanto esse cara e outros não levaram?
O modelo está podre. Não há saída dentro do chamado mundo institucional e todo o esforço da presidente, sem favor algum uma pessoa íntegra, vai se perder na incapacidade de transformar essa integridade em ações efetivas de governo, pois lhe falta o principal, estatura para o cargo e coragem para enfrentar o dragão.
Quem é a oposição? O DEM? O PSDB? O PR? Ora, ir às ruas para fazer coro a esse bandidos deixando de lado os que corrompem é fazer exatamente o jogo da corrupção.
O que eles querem é a chave do cofre para que o poder de embolsar verbas públicas seja deles. E do lado de lá não existe ninguém, repito, ninguém, íntegro. São todos eleitos/comprados por bancos, empresas e latifundiários, meros funcionários dos donos.
Só isso. Veja lá, os líderes do tal movimento. Incorpora inclusive golpistas de 1964.
Não é BASTA é FARSA.
A luta é outra, é nas ruas pela reinvenção da democracia e pela participação popular.
É para combater a corrupção? Então vamos prender banqueiros, latifundiários e grandes empresários. Aí sim.
Em todo esse movimento contra a corrupção o fator predominante é a hipocrisia. Não há trabalhador brasileiro que não seja contrário à corrupção, como não há banqueiro, ou grande empresário, ou latifundiário que não seja corrupto.
Isso significa que, para existir a corrupção é necessário que haja o corruptor. Quem corrompe? O motorista de táxi? O dono da padaria? Ou o banqueiro que leva 45% da receita orçamentária do País em juros escorchantes, num Banco Central em que o COPOM – CONSELHO DE POLÍTICA MONETÁRIA – é controlado por eles? Ou o grande empresário, padrão Eike Batista, Daniel Dantas, Ermírio de Moraes que cometem crimes de toda a sorte e permanecem impunes porque tanto podem comprar governadores, como deputados, senadores, prefeitos e até ministros de cortes judiciárias supremas, caso de Gilmar Mendes, especialista em habeas corpus a bandidos de grande coturno?
E o latifundiário? Que se vale de toda a sorte de trapaças possíveis para manter privilégios de terras muitas vezes roubadas à própria União? Que lesa instituições financeiras públicas buscando dinheiro para um fim e aplicando em outro? Que se vale de trabalho escravo? Que aceita as regras impostas pelas companhias que produzem agrotóxicos, ou o tal do agronegócio, o transgênico, muito bem definido por Sílvio Tendler em seu documentário “O VENENO NA NOSSA MESA”?
Para denunciar a corrupção é necessário denunciar também a empresa QUEIROZ GALVÃO e suas laranjas. Compra governadores, prefeitos, funcionários públicos (Em Minas compraram a maioria das ações do setor ambiental, inclusive e principalmente o procurador JoaQUINZINHO, bandido sem nenhum respeito pela coisa pública).
As empreiteiras que servem ao governo de São Paulo e financiam campanhas de Alckimin, Serra, etc.
Ou as que devastam o estado do Espírito Santo sem respeito pelo ambiente, pelas pessoas, tudo em nome de um progresso que é privilégio, por comum a poucas pessoas.
Sair às ruas para denunciar a corrupção e exigir a punição dos corruptos implica em denunciar os corruptores e colocá-los, também, na cadeia.
Há um processo arquivado por Geraldo Brindeiro, Procurador Geral da República ao tempo de FHC – mentor da quadrilha tucana – que prova fartamente a compra de votos para aprovação da emenda que permitiu a reeleição do bandido. Está lá.
E as privatizações? A indicação do bandido Nelson Jobim para o STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – para “acabar” com a resistência de juízes decentes contra a entrega do patrimônio público pelo governo FHC?
A corrupção é implícita ao modelo político e econômico. Está agarrada nele, faz parte do modelo. É o modelo que está falido em todos os sentidos, o mundo institucional que é braço dos corruptores.
Todas as vezes que se fala em financiamento público de campanha a mídia venal, caso da GLOBO, VEJA, etc, despejam os William Waack da vida – agente norte-americano – para comandar as críticas e por uma razão simples. Querem que deputados, senadores, governadores, em sua maioria, prefeitos, etc, possam ser comprados, literalmente, por “doações” de bancos, empresas e latifundiários. Se acabar a boca como é que os bandidos vão arranjar dinheiro para comprar votos?
E as empresas, os bancos, os latifundiários, como vão controlar a maioria do Congresso, exemplo agora do Código Florestal, onde compraram o deputado Aldo Rebelo e já estão arranjando um emprego vitalício para ele no Tribunal de Contas da União (outra farsa)?
O Tribunal de Contas de Minas, onde existe um conselheiro que esteve envolvido com drogas, Antônio Andrada, dá mostras que vai liberar Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora, exibido até no JORNAL NACIONAL recebendo propina e contando o dinheiro para disputar, novamente, a Prefeitura da cidade? Quanto esse cara e outros não levaram?
O modelo está podre. Não há saída dentro do chamado mundo institucional e todo o esforço da presidente, sem favor algum uma pessoa íntegra, vai se perder na incapacidade de transformar essa integridade em ações efetivas de governo, pois lhe falta o principal, estatura para o cargo e coragem para enfrentar o dragão.
Quem é a oposição? O DEM? O PSDB? O PR? Ora, ir às ruas para fazer coro a esse bandidos deixando de lado os que corrompem é fazer exatamente o jogo da corrupção.
O que eles querem é a chave do cofre para que o poder de embolsar verbas públicas seja deles. E do lado de lá não existe ninguém, repito, ninguém, íntegro. São todos eleitos/comprados por bancos, empresas e latifundiários, meros funcionários dos donos.
Só isso. Veja lá, os líderes do tal movimento. Incorpora inclusive golpistas de 1964.
Não é BASTA é FARSA.
A luta é outra, é nas ruas pela reinvenção da democracia e pela participação popular.
É para combater a corrupção? Então vamos prender banqueiros, latifundiários e grandes empresários. Aí sim.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Fala amigo blogueiro Ricardo Gama - Barbet
Os tiros que você levou amigo Ricardo devem servir para que tenhamos mais força para lutarmos contra o mal que assola esta política corrupta que ainda está infiltrada nas diversas ramificações do nosso governo de modo geral e também na cabeça de muitos brasileiros que acham "bonitinho" ser esperto e ter lucro em tudo "custe o que custar" mesmo que seja a vida de outra pessoa. Infelizmente o exemplo deveria vir do alto, muitas vezes nada vemos neste sentido e quando pensamos melhor viramos alvo dos espertos. Sigamos em frente a verdade sempre acaba aparecendo.
Bjs da
Barbet
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