terça-feira, 9 de novembro de 2010

[Carta O BERRO] Anauê, José Serra! por Alípio Freire - Vanderley - Revista

segue o artigo que publiquei, na edição desta semana do
Brasil de Fato que começa a circular hoje (quarta-feira).
Putabraço,
Alipio Freire

Artigo
Anauê, José Serra!
Brasil de Fato
Edição 401
1º.11.2010
ALIPIO FREIRE
Ser derrotado nas urnas numa eleição, não é tudo.
O mais grave é passar para a História como um fascista.
Sim, lamentamos, mas é exatamente isto o que ocorrerá com o candidato derrotado José Serra.
Se os rumos que pretendeu imprimir à disputa eleitoral não são suficientes para que nos mantenhamos d/espertos, a eloqüência das alianças forjadas para além dos partidos institucionais (DEM e PPS) e da grande mídia comercial falam por si.
Como é público, o candidato derrotado esteve reunido com representantes e militantes do grupo paramilitar fascista Comando de Caça aos Comunistas – o CCC, e da organização ultradireitista Tradição Família e Propriedade – TFP. Ambos participaram da conspiração e do golpe de 1964, e foram dos mais ferozes defensores da ditadura, opondo-se até o final, a qualquer abertura.
Na documentação da gráfica do Cambuci (S. Paulo), onde foram descobertos milhões de panfletos que tentavam desmoralizar e criminalizar a então ainda candidata Dilma Rousseff, está clara toda a ligação do candidato derrotado com membros do Partido Integralista, Monarquista e a ultradireita católica.
Pesquisa realizada pelo jornalista Tony Chastinet e publicada por Rodrigo Vianna com o título de “Dilma é alvo de grupos de extrema-direita e neonazistas” em seu blog, deixa clara a promiscuidade entre o candidato derrotado e os neonazistas.
Quando tudo isto tem, ainda, como pano de fundo, os discursos dirigidos pelo candidato derrotado ao Clube Militar e ao Clube do Pijama, aludindo a uma “república sindical”, e outros jargões que antecederam ao golpe de 1964; as manifestações dos membros desses dois clubes; e as declarações feitas nos EUA pelo doutor Nelson Jobim de que poderia ser ministro da Defesa de qualquer dos dois candidatos... é como se houvesse algo de podre na Dinamarca. De quem já fraudou uma Constituição; derrubou um avião matando cerca de 200 pessoas para se tornar ministro da Defesa; que já tentou um golpe contra o Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, esperamos tudo, menos que tenha viajado para os EUA para praticar esportes de outono...
De um candidato que se alia a toda essa escória, podemos esperar sempre o pior.
Fiquemos atentos: o candidato derrotado pode estar “cavando” um “terceiro turno”.

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