O governo grego anunciou a demissão de 30 mil servidores públicos como parte do programa imposto pela Comunidade Europeia para que o país saia da crise. O que é a crise grega? A demissão de 30 mil trabalhadores pelo próprio Estado, ou as decisões da Comunidade Europeia para evitar que bancos alemães e franceses que se fartaram de extorquir a Grécia (o que bancos fazem além de extorquir?) se deparem com a falência?O antigo Mercado Comum Europeu hoje a resplandecente Comunidade Europeia não é mais que um fantasma falido e em franco processo de desagregação, que não assusta mais ninguém, exceto aqueles que acham que a rainha Elizabeth vai viver eternamente e restaurar o brilho do império “onde o sol não se põe”, como costumavam dizer os britânicos em sua época de potência colonizadora.
Os países da Comunidade Europeia são colônias (bases militares) do complexo terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A. E o centro geográfico desse complexo começa a assistir milhões (eram milhares agora começam a ser milhões) de norte-americanos acordarem e perceber que ao longo desses anos não têm feito outra coisa que não sustentar bancos e grandes corporações.
O governo de Barack Obama, um dos maiores embustes dos últimos tempos, está se preparando para colocar 100 bilhões de dólares na compra do BANK OF AMERICA pelo JP MORGAN e evitar a falência do mais importante banco dos EUA. Já educação e saúde públicas vão para a lata de lixo da demagogia, desemprego atinge níveis assustadores, a população de sem teto cresce a cada dia e o que sustenta uma das bandas do complexo terrorista é o tal arsenal nuclear. O poder da boçalidade, que o digam os líbios.
E os iraquianos. E os afegãos. E os colombianos. E os haitianos. Como no passado tantos outros povos subjugados pela estupidez do império norte-americano.
Os protestos contra Wall Street, símbolo do capitalismo, crescem e a repressão vem na mesma medida com que mercenários contratados para lutar no Afeganistão se atiram contra crianças, homens, mulheres, tanto quanto atiram em crianças, homens e mulheres na única linguagem que conhecem. A da borduna, a da violência.
Colônia, a Comunidade Europeia, começa a entender que os ratos estão pulando fora do navio e governos como o de Nicolás Sarkozy (França) e Ângela Merkel (Alemanha) sentem o perigo do naufrágio. Bancos franceses e alemães já se valem quase que exclusivamente de passivos transformados em ativos pelos milagres das fraudes contábeis.
Grécia, Portugal, Espanha, Itália, países cujos povos são sugados ao longo de anos e com a colaboração de seus próprios governos, estão com água pelo pescoço.
Os trabalhadores pagam a conta.
Esse processo de desintegração de países europeus é parte do que chamam de nova ordem política e econômica. Veio ao mundo após o fim da União Soviética.
O modelo foi implantado em boa parte dos países latino americanos, notadamente no Chile, no Brasil e na Argentina. O Chile naufraga ao ter virado à direita. O Brasil escapou até agora na arquitetura de uma no cravo e outra na ferradura do governo Lula (evitando o caos construído por FHC, mas dentro da lógica capitalista, o que mantém, até pelos rumos do governo Dilma o alerta de crise) e na Argentina o processo tomou rumos diversos depois de um breve período em que a nau ficou à deriva. O casal Kirchner mandou os credores às favas. Nada, no entanto, que tenha modificado as estruturas do Estado.
O que estão impondo á Grécia, tanto quanto o governo Obama aos cidadãos norte-americanos, é o pagamento da conta. Só isso.
Como no filme de Alain Resnais – HIROSHIMA MON AMOUR – é preciso buscar uma saída, ou sentir que a saída está na luta popular, nas ruas, é o que acontece no Chile, começa a acontecer nos EUA, dá sinais de florescer no próprio centro político do IV Reich, Israel e devasta o “equilíbrio” neoliberal no Oriente Médio (Egito, Jordânia, Arábia Saudita e menores), se encontra em cada dia da resistência dos trabalhadores gregos.
São primaveras ainda não completadas. O poder da borduna sustenta o terror capitalista. Não significa que a luta não possa ser vencida pela organização popular, nas ruas. Eric Hobsbawm afirmou há anos atrás, no final da década de 60 e início da 70 do século passado, que o “império norte-americanos será destruído por dentro”.
Nem é um dia e nem é uma noite. É um momento que começa a ser agudo do processo histórico descrito por Marx e Engels.
Não existe Copa do Mundo que o detenha e tampouco declarações arrebatadas no festival ROCK IN RIO, no Brasil e contra a corrupção.
É necessária a consequência e essa chega pela luta popular.
É o fim da balela que o mercado resolve tudo e o problema de todos, que a desregulamentação (ausência do Estado) provê tudo e todos. O que estamos assistindo, olhando a Comunidade Europeia, é que o modelo se sustenta em fraudes e papéis e fraudes e papéis que ou são descobertas, ou saem voando pela janela da falência.
Isso explica também o aumento – se é que é possível – dos índices de barbárie do complexo terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A. O desespero dos ursos feridos.
Países como o Brasil, a Índia, a China, a Rússia e a África do Sul, chamados a socorrer os falidos, viverão agora o dilema de ou aceitar as regras do jogo e mergulharem em futuro próximo em situações semelhantes, ou apenas responder com o gesto simbólico, mas efetivo de uma banana para bancos e grandes corporações.
A estratégia do complexo terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A é dividir os custos da falência. O complexo por seus acionistas majoritários e trazendo a reboque os minoritários, caso da Comunidade Europeia. Vai atrás do burro líder da tropa, o que tem o sininho e já foi touro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário