O governo grego é apenas o fio de transmissão do controle que as grandes corporações financeiras exercem sobre os países da Comunidade Europeia, tanto quanto sobre Alemanha e França. Não há vontade popular na Grécia, na Itália, na Espanha, na Irlanda ou em Portugal, os mais atingidos pela crise. No máximo silêncio pelo medo de setores da população.
A exemplo do que aconteceu em 2008 os governos se mobilizam para capitalizar bancos e evitar falências.
Cada vez mais direitos de trabalhadores são retirados e cada vez mais a globalização alcança níveis de perversidade que coloca em cheque mais que a democracia, o próprio processo globalizante.
Uma Comunidade Europeia falida, os EUA sem alternativas diante do impasse entre republicanos e democratas e milhões de norte-americanos acordando e percebendo que apenas pagam a conta de bancos, das grandes corporações e das guerras insanas de seus governos.
O presidente Barack Obama, ainda que propondo um plano de ação para aumentar o emprego, dá uma guinada cada vez maior à direita e neste momento, a rejeição do seu plano pelo Senado traz a tona uma velha e clássica mentira usada pelos norte-americanos desde tempos bem antigos. A de responsabilizar outros países por ações terroristas.
No meio do oceano e agarrado a uma boia que não oferece muita segurança quanto à sua reeleição o presidente dos EUA acusa o Irã de planejar atentados terroristas em todo o mundo e tenta criar o “pânico” que usaram, ele e seus antecessores, para justificar o ataque e a ocupação do Iraque, do Afeganistão (de onde estão saindo com o rabo entre as pernas), ou os bombardeios contra a Líbia no afã de assumir o controle dos “negócios” naquele país. A China era a detentora da maioria desses “negócios”.
São dois aspectos nisso tudo. O controle que Israel exerce sobre os EUA, os papéis se inverteram e o fim da chamada democracia cristã e ocidental. A vontade popular não vale. As determinações e ações de governo são ditadas pelo sistema financeiro e grandes corporações.
A primavera árabe, por exemplo, naufragou na cumplicidade das forças armadas do Egito e da Tunísia com os regimes totalitários. Não mudou nada e a luta popular permanece.
Criar um “inimigo” para a humanidade é uma velha saída de presidentes norte-americanos em épocas eleitorais ou de dificuldades econômicas para o país e favorece apenas os controladores do modelo.
O movimento OCUPA WALL STREET estende-se para além da ganância dos ricos (existe rico inocente?) e pede o fim de guerras desnecessárias. Veteranos das muitas guerras dos EUA se juntam aos manifestantes para engrossar os protestos. Ocorrem nas principais cidades do país e têm seu centro em New York.
A acusação feita pelo governo norte-americano ao Irã, mais que Israel por trás, que a necessidade de uma bandeira para Obama, estende-se a América Latina. A Venezuela terá eleições presidenciais em 2012 e derrotar Chávez faz parte dos projetos dos EUA.
Nisso o Brasil tem papel significativo.
Se o governo Lula se caracterizou por uma no cravo e outra na ferradura sem mudar as estruturas do modelo político e econômico do Brasil, mas com avanços reais em benefícios sociais dentro da lógica perversa do capitalismo, o governo Dilma fala uma coisa para fora e faz outra para dentro.
A presidente é menor que o cargo e o desafio que lhe foi posto às mãos.
Ao criticar os países ricos por demorarem a tomar atitudes contra a crise deixa claro que o Brasil será atingido pelo tsunami que abala economias europeias e dos EUA, mas cede às imposições do quarteto que comanda a “superação” da crise. Da crise dos bancos.
FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial, Banco Central dos EUA (privado) e Banco Central da Comunidade Européia ditam as regras, a política econômica como um todo e lá como aqui trabalhadores começam a ver cada vez mais distantes perspectivas de direitos e conquistas.
Num governo compartilhado com o PMDB – principalmente – e um ministério confuso, perdido – economia, comunicações e política externa – o governo Dilma começa a afundar nos arrochos impostos pelo neoliberalismo, o que alcança todos os setores e mostra que na prática não se chegou a lugar nenhum, continuamos patinando em matéria de transformações políticas, econômicas e sociais.
Não há como fugir da globalização. Mas há como perceber a realidade. “Globalitarização” no conceito de Milton Santos. Redondo e definitivo. E assim redesenhar a democracia, tornando-a popular em seu sentido e sua essência.
Questões internas como o marco regulatório da mídia, a Comissão da Verdade e o combate à corrupção chegando aos corruptores (vale dizer bancos, grandes corporações, latifúndio e grande mídia privada) podem significar a guinada necessária para que a luta popular avance e as possibilidades de aposentar figuras como José Sarney se tornem realidade.
Não por Sarney em si, é pouco. Mas por tudo o que Sarney representa, desde os tempos de menino de recados da ditadura militar.
A democracia, como a concebem a partir do american way life, está de fato falida. O modelo apoderou-se dos instrumentos e mecanismos eleitorais de uma tal forma que uma figura como Sérgio Cabral consegue ser governador de um estado importante e com peso político significativo na Federação, ou Gilmar Mendes pontificar na chamada Suprema Corte, num Estado repartido entre bancos, grandes corporações e latifúndio.
As garras do modelo e da crise nos estertores do neoliberalismo, neste momento, se voltam brutais e ameaçadoras contra o Irã. E chegam de mansinho a países como o Brasil.
As marchas não são e nem devem ser contra a corrupção. Essa doença é inerente ao modelo, ao capitalismo, está na sua gênese.
A marcha é contra ele modelo político e econômico e a luta tem que ser travada nas ruas. O Estado está aprisionado na camisa de força dos donos do Brasil, como dos donos da Grécia, da Espanha, da Itália, de Portugal, dos Estados Unidos, do Egito, da Tunísia e vai por aí afora.
Cada vez mais somos governados por corporações e agências moldadas segundo os interesses do sistema financeiro internacional.
Ou reagimos, ou breve a brutalidade da crise cai sobre o Brasil e os brasileiros. Como está caindo sobre o mundo cristão, democrático e ocidental.
Não se trata de reinventar a democracia, mas de alcançá-la no que tem de definição – governo do povo, pelo povo e para o povo.
Os gregos estão provando o amargo remédio dos donos do modelo. Provando e resistindo.
Os norte-americanos estão acordando para a realidade.
A exemplo do que aconteceu em 2008 os governos se mobilizam para capitalizar bancos e evitar falências.
Cada vez mais direitos de trabalhadores são retirados e cada vez mais a globalização alcança níveis de perversidade que coloca em cheque mais que a democracia, o próprio processo globalizante.
Uma Comunidade Europeia falida, os EUA sem alternativas diante do impasse entre republicanos e democratas e milhões de norte-americanos acordando e percebendo que apenas pagam a conta de bancos, das grandes corporações e das guerras insanas de seus governos.
O presidente Barack Obama, ainda que propondo um plano de ação para aumentar o emprego, dá uma guinada cada vez maior à direita e neste momento, a rejeição do seu plano pelo Senado traz a tona uma velha e clássica mentira usada pelos norte-americanos desde tempos bem antigos. A de responsabilizar outros países por ações terroristas.
No meio do oceano e agarrado a uma boia que não oferece muita segurança quanto à sua reeleição o presidente dos EUA acusa o Irã de planejar atentados terroristas em todo o mundo e tenta criar o “pânico” que usaram, ele e seus antecessores, para justificar o ataque e a ocupação do Iraque, do Afeganistão (de onde estão saindo com o rabo entre as pernas), ou os bombardeios contra a Líbia no afã de assumir o controle dos “negócios” naquele país. A China era a detentora da maioria desses “negócios”.
São dois aspectos nisso tudo. O controle que Israel exerce sobre os EUA, os papéis se inverteram e o fim da chamada democracia cristã e ocidental. A vontade popular não vale. As determinações e ações de governo são ditadas pelo sistema financeiro e grandes corporações.
A primavera árabe, por exemplo, naufragou na cumplicidade das forças armadas do Egito e da Tunísia com os regimes totalitários. Não mudou nada e a luta popular permanece.
Criar um “inimigo” para a humanidade é uma velha saída de presidentes norte-americanos em épocas eleitorais ou de dificuldades econômicas para o país e favorece apenas os controladores do modelo.
O movimento OCUPA WALL STREET estende-se para além da ganância dos ricos (existe rico inocente?) e pede o fim de guerras desnecessárias. Veteranos das muitas guerras dos EUA se juntam aos manifestantes para engrossar os protestos. Ocorrem nas principais cidades do país e têm seu centro em New York.
A acusação feita pelo governo norte-americano ao Irã, mais que Israel por trás, que a necessidade de uma bandeira para Obama, estende-se a América Latina. A Venezuela terá eleições presidenciais em 2012 e derrotar Chávez faz parte dos projetos dos EUA.
Nisso o Brasil tem papel significativo.
Se o governo Lula se caracterizou por uma no cravo e outra na ferradura sem mudar as estruturas do modelo político e econômico do Brasil, mas com avanços reais em benefícios sociais dentro da lógica perversa do capitalismo, o governo Dilma fala uma coisa para fora e faz outra para dentro.
A presidente é menor que o cargo e o desafio que lhe foi posto às mãos.
Ao criticar os países ricos por demorarem a tomar atitudes contra a crise deixa claro que o Brasil será atingido pelo tsunami que abala economias europeias e dos EUA, mas cede às imposições do quarteto que comanda a “superação” da crise. Da crise dos bancos.
FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial, Banco Central dos EUA (privado) e Banco Central da Comunidade Européia ditam as regras, a política econômica como um todo e lá como aqui trabalhadores começam a ver cada vez mais distantes perspectivas de direitos e conquistas.
Num governo compartilhado com o PMDB – principalmente – e um ministério confuso, perdido – economia, comunicações e política externa – o governo Dilma começa a afundar nos arrochos impostos pelo neoliberalismo, o que alcança todos os setores e mostra que na prática não se chegou a lugar nenhum, continuamos patinando em matéria de transformações políticas, econômicas e sociais.
Não há como fugir da globalização. Mas há como perceber a realidade. “Globalitarização” no conceito de Milton Santos. Redondo e definitivo. E assim redesenhar a democracia, tornando-a popular em seu sentido e sua essência.
Questões internas como o marco regulatório da mídia, a Comissão da Verdade e o combate à corrupção chegando aos corruptores (vale dizer bancos, grandes corporações, latifúndio e grande mídia privada) podem significar a guinada necessária para que a luta popular avance e as possibilidades de aposentar figuras como José Sarney se tornem realidade.
Não por Sarney em si, é pouco. Mas por tudo o que Sarney representa, desde os tempos de menino de recados da ditadura militar.
A democracia, como a concebem a partir do american way life, está de fato falida. O modelo apoderou-se dos instrumentos e mecanismos eleitorais de uma tal forma que uma figura como Sérgio Cabral consegue ser governador de um estado importante e com peso político significativo na Federação, ou Gilmar Mendes pontificar na chamada Suprema Corte, num Estado repartido entre bancos, grandes corporações e latifúndio.
As garras do modelo e da crise nos estertores do neoliberalismo, neste momento, se voltam brutais e ameaçadoras contra o Irã. E chegam de mansinho a países como o Brasil.
As marchas não são e nem devem ser contra a corrupção. Essa doença é inerente ao modelo, ao capitalismo, está na sua gênese.
A marcha é contra ele modelo político e econômico e a luta tem que ser travada nas ruas. O Estado está aprisionado na camisa de força dos donos do Brasil, como dos donos da Grécia, da Espanha, da Itália, de Portugal, dos Estados Unidos, do Egito, da Tunísia e vai por aí afora.
Cada vez mais somos governados por corporações e agências moldadas segundo os interesses do sistema financeiro internacional.
Ou reagimos, ou breve a brutalidade da crise cai sobre o Brasil e os brasileiros. Como está caindo sobre o mundo cristão, democrático e ocidental.
Não se trata de reinventar a democracia, mas de alcançá-la no que tem de definição – governo do povo, pelo povo e para o povo.
Os gregos estão provando o amargo remédio dos donos do modelo. Provando e resistindo.
Os norte-americanos estão acordando para a realidade.
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