segunda-feira, 30 de agosto de 2010
E agora,José??? /A noite esfriou/...Cuspir já não pode/...Quer ir pra Minas/Minas já não há/...Seu terno de vidro/...Sua incoerência.... - Vanderley - Revista
Ibope: "O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff"
Há exatamente um ano, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faria o sucessor, apesar da alta popularidade. Na ocasião, o responsável por um dos mais tradicionais institutos de pesquisas do País assegurava que o presidente não conseguiria transferir seu prestígio pessoal para um “poste”, como tratava a ex-ministra Dilma Rousseff.
Agora, a um mês das eleições e respaldado por números apresentados em pesquisas diárias, Montenegro faz um mea-culpa. “Errei e peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana”, afirmou, em entrevista aos repórteres Octávio Costa e Sérgio Pardellas, da IstoÉ. “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff.”
Segundo Montenegro, a ex-ministra da Casa Civil vem se conduzindo de forma convincente e confirma, na prática, o que o presidente disse sobre ela na entrevista concedida à IstoÉ na primeira semana de agosto: “Lula acertou. Dilma é um animal político. Está mostrando muito mais capacidade do que os adversários.”
O tucano José Serra, na opinião do presidente do Ibope, faz uma campanha sem novidade, velha e antiga. “O PSDB está perdido”, assegura. Neste fim de semana, o Ibope vai divulgar uma nova pesquisa, que confirmará a categórica vantagem da petista. “Fazemos pesquisas diárias. E Dilma não para de crescer. Abriu 20 pontos em Minas, onde Serra já esteve na frente. Empatou em São Paulo, mas ali também vai passar. Essa eleição acabou”, conclui Montenegro.
Confira trechos de sua entrevista.
IstoÉ: O sr. disse que o presidente Lula não conseguiria transferir seu prestígio para a ex-ministra Dilma Rousseff, mas as pesquisas mostram o contrário. O sr. ainda sustenta que o presidente não fará o sucessor?
Carlos Augusto Montenegro: Eu nunca vi, em quase 40 anos de Ibope, uma mudança na curva, como aconteceu nesta eleição, reverter de novo. Por mais que ainda faltem 30 e poucos dias para a eleição, o Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff. Ela tem 80% de chances de resolver a eleição no primeiro turno. Mas, se não for eleita agora, será no segundo turno.
IstoÉ: A que o sr. atribui essa virada?
Montenegro: Houve uma série de fatores. Primeiro a transferência do Lula, que realmente vai sair como o melhor presidente do Brasil. Um pouco acima até do patamar de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek. O segundo ponto é o preparo da candidata Dilma. Ela tem mostrado capacidade de gestão, equilíbrio, tranquilidade e firmeza.
A terceira razão é seu bom desempenho na televisão, inclusive nos debates e entrevistas. Lula acertou ao dizer, em entrevista à IstoÉ, que ela era um animal político. Está mostrando muito mais capacidade que os adversários e mostra que tem preparo para ser presidente.
IstoÉ: Mas há um ano o sr. declarou que Lula dificilmente faria o sucessor.
Montenegro: Errei. Eu dizia de uma forma clara que, apesar de o Lula estar bem, ele não elegeria um poste. Foi uma declaração extemporânea, descuidada e muito mais fundamentada num pensamento político do que com base em pesquisas. Foi um pensamento meu. Acho que eu tinha o direito de pensar daquela forma, mas não tinha o direito de tornar público. Peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana.
IstoÉ: O que mais o surpreendeu desde o momento do lançamento das candidaturas?
Montenegro: A oposição errou e essa é a quarta razão para o sucesso de Dilma. A campanha do Serra está velha e antiga. Não tem novidade. O PSDB repete 2002 e 2006. Está transmitindo para o eleitor uma coisa envelhecida. Vejo um despreparo total. O PSDB está perdido, da mesma forma que o Lula ficou nas eleições de 1994 e 1998 contra o Plano Real. Na ocasião, ele não sabia se criticava ou se apoiava e perdeu duas eleições.
IstoÉ: O bom momento da economia, a geração de empregos e o consumo em alta não fazem do governo Lula um cabo eleitoral imbatível?
Montenegro: Essa, para mim, é a razão principal. O Brasil nunca viveu um momento tão bom. E as pessoas estão com medo de perder esse momento. O Plano Real acabou derrotando o Lula duas vezes. Mas o Lula, com o governo dele, sem querer ou por querer, acabou criando um plano que eu chamo de imperial. É o império do bem, em que cerca de 80% a 90% das pessoas pelo menos subiram um degrau.
Quem não comia passou a comer uma refeição por dia, quem comia uma refeição passou a fazer duas, quem nunca teve crédito passou a ter crédito, quem andava a pé passou a andar de bicicleta ou moto, quem tinha carro comprou um mais novo e quem nunca viajou de avião passou a viajar. Os industriais também estão felizes, vendendo o que nunca venderam. Os banqueiros idem.
IstoÉ: Mas esse fator não pesou logo de início, quando os candidatos lançaram os seus nomes e Serra permaneceu vários meses na frente.
Montenegro: No início, houve transferência do Lula. Mas, de uns três meses para cá, o Lula está associando o êxito dele ao êxito do governo como um todo. E está mostrando que Dilma é a gestora desse governo. O braço direito dele. E as pessoas estão confiantes nisso e não estão querendo perder o que ganharam.
IstoÉ: É possível dizer então que o programa de TV do PT é mais eficiente do que o da oposição?
Montenegro: A TV ajudou na consolidação. Mas a virada de Dilma Rousseff na corrida para presidente da República se deu antes da TV. Pelo menos antes do horário eleitoral gratuito.
IstoÉ: Isso derruba o mito de que o programa eleitoral é capaz de virar a eleição?
Montenegro: Quando a eleição é disputada por candidatos pouco conhecidos, ele pode ser decisivo, sim. Por exemplo, a televisão está ajudando a eleição de Minas Gerais a se tornar mais dura. O Aécio está entrando agora, o Anastasia é o governador e eles estão mostrando as realizações do governo. Por isso, o Anastasia está crescendo.
O Hélio Costa largou na frente porque já era uma pessoa muito mais conhecida do que o Anastasia. Mas, quando você pega uma eleição em que todos os candidatos são bem conhecidos, o uso da TV é muito mais de manutenção e preenchimento do que para proporcionar uma virada.
IstoÉ: E os debates? Eles podem mudar a eleição?
Montenegro: Só se houvesse um desastre. Cada eleitor acha que o seu candidato teve desempenho melhor. Vai ouvir o que está querendo ouvir. Já conhece as propostas anunciadas durante a propaganda eleitoral. Falando especificamente dessa eleição presidencial, repito que a população está de bem com a vida. Quer continuar esse bom momento. O Brasil quer Dilma presidente.
IstoÉ: A candidatura de Marina Silva não tem força para levar a eleição até o segundo turno?
Montenegro: Cada vez mais a vitória de Dilma no primeiro turno fica cristalizada. Temos pesquisas diárias que mostram que essa eleição presidencial acabou.
IstoÉ: O fato de Dilma nunca ter disputado uma eleição não deveria pesar a favor de José Serra?
Montenegro: No Chile, Michele Bachelet tinha 80% de aprovação, mas não conseguiu fazer o sucessor. Por quê? Porque ele tinha passado. Já tinha concorrido. Quando você concorre, você pega experiência por um lado, mas a pessoa deixa de ser virgem, politicamente falando. Sempre há brigas que você tem que comprar e vem a rejeição. No caso da Dilma, o fato de ela nunca ter concorrido, ter sido sempre uma gestora, uma técnica, precisando só exercitar o seu lado político, ajudou muito.
IstoÉ: Em que medida o fato de Dilma ser mulher a ajudou nessas eleições?
Montenegro: Acho que não ajudou muito. Mas é algo diferente. O Brasil já tem implementado coisas novas na política, como foi a eleição de um sindicalista. É um fato interessante, mas a competência do Lula e da Dilma ajudaram muito mais.
IstoÉ: O atabalhoado processo de escolha do vice na chapa do PSDB prejudicou a candidatura de José Serra?
Montenegro: Não. Nunca vi vice ganhar eleição. Nem perder.
IstoÉ: O sr. acredita que Lula possa puxar votos para candidatos do PT nos estados, como em São Paulo, por exemplo?
Montenegro: Acho muito difícil. O Lula tinha toda essa popularidade em 2008, apoiou a Marta e ela perdeu do Gilberto Kassab, que estava fazendo uma boa administração.
Fonte: IstoÉ
O ANDAR EXCLUSIVO DE MAITÊ PROENÇA - Laerte Braga
A dublê de atriz e socialite Maitê Proença tem restrições à candidata Dilma Roussef e está em dúvida entre votar em Marina da Silva ou José Arruda Serra. Foi o que disse à imprensa. Ao comentar a candidatura Dilma incita “machos selvagens” a “nos livrar da Dilma”.
Cabe a Maitê nessas eleições o papel que coube a Regina Duarte nas eleições de 2002, quando do alto do trono de namoradinha do Brasil disse ter medo “muito medo” da vitória de Lula.
Há cerca de um ano e meio, dois no máximo, Maitê Proença sofreu um acidente durante as gravações de uma novela nas imediações da cidade mineira de Juiz de Fora. Ao que me recordo teria caído de um cavalo ou coisa assim. Foi levada a um hospital e ao saber que teria que permanecer internada durante um dia, dois, três não importa, exigiu que a direção do Monte Sinai, nome do hospital, evacuasse todo o andar onde ela ficaria para evitar perturbações e incômodos.
É claro, a direção do hospital recusou-se a atender essa exigência de puro preconceito e deixou-a a vontade para procurar outro lugar. Complexo de Marilyn Monroe. Com um detalhe, quem é acometido desse tipo de chilique, ao contrário de Marilyn, tem só presunção.
Permaneceu no hospital o tempo necessário. Diga-se de passagem considerado um dos melhores do País.
A jornalista e historiadora Conceição de Oliveira num artigo publicado no site VI O MUNDO
http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/maite-proenca-fazendo-escola-entre-os-machos-selvagens.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook
Trata das declarações de Maitê sobre “machos selvagens a nos livrar da Dilma”.
No mundo do espetáculo a glória varia de dimensão. Tanto pode ser Boninho, diretor do BBB, juntar-se a seus amigos e atirar água suja em pessoas que passam nas ruas a partir de critérios sobre esse/a ou aquele/a ser um vagabundo/a, o criador dos “heróis” de Pedro Bial, como pode ser a página central e dupla da PLAYBOY.
A “exigência” da atriz aos diretores do hospital em Juiz de Fora (são médicos, não são protagonistas de uma novela, de um show e por isso não cederam) é o modo Arruda Serra de pensar a saúde, direito básico e fundamental de cada cidadão. Inclusive aqueles que estavam nos quartos contíguos ao que Maitê estava ou no mesmo andar.
Não chega a ser um parto ao vivo, o de Xuxa, a dimensão da atriz no espetáculo é menor, mas é a forma arrogante e preconceituosa como as elites enxergam os debaixo.
Um cidadão de sobrenome Adorno, médico veterinário, no twitter, se declara tucano por ideologia (deve ter feito alguma confusão, tucano não tem ideologia, tem é tabela de preço). Conceição de Oliveira trata do assunto no artigo que citei mostra uma faixa com a inscrição “BRUNO ENGRAVIDA A DILMA e DEPOIS AVISA PARA O MACARRÃO E O BOLA”.
É uma característica tucana, exatamente a absoluta falta de idéia, de programa, de princípios, de dignidade.
De respeito. O mesmo que faltou a Maitê convocando “machos selvagens” a “nos livrar da Dilma”. Respeito às mulheres.
Como a atriz aceita o papel de objeto está acostumada a isso, acha que todas as mulheres se chamam Maitê Proença ou Regina Duarte.
Não é bem assim. Não pode ser assim. E, felizmente, não é assim. Tem um monte de mulheres brasileiras que estampam na forma de ser a marca do caráter de uma luta cotidiana pela liberdade, pelo trabalho, pelo pão de cada dia, sem necessidade de andar exclusivo num hospital, ou de “machos selvagens”.
Uma das principais razões, são muitas, das constantes quedas de José Arruda Serra nas pesquisas de intenção de voto do eleitoral é essa arrogância fétida das elites. O cheiro é insuportável. Imagine alguém que cheire a FHC?
O candidato não tem programa, não tem rumo, tem apenas veneno e mau caratismo. Espalha essa “ideologia” em adornos criminosos (a faixa é uma glorificação de um crime bárbaro e incitação ao crime), que têm impresso bem embaixo, em letras miúdas, as da mentira e da vergonha do anúncio de tudo a preço de banana, o “made in FIESP/DASLU.
Maitê é uma das muitas que junta água suja no balde para despejar sobre trabalhadores e trabalhadoras.
Deve achar-se uma deusa objeto do ardoroso amor de “machos selvagens”.
Uma vez perguntaram a Henry Miller, um dos maiores autores do século XX, proscrito pelas elites puritanas e moralistas da hipocrisia durante um bom tempo, o que era para ele uma prostituta. A pergunta foi feita por um almofadinha intrigado com o fato do autor freqüentar bordéis em Paris.
Miller respondeu assim – “a prostituta nunca é aquela que vende o corpo. É a que vende a alma”.
Deve ser por isso que o pai de todos os Macedos da vida, falo do Edir, Billy Graham, pastor preferido de Ronald Reagan, alcunhado de “Billy Grana” pelo extinto e notável O PASQUIM, diziam que Miller era um devasso, “nocivo à família americana”.
Esse tipo de família gosta de “andar exclusivo”. Dane-se o resto.
É o imprimatur Arruda Serra em toda essa campanha eleitoral
Cabe a Maitê nessas eleições o papel que coube a Regina Duarte nas eleições de 2002, quando do alto do trono de namoradinha do Brasil disse ter medo “muito medo” da vitória de Lula.
Há cerca de um ano e meio, dois no máximo, Maitê Proença sofreu um acidente durante as gravações de uma novela nas imediações da cidade mineira de Juiz de Fora. Ao que me recordo teria caído de um cavalo ou coisa assim. Foi levada a um hospital e ao saber que teria que permanecer internada durante um dia, dois, três não importa, exigiu que a direção do Monte Sinai, nome do hospital, evacuasse todo o andar onde ela ficaria para evitar perturbações e incômodos.
É claro, a direção do hospital recusou-se a atender essa exigência de puro preconceito e deixou-a a vontade para procurar outro lugar. Complexo de Marilyn Monroe. Com um detalhe, quem é acometido desse tipo de chilique, ao contrário de Marilyn, tem só presunção.
Permaneceu no hospital o tempo necessário. Diga-se de passagem considerado um dos melhores do País.
A jornalista e historiadora Conceição de Oliveira num artigo publicado no site VI O MUNDO
http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/maite-proenca-fazendo-escola-entre-os-machos-selvagens.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook
Trata das declarações de Maitê sobre “machos selvagens a nos livrar da Dilma”.
No mundo do espetáculo a glória varia de dimensão. Tanto pode ser Boninho, diretor do BBB, juntar-se a seus amigos e atirar água suja em pessoas que passam nas ruas a partir de critérios sobre esse/a ou aquele/a ser um vagabundo/a, o criador dos “heróis” de Pedro Bial, como pode ser a página central e dupla da PLAYBOY.
A “exigência” da atriz aos diretores do hospital em Juiz de Fora (são médicos, não são protagonistas de uma novela, de um show e por isso não cederam) é o modo Arruda Serra de pensar a saúde, direito básico e fundamental de cada cidadão. Inclusive aqueles que estavam nos quartos contíguos ao que Maitê estava ou no mesmo andar.
Não chega a ser um parto ao vivo, o de Xuxa, a dimensão da atriz no espetáculo é menor, mas é a forma arrogante e preconceituosa como as elites enxergam os debaixo.
Um cidadão de sobrenome Adorno, médico veterinário, no twitter, se declara tucano por ideologia (deve ter feito alguma confusão, tucano não tem ideologia, tem é tabela de preço). Conceição de Oliveira trata do assunto no artigo que citei mostra uma faixa com a inscrição “BRUNO ENGRAVIDA A DILMA e DEPOIS AVISA PARA O MACARRÃO E O BOLA”.
É uma característica tucana, exatamente a absoluta falta de idéia, de programa, de princípios, de dignidade.
De respeito. O mesmo que faltou a Maitê convocando “machos selvagens” a “nos livrar da Dilma”. Respeito às mulheres.
Como a atriz aceita o papel de objeto está acostumada a isso, acha que todas as mulheres se chamam Maitê Proença ou Regina Duarte.
Não é bem assim. Não pode ser assim. E, felizmente, não é assim. Tem um monte de mulheres brasileiras que estampam na forma de ser a marca do caráter de uma luta cotidiana pela liberdade, pelo trabalho, pelo pão de cada dia, sem necessidade de andar exclusivo num hospital, ou de “machos selvagens”.
Uma das principais razões, são muitas, das constantes quedas de José Arruda Serra nas pesquisas de intenção de voto do eleitoral é essa arrogância fétida das elites. O cheiro é insuportável. Imagine alguém que cheire a FHC?
O candidato não tem programa, não tem rumo, tem apenas veneno e mau caratismo. Espalha essa “ideologia” em adornos criminosos (a faixa é uma glorificação de um crime bárbaro e incitação ao crime), que têm impresso bem embaixo, em letras miúdas, as da mentira e da vergonha do anúncio de tudo a preço de banana, o “made in FIESP/DASLU.
Maitê é uma das muitas que junta água suja no balde para despejar sobre trabalhadores e trabalhadoras.
Deve achar-se uma deusa objeto do ardoroso amor de “machos selvagens”.
Uma vez perguntaram a Henry Miller, um dos maiores autores do século XX, proscrito pelas elites puritanas e moralistas da hipocrisia durante um bom tempo, o que era para ele uma prostituta. A pergunta foi feita por um almofadinha intrigado com o fato do autor freqüentar bordéis em Paris.
Miller respondeu assim – “a prostituta nunca é aquela que vende o corpo. É a que vende a alma”.
Deve ser por isso que o pai de todos os Macedos da vida, falo do Edir, Billy Graham, pastor preferido de Ronald Reagan, alcunhado de “Billy Grana” pelo extinto e notável O PASQUIM, diziam que Miller era um devasso, “nocivo à família americana”.
Esse tipo de família gosta de “andar exclusivo”. Dane-se o resto.
É o imprimatur Arruda Serra em toda essa campanha eleitoral
domingo, 29 de agosto de 2010
Carta O BERRO] Consolidar a ruptura histórica...... Texto de Leonardo Boff (a lucidez do L.Boff) - Vanderley - Revista
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT
Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu,”capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os paises mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.
Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
Leonardo Boff autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000).
Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu,”capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os paises mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.
Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
Leonardo Boff autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000).
sábado, 28 de agosto de 2010
[Carta O BERRO] Empresas nacionais e estrangeiras concentram emritmo violento a propriedade rural no Brasil - Vanderley - Revista
VEM AÍ O PEBLISCITO POPULAR PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DE TERRA
VOCÊ PODERÁ VOTAR CONTRA O LATIFÚNDIO; CONTRA OS ABUSOS DE POSSE DE TERRAS BRASILEIRAS POR ESTRANGEIROS E POR BRASILEIROS CRIMINOSOS COMO DANIEL DANTAS E A SENADORA KÁTIA ABREU, QUE ATUA NO SENADO A FAVOR DOS LATIFUNDIÁRIOS – TRATA-SE DA PRESERVAÇÃO DO SOLO BRASILEIRO.
Empresas nacionais e estrangeiras concentram em ritmo violento a propriedade rural no Brasil
VOCÊ PODERÁ VOTAR CONTRA O LATIFÚNDIO; CONTRA OS ABUSOS DE POSSE DE TERRAS BRASILEIRAS POR ESTRANGEIROS E POR BRASILEIROS CRIMINOSOS COMO DANIEL DANTAS E A SENADORA KÁTIA ABREU, QUE ATUA NO SENADO A FAVOR DOS LATIFUNDIÁRIOS – TRATA-SE DA PRESERVAÇÃO DO SOLO BRASILEIRO.
Empresas nacionais e estrangeiras concentram em ritmo violento a propriedade rural no Brasil
VOCÊ SABE FALAR INGLÊS? - Laerte Braga
A julgar pelo que pensa o diretor da empresa que edita o jornal FOLHA DE SÃO PAULO, Otávio não sei das quantas, para ser presidente do Brasil é indispensável saber falar inglês.
Foi o que Lula revelou num discurso de campanha. O preconceito bolorento de senhores feudais em decadência plena e absoluta. O mundo FIESP/DASLU.
Sem nota fiscal, sem concorrência pública, tudo no contrato de gaveta com direito a caixa dois e os caminhões a serviço da ditadura para a desova de corpos de presos por crime de opinião assassinados nos quartéis/açougues da tortura.
Anos atrás a elite brasileira, notadamente a paulista, tinha mais gosto, era mais refinada. Preferia a Europa, Paris, Madri. Hoje alcançam no máximo Miami e frango sem sal, ou hambúrguer conservado com aquele aditivo que vem do petróleo e mata devagarzinho.
Mas adoram charutos cubanos. O sonho é o fim da revolução e a posse dos arsenais de charutos de Fidel e dos cubanos.
Celso Láfer, ex-ministro das Relações Exteriores do governo (governo?) de FHC, aquele que tirou os sapatos no aeroporto de New York para uma revista (suspeita de ações terroristas. Confundiram entreguismo com terrorismo), explicou em inglês que era ministro, aliado dos caras, aliás, subalterno, não adiantou nada.
“Encosta aí na parede, tire os sapatos, e bico calado”.
Vai ver o inglês dele era britânico (elites adoram aquele ar Lawrence Olivier, ou Charles Laughton de falar) e preferia o seu Martini mexido e não batido. Versão colonizada de James Bond.
Como não são nem Lawrence Olivier e tampouco Charles Laugthon, acabam sendo confundidos com Silvester Stallone, o bobão que liberta a América dos seus inimigos nas fantasias financiadas pela CIA, Fundação Ford, etc.
Vocação de “faremos tudo o que o mestre mandar”. Inclusive tirar os sapatos e cair de quatro.
É o inglês do tal Otávio não sei das quantas.
O primeiro ato de Bias Fortes quando tomou posse no governo de Minas (janeiro de 1956), foi mandar buscar sua vaquinha de estimação em Barbacena e colocá-la nos fundos do Palácio da Liberdade. Gostava de tomar leite fresco pela manhã.
Otávio não sei das quantas imagina que falando inglês vira Roberto Marinho, na ordem hierárquica das quadrilhas da mídia privada.
O trono está vago. Até que se decida o novo imperador, regentes controlam os “negócios”.
A propósito, as últimas pesquisas do Instituto DATA FOLHA, braço da empresa do tal Otávio você sabe falar inglês não sei das quantas, saíram assim que nem foguete supersônico, espacial, levando a candidata Dilma Roussef às alturas.
Tem truta aí. Não nos números, que a vitória de Dilma é líquida e certa a não ser que sobrevenha um terremoto fabricado, lógico, lá pelos cantos da REDE GLOBO. Mas coisa assim tipo armadilha, qual não sei, mas suponho.
Deve estar tudo em inglês britânico para confundir Lula. E inglês arcaico, dos tempos de João Sem Terra.
Yes sir!
O grande problema desses caras é que chegam no máximo a comendador. Não conseguem virar barões. Pelo menos de diploma pendurado nas paredes e corredores do poder. São barões de mentirinha na podridão da mídia privada.
Barão Otávio não sei das quantas. Rui Barbosa queria ensinar inglês aos ingleses. Raimundo Magalhães Júnior deu um jeito nisso e enfureceu Luís Viana Filho. Foi Rui pra lá e Rui prá cá.
Tudo entremeado por chá na Academia Brasileira de Letras (Sarney ainda não era imortal, mas Vana Verba, Austregésilo de Athaíde, era o presidente com as bênçãos de Assis Chateaubriand).
Imagino que se eleito presidente da República (te esconjura Satanás!) José Arruda Serra vai mudar o idioma oficial do País. Vamos falar inglês e escrever Brazil assim, com zê..
É zebra meu! E Gentil Cardoso não tem a menor parcela de culpa nisso. A Portuguesa continua afundada lá pelas bandas de Cosmo.
As recepções no palácio do vice, Índio da Costa, serão transformadas em Rave.
Para qualquer emergência os caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO estarão a postos.
Só entra quem souber falar inglês. Não precisa chegar a exageros tipo citar frases inteiras de peças de Shakespeare, Otávio não sei das quantas não faz a menor idéia de quem seja esse, deve confundir com o que é isso. Basta levantar a mão direita e impávido dar a senha – anauê.
No máximo Lady Chaterlley. E mesmo assim as páginas ditas picantes. A essência da obra (opa!) vai para o espaço, termina na coluna de dona Eliana ou Eliane Catanhede, figura de proa nos meios tucanos.
Outro inglês, Lord Byron (que inveja Otávio não sei das quantas deve sentir desse negócio de Lord!) dizia que “o estilo é o homem”. Jânio Quadros adorava citar essa frase quando lhe diziam que era um tanto aloprado. Bota tanto aí.
Esse tanto, tanto vale para Oscar Wilde, quanto para Otávio não sei das quantas. Estilo quero o meu. Wilde era a integridade.
Ou como diria Fellini. “Esse cara deve achar que aquele monstrengo com requeijão e frango é pizza.”
“Pizza meu caro é um manjar que Marco Pólo trouxe da China e no máximo a napolitana, a calabresa, com allitti, ou a marguerita, o resto é invenção de americano”.
Otávio, ou “Otavinho”, como chamam os puxa sacos, não deve ter ouvido falar de Marlene Dietrich. “catchup é um desastre, odeio, tira o gosto de tudo”.
Com um detalhe, o “anjo azul” era alemã e falava inglês fluentemente. Com sotaque evidente, mas falava.
Sei não sabe, Groucho Marx faz uma falta danada. Aquele negócio de “não posso ser sócio de clube que me aceita como sócio”.
Os tempos hoje são de Marcelo Madureira, humor tucano. É trágico. Deve escandalizar Otávio não sei das quantas. É em português, na verdade, em tucanês. Menos ruim para “Otavinho”.
Trate de aprender inglês meu. Do contrário você acaba presunto nos caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO.
Foi o que Lula revelou num discurso de campanha. O preconceito bolorento de senhores feudais em decadência plena e absoluta. O mundo FIESP/DASLU.
Sem nota fiscal, sem concorrência pública, tudo no contrato de gaveta com direito a caixa dois e os caminhões a serviço da ditadura para a desova de corpos de presos por crime de opinião assassinados nos quartéis/açougues da tortura.
Anos atrás a elite brasileira, notadamente a paulista, tinha mais gosto, era mais refinada. Preferia a Europa, Paris, Madri. Hoje alcançam no máximo Miami e frango sem sal, ou hambúrguer conservado com aquele aditivo que vem do petróleo e mata devagarzinho.
Mas adoram charutos cubanos. O sonho é o fim da revolução e a posse dos arsenais de charutos de Fidel e dos cubanos.
Celso Láfer, ex-ministro das Relações Exteriores do governo (governo?) de FHC, aquele que tirou os sapatos no aeroporto de New York para uma revista (suspeita de ações terroristas. Confundiram entreguismo com terrorismo), explicou em inglês que era ministro, aliado dos caras, aliás, subalterno, não adiantou nada.
“Encosta aí na parede, tire os sapatos, e bico calado”.
Vai ver o inglês dele era britânico (elites adoram aquele ar Lawrence Olivier, ou Charles Laughton de falar) e preferia o seu Martini mexido e não batido. Versão colonizada de James Bond.
Como não são nem Lawrence Olivier e tampouco Charles Laugthon, acabam sendo confundidos com Silvester Stallone, o bobão que liberta a América dos seus inimigos nas fantasias financiadas pela CIA, Fundação Ford, etc.
Vocação de “faremos tudo o que o mestre mandar”. Inclusive tirar os sapatos e cair de quatro.
É o inglês do tal Otávio não sei das quantas.
O primeiro ato de Bias Fortes quando tomou posse no governo de Minas (janeiro de 1956), foi mandar buscar sua vaquinha de estimação em Barbacena e colocá-la nos fundos do Palácio da Liberdade. Gostava de tomar leite fresco pela manhã.
Otávio não sei das quantas imagina que falando inglês vira Roberto Marinho, na ordem hierárquica das quadrilhas da mídia privada.
O trono está vago. Até que se decida o novo imperador, regentes controlam os “negócios”.
A propósito, as últimas pesquisas do Instituto DATA FOLHA, braço da empresa do tal Otávio você sabe falar inglês não sei das quantas, saíram assim que nem foguete supersônico, espacial, levando a candidata Dilma Roussef às alturas.
Tem truta aí. Não nos números, que a vitória de Dilma é líquida e certa a não ser que sobrevenha um terremoto fabricado, lógico, lá pelos cantos da REDE GLOBO. Mas coisa assim tipo armadilha, qual não sei, mas suponho.
Deve estar tudo em inglês britânico para confundir Lula. E inglês arcaico, dos tempos de João Sem Terra.
Yes sir!
O grande problema desses caras é que chegam no máximo a comendador. Não conseguem virar barões. Pelo menos de diploma pendurado nas paredes e corredores do poder. São barões de mentirinha na podridão da mídia privada.
Barão Otávio não sei das quantas. Rui Barbosa queria ensinar inglês aos ingleses. Raimundo Magalhães Júnior deu um jeito nisso e enfureceu Luís Viana Filho. Foi Rui pra lá e Rui prá cá.
Tudo entremeado por chá na Academia Brasileira de Letras (Sarney ainda não era imortal, mas Vana Verba, Austregésilo de Athaíde, era o presidente com as bênçãos de Assis Chateaubriand).
Imagino que se eleito presidente da República (te esconjura Satanás!) José Arruda Serra vai mudar o idioma oficial do País. Vamos falar inglês e escrever Brazil assim, com zê..
É zebra meu! E Gentil Cardoso não tem a menor parcela de culpa nisso. A Portuguesa continua afundada lá pelas bandas de Cosmo.
As recepções no palácio do vice, Índio da Costa, serão transformadas em Rave.
Para qualquer emergência os caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO estarão a postos.
Só entra quem souber falar inglês. Não precisa chegar a exageros tipo citar frases inteiras de peças de Shakespeare, Otávio não sei das quantas não faz a menor idéia de quem seja esse, deve confundir com o que é isso. Basta levantar a mão direita e impávido dar a senha – anauê.
No máximo Lady Chaterlley. E mesmo assim as páginas ditas picantes. A essência da obra (opa!) vai para o espaço, termina na coluna de dona Eliana ou Eliane Catanhede, figura de proa nos meios tucanos.
Outro inglês, Lord Byron (que inveja Otávio não sei das quantas deve sentir desse negócio de Lord!) dizia que “o estilo é o homem”. Jânio Quadros adorava citar essa frase quando lhe diziam que era um tanto aloprado. Bota tanto aí.
Esse tanto, tanto vale para Oscar Wilde, quanto para Otávio não sei das quantas. Estilo quero o meu. Wilde era a integridade.
Ou como diria Fellini. “Esse cara deve achar que aquele monstrengo com requeijão e frango é pizza.”
“Pizza meu caro é um manjar que Marco Pólo trouxe da China e no máximo a napolitana, a calabresa, com allitti, ou a marguerita, o resto é invenção de americano”.
Otávio, ou “Otavinho”, como chamam os puxa sacos, não deve ter ouvido falar de Marlene Dietrich. “catchup é um desastre, odeio, tira o gosto de tudo”.
Com um detalhe, o “anjo azul” era alemã e falava inglês fluentemente. Com sotaque evidente, mas falava.
Sei não sabe, Groucho Marx faz uma falta danada. Aquele negócio de “não posso ser sócio de clube que me aceita como sócio”.
Os tempos hoje são de Marcelo Madureira, humor tucano. É trágico. Deve escandalizar Otávio não sei das quantas. É em português, na verdade, em tucanês. Menos ruim para “Otavinho”.
Trate de aprender inglês meu. Do contrário você acaba presunto nos caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO.
ONDE A PORCA TORCE O RABO- Laerte Braga
O ex-governador Aécio Neves mandou um recado curto e grosso a Lula. Se entrar para valer na campanha de Hélio Costa para o governo do estado, Minas, ele Aécio entra de sola na campanha de Serra em Minas e no País inteiro.
Aécio sentiu-se “traído” pelo presidente, mesmo que entre os dois não existisse nada além de um acordo tácito sobre a candidatura Dilma Roussef.
A bem da verdade Minas vive uma perspectiva deplorável. Não há menos ruim entre os dois candidatos com maior número de intenções de votos. Há bons candidatos, mas isso é outra história.
Hélio Costa além de estar envolvido em várias denúncias de corrupção, é homem da GLOBO e foi homem da repressão na ditadura militar. Foi o intérprete de Dan Mitrione o sinistro arquiteto da Operação Condor.
Antônio Anastasia é um técnico que assessora tucanos de longa data e no Congresso Nacional Constituinte trabalhou full time contra conquistas sociais, principalmente de aposentados e pensionistas.
O PT de Minas, mesmo que negue, não está envolvido na campanha de Hélio Costa. Pimentel não conseguiu decolar, deve perder a segunda vaga no Senado para Itamar Franco e parte da direção do partido já mandou um recado também para Lula. “Quem pariu Mateus, que o embale”.
A candidatura do ex-ministro das Comunicações foi invenção de Lula, imposição de Lula.
Como conciliar todo esse conjunto de trapalhadas não sei, mas os últimos dados levantados por institutos de pesquisas mostram que, em Minas, Aécio conduz o eleitorado segundo sua vontade. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil e nessa arrancada final da campanha pode atrapalhar a disparada de Dilma.
Nem a Lula e nem a Aécio interessa bater de frente. Como nem a Lula e nem a Aécio interessa uma vitória de José Arruda Serra. Sair dessa é um desafio e o ex-governador foi claro no recado ao presidente. “Deixe Minas resolver as questões de Minas”.
As eleições devem ser decididas já no primeiro turno levando em consideração que os candidatos dos chamados partidos pequenos não somam mais que quatro por cento de intenções de votos. Nos últimos dias o candidato de Aécio começou uma ascensão e Hélio Costa viu seus números caírem.
Se Anastasia é um técnico comprometido com o neoliberalismo, Hélio Costa é uma tragédia absoluta em todos os sentidos.
O resultado disso é que o estado, nos próximos quatro anos, vai comer o pão que o diabo amassou.
A intransigência de Lula ao forçar o acordo com o PMDB em torno da candidatura de Hélio Costa, impedindo o PT de lançar candidato próprio e pior, jogando o ex-ministro Patrus Ananias numa fria sem tamanho – vença ou não vença –, pode custar caro a Dilma Roussef.
E dentro do próprio PMDB o candidato é um corpo estranho. Boa parte do partido lhe dá as costas e torce por sua derrota. Outros, simplesmente, se distanciam da campanha, alguns até pelo cheiro fétido de corrupção que ronda o candidato.
Anastasia não é diferente.
Quem se estrepa é Minas.
Minas e Dilma se Lula cismar de bater de frente com Aécio. O que parecia ser a combinação perfeita, PT/PMDB está se mostrando um desastre absoluto. Se no PT Lula impôs o ex-ministro, no PMDB o grupo de Hélio fez lambanças desde o primeiro momento, continua fazendo e se as coisas continuarem como estão os dois, ele e Anastasia, devem chegar colados no final de setembro.
A bola agora está com Lula.
Arruda Serra já farejou sinais de crise e já disse a Aécio que o recebe de braços abertos no leito original.
É um momento de importância no processo eleitoral. A responsabilidade do presidente da República é grande. Uma coisa é bater de frente com FHC em São Paulo, outra é bater de frente com Aécio em Minas.
Neste momento é gelada.
Aécio foi claro através de códigos e emissários. “Ou ficamos no faz de conta que eu ajudo Serra e você o Hélio, ou vamos para o pau”.
Sabe aquelas bombas que o sujeito fica na dúvida se corta o fio vermelho ou o fio azul? Pois é.
Pode explodir tudo dependendo do fio que Lula cortar.
Aécio sentiu-se “traído” pelo presidente, mesmo que entre os dois não existisse nada além de um acordo tácito sobre a candidatura Dilma Roussef.
A bem da verdade Minas vive uma perspectiva deplorável. Não há menos ruim entre os dois candidatos com maior número de intenções de votos. Há bons candidatos, mas isso é outra história.
Hélio Costa além de estar envolvido em várias denúncias de corrupção, é homem da GLOBO e foi homem da repressão na ditadura militar. Foi o intérprete de Dan Mitrione o sinistro arquiteto da Operação Condor.
Antônio Anastasia é um técnico que assessora tucanos de longa data e no Congresso Nacional Constituinte trabalhou full time contra conquistas sociais, principalmente de aposentados e pensionistas.
O PT de Minas, mesmo que negue, não está envolvido na campanha de Hélio Costa. Pimentel não conseguiu decolar, deve perder a segunda vaga no Senado para Itamar Franco e parte da direção do partido já mandou um recado também para Lula. “Quem pariu Mateus, que o embale”.
A candidatura do ex-ministro das Comunicações foi invenção de Lula, imposição de Lula.
Como conciliar todo esse conjunto de trapalhadas não sei, mas os últimos dados levantados por institutos de pesquisas mostram que, em Minas, Aécio conduz o eleitorado segundo sua vontade. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil e nessa arrancada final da campanha pode atrapalhar a disparada de Dilma.
Nem a Lula e nem a Aécio interessa bater de frente. Como nem a Lula e nem a Aécio interessa uma vitória de José Arruda Serra. Sair dessa é um desafio e o ex-governador foi claro no recado ao presidente. “Deixe Minas resolver as questões de Minas”.
As eleições devem ser decididas já no primeiro turno levando em consideração que os candidatos dos chamados partidos pequenos não somam mais que quatro por cento de intenções de votos. Nos últimos dias o candidato de Aécio começou uma ascensão e Hélio Costa viu seus números caírem.
Se Anastasia é um técnico comprometido com o neoliberalismo, Hélio Costa é uma tragédia absoluta em todos os sentidos.
O resultado disso é que o estado, nos próximos quatro anos, vai comer o pão que o diabo amassou.
A intransigência de Lula ao forçar o acordo com o PMDB em torno da candidatura de Hélio Costa, impedindo o PT de lançar candidato próprio e pior, jogando o ex-ministro Patrus Ananias numa fria sem tamanho – vença ou não vença –, pode custar caro a Dilma Roussef.
E dentro do próprio PMDB o candidato é um corpo estranho. Boa parte do partido lhe dá as costas e torce por sua derrota. Outros, simplesmente, se distanciam da campanha, alguns até pelo cheiro fétido de corrupção que ronda o candidato.
Anastasia não é diferente.
Quem se estrepa é Minas.
Minas e Dilma se Lula cismar de bater de frente com Aécio. O que parecia ser a combinação perfeita, PT/PMDB está se mostrando um desastre absoluto. Se no PT Lula impôs o ex-ministro, no PMDB o grupo de Hélio fez lambanças desde o primeiro momento, continua fazendo e se as coisas continuarem como estão os dois, ele e Anastasia, devem chegar colados no final de setembro.
A bola agora está com Lula.
Arruda Serra já farejou sinais de crise e já disse a Aécio que o recebe de braços abertos no leito original.
É um momento de importância no processo eleitoral. A responsabilidade do presidente da República é grande. Uma coisa é bater de frente com FHC em São Paulo, outra é bater de frente com Aécio em Minas.
Neste momento é gelada.
Aécio foi claro através de códigos e emissários. “Ou ficamos no faz de conta que eu ajudo Serra e você o Hélio, ou vamos para o pau”.
Sabe aquelas bombas que o sujeito fica na dúvida se corta o fio vermelho ou o fio azul? Pois é.
Pode explodir tudo dependendo do fio que Lula cortar.
SILICONE - "A CULPA É DE CHÁVEZ" - TERROR EM HONDURAS - Laerte Braga
Um candidato do Partido Primeira Justiça, Venezuela, de oposição ao governo do presidente Hugo Chávez, faz campanha prometendo cirurgias plásticas para implante de silicone ao eleitoral feminino. Gustavo Rojas disse estar preocupado com o fato de miss Venezuela não ter ganho o concurso miss Universo de 2010, depois de duas vitórias consecutivas, em 2008 e 2009.
Segundo disse a Agência Reuters a procura por cirurgias plásticas e implante de silicone é grande. O candidato está preocupado com a derrota no concurso miss Universo deste ano, segundo ele, “símbolo da decadência da Venezuela sob o regime de Chávez”. Deve imaginar filial FIESP/DASLU por lá.
É a proposta mais sedutora da oposição ao governo bolivariano do presidente Chávez. É a síntese do pensamento de elites políticas e econômicas varridas do poder após destroçarem o país, como fazem em qualquer parte do mundo.
Guarda semelhança com a obsessão do candidato de extrema-direita no Brasil, José Arruda Serra, que fala de saúde como se esse direito do cidadão fosse um grande mutirão de cirurgias e uma seqüência de seqüelas e velórios no delírio tucano/DEM, tudo privatizado e terceirizado no melhor estilo neoliberal.
O senador John McCain, do Partido Republicano e que coordena a central de golpes de estado para a América Latina deve estar cogitando de ações mais drásticas, tipo enviar Silvester Stallone e Robin Willians para resgatar a “democracia cristã e ocidental”.
Não usam balas de silicone, mas urânio empobrecido. E bases na Colômbia.
O ditador hondurenho Pepe Lobo desfechou nesta semana que termina uma onda de brutais ataques contra forças da resistência popular e como tem acontecido em quase todos os países latino-americanos, cooptou boa parte do movimento sindical (corporações pelegas), centrais inclusive, para acordos com o regime de repressão e barbárie instalado naquele país desde a derrubada do presidente constitucional Manuel Zelaya.
Jornalistas são assassinados em seus locais de trabalho, camponeses têm suas casas destruídas, massacres no interior do país e corpos despejados em valas comuns, tudo isso com assessoria do general norte-americano comandante da base militar de Tegucigalpa, a maior de todas as bases da corporação EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A para a América Latina.
Escola de golpes.
Não sei se tem estoque de silicone. Mas numa só empreitada contra camponeses que protestavam contra a ditadura e o regime escravo imposto pelo latifúndio, mais de 30 mortos e cem bombas de natureza diversas, digamos assim.
As forças populares hondurenhas vivem o dilema da divisão das chamadas esquerdas. O movimento sindical, se é que pode ser chamado de esquerda, faz a oposição comportada e acordada com a ditadura, enfraquece a resistência nas cidades e permite, pois fecha os olhos ao negociar com o ditador Pepe Lobo, a estupidez de militares (redundância lógico, estupidez de militares) e policiais (idem) contra trabalhadores do campo.
Honduras vive da exportação de produtos primários, o latifúndio é a grande força da economia voltada para as elites e os norte-americanos controlam cada banana que é colhida num cipoal de bananeiras e coisas que tais.
A mídia privada em toda a América Latina esconde essa violência organizada e diária e chama Lobo de presidente eleito e Chávez de “ditador”.
Haja silicone.
Na cabeça de um político corrupto e cínico como Gustavo Rojas o silicone “está no imaginário de nossas mulheres”, ou seja, mulher para ele é objeto. Reflete o pensamento das grandes empresas, do latifúndio, dos banqueiros e dane-se o resto.
Não é diferente de José Arruda Serra ou qualquer outro Álvaro Uribe da vida.
No fim a culpa é de Hugo Chávez. Ou do Irã.
O canal NATIONAL GEOGRAFIC apresentou um programa especial vinculando as FARCs ao tráfico de drogas e insinuando que Venezuela e Bolívia seriam responsáveis pelo grande volume de drogas que entra nos EUA todo ano. Os documentos secretos das guerras do Afeganistão e do Iraque, revelados por um site na Austrália, mais de 90 mil documentos, mostram que as empresas contratadas para substituir o exército regular, agora é privatizado, além das tarefas guerreiras, cuidam do tráfico de drogas e mulheres e agora até de petróleo.
As ações contra governos populares na América Latina e a criminalização de movimentos sociais ocorrem em todos os setores possíveis e a comunicação talvez seja o mais importante deles.
Desde o silicone às montagens feitas pelo NATIONAL GEOGRAFIC, nos milagres da tecnologia contemporânea, boa parte dela receita de terrorismo de estado para sufocar reações à barbárie capitalista.
Ou como disse alguém, para uma “alta autoridade não importa quantos inocentes morram desde que os objetivos sejam alcançados”. A última foi a ex-secretária de Estado Madeleine Albright quando perguntada sobre a morte de 200 mil crianças no Iraque, antes da guerra, por conta do bloqueio econômico – “é um preço que a democracia tem que pagar”.
Tem sido assim no Afeganistão, no Iraque, na Colômbia e agora a descoberta da receita democrática e cristã, o silicone.
É fácil colocar um bobão como Silvester Stallone nas selvas do Vietnã resgatando soldados da pátria amada que por lá ficaram perdidos depois da surra que os EUA tomaram, ou “libertando” países latino-americanos de “ditaduras cruéis”, tanto quanto assassinar a média de cinqüenta resistentes por semana em Honduras, tudo em nome da liberdade.
No Brasil a GLOBO está aí para atestar com imagens candentes de falta de ranhuras na pista do aeroporto de Congonhas, o patriotismo e o desvelo dessa gente na sórdida mentira do capitalismo.
Não importa que tenham morrido duzentos, importa o dossiê fajuto para garantir o faturamento nosso de cada dia.
Se a coisa apertar é simples. Ana Maria Braga arranja um novo namorado, Susana Vieira vai às compras com o cachorrinho e haja silicone.
De quebra Edir Macedo manda um “guia turístico” tentar distribuir prospectos evangélicos no Egito para que muçulmanos descubram a “fé verdadeira”.
Um universo de milhões para pagar dízimo.
O silicone de Gustavo Rojas, candidato de um dos partidos de oposição a Chávez, é tudo isso. E mais alguma coisa.
O problema é que no meio do caminho Miriam Leitão achou que poderia vir a ser um Ícaro dos nossos tempos e com asas de cera tentou voar um vôo destrambelhado rumo a Washington (romaria para beijar os pés de Bush e dos chefões de Wall Street) e de carona levava Lúcia Hipólito e Alexandre Garcia.
Não tem asa que agüente.
Derreteu. O negócio hoje é silicone.
É a culpa é de Chávez. Se não for do presidente venezuelano é do piloto, tanto faz que seja do avião que caiu, como do que vai cair.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Carta O BERRO] Duas trajetórias distintas por Emir Sader - Vanderley - Revista
Nas horas mais difíceis se revela a personalidade – as forças e as fraquezas - de cada um. Os franceses puderam fazer esse teste quando foram invadidos e tinham que se decidir entre compactuar com o governo capitulacionsista de Vichy ou participar da resistência. Os italianos podiam optar entre participar da resistência clandestina ou aderir ao regime fascista. Os alemães perguntam a seus pais onde estavam no momento do nazismo.
No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.
Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.
José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.
Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.
No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.
No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.
Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.
Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.
Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela e o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que seqüestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.
Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?
*Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição. Foi professor de Filosofia e Ciência Política da USP. Foi também pesquisador do Centro de Estudos Sócio Econômicos da Universidade do Chile e professor de Política na Unicamp. Atualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de "A Vingança da História", entre outros livros.
No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.
Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.
José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.
Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.
No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.
No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.
Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.
Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.
Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela e o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que seqüestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.
Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?
*Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição. Foi professor de Filosofia e Ciência Política da USP. Foi também pesquisador do Centro de Estudos Sócio Econômicos da Universidade do Chile e professor de Política na Unicamp. Atualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de "A Vingança da História", entre outros livros.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Crimes Contra Mulheres abalam o México e o mundo todo - Barbet
Ciudad Juarez: Crimes Contra Mulheres abalam o México e o mundo todo
Por: Oxigenio RecordsCiudad Juarez: Crimes Contra Mulheres
Léo Montenegro dedica sua vida à pesquisa e denúncia dos crimes macabros acontecidos no Brasil e fora dele. O autor de Crimes Satânicos- eles mataram em nome do Diabo tem um vasto material sobre o feminicídio que assola a Ciudad Juarez no México, no estado de Chihuahua .
Em entrevista ao ANCORADOURO o autor fala sobre a peculiriadade destes crimes e , inclusive, a correlação deles com a produção dos vídeos snuffs (vídeos encomendados mostrando a execução de pessoas). Segundo Léo "são mais de 800 mortes confirmadas no que ficou conhecido mundialmente como o Caso Mujeres de Juarez , e quase 4.000 corpos encontrados na região dos quais 800 apresentam sinais de violência sexual e mutilações".
ANCORADOURO - O que o leva a relacionar o assassinato de centenas de mulheres na Ciudad Juarez a crimes satânicos?
Léo Montenegro - Eu entendo que nesses crimes possa haver relação com o culto satânico A Mão da Morte ou um grupo que possa ter feito parte da Mão da Morte que foi um grupo que entre os anos 70 e 80 agiu na mesma região de fronteira entre Estados Unidos e México.
Outros grupos satânicos como o Matamoros agiram na mesma área matando dezenas de pessoas em rituais satânicos.
ANCORADOURO - É possível que estas mulheres mortas tenham sido usadas na produção dos vídeos snuffs (Vídeos encomendadas por indivíduos que possuem o desejo mórbido de verem pessoas sendo torturadas e assassinadas)?
Léo Montenegro - Ocorre é que essa hipótese tem sido a mais sustentada inclusive por parentes de vítimas, grupos de direitos humanos e investigadores que tem pesquisado sobre os Crimes de Ciudad Juarez .
A verdade é que todos os crimes seguem o mesmo padrão: As mulheres são amarradas, torturadas, estupradas e mortas com requintes de perversão sexual tendo todo o tipo de objetos introduzidos em seus orifícios sexuais. A violência é extrema e muitas vezes os corpos são identificados somente por exames de DNA.
ANCORADOURO - Por que justamente a Ciudad Juarez é palco desta série de crimes Que fatores podem contribuir para isso?
Léo Montenegro - Creio que como é um local perto da fronteira com os Estados Unidos , muitas pessoas acabam passando pela cidade que atrai muitos interessados na mão de obra barata nas fábricas locais . Inúmeras dessas mulheres vêm de muito longe e arrumam trabalho temporário com o objetivo de pagarem os coyotes para atravessarem a fronteira com o objetivo de começarem uma vida nova nos Estados Unidos.
Ciudad Juarez é violenta por natureza , sendo ponto importante para o tráfico de drogas para os EUA. Isso no início acabou servindo como "desculpa " para o grande número de mulheres que apareciam mortas. Na verdade esses crimes nunca foram tratados com seriedade pela polícia mexicana , tanto que a pressão internacional em cima do país é muito grande e mesmo assim uma investigação séria nunca foi feita.
ANCORADOURO - Em seu livro Ciudad Juarez é mencionada.Você não tem medo de se envolver nesse caso?
Léo Montenegro - Na verdade não, meu objetivo ao citar o Caso Das Mulheres de Juarez é mostrar ao público brasileiro o descaso com que as centenas de famílias das vítimas tem sido tratadas e alertar a todos sobre esse caso de violência extrema contra a mulher .
É estranho centenas de mulheres serem trucidadas e mortas enquanto a polícia e a justiça de um país inteiro não fazerem nada.
De fato , Ciudad Juarez é o lugar mais perigoso do mundo para as mulheres.
ANCORADOURO - E no Brasil, como estão os casos de crimes relacionados aos rituais satânicos?
Léo Montenegro – Tenho acompanhado muitos casos dentro e fora do Brasil e estou com 2 livros em andamento e lançaremos em setembro . O que posso adiantar é que há um crescimento considerável desse tipo de crime em todo o mundo e só sai na mídia casos envolvendo "peixe pequeno" . Existe no Brasil um grupo especializado em sequestrar crianças e jovens para serem mortas em rituais de magia negra encomendados por "gente influente" .
Deus um dia trará tudo isso à tona ."Nada há em oculto que não venha á ser revelado".
Em nossa próxima entrevista falaremos com o autor sobre esse grupo.
O blog ontem noticiou o suposto envolvimento da procuradora Vera Lúcia (veja no pôst relacionado, abaixo) com uma seita satânica.
SERVIÇO
Livro: Crimes Satânicos – Eles mataram em nome do Diabo
Autor: Léo MontenegroCompre aqui.: <!-- BBCode auto-link start -->http://www.americanas.com.br/AcomProd/1472/2843803<!-- BBCode auto-link end -->
Perfil do Autor
www.oxigenioonline.com
(Artigonal SC #2331069)
Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/blogs-artigos/ciudad-juarez-crimes-contra-mulheres-abalam-o-mexico-e-o-mundo-todo-2331069.htmlA Cabana - Um livro ousado - Recomendo - Barbet
Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack é raptada e brutalmente assassinada, Após quatro anos, vivendo de tristeza profunda, recebe um estranho bilhete, aparentemente enviado por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde ocorreu a tragédia. O que ocorre lá vai mudar a sua vida para sempre.
Transcrição das frases e pensamentos mais significativos da obra de William Young. "A cabana" se revelou um livro raro que, a partir do entusiasmo e da indicação dos leitores, se tornou um fenômeno de público - quase dois milhões de exemplares vendidos - e de crítica.
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"COM PEDAÇOS DE PAU E PEDRAS" - Laerte Braga
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad disse em discurso na inauguração da usina nuclear de Bushehr, em presença de autoridades russas e de seu país (a usina tem tecnologia russa e se destina à produção de energia) que a defesa da revolução islâmica no caso de um ataque norte-americano ou por parte de Israel, que “nossas opções não terão limites, envolverão todo o planeta”.
Documentos liberados pelo site WikiLeaks e criados pela unidade especial da CIA – CENTRAL INTELIGENCY AGENCY – apontam casos em que cidadãos norte-americanos financiaram atividades terroristas.
Em documentos anteriores o mesmo site, perto de noventa e dois mil documentos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, mostra que o governo dos Estados Unidos exporta terrorismo na forma de seqüestros, assassinatos seletivos, prisões indiscriminadas em qualquer parte do mundo, práticas acentuadas no governo de George Bush como reação ao ataque às torres gêmeas do World Trade Center.
Uma das grandes dificuldades do atual presidente dos EUA Barack Obama é desmontar esse aparato repressivo, bárbaro, que, no todo, acaba se vendo presa fácil de quadrilhas de grande porte no tráfico de drogas, de mulheres e agora tráfico de petróleo a partir do México.
As políticas de terceirização de atividades de inteligência e militares postas em curso por Bush geraram distorções de tal ordem que nem a Casa Branca sabe mais a real extensão de todo o conjunto de insensatez do governo anterior.
Essas dificuldades se apresentam visíveis na reação de republicanos comandados agora pelo senador John McCain, derrotado nas eleições presidenciais por Obama e deixam claros os novos contornos do que era uma nação e hoje é um conglomerado de interesses privados de bancos, corporações do petróleo, das armas, com tentáculos capazes de paralisar o Estado e transformar a maior nação do mundo numa grande empresa voltada para o terrorismo.
Obama até agora não conseguiu entrar no salão oval.
A guerra global é uma realidade e pode ser entendida na afirmação feita por Hans Blinx, mês passado, sobre as advertências feitas a Bush que não existiam provas da presença de armas químicas e biológicas no Iraque. Blinx fala que os norte-americanos estavam “em estado de embriaguez pelo poder do arsenal que dispunham”. E continuam a dispor. Blinx foi um dos inspetores da ONU no Iraque à época que precedeu a invasão daquele país pelos EUA, à revelia do Conselho de Segurança da ONU.
Só que agora boa parte do que se convencionou chamar de forças armadas é controlada por empresas privadas e muitas ações pertinentes àquelas forças, são executadas por essas empresas. Generais norte-americanos são fachadas para executivos de companhias que tanto operam contra os Talibãs no Afeganistão, como traficam drogas, mulheres, armas, petróleo, lavam dinheiro, toda a sorte de operações criminosas de grande porte e possíveis.
A união de todas as máfias sonhada e desejada por cada chefe mafioso na história dessas organizações criminosas. Chegaram ao topo. Vendem democracia, drogas, mulheres, lavam dinheiro e têm milhares de ogivas nucleares capazes de destruir o planeta pelo menos cem vezes.
A vala com corpos de cidadãos latino-americanos que foi encontrada no México exibe o estado de caos que permeia aquele país. Ou “ex-país”. Colônia dos EUA desde a assinatura do NAFTA (tratado de livre comércio entre EUA, Canadá e México).
Uma das conseqüências ou exigências para que o conglomerado terrorista formado pelos EUA e por Israel opere é a presença de governantes dóceis e isso se consegue com corrupção. Foi o caso de FHC no Brasil, Menem na Argentina, Uribe na Colômbia e é agora com Calderón no México. Para citar apenas latino-americanos.
O chamado mundo institucional é a face visível em cor laranja dos operadores do terrorismo de estado.
No Brasil trabalham a partir do PSDB, DEM, PPS, mídia privada (GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS, VEJA, ÉPOCA, etc) e corporações de banqueiros, empresas nacionais e multinacionais e latifúndio. Se abrigam simbólica e realmente na sigla FIESP/DASLU.
O golpe militar em Honduras e a farsa democrática montada com o governo terrorista de Pepe Lobo (mais um jornalista foi assassinado hoje, quinta-feira, dia 26 de agosto, o nono neste ano), não difere de ações na Colômbia a partir do governo central, ou no México, tanto quanto o massacre de palestinos por Israel e as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Despejam seus dejetos em containers democráticos no mar da Somália, ou em navios que enviam ao Brasil.
São perto de quinhentas bases militares dos EUA em todo o mundo e uma série de operações em todo o planeta para manter intato o poder dos grupos que controlam a mega empresa EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Ahmadinejad não disse nada diferente do que acontece na prática, disfarçada de democracia cristã e ocidental. Quis apenas mostrar que seu país está pronto para reagir a esse terrorismo e tem condições militares de fazê-lo.
O Irã detém a terceira maior reserva de petróleo do mundo. Ao transformar-se numa potência coloca em risco os “negócios” das grandes corporações que detêm o controle acionário de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
São assassinatos de civis no México, na Colômbia, em Honduras, no Iraque, no Afeganistão, ou de líderes de movimentos de resistência por agentes de Israel com documentos oficiais, mas nomes falsos, de países controlados pelos EUA (Grã Bretanha, Itália e Alemanha) e tudo isso mostrado ao mundo em forma de torta de maçã com canela pela mídia privada e corrompida.
Ou como disse a um grupo de professores e alunos de uma universidade paulista em visita à redação do JORNAL NACIONAL, o apresentador do dito cujo, sobre determinada notícia. “Esta não, pois contraria os nossos amigos americanos”.
Um dos fatos mais significativos desse estado de terrorismo oficial está no último discurso do presidente Lula ao referir-se ao diretor da FOLHA DE SÃO PAULO como alguém que queria saber se ele falava inglês. Se não fala, como vai governar o País? É que a FOLHA pensa em inglês, e empresta caminhões para que mortos por tortura sejam desovados em pontos de São Paulo. Preconceito puro, estampado em cores vivas na imbecilidade dos subordinados ávidos de poder.
O que tem uma coisa a ver com a outra? O discurso de Lula, o Irã, a guerra global?
Todos os fatos se encadeiam num projeto terrorista gerado em Washington desde o fim da guerra fria, para controle do resto do mundo, o que Fidel Castro chamou de “governo mundial”.
Quem acha que Hitler perdeu está equivocado. Por enquanto, em boa parte do mundo está ganhando e levando. Só mudou de bandeira. Tem as estrelas do Tio Sam e a de Davi.
E de nome.
Quem tiver boa memória vai se lembrar dos momentos que antecederam ao anúncio da invasão do Iraque. O terrorista George Bush apareceu em rede mundial de tevê sendo maquiado. Transformado por pós e cremes em anjo de guarda da democracia. Dias depois, quando ainda era viva a resistência iraquiana à invasão, proclamou que se necessário fosse “para evitar a destruição em massa do planeta, os EUA usarão armas atômicas no Iraque”.
Essa destruição em massa está acontecendo desde que Ronald Reagan assumiu o governo dos EUA. O papel de presidente bonzinho vivido por Jimmy Carter terminou com o próprio.
No filme DOCTOR STRANGELOVE, do extraordinário cineasta Stanley Kulbrick, um general comandante de uma base nuclear norte-americana decide por conta própria atacar a ex-URSS. Afirma que o comunismo está chegando ao seu país “pela água”.
O terrorismo norte-americano/sionista chega por bases militares (a Europa Ocidental hoje é colônia dos EUA), por golpes de estado, pela mídia privada vendendo idéias e factóides montados para transformar o ser humano em mero objeto.
Reduzir o Irã, a Venezuela, a Coréia do Norte, a Bolívia, Cuba, Nicarágua e alguns outros países a classificação de “ditaduras” é parte desse jogo de dominação, é a guerra global em curso.
Assassinar civis latino-americanos e jogá-los em covas rasas (México, Colômbia e Honduras) é apenas construir outras formas de muros para que o genocídio de palestinos se transforme em algo corriqueiro.
E palestinos restamos sendo todos nós.
Comemorar a morte de civis iraquianos com expressões como “matamos os bastardos”, quer dizer apenas que boçais fardados tomaram o petróleo do Iraque. Que os “negócios” vão continuar prosperando.
Sustentar governos de fachada como na Colômbia, no México, em Honduras, Costa Rica (“sem a polícia, sem a milícia...” A canção cantada por Milton Nascimento já não tem mais sentido, só saudades, uma base militar dos EUA já está sendo montada em San José), Afeganistão, Iraque, etc, controlar os países europeus, avançar sobre a América Latina, matar a África de fome, isso é a guerra global.
A barbárie capitalista. Tem sede em Washington e em Tel Aviv e filiais em todos os cantos do mundo.
No Brasil a mídia privada vende vinte e quatro horas por dia a idéia que Hollywood é o paraíso.
Se você conseguir pular o muro e escapar dos “grupos organizados de extermínio”.
A não ser que seu nome seja William Bonner, Boris Casoy, ou outros menores como Miriam Leitão, Lúcia Hipólito, Pedro Bial, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, um monte. E lógico, o tal Frias da FOLHA da ditabranda.
Com sorte, consegue virar ex-BBB e escapar para as cavernas, pois a próxima guerra, a quarta, a terceira está em curso, como dizia Einstein, será travada “com pedaços de pau e pedras”.
O que Ahmadinejad disse foi apenas que seu povo resistirá. E está pronto para isso.
Documentos liberados pelo site WikiLeaks e criados pela unidade especial da CIA – CENTRAL INTELIGENCY AGENCY – apontam casos em que cidadãos norte-americanos financiaram atividades terroristas.
Em documentos anteriores o mesmo site, perto de noventa e dois mil documentos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, mostra que o governo dos Estados Unidos exporta terrorismo na forma de seqüestros, assassinatos seletivos, prisões indiscriminadas em qualquer parte do mundo, práticas acentuadas no governo de George Bush como reação ao ataque às torres gêmeas do World Trade Center.
Uma das grandes dificuldades do atual presidente dos EUA Barack Obama é desmontar esse aparato repressivo, bárbaro, que, no todo, acaba se vendo presa fácil de quadrilhas de grande porte no tráfico de drogas, de mulheres e agora tráfico de petróleo a partir do México.
As políticas de terceirização de atividades de inteligência e militares postas em curso por Bush geraram distorções de tal ordem que nem a Casa Branca sabe mais a real extensão de todo o conjunto de insensatez do governo anterior.
Essas dificuldades se apresentam visíveis na reação de republicanos comandados agora pelo senador John McCain, derrotado nas eleições presidenciais por Obama e deixam claros os novos contornos do que era uma nação e hoje é um conglomerado de interesses privados de bancos, corporações do petróleo, das armas, com tentáculos capazes de paralisar o Estado e transformar a maior nação do mundo numa grande empresa voltada para o terrorismo.
Obama até agora não conseguiu entrar no salão oval.
A guerra global é uma realidade e pode ser entendida na afirmação feita por Hans Blinx, mês passado, sobre as advertências feitas a Bush que não existiam provas da presença de armas químicas e biológicas no Iraque. Blinx fala que os norte-americanos estavam “em estado de embriaguez pelo poder do arsenal que dispunham”. E continuam a dispor. Blinx foi um dos inspetores da ONU no Iraque à época que precedeu a invasão daquele país pelos EUA, à revelia do Conselho de Segurança da ONU.
Só que agora boa parte do que se convencionou chamar de forças armadas é controlada por empresas privadas e muitas ações pertinentes àquelas forças, são executadas por essas empresas. Generais norte-americanos são fachadas para executivos de companhias que tanto operam contra os Talibãs no Afeganistão, como traficam drogas, mulheres, armas, petróleo, lavam dinheiro, toda a sorte de operações criminosas de grande porte e possíveis.
A união de todas as máfias sonhada e desejada por cada chefe mafioso na história dessas organizações criminosas. Chegaram ao topo. Vendem democracia, drogas, mulheres, lavam dinheiro e têm milhares de ogivas nucleares capazes de destruir o planeta pelo menos cem vezes.
A vala com corpos de cidadãos latino-americanos que foi encontrada no México exibe o estado de caos que permeia aquele país. Ou “ex-país”. Colônia dos EUA desde a assinatura do NAFTA (tratado de livre comércio entre EUA, Canadá e México).
Uma das conseqüências ou exigências para que o conglomerado terrorista formado pelos EUA e por Israel opere é a presença de governantes dóceis e isso se consegue com corrupção. Foi o caso de FHC no Brasil, Menem na Argentina, Uribe na Colômbia e é agora com Calderón no México. Para citar apenas latino-americanos.
O chamado mundo institucional é a face visível em cor laranja dos operadores do terrorismo de estado.
No Brasil trabalham a partir do PSDB, DEM, PPS, mídia privada (GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS, VEJA, ÉPOCA, etc) e corporações de banqueiros, empresas nacionais e multinacionais e latifúndio. Se abrigam simbólica e realmente na sigla FIESP/DASLU.
O golpe militar em Honduras e a farsa democrática montada com o governo terrorista de Pepe Lobo (mais um jornalista foi assassinado hoje, quinta-feira, dia 26 de agosto, o nono neste ano), não difere de ações na Colômbia a partir do governo central, ou no México, tanto quanto o massacre de palestinos por Israel e as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Despejam seus dejetos em containers democráticos no mar da Somália, ou em navios que enviam ao Brasil.
São perto de quinhentas bases militares dos EUA em todo o mundo e uma série de operações em todo o planeta para manter intato o poder dos grupos que controlam a mega empresa EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Ahmadinejad não disse nada diferente do que acontece na prática, disfarçada de democracia cristã e ocidental. Quis apenas mostrar que seu país está pronto para reagir a esse terrorismo e tem condições militares de fazê-lo.
O Irã detém a terceira maior reserva de petróleo do mundo. Ao transformar-se numa potência coloca em risco os “negócios” das grandes corporações que detêm o controle acionário de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
São assassinatos de civis no México, na Colômbia, em Honduras, no Iraque, no Afeganistão, ou de líderes de movimentos de resistência por agentes de Israel com documentos oficiais, mas nomes falsos, de países controlados pelos EUA (Grã Bretanha, Itália e Alemanha) e tudo isso mostrado ao mundo em forma de torta de maçã com canela pela mídia privada e corrompida.
Ou como disse a um grupo de professores e alunos de uma universidade paulista em visita à redação do JORNAL NACIONAL, o apresentador do dito cujo, sobre determinada notícia. “Esta não, pois contraria os nossos amigos americanos”.
Um dos fatos mais significativos desse estado de terrorismo oficial está no último discurso do presidente Lula ao referir-se ao diretor da FOLHA DE SÃO PAULO como alguém que queria saber se ele falava inglês. Se não fala, como vai governar o País? É que a FOLHA pensa em inglês, e empresta caminhões para que mortos por tortura sejam desovados em pontos de São Paulo. Preconceito puro, estampado em cores vivas na imbecilidade dos subordinados ávidos de poder.
O que tem uma coisa a ver com a outra? O discurso de Lula, o Irã, a guerra global?
Todos os fatos se encadeiam num projeto terrorista gerado em Washington desde o fim da guerra fria, para controle do resto do mundo, o que Fidel Castro chamou de “governo mundial”.
Quem acha que Hitler perdeu está equivocado. Por enquanto, em boa parte do mundo está ganhando e levando. Só mudou de bandeira. Tem as estrelas do Tio Sam e a de Davi.
E de nome.
Quem tiver boa memória vai se lembrar dos momentos que antecederam ao anúncio da invasão do Iraque. O terrorista George Bush apareceu em rede mundial de tevê sendo maquiado. Transformado por pós e cremes em anjo de guarda da democracia. Dias depois, quando ainda era viva a resistência iraquiana à invasão, proclamou que se necessário fosse “para evitar a destruição em massa do planeta, os EUA usarão armas atômicas no Iraque”.
Essa destruição em massa está acontecendo desde que Ronald Reagan assumiu o governo dos EUA. O papel de presidente bonzinho vivido por Jimmy Carter terminou com o próprio.
No filme DOCTOR STRANGELOVE, do extraordinário cineasta Stanley Kulbrick, um general comandante de uma base nuclear norte-americana decide por conta própria atacar a ex-URSS. Afirma que o comunismo está chegando ao seu país “pela água”.
O terrorismo norte-americano/sionista chega por bases militares (a Europa Ocidental hoje é colônia dos EUA), por golpes de estado, pela mídia privada vendendo idéias e factóides montados para transformar o ser humano em mero objeto.
Reduzir o Irã, a Venezuela, a Coréia do Norte, a Bolívia, Cuba, Nicarágua e alguns outros países a classificação de “ditaduras” é parte desse jogo de dominação, é a guerra global em curso.
Assassinar civis latino-americanos e jogá-los em covas rasas (México, Colômbia e Honduras) é apenas construir outras formas de muros para que o genocídio de palestinos se transforme em algo corriqueiro.
E palestinos restamos sendo todos nós.
Comemorar a morte de civis iraquianos com expressões como “matamos os bastardos”, quer dizer apenas que boçais fardados tomaram o petróleo do Iraque. Que os “negócios” vão continuar prosperando.
Sustentar governos de fachada como na Colômbia, no México, em Honduras, Costa Rica (“sem a polícia, sem a milícia...” A canção cantada por Milton Nascimento já não tem mais sentido, só saudades, uma base militar dos EUA já está sendo montada em San José), Afeganistão, Iraque, etc, controlar os países europeus, avançar sobre a América Latina, matar a África de fome, isso é a guerra global.
A barbárie capitalista. Tem sede em Washington e em Tel Aviv e filiais em todos os cantos do mundo.
No Brasil a mídia privada vende vinte e quatro horas por dia a idéia que Hollywood é o paraíso.
Se você conseguir pular o muro e escapar dos “grupos organizados de extermínio”.
A não ser que seu nome seja William Bonner, Boris Casoy, ou outros menores como Miriam Leitão, Lúcia Hipólito, Pedro Bial, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, um monte. E lógico, o tal Frias da FOLHA da ditabranda.
Com sorte, consegue virar ex-BBB e escapar para as cavernas, pois a próxima guerra, a quarta, a terceira está em curso, como dizia Einstein, será travada “com pedaços de pau e pedras”.
O que Ahmadinejad disse foi apenas que seu povo resistirá. E está pronto para isso.
A RENÚNCIA DE JÂNIO - Laerte Braga
á quarenta e nove anos atrás Jânio Quadros renunciou a presidência da República. Sete meses após sua posse. Minutos depois da leitura da carta renúncia pelo presidente do Senado, Auro Soares de Moura Andrade (PSD/SP), já ex-presidente e ao volante de um DKW da Vemag, Jânio disse a jornalistas que nunca mais poria os pés em Brasília, “cidade maldita”. Afirmou que iria ser pedreiro em Cuba. “Forças ocultas” foi a expressão usada por Jânio Quadros, um mato-grossense que fez carreira política em São Paulo, para justificar o ato. Em seus sete meses de governo proibiu brigas de galos, desfile de miss com biquíni e instituiu o slack como uniforme do funcionalismo público.
Deixou Douglas Dillon secretário do Tesouro dos EUA falando sozinho para encenar um show de Brasil independente e mandou que cada chefe de repartição conferisse o ponto de cada funcionário público, aumentando em meia hora o expediente.
Atribuir a renúncia de Jânio a umas doses a mais é simplificar demais o fato. As doses a mais faziam parte do dia a dia do presidente e começavam pela manhã, estendiam-se pela tarde e encerravam-se à noite, já em profunda embriaguez. Aí ia assistir a faroestes de trás para a frente.
Outro hábito de Jânio eram os famosos bilhetinhos. Enviava-os aos seus ministros com determinações curtas, tudo com cópia para a imprensa.
Jânio era marqueteiro de si próprio. Um dos grandes demagogos de nossa história. Construiu a fama de político honesto e deixou um patrimônio objeto de disputa judicial por seus herdeiros em torno de cem milhões de dólares. No exterior, lógico.
O ex-presidente acreditava que sua renúncia criaria um clima de comoção popular e voltaria ao poder nos braços do povo com amplos poderes. Poderes de ditador. Mas esqueceu de combinar o golpe com seus ministros militares e seus principais aliados. Pelo contrário, deixou alguns pelo caminho, caso de Carlos Lacerda.
Na antevéspera da renúncia chamou Lacerda a palácio, a conversa permanece mais ou menos sigilosa até hoje e ao final o ministro da Justiça, Pedroso Horta, mandou que as malas de Lacerda fossem postas à porta de saída do Planalto.
Na noite do dia seguinte Lacerda foi a tevê e em seus costumeiros e virulentos discursos usou de todo o arsenal de acusações que guardava desde os tempos de Getúlio Vargas, para ocasiões em que seus interesses eram contrariados.
No dia 24 de agosto Jânio recebeu em palácio o ministro da Indústria e Comércio de Cuba, nada mais e nada menos que Ernesto Chê Guevara para condecorá-lo com a Ordem do Cruzeiro do Sul. O fato indignou a direita brasileira.
O marechal Lott, adversário de Jânio nas eleições de 1960, passou a campanha inteira advertindo aos brasileiros que a eleição do ex-governador de São Paulo levaria o País ao caos, a uma crise institucional, cujas conseqüências seriam dias sombrios e tenebrosos.
Quase que simultaneamente à renúncia de Jânio, Lott divulgou um manifesto de apoio à legalidade, vale dizer, a posse do vice-presidente da República João Goulart.
O golpe que Jânio não combinou com ninguém, aí sim, a “mardita pinga” deve ter influenciado, começou quando sem maioria no Congresso tentou atrair uma das principais lideranças do PSD (maior bancada), o ex-presidente Tancredo Neves, oferecendo-lhe uma embaixada no exterior. A Bolívia foi a “oferta” de Jânio a Tancredo (o mineiro havia sido derrotado por Magalhães Pinto nas eleições para o governo de Minas e estava sem mandato). A surpresa veio por conta da recusa de Tancredo. Simples, respeitosa e direta. “sou de um dos partidos que fazem oposição ao seu governo, agradeço a lembrança, sinto-me honrado, mas declino do convite”. Mais ou menos assim.
O peso de Tancredo em setores do pessedismo não era maior, por exemplo, que o de José Maria de Alckmin, mas sua presença entre os petebistas, partido de Jango, era respeitada e acatada por setores expressivos daquele partido, o antigo PTB. A idéia de Jânio era neutralizar o ex-ministro da Justiça de Vargas, jogá-lo fora da arena política.
Mais à frente incumbiu o vice-presidente João Goulart, com quem vinha tendo atritos, de missão na China Comunista. O objetivo era o mesmo, afastar Jango do cenário político nacional, colocá-lo num país objeto de visceral ódio da maioria dos militares brasileiros, limpar o terreno para o golpe.
Sabia que a primeira conseqüência de sua renúncia seriam as reações de setores das forças armadas à posse de Jango, incluindo os seus três ministros militares (Odílio Dennys, Grum Moss e Sílvio Heck – Guerra, Aeronáutica e Marinha).
O problema Lacerda, na cabeça de Jânio era simples. A vocação golpista do antigo governador do extinto estado da Guanabara aflorava à sua pele em cada pronunciamento que fazia. Só não contava com a reação de Carlos Lacerda ao seu projeto de virar ditador, já que Lacerda alimentava o sonho de suceder a Jânio. Esse desejo era maior que o desvio golpista. E além do mais Lacerda enfrentava problemas nos negócios, particularmente o jornal TRIBUNA DA IMPRENSA, que pretendia transformar em algo semelhante ao que o GLOBO é hoje.
Porta voz da insensatez e da mentira. O que faz de forma bem sensata, aliás.
Jânio puxou a escada, deixou Lacerda seguro só na brocha.
Cumpriu os protocolos, digamos assim, do dia 25 de agosto, dia do Soldado, não deu na pinta que o gesto tresloucado viria uma ou duas horas depois, entregou a renúncia a Pedroso Horta, ministro da Justiça e esse ao presidente do Senado. A despeito dos apelos de Afonso Arinos, ministro das Relações Exteriores e que correu a assumir o mandato de senador para tentar evitar a renúncia, Auro Soares de Moura Andrade leu a carta e aceitou a renúncia.
Afonso Arinos queria colocar em votação e Auro foi direto depois de ouvir Tancredo. “A renúncia é um gesto de vontade unilateral, não cabe ser discutida”.
Na ausência do vice-presidente, João Goulart, em missão na China (o Brasil não tinha relações diplomáticas com o governo de Pequim e Jânio mandara Jango para iniciar um diálogo com o governo de Mao Tse Tung e Chou En Lai), o presidente da Câmara, Ranieri Mazili (PSD/SP) foi empossado no cargo.
Os três ministros militares, de pronto, se colocaram contra a posse de Jango tachando-o de comunista. Não encontraram apoio nem entre udenistas históricos caso de Adauto Lúcio Cardoso, nem em boa parte da caserna. Mas assumiram o controle do Brasil.
A reação veio do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Do antigo PTB, cunhado de Jango e que começava a despontar como liderança nacional a partir das ações de seu governo, principalmente na área da educação.
Brizola, com ele e uns poucos secretários e assessores transformou o Palácio do Piratini em centro da resistência democrática. Criou uma rede de emissoras de rádio a que chamou de CADEIA DA LEGALIDADE, usada para denunciar o golpe, defender a posse de Jango, a legalidade democrática.
Ao contrário dos ministros militares encontrou eco em todo o Brasil e em diferentes forças políticas. Teve o apoio da Brigada Militar do Rio Grande (PM), o Piratini foi pequeno para abrigar voluntários, muitos chegando de várias partes do Brasil e em meio a incertezas recebeu o apoio do comandante do III Exército, general Machado Lopes.
Lott que conclamara através de um manifesto a defesa da legalidade fora preso pelos golpistas, isso no Rio de Janeiro onde se encontrava. O marechal Nilo Sucupira foi o encarregado de prender o marechal.
Jango, estava em meio a um périplo para voltar da China ao sabor dos fatos que aconteciam no Brasil. Encarregou Tancredo Neves de negociar em seu nome. Um acordo feito com os golpistas em torno da emenda parlamentarista de Raul Pila (Partido Libertador, RS), pôs fim à crise.
Brizola aceitou a solução negociada, mas declarou-se contrário ao que chamou de “expediente golpista”. Tancredo Neves foi o primeiro-ministro indicado por Jango e Ernesto Geisel o porta-voz do vice-presidente, agora presidente, junto aos ministros militares do ex Jânio Quadros.
E se não me falha a memória, Jânio Quadros e suas esquisitices deliberadas, propositais, embarcou para a Europa num navio cargueiro, me parece que o Uruguai Star. Nos momentos seguintes à sua renúncia, na base aérea de Cumbica, em São Paulo, ao saber que o fato estava consumado, teve uma forte crise de choro.
O golpe falhara.
Um ano depois tentaria voltar ao governo de São Paulo. Foi derrotado por Ademar de Barros (a quem havia vencido em 1954). O governador Carvalho Pinto, oriundo do chamado janismo não absorvera a renúncia do seu antigo líder e um terceiro candidato, José Bonifácio, dividiu o eleitorado janista. Àquela época não havia segundo turno, uma eleição para governos estaduais ou presidente da República era decidida por maioria simples.
A renúncia de Jânio escancarou mais ainda as portas para o golpe real.
O outro golpe, o de 1964, começou em 1950, na segunda derrota do brigadeiro Eduardo Gomes (UDN). A primeira para o marechal Dutra e a segunda para Getúlio Vargas. Quase se materializou em 1954 no manifesto dos coronéis contra a presença de Jango no Ministério do Trabalho (Getúlio havia dobrado o valor do salário mínimo e nem as elites e nem militares subordinados a elas aceitaram a medida) e da crise provocada pelo assassinato do major Rubens Florentino Vaz, que na verdade foi um atentado contra Carlos Lacerda, deputado e principal líder da oposição a Getúlio.
Um inquérito que mostrou membros da guarda pessoal de Vargas envolvidos no crime deu ensejo a que militares da Aeronáutica, na chamada REPÚBLICA DO GALEÃO, pregassem abertamente o golpe. O suicídio de Vargas abortou o golpe, comoveu o país e o vice, o potiguar João Café Filho, ligado a Ademar de Barros, assumiu o governo. De cara deixou Ademar e migrou para o udenismo.
A eleição de JK por pouco não foi para o brejo na tentativa golpista abortada pelo marechal Lott, ministro da Guerra (hoje, Secretaria do Exército). Em 11 de novembro de 1955 e no governo de Juscelino, duas revoltas localizadas e levadas à frente por setores da Aeronáutica fracassaram.
Nada do que Lott dissera que aconteceria ao Brasil na hipótese da eleição de Jânio deixou de acontecer. Em 1º de abril de 1964 militares de extrema-direita, subordinados aos Estados Unidos e comandados pelo general norte-americano Vernon Walthers, derrubaram Goulart, assumiram o governo e até 1984 produziram o pior filme de terror de nossa história, real e sofrido.
A última cena ainda não foi protagonizada. A punição dos responsáveis pelo período de barbárie. Se auto anistiaram. É uma espécie de the end necessário para cicatrizar feridas abertas pela barbárie dos DOI/CODI e das OPERAÇÕES CONDOR.
Jânio conseguiu voltar à Prefeitura de São Paulo, em 1965, derrotando Fernando Henrique Cardoso.
No dia da sua posse pendurou um par de chuteiras à porta do seu gabinete anunciando que estava terminando sua carreira.
E ainda assim tentou “inovar” para melhorar o trânsito de veículos automotivos na capital paulista. Queria o patinete a motor.
Sua reputação por pouco não vai abaixo literalmente, quando sua filha quis denunciá-lo por corrupção, abusos, etc. Foi salvo por Ulisses Guimarães que preferiu não deixar a história vir a público e segurou Tutu Quadros, deputada e filha do ex.
Se a ditadura foi uma noite de horror, Jânio foi um drama lamentável com laivos de loucura consciente, se é que posso escrever assim, estudada, pensada.
Sanduíche de mortadela e um copo de pinga, os ingredientes preferidos em suas campanhas políticas, mas de público, de forma ostensiva e visível, para que todos pensassem que com o boné de motorneiro de bonde, de fato dirigia um bonde.
Descarrilou. Pior descarrilou o Brasil.
A versão atual de Jânio é também um ex-prefeito da capital de São Paulo e ex-governador do estado, José Arruda Serra.
A diferença está no fato de Arruda Serra ser abstêmio. O que conta a favor de Jânio. Como costumo sempre lembrar e como dizia o poeta Sílvio Machado, “não conheço nenhuma boa idéia surgida em leiteria”.
Um detalhe. O vice de Jânio era Milton Campos, anos luz à frente de Índio da Costa (nem deve saber quem foi Milton Campos). E antes de renunciar à presidência, Jânio renunciou à candidatura. É que a UDN havia indicado Leandro Maciel, um senador sergipano para vice. Jânio sabia que a despeito de ser um político honrado, não acrescentaria nada à sua chapa, pelo contrário, poderia complicar uma eleição fácil.
No período da ditadura militar tentou ensaiar algumas declarações contra o regime militar, acabou inovando, cumpriu a primeira pena de confinamento desde não sei quando em nossa história. Foi para Corumbá, onde ficou 45 dias por determinação do marechal Castelo Branco. Sossegou em seguida, foi cuidar de outro Sossego, esse com letra maiúscula. Uma das marcas mais famosas de pinga àquele tempo e escreveu uma gramática e uma coleção de história do Brasil, uma delas em parceria com Afonso Arinos.
Arinos recuperou-se e curou-se da doença, registre-se nos autos a bem da verdade.
E como dizia Jânio, “fi-lo porque qui-lo”.
Deixou Douglas Dillon secretário do Tesouro dos EUA falando sozinho para encenar um show de Brasil independente e mandou que cada chefe de repartição conferisse o ponto de cada funcionário público, aumentando em meia hora o expediente.
Atribuir a renúncia de Jânio a umas doses a mais é simplificar demais o fato. As doses a mais faziam parte do dia a dia do presidente e começavam pela manhã, estendiam-se pela tarde e encerravam-se à noite, já em profunda embriaguez. Aí ia assistir a faroestes de trás para a frente.
Outro hábito de Jânio eram os famosos bilhetinhos. Enviava-os aos seus ministros com determinações curtas, tudo com cópia para a imprensa.
Jânio era marqueteiro de si próprio. Um dos grandes demagogos de nossa história. Construiu a fama de político honesto e deixou um patrimônio objeto de disputa judicial por seus herdeiros em torno de cem milhões de dólares. No exterior, lógico.
O ex-presidente acreditava que sua renúncia criaria um clima de comoção popular e voltaria ao poder nos braços do povo com amplos poderes. Poderes de ditador. Mas esqueceu de combinar o golpe com seus ministros militares e seus principais aliados. Pelo contrário, deixou alguns pelo caminho, caso de Carlos Lacerda.
Na antevéspera da renúncia chamou Lacerda a palácio, a conversa permanece mais ou menos sigilosa até hoje e ao final o ministro da Justiça, Pedroso Horta, mandou que as malas de Lacerda fossem postas à porta de saída do Planalto.
Na noite do dia seguinte Lacerda foi a tevê e em seus costumeiros e virulentos discursos usou de todo o arsenal de acusações que guardava desde os tempos de Getúlio Vargas, para ocasiões em que seus interesses eram contrariados.
No dia 24 de agosto Jânio recebeu em palácio o ministro da Indústria e Comércio de Cuba, nada mais e nada menos que Ernesto Chê Guevara para condecorá-lo com a Ordem do Cruzeiro do Sul. O fato indignou a direita brasileira.
O marechal Lott, adversário de Jânio nas eleições de 1960, passou a campanha inteira advertindo aos brasileiros que a eleição do ex-governador de São Paulo levaria o País ao caos, a uma crise institucional, cujas conseqüências seriam dias sombrios e tenebrosos.
Quase que simultaneamente à renúncia de Jânio, Lott divulgou um manifesto de apoio à legalidade, vale dizer, a posse do vice-presidente da República João Goulart.
O golpe que Jânio não combinou com ninguém, aí sim, a “mardita pinga” deve ter influenciado, começou quando sem maioria no Congresso tentou atrair uma das principais lideranças do PSD (maior bancada), o ex-presidente Tancredo Neves, oferecendo-lhe uma embaixada no exterior. A Bolívia foi a “oferta” de Jânio a Tancredo (o mineiro havia sido derrotado por Magalhães Pinto nas eleições para o governo de Minas e estava sem mandato). A surpresa veio por conta da recusa de Tancredo. Simples, respeitosa e direta. “sou de um dos partidos que fazem oposição ao seu governo, agradeço a lembrança, sinto-me honrado, mas declino do convite”. Mais ou menos assim.
O peso de Tancredo em setores do pessedismo não era maior, por exemplo, que o de José Maria de Alckmin, mas sua presença entre os petebistas, partido de Jango, era respeitada e acatada por setores expressivos daquele partido, o antigo PTB. A idéia de Jânio era neutralizar o ex-ministro da Justiça de Vargas, jogá-lo fora da arena política.
Mais à frente incumbiu o vice-presidente João Goulart, com quem vinha tendo atritos, de missão na China Comunista. O objetivo era o mesmo, afastar Jango do cenário político nacional, colocá-lo num país objeto de visceral ódio da maioria dos militares brasileiros, limpar o terreno para o golpe.
Sabia que a primeira conseqüência de sua renúncia seriam as reações de setores das forças armadas à posse de Jango, incluindo os seus três ministros militares (Odílio Dennys, Grum Moss e Sílvio Heck – Guerra, Aeronáutica e Marinha).
O problema Lacerda, na cabeça de Jânio era simples. A vocação golpista do antigo governador do extinto estado da Guanabara aflorava à sua pele em cada pronunciamento que fazia. Só não contava com a reação de Carlos Lacerda ao seu projeto de virar ditador, já que Lacerda alimentava o sonho de suceder a Jânio. Esse desejo era maior que o desvio golpista. E além do mais Lacerda enfrentava problemas nos negócios, particularmente o jornal TRIBUNA DA IMPRENSA, que pretendia transformar em algo semelhante ao que o GLOBO é hoje.
Porta voz da insensatez e da mentira. O que faz de forma bem sensata, aliás.
Jânio puxou a escada, deixou Lacerda seguro só na brocha.
Cumpriu os protocolos, digamos assim, do dia 25 de agosto, dia do Soldado, não deu na pinta que o gesto tresloucado viria uma ou duas horas depois, entregou a renúncia a Pedroso Horta, ministro da Justiça e esse ao presidente do Senado. A despeito dos apelos de Afonso Arinos, ministro das Relações Exteriores e que correu a assumir o mandato de senador para tentar evitar a renúncia, Auro Soares de Moura Andrade leu a carta e aceitou a renúncia.
Afonso Arinos queria colocar em votação e Auro foi direto depois de ouvir Tancredo. “A renúncia é um gesto de vontade unilateral, não cabe ser discutida”.
Na ausência do vice-presidente, João Goulart, em missão na China (o Brasil não tinha relações diplomáticas com o governo de Pequim e Jânio mandara Jango para iniciar um diálogo com o governo de Mao Tse Tung e Chou En Lai), o presidente da Câmara, Ranieri Mazili (PSD/SP) foi empossado no cargo.
Os três ministros militares, de pronto, se colocaram contra a posse de Jango tachando-o de comunista. Não encontraram apoio nem entre udenistas históricos caso de Adauto Lúcio Cardoso, nem em boa parte da caserna. Mas assumiram o controle do Brasil.
A reação veio do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Do antigo PTB, cunhado de Jango e que começava a despontar como liderança nacional a partir das ações de seu governo, principalmente na área da educação.
Brizola, com ele e uns poucos secretários e assessores transformou o Palácio do Piratini em centro da resistência democrática. Criou uma rede de emissoras de rádio a que chamou de CADEIA DA LEGALIDADE, usada para denunciar o golpe, defender a posse de Jango, a legalidade democrática.
Ao contrário dos ministros militares encontrou eco em todo o Brasil e em diferentes forças políticas. Teve o apoio da Brigada Militar do Rio Grande (PM), o Piratini foi pequeno para abrigar voluntários, muitos chegando de várias partes do Brasil e em meio a incertezas recebeu o apoio do comandante do III Exército, general Machado Lopes.
Lott que conclamara através de um manifesto a defesa da legalidade fora preso pelos golpistas, isso no Rio de Janeiro onde se encontrava. O marechal Nilo Sucupira foi o encarregado de prender o marechal.
Jango, estava em meio a um périplo para voltar da China ao sabor dos fatos que aconteciam no Brasil. Encarregou Tancredo Neves de negociar em seu nome. Um acordo feito com os golpistas em torno da emenda parlamentarista de Raul Pila (Partido Libertador, RS), pôs fim à crise.
Brizola aceitou a solução negociada, mas declarou-se contrário ao que chamou de “expediente golpista”. Tancredo Neves foi o primeiro-ministro indicado por Jango e Ernesto Geisel o porta-voz do vice-presidente, agora presidente, junto aos ministros militares do ex Jânio Quadros.
E se não me falha a memória, Jânio Quadros e suas esquisitices deliberadas, propositais, embarcou para a Europa num navio cargueiro, me parece que o Uruguai Star. Nos momentos seguintes à sua renúncia, na base aérea de Cumbica, em São Paulo, ao saber que o fato estava consumado, teve uma forte crise de choro.
O golpe falhara.
Um ano depois tentaria voltar ao governo de São Paulo. Foi derrotado por Ademar de Barros (a quem havia vencido em 1954). O governador Carvalho Pinto, oriundo do chamado janismo não absorvera a renúncia do seu antigo líder e um terceiro candidato, José Bonifácio, dividiu o eleitorado janista. Àquela época não havia segundo turno, uma eleição para governos estaduais ou presidente da República era decidida por maioria simples.
A renúncia de Jânio escancarou mais ainda as portas para o golpe real.
O outro golpe, o de 1964, começou em 1950, na segunda derrota do brigadeiro Eduardo Gomes (UDN). A primeira para o marechal Dutra e a segunda para Getúlio Vargas. Quase se materializou em 1954 no manifesto dos coronéis contra a presença de Jango no Ministério do Trabalho (Getúlio havia dobrado o valor do salário mínimo e nem as elites e nem militares subordinados a elas aceitaram a medida) e da crise provocada pelo assassinato do major Rubens Florentino Vaz, que na verdade foi um atentado contra Carlos Lacerda, deputado e principal líder da oposição a Getúlio.
Um inquérito que mostrou membros da guarda pessoal de Vargas envolvidos no crime deu ensejo a que militares da Aeronáutica, na chamada REPÚBLICA DO GALEÃO, pregassem abertamente o golpe. O suicídio de Vargas abortou o golpe, comoveu o país e o vice, o potiguar João Café Filho, ligado a Ademar de Barros, assumiu o governo. De cara deixou Ademar e migrou para o udenismo.
A eleição de JK por pouco não foi para o brejo na tentativa golpista abortada pelo marechal Lott, ministro da Guerra (hoje, Secretaria do Exército). Em 11 de novembro de 1955 e no governo de Juscelino, duas revoltas localizadas e levadas à frente por setores da Aeronáutica fracassaram.
Nada do que Lott dissera que aconteceria ao Brasil na hipótese da eleição de Jânio deixou de acontecer. Em 1º de abril de 1964 militares de extrema-direita, subordinados aos Estados Unidos e comandados pelo general norte-americano Vernon Walthers, derrubaram Goulart, assumiram o governo e até 1984 produziram o pior filme de terror de nossa história, real e sofrido.
A última cena ainda não foi protagonizada. A punição dos responsáveis pelo período de barbárie. Se auto anistiaram. É uma espécie de the end necessário para cicatrizar feridas abertas pela barbárie dos DOI/CODI e das OPERAÇÕES CONDOR.
Jânio conseguiu voltar à Prefeitura de São Paulo, em 1965, derrotando Fernando Henrique Cardoso.
No dia da sua posse pendurou um par de chuteiras à porta do seu gabinete anunciando que estava terminando sua carreira.
E ainda assim tentou “inovar” para melhorar o trânsito de veículos automotivos na capital paulista. Queria o patinete a motor.
Sua reputação por pouco não vai abaixo literalmente, quando sua filha quis denunciá-lo por corrupção, abusos, etc. Foi salvo por Ulisses Guimarães que preferiu não deixar a história vir a público e segurou Tutu Quadros, deputada e filha do ex.
Se a ditadura foi uma noite de horror, Jânio foi um drama lamentável com laivos de loucura consciente, se é que posso escrever assim, estudada, pensada.
Sanduíche de mortadela e um copo de pinga, os ingredientes preferidos em suas campanhas políticas, mas de público, de forma ostensiva e visível, para que todos pensassem que com o boné de motorneiro de bonde, de fato dirigia um bonde.
Descarrilou. Pior descarrilou o Brasil.
A versão atual de Jânio é também um ex-prefeito da capital de São Paulo e ex-governador do estado, José Arruda Serra.
A diferença está no fato de Arruda Serra ser abstêmio. O que conta a favor de Jânio. Como costumo sempre lembrar e como dizia o poeta Sílvio Machado, “não conheço nenhuma boa idéia surgida em leiteria”.
Um detalhe. O vice de Jânio era Milton Campos, anos luz à frente de Índio da Costa (nem deve saber quem foi Milton Campos). E antes de renunciar à presidência, Jânio renunciou à candidatura. É que a UDN havia indicado Leandro Maciel, um senador sergipano para vice. Jânio sabia que a despeito de ser um político honrado, não acrescentaria nada à sua chapa, pelo contrário, poderia complicar uma eleição fácil.
No período da ditadura militar tentou ensaiar algumas declarações contra o regime militar, acabou inovando, cumpriu a primeira pena de confinamento desde não sei quando em nossa história. Foi para Corumbá, onde ficou 45 dias por determinação do marechal Castelo Branco. Sossegou em seguida, foi cuidar de outro Sossego, esse com letra maiúscula. Uma das marcas mais famosas de pinga àquele tempo e escreveu uma gramática e uma coleção de história do Brasil, uma delas em parceria com Afonso Arinos.
Arinos recuperou-se e curou-se da doença, registre-se nos autos a bem da verdade.
E como dizia Jânio, “fi-lo porque qui-lo”.
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