quarta-feira, 25 de agosto de 2010
[Carta O BERRO] História completa da criação do FED. - Vanderley - Revista
Esse livro,em espanhol,narra a criação do banco central privado dos EUA.Também começou com essa história de banco central independente e acabou com a entrega da emissão de moeda dos EUA ao consórcio de 12 bancos privados que forma o FED-sendo que o FED de Nova Iorque manda em todos eles.É bom espalhar esse livro para podermos combater essa história de "banco central independente" que a mídia vem,insistentemente,propagando.
Aqui vai, também, um artigo traduzido para o portugues,do mesmo livro, e o endereço do filme "Os donos do dinheiro" que explica todos os processos devastadores de privatização de bancos centrais pelo mundo afora:
Você pode baixá-lo aqui:
http://pt.kickasstorrents.com/search/os%20mestres%20do%20dinheiro/
O Que É o Mecanismo Mandrake?
Capítulo 10 do livro The Creature of Jekyll Island, de G. Edward Griffin
Esta será a lição financeira mais importante de sua vida!
O Mecanismo Mandrake é o método pelo qual o Sistema da Reserva Federal cria dinheiro a partir do nada; o conceito de usura como o pagamento de juros em pretensos empréstimos; a verdadeira causa do tributo oculto chamado de inflação; o modo como um banco central cria os ciclos de expansão rápida e estouro da bolha.
Nos anos 1940s havia um personagem de revista em quadrinhos chamado Mandrake, o Mágico. A especialidade dele era criar coisas a partir do nada e, quando apropriado, fazê-las desaparecer. É adequado, portanto, que o processo a ser descrito nesta seção seja nomeado em sua honra.
Nos capítulos anteriores, examinamos a técnica desenvolvida pelos cientistas políticos e financeiros para criar dinheiro a partir do nada para o propósito de emprestá-lo. Essa não é uma descrição totalmente exata, pois implica que o dinheiro é criado primeiro e então aguarda que alguém o tome emprestado.
Por outro lado, os livros-texto sobre bancos dizem frequentemente que o dinheiro é criado a partir da dívida. Isto também é enganoso, porque implica que a dívida existe primeiro e então é convertida em dinheiro. Na verdade, o dinheiro não é criado até o instante em que é tomado emprestado. É o ato de tomar emprestado que faz o dinheiro aparecer. A propósito, o ato de pagar a dívida é que faz o dinheiro desaparecer. Não existe uma frase curta que descreva perfeitamente este processo. Portanto, até que uma frase seja inventada ao longo do caminho, continuaremos a usar a expressão “criar dinheiro a partir do nada” e, ocasionalmente, acrescentaremos “para o propósito de emprestá-lo”, quando for necessário clarificar melhor o significado.
Assim, vamos ver agora o quão longe esse processo de dinheiro/criação de dívida foi levado — e como ele funciona.
O primeiro fato que precisa ser considerado é que nosso dinheiro hoje não tem lastro algum em ouro ou prata. A fração não é 54%, nem 15%. É 0%. Nosso dinheiro percorreu o caminho de todas as moedas fracionárias anteriores na história e já se degenerou em dinheiro totalmente fiduciário. O fato que a maior parte dele esteja na forma de saldo no talão de cheques, em vez de notas de papel, é uma mera tecnicidade; e o fato de os banqueiros falarem sobre “coeficientes de reserva” é para esconder a situação. As assim chamadas reservas às quais eles se referem são, na verdade, títulos e outros certificados da dívida do Tesouro.
Nosso dinheiro é totalmente fiduciário.
O segundo fato que precisa ser claramente compreendido é que, a despeito do jargão técnico e dos procedimentos aparentemente complicados, o mecanismo real pelo qual o Sistema da Reserva Federal cria dinheiro é bastante simples. Ele faz isso exatamente do mesmo modo como os ourives do passado faziam, exceto, é claro, que estes estivessem limitados pela necessidade de guardar alguns metais preciosos em reserva, enquanto que o Fed não tem esse tipo de restrição.
A Reserva Federal é cândida e incrivelmente franca com relação a esse processo.
Um livreto publicado pelo Banco da Federal Reserve de Nova York diz:
“A moeda não pode ser resgatada, ou permutada, por ouro do Tesouro, ou por qualquer outro ativo usado como lastro. A questão de quais bens exatamente ‘lastreiam’ as notas da Federal Reserve tem pouca importância, exceto contábil.”
Adiante na mesma publicação, somos informados que: “Os bancos estão criando dinheiro com base na promessa de um tomador de empréstimos pagar (a Nota Promissória)… Os bancos criam dinheiro ‘monetizando’ as dívidas privadas das empresas e das pessoas físicas.”.
Em um livreto intitulado Modern Money Mechanics, o Banco da Reserva Federal de Chicago diz:
“Nos Estados Unidos nem o papel-moeda nem os depósitos têm valor como commodities. Intrinsecamente, a nota de um dólar é apenas um pedaço de papel. Os depósitos são meramente informações contábeis. As moedas têm certo valor intrínseco como metal, porém geralmente muito menos do que seu valor de face.”
O que, então, torna esses instrumentos — cheques, notas e moedas — aceitáveis em valor de face no pagamento de todas as dívidas e outros usos monetários? Principalmente, é a confiança que as pessoas têm que poderão trocar esse dinheiro por outros ativos financeiros, ou por bens e produtos reais sempre que quiserem. Isto parcialmente é uma questão de lei; a moeda foi designada “meio legal de pagamento” pelo governo — isto é, ela precisa ser aceita.
Nas letras miúdas de uma nota de rodapé em um boletim do Banco da Federal Reserve de St. Louis, encontramos a seguinte explicação surpreendentemente cândida:
“Os sistemas monetários modernos têm uma base fiduciária — literalmente dinheiro por decreto do governo — com as instituições depositárias atuando como agentes fiduciários, criando obrigações contra si mesmas com a base fiduciária atuando em parte como reservas. O decreto aparece nas notas do dólar: ‘Esta nota é um meio legal para pagamento de todas as dívidas públicas e privadas.’”
Embora nenhum indivíduo possa se recusar a aceitar esse dinheiro para o pagamento de uma dívida, os contratos poderiam facilmente ser redigidos de forma a evitar o uso do dinheiro nas transações diárias. Entretanto, uma explicação vigorosa sobre o porquê do dinheiro ser aceito é que o governo federal o requer como pagamento dos impostos devidos. A expectativa da necessidade de zerar essa dívida cria uma demanda pelos puros dólares fiduciários.
O dinheiro desapareceria sem as dívidas
É difícil para as pessoas compreenderem o fato que toda a base monetária (a quantidade de dinheiro no país, tanto na forma de notas, moedas e depósitos em contas bancárias) está lastreada por nada, exceto dívidas, e causa ainda mais perplexidade visualizar que, se todos pagassem tudo o que tomaram emprestado, o dinheiro deixaria de existir.
É verdade, não haveria um único centavo em circulação — todas as moedas e todas as notas de dinheiro seriam devolvidas aos cofres dos bancos — e não haveria um único dólar nas contas correntes nos bancos de ninguém. Em suma, todo o dinheiro desapareceria.
Marriner Eccles era um governador (diretor) do Sistema da Reserva Federal em 1941. Em 30 de setembro daquele ano, ele foi convidado a dar um testemunho diante do Comitê de Bancos e Moeda da Casa dos Representantes. O propósito da oitiva era obter informações sobre o papel da Federal Reserve em criar as condições que levaram à depressão nos anos 1930.
O congressista Wrigth Patman, que era o presidente do comitê, perguntou como o Fed obteve o dinheiro para adquirir dois bilhões de dólares em títulos do governo em 1933.
Eis o diálogo que ocorreu:
Eccles: — Nós criamos o dinheiro.
Patman: — A partir do quê?
Eccles: — A partir do direito de emitir dinheiro para crédito.
Patman: — E não há nada por trás dele, certo? Exceto o crédito do nosso governo.
Eccles: — É assim que funciona nosso sistema monetário. Se não houvesse dívidas no nosso sistema monetário, não haveria dinheiro algum.
Deve-se compreender que, embora o dinheiro possa representar um patrimônio para indivíduos selecionados, quando ele é considerado como um agregado da base monetária total, ele não é um ativo de forma alguma. Uma pessoa que tome emprestado $1.000 pode pensar que aumentou sua posição financeira nessa quantia, mas na verdade isso não é verdade. O ativo de $1.000 em dinheiro está compensado por sua dívida no empréstimo de $1.000 e sua posição líquida é zero. As contas bancárias são exatamente o mesmo em uma escala muito maior. Acrescente todas as contas bancárias no país e seria fácil assumir que todo aquele dinheiro representa um gigantesco conjunto de ativos que suportam a economia. Todavia, cada fraçãozinha desse dinheiro é devida por alguém. Algumas pessoas não devem nada. Outras, devem várias vezes mais do que seu patrimônio. Quando tudo é somado, o saldo nacional é zero. O que pensamos ser dinheiro e apenas uma grande ilusão. A realidade é dívida.
Robert Hemphill foi o Gerente de Crédito do Banco da Reserva Federal em Atlanta. No prefácio de um livro de Irving Fisher, intitulado 100% Money, ele escreveu o seguinte:
“Se todos os empréstimos bancários fossem pagos, ninguém poderia ter depósitos nos bancos, e não haveria um único dólar ou moedas em circulação. Esta é uma ideia chocante. Somos totalmente dependentes dos bancos comerciais. Alguém tem de tomar emprestado cada dólar que temos em circulação, em dinheiro, ou em crédito. Se os bancos criarem dinheiro sintético de forma ampla, somos prósperos; caso contrário, passamos fome. Estamos totalmente sem um sistema monetário permanente. Quando se obtém uma compreensão completa do quadro, a situação absurdamente trágica da nossa situação sem saída é quase inacreditável — mas é assim que as coisas são.”
Com o conhecimento que o dinheiro está baseado em dívidas, não deve ser surpresa saber que o Sistema da Reserva Federal não está nem um pouco interessado em ver uma redução da dívida no país, independente das declarações públicas em contrário.
Aqui está a conclusão das próprias publicações do Sistema. O Banco da Reserva Federal da Filadélfia diz:
“Um grande e crescente número de analistas, por outro lado, agora considera a dívida nacional como algo útil, se não uma bênção real… Eles acreditam que a dívida pública não precisa ser reduzida em absolutamente nada.”
O Banco da Reserva Federal de Chicago acrescenta:
“A dívida — pública e privada — está aqui para ficar. Ela exerce um papel essencial no processo econômico… O que é necessário não é a abolição da dívida, mas um uso prudente e um gerenciamento inteligente.”
O que há de errado com um pouco de dívida?
Há certo apelo fascinante para esta teoria. Ela dá àqueles que a expõem uma aura de intelectualidade, a aparência de serem capazes de compreender um princípio econômico complexo que está além da compreensão dos meros mortais. Para aqueles que não estão acostumados a raciocinar de forma acadêmica, oferece o conforto de pelo menos soar moderada. Afinal, o que há de errado com uma dívida pequena, usada com prudência e gerenciada de forma inteligente? A resposta é nada, desde que a dívida esteja baseada em uma transação honesta. Há muito de errado com ela se estiver baseada em uma fraude.
Uma transação honesta é aquela em que um tomador de empréstimo paga uma quantia combinada pelo uso temporário do patrimônio de um emprestador. Esse patrimônio poderia ser algo com valor tangível. Se fosse um automóvel, por exemplo, então o tomador do empréstimo pagaria “aluguel”. Se fosse dinheiro, então o aluguel é chamado de “juros”. De ambas as formas, o conceito é o mesmo.
Quando vamos até um emprestador — seja um banco ou uma pessoa — e pedimos um empréstimo em dinheiro, estamos dispostos a pagar juros porque reconhecemos que o dinheiro que estamos tomando emprestado é um ativo que queremos usar. Parece justo pagar um aluguel para a pessoa que é proprietária daquele ativo. Não é fácil adquirir um automóvel e não é fácil adquirir dinheiro — dinheiro real, claro. Se o dinheiro que estamos tomando emprestado foi obtido pelo esforço e talento de alguém, essa pessoa tem todo o direito de receber juros pelo empréstimo. Mas o que devemos pensar do dinheiro que é criado por uma mera canetada ou por uma rápida digitação no teclado de computador? Por que alguém deveria receber juros pelo empréstimo desse dinheiro?
Quando os bancos colocam crédito na sua conta corrente, estão meramente fingindo emprestar dinheiro a você. Na realidade, eles não têm nada a emprestar. Até mesmo o dinheiro que os depositantes com saldo positivo colocaram em suas contas foi originalmente criado a partir do nada em resposta ao empréstimo tomado por outra pessoa. Portanto, o que dá aos bancos o direito de cobrar juros sobre nada? É irrelevante que os homens em toda a parte sejam forçados pela lei a aceitar esses certificados de nada para poderem obter bens e serviços reais. Estamos falando aqui, não sobre o que é legal, mas o que é moral. Como Thomas Jefferson observou no tempo de sua batalha prolongada contra um banco central nos EUA: “Ninguém tem o direito natural ao negócio de emprestar dinheiro, senão aquele que tem dinheiro a emprestar.”.
Terceira razão para abolir o sistema
Séculos atrás, a usura era definida como qualquer juro cobrado em um empréstimo. O uso moderno redefiniu como juro excessivo. Certamente, qualquer quantia de juros cobrada para um pretenso empréstimo é excessivo. Portanto, o dicionário precisa de uma nova definição:
Usura: cobrança de qualquer juro sobre um empréstimo de dinheiro fiduciário.
Portanto, vamos olhar para a dívida e para os juros sob essa luz. Thomas Edison resumiu a imoralidade do sistema quando disse:
“Aqueles que não lançam uma única pá de areia sobre um projeto de construção, nem contribuem com um quilograma dos materiais receberão mais dinheiro… do que aqueles que forneceram todos os materiais e fizeram todo o trabalho.”
Isto é um exagero? Vamos considerar a aquisição de uma casa de $100.000 em que $30.000 representam o custo do terreno, os honorários do arquiteto, as comissões de vendas, alvará de construção, etc., e $70.000 é o custo da mão de obra e dos materiais de construção. Se o comprador fizer um pagamento de entrada de $30.000, então precisará tomar emprestado $70.000. Se um financiamento foi concedido a uma taxa anual de 11% por um período de trinta anos, a quantia de juros pagos será de $167.806. Isso significa que a quantia paga para aqueles que emprestaram o dinheiro é cerca de duas vezes e meia maior do que aquilo que foi pago àqueles que forneceram a mão de obra e todos os materiais de construção. É verdade que esse valor representa o valor-tempo daquele dinheiro ao longo de trinta anos e facilmente poderia ser justificado com base no fato que o emprestador merece ser recompensado por ceder o uso de seu capital por tanto tempo. Mas isso assume que o emprestador realmente tinha algo a entregar, que ele ganhou o capital, poupou e então o emprestou para a construção da casa de outra pessoa. Entretanto, o que devemos pensar a respeito de um emprestador que não ganhou o dinheiro, não o poupou, e, na verdade, simplesmente o criou a partir do nada?
Qual é o tempo-valor de nada?
Como já mostramos, cada dólar que existe hoje, seja na forma de moeda, saldo na conta bancária ou até dinheiro em cartão de crédito — em outras palavras, toda nossa base monetária — existe somente porque foi tomado emprestado por alguém; talvez não você, mas alguma outra pessoa.
Isso significa que todos os dólares americanos em todo o mundo estão produzindo juros diariamente para os bancos que os criaram. Uma porção de todo empreendimento comercial, todo investimento, todo lucro, toda transação que envolva dinheiro — e isso inclui até as perdas e o pagamento de impostos — uma porção de tudo o que é caracterizado como pagamento para um banco.
O que os bancos fizeram para ganhar esse rio de riqueza que flui perpetuamente? Eles emprestaram seu próprio capital obtido por meio do investimento dos acionistas? Emprestaram a poupança feita com os esforços de seus depositantes? Não, nenhuma dessas alternativas foi a principal fonte de renda deles. Eles simplesmente brandiram a varinha mágica chamada dinheiro fiduciário.
O fluxo dessa riqueza não-ganha sob o disfarce de juros pode somente ser vista como usura da mais alta magnitude. Mesmo se não houvesse outras razões para abolir o Fed, o fato de ser o instrumento supremo da usura já seria mais do que suficiente.
Quem cria o dinheiro para pagar os juros?
Uma das questões que mais causa perplexidade associada com esse processo é: “De onde vem o dinheiro para pagar os juros?” Se você tomar emprestado $10.000 de um banco a 9%, então você deve $10.900. Mas o banco somente fabrica $10.000 para o empréstimo. Parece, portanto, que não há um modo de você — e de todas as outras pessoas com empréstimos similares — poderem pagar sua dívida. A quantidade de dinheiro posta em circulação simplesmente não é suficiente para cobrir a dívida total, incluindo os juros. Isto levou alguns à conclusão que seria necessário para você tomar emprestado os $900 para os juros, porém isso, por sua vez, leva a ainda mais juros. A suposição é que, quanto mais você toma emprestado, mas precisará tomar e essa dívida baseada em dinheiro fiduciário é uma espiral infinita que leva inexoravelmente a mais e mais dívidas.
Esta é uma verdade parcial. É verdade que não há dinheiro suficiente criado para incluir os juros, mas é uma falácia dizer que o único modo de pagar é tomando mais emprestado. A suposição deixa de levar em conta o valor de troca do trabalho. Vamos assumir que você pague seu empréstimo dos $10.000 com prestações de cerca de R$900 por mês e que cerca de $80 disso representem juros. Você encontra certa dificuldade para conseguir efetuar os pagamentos, de modo que decide procurar um segundo emprego, em tempo parcial.
O banco, por outro lado, está agora ganhando $80 de lucro a cada mês com o empréstimo que você contraiu. Como essa quantia está classificada como “juros”, ela não é extinta como a porção maior, que é uma devolução do empréstimo. Portanto, essa receita com juros é um dinheiro que pode ser gasto na conta do banco. O banco decide então que o piso de sua agência será encerado uma vez por semana. Você responde ao anúncio no jornal e é contratado a $80 por mês para fazer o serviço. O resultado é que você ganha o dinheiro para pagar os juros sobre o dinheiro que tomou emprestado, e — este é o ponto — o dinheiro que recebe é o mesmo dinheiro que você anteriormente pagou. Desde que você faça o serviço para o banco a cada mês, os mesmos dólares vão para o banco como juros, então saem como salário para você, e então voltam para o banco como pagamento pelo empréstimo.
Não é necessário que você trabalhe diretamente para o banco. Independente de como você ganhe o dinheiro, sua origem foi o banco e seu destino final é um banco. O circuito pelo qual o dinheiro circula pode ser grande ou pequeno, mas o fato permanece que todo juro é pago eventualmente por esforço humano. O significado desse fato é ainda mais chocante que a suposição que dinheiro suficiente não é criado para pagar os juros. É que o total desse esforço humano no fim é para o benefício daqueles que criaram o dinheiro fiduciário.
Isto é uma forma de servidão feudal, em que a grande massa da sociedade trabalha como vilões para uma classe governante de nobreza financeira.
Compreendendo a Ilusão…
Isto realmente é tudo o que se precisa saber sobre a operação do cartel bancário sob a proteção do Sistema da Reserva Federal. Entretanto, seria uma pena parar aqui sem examinar as roldanas, espelhos e alavancas que fazem o mecanismo mágico funcionar. É um sistema realmente fascinante de mistério e de enganação.
Vamos, portanto, voltar nossa atenção para o processo real pelo qual os mágicos criam a ilusão do dinheiro moderno. Primeiro, ficaremos de longe, para termos uma visão geral das ações que acontecem. Em seguida, nos aproximaremos para examinar cada componente em detalhe.
O Mecanismo Mandrake: Uma Visão Geral
Toda a função desta máquina é converter dívida em dinheiro. É simples assim. Primeiro, o Fed pega todos os títulos do governo que o público não comprou e preenche um cheque ao Congresso em troca deles. (O Fed também adquire outras obrigações da dívida, mas os títulos do governo constituem a maior parte de seu inventário). Não há dinheiro para pagar esse cheque. Esses dólares fiduciários são criados neste momento para este propósito. Chamando esses títulos de “reservas”, o Fed então os usa como base para criar nove (9) dólares adicionais para cada dólar criado para os títulos. O dinheiro criado para os títulos é gasto pelo governo, enquanto que o dinheiro criado sobre esses títulos é a fonte de todos os empréstimos bancários feitos para as empresas e pessoas físicas do país. O resultado desse processo é o mesmo que criar dinheiro nas impressoras de uma gráfica, porém a ilusão está baseada em um truque contábil, em vez de em um truque gráfico.
A conclusão é que o Congresso e o cartel bancário entraram em uma parceria em que o cartel tem o privilégio de receber juros sobre o dinheiro que cria a partir do nada, uma perpétua comissão paga por cada dólar americano que existe no mundo.
O Congresso, por outro lado, tem acesso a fundos ilimitados sem ter de dizer aos eleitores que seus impostos estão sendo elevados por meio de um processo inflacionário. Se você compreende este parágrafo, pode-se dizer que compreende o Sistema da Reserva Federal.
Agora, uma visão mais detalhada. Existem três modos gerais em que a Reserva Federal cria dinheiro fiduciário a partir da dívida:
Um é fazendo empréstimos aos bancos-membro por meio daquilo que é chamado de Janela de Desconto.
O segundo é comprando títulos do Tesouro e outros certificados da dívida por meio daquilo que é chamado Comitê do Mercado Aberto.
O terceiro é mudando o assim chamado coeficiente de reserva que os bancos-membro têm de manter. Cada método é meramente um caminho diferente para o mesmo objetivo: pegar as notas promissórias e convertê-las em dinheiro que possa ser gasto.
A Janela de Desconto
A Janela de Desconto é meramente a linguagem dos banqueiros para uma janela de empréstimo. Quando os bancos ficam com pouco dinheiro, a Reserva Federal está a postos como o “banco dos banqueiros” para emprestar dinheiro. Existem muitas razões para os banqueiros precisarem tomar empréstimos. Como eles mantêm “reservas” de somente 1% ou 2% de seus depósitos no cofre de dinheiro, e 8 a 9% em títulos, a margem operacional deles é extremamente estreita. É comum para eles experimentarem saldos negativos causados por demanda incomum dos clientes por dinheiro, ou um número incomum de cheques de alto valor sendo compensados por outros bancos ao mesmo tempo. Algumas vezes, eles fazem empréstimos ruins e, quando esses antigos “ativos” são removidos de seus livros contábeis, a “reserva” deles também decresce e pode, na verdade, se tornar negativa. Finalmente, existe o motivo do lucro. Quando os bancos tomam emprestado da Reserva Federal a uma taxa de juros e emprestam para seus clientes a uma taxa mais alta, há uma óbvia vantagem. Mas isso é meramente o início.
Quando um banco toma emprestado um dólar do Fed, esse dinheiro se torna uma reserva de um dólar.
Como os bancos são obrigados a manterem reservas de somente 10%, eles na verdade podem emprestar até 9 dólares para cada dólar que tomaram emprestado.
Vamos examinar a matemática. Assuma que o banco receba $1 milhão do Fed a uma taxa de 8%. O custo anual, portanto, é $80.000 (0.08 x $1.000.000). O banco trata o empréstimo como um depósito em dinheiro, o que significa que ele se torna a base para fabricar $9.000.000 adicionais para emprestar a seus clientes. Se assumirmos que ele empresta esse dinheiro a uma taxa de 11%, o retorno bruto seria $990.000 (0.11 x $9.000.000). Subtraia disso o custo do banco de $80.000 mais uma porção apropriada de encargos, e você terá um retorno líquido de aproximadamente $900.000. Em outras palavras, o banco toma emprestado um milhão de dólares e pode praticamente dobrá-lo em um ano. Isto é alavancagem! Mas não esqueça a fonte dessa alavancagem: a fabricação de outros $9 milhões que são adicionados à base monetária do país.
A Operação do Mercado Aberto
O método mais importante usado pela Reserva Federal para a criação do dinheiro fiduciário é a compra e venda de títulos no mercado aberto. Entretanto, antes de avançarmos para isto, uma palavra de advertência. Não espere que aquilo que vem a seguir faça sentido. Apenas esteja preparado para saber que isto é como eles procedem.
O truque está no uso de palavras e frases que têm significado técnico bem diferente do que aquilo que implicam para o cidadão mediano. Portanto, mantenha seus olhos nas palavras. Elas não têm o objetivo de explicar, mas de enganar. A despeito das primeiras aparências, o processo não é complicado. É apenas absurdo.
O Mecanismo Mandrake: Uma Visão Detalhada
Começa com…
Dívida do Governo
O governo federal pega uma folha de papel, desenha traços complexos em volta das laterais e chama aquilo de título, ou nota do Tesouro. O título é meramente uma promessa de pagar uma quantia especificada, a uma taxa de juros especificada, em uma data especificada. Como veremos nas etapas seguintes, essa dívida eventualmente se torna o alicerce para quase toda a base monetária do país. Na realidade, o governo criou dinheiro, mas ainda não tem a aparência de dinheiro. Converter essas notas promissórias em notas de dinheiro e saldo em contas bancárias é a função do Sistema da Reserva Federal. Para produzir essa transformação, o título é entregue ao Fed, onde então é classificado como um…
Ativo em Títulos
Um instrumento da dívida do governo é considerado um ativo porque se assume que o governo honrará sua promessa de pagar. Isto é baseado na capacidade do governo de obter o dinheiro que precisar por meio da tributação. Portanto, a força desse ativo é o poder de tomar de volta aquilo que ele dá. Portanto, a Reserva Federal agora tem um “ativo” que pode ser usado para se contrapor a um passivo. Ele então cria esse passivo exigível produzindo outra folha de papel e permutando-a com o governo em troca pelo ativo. Essa segunda folha de papel é um…
Cheque da Reserva Federal
Não há dinheiro em conta alguma para cobrir esse cheque. Qualquer outra pessoa que fizesse isso seria mandada para a cadeia. Mas, o procedimento é legal para o Fed, pois o Congresso quer o dinheiro, e este é o modo mais fácil de obtê-lo. (Elevar os impostos seria suicídio político; depender do público para comprar todos os títulos da dívida seria irrealista, especialmente se as taxas de juros estiverem artificialmente baixas; e imprimir grandes quantidades de dinheiro na Casa da Moeda seria óbvio e controverso.). Deste modo, o processo fica misteriosamente ocultado no sistema bancário. Entretanto, o resultado final é o mesmo que colocar as impressoras da Casa da Moeda para funcionar e simplesmente fabricar dinheiro fiduciário (dinheiro criado por ordem do governo, sem qualquer valor tangível que sirva de lastro) para pagar as despesas do governo. Todavia, em termos contábeis, os livros estão “equilibrados” porque o passivo do dinheiro é compensado pelo “ativo” da nota promissória. O cheque da Reserva Federal recebido pelo governo é então endossado e enviado para um dos bancos da Reserva Federal, onde agora se transforma em um…
Depósito do Governo
Uma vez que o cheque da Reserva Federal tenha sido depositado na conta do governo, ele é usado para pagar os gastos do governo e, assim, é transformado em muitos…
Cheques do Governo
Esses cheques se tornam os meios pelos quais a primeira onda de dinheiro fiduciário inunda a economia. As empresas e pessoas físicas que recebem esses cheques os depositam em suas próprias contas-correntes, onde eles se transformam em…
Depósitos em Bancos Comerciais
Os depósitos em bancos comerciais imediatamente assumem uma personalidade dividida. Por um lado, eles são passivos para o banco, pois pertencem aos depositantes. Mas, enquanto permanecem no banco, também são considerados ativos, pois estão à disposição. Mais uma vez, os livros contábeis estão equilibrados: os ativos compensam os passivos exigíveis. Mas o processo não pára aqui. Por meio da mágica da reserva bancária fracionária, os depósitos passam a servir a um propósito adicional e mais lucrativo. Para realizar isso, os depósitos disponíveis são agora reclassificados nos livros e são chamados de…
Reservas Bancárias
Reservas do quê? São para pagar os depositantes se eles quiserem encerrar suas contas correntes? Não. Esta é a humilde função que elas serviram quando foram classificadas como meros ativos. Agora que receberam o nome de “reservas”, elas se tornam a varinha mágica para materializar quantias ainda maiores de dinheiro fiduciário. É aqui que está a verdadeira ação: no nível dos bancos comerciais. Eis como funcional. Os bancos estão autorizados pelo Fed a manterem somente 10% de seus depósitos em “reserva”. Isto significa que se receberem um depósito de $1 milhão na primeira onda de dinheiro fiduciário criado pelo Fed, eles têm $900.000 mais do que precisam manter à disposição ($1 milhão menos a reserva de 10%). No jargão dos banqueiros, esses $900.000 são chamados de…
Reserva Excedente
A palavra “excedente” é uma indicação que essa assim chamada “reserva” tem um destino especial. Agora que ela foi transformada em “excedente”, é considerada como disponível para oferecer empréstimos. Portanto, no tempo devido, essa reserva excedente é convertida em…
Empréstimos Bancários
Mas espere um minuto. Como pode esse dinheiro ser emprestado quando pertence aos depositantes originais que ainda podem livremente preencher seus cheques e gastar o dinheiro como quiserem? A resposta é que, quando os novos empréstimos são feitos, eles não são feitos com o mesmo dinheiro absolutamente. Eles são feitos com dinheiro novinho em folha, criado do nada para esse propósito. A base monetária do país simplesmente aumenta na proporção de 90% dos depósitos bancários. Além disso, esse novo dinheiro é muito mais interessante para os banqueiros do que o antigo. O antigo dinheiro, que eles receberam dos depositantes, requer que os bancos paguem juros ou prestem serviços pelo privilégio de usar o dinheiro. Mas, com o novo dinheiro, os bancos recebem juros, o que não é mau, considerando-se que não custou nada para eles criar esse dinheiro. Mas este ainda não é o fim do processo. Quando essa segunda onda de dinheiro fiduciário entra na economia, vai direto para o sistema bancário, exatamente como aconteceu com a primeira onda, na forma de…
Mais Depósitos em Bancos Comerciais
O processo agora se repete com números ligeiramente menores a cada rodada. O que era um “empréstimo” na sexta-feira retorna ao banco como um depósito na segunda-feira. O depósito é então reclassificado como uma “reserva”, e 90% daquilo se torna uma reserva “excedente” que, mais uma vez, se torna disponível para um novo “empréstimo”. Portanto, o $1 milhão da primeira onda de dinheiro fiduciário gera $900.000 na segunda onda, e isto gera $810.000 na terceira onda ($900.000 menos a reserva de 10%). São necessários cerca de 28 passagens pela porta giratória dos depósitos se tornando empréstimos, os empréstimos se tornando depósitos, os depósitos se tornando mais empréstimos, até que o processo atinja o efeito máximo, que é…
Dinheiro Bancário Fiduciário = Até 9 Vezes a Dívida do Governo
A quantia de dinheiro fiduciário criado pelo cartel bancário é aproximadamente nove vezes o valor da dívida original do governo que tornou todo o processo possível. Quando a dívida original é adicionada a esse número, finalmente temos…
Dinheiro Fiduciário Total = Até 10 Vezes a Dívida do Governo
A quantia total de dinheiro fiduciário criado pela Reserva Federal e os bancos comerciais juntos é aproximadamente dez vezes o valor da dívida pública subjacente. À medida que esse dinheiro recém-criado inunda a economia em busca de bens e serviços, ele faz o poder de compra de todo o dinheiro, antigo e novo, declinar. Os preços sobem porque o valor relativo do dinheiro decresceu. O resultado é o mesmo que se esse poder de compra tivesse sido tirado de nós na forma de impostos. A realidade desse processo, portanto, é que ele é uma…
Tributação Oculta = Até Dez Vezes a Dívida Pública
Sem perceber, o povo americano pagou ao longo dos anos, além do imposto de renda e dos impostos sobre o consumo, um imposto completamente oculto igual a muitas vezes a dívida pública! E isto ainda não é o fim do processo. Como nossa base monetária é puramente uma entidade arbitrária com nada por trás dela exceto dívidas, sua quantidade pode diminuir, bem como subir. Quando as pessoas se afundam em dívidas, a base monetária do país se expande e os preços sobem, mas quando elas pagam suas dívidas e se recusam a contrair novos empréstimos, a base monetária se contrai e os preços caem. Isto é exatamente o que acontece em tempos de incerteza política e econômica. Essa alternação entre um período de expansão e um período de contração da base monetária é a causa subjacente das…
Expansões Rápidas, Estouro da Bolha e Depressões
Quem se beneficia com tudo isto? Certamente não o cidadão mediano.
Os únicos beneficiários são os cientistas políticos no Congresso, que desfrutam o efeito da receita ilimitada para perpetuar seu poder, e os cientistas financeiros dentro do cartel bancário chamado Sistema da Reserva Federal, que têm sido capazes de colocar a população, sem que ela saiba, debaixo da canga do feudalismo moderno.
Coeficientes de Reserva
Os números apresentados anteriormente estão baseados em um coeficiente de “reserva” de 10% (um coeficiente de expansão do dinheiro de 10 para 1). Entretanto, deve-se lembrar que isso é totalmente arbitrário. Como o dinheiro é fiduciário, e não tem qualquer lastro em ouro ou prata, não existe limitação real, exceto aquilo que os políticos e os administradores das finanças do país decidam que seja apropriado para o momento. Alterar esse coeficiente é o terceiro modo como a Reserva Federal pode influenciar a base monetária do país. Portanto, os números precisam ser considerados como transientes.
A qualquer tempo que houver uma “necessidade” de mais dinheiro, o coeficiente pode ser aumentado de 20 para 1, ou 50 para 1, ou até mesmo a exigência de reservas pode ser eliminada totalmente. Não há virtualmente limites para a quantidade de dinheiro fiduciário que pode ser fabricado dentro do sistema atual.
A Dívida Pública Não É Necessária Para Haver Inflação
Como a Reserva Federal está a postos para “monetizar” (converter em dinheiro) virtualmente qualquer quantia da dívida pública, e como esse processo de expandir a base monetária é a causa principal para a inflação, é tentador saltar para a conclusão que a dívida pública e a inflação são apenas dois aspectos do mesmo fenômeno. Entretanto, isso não é necessariamente verdade. É totalmente possível ter uma sem a outra.
O cartel bancário detém um monopólio na fabricação de dinheiro. Consequentemente, o dinheiro é criado somente quando as Notas Promissórias são “monetizadas” pelo Fed ou pelos bancos comerciais. Quando os indivíduos particulares, empresas ou instituições adquirem os títulos do governo, precisam usar dinheiro que anteriormente ganharam e pouparam. Em outras palavras, nenhum dinheiro novo é criado, porque eles estão usando fundos que já existiam. Portanto, a venda de títulos do governo para o sistema bancário é inflacionária, mas a venda para o setor privado não é. Esta é a razão principal por que os EUA evitaram uma grande inflação durante os anos 1980, quando o governo federal aumentou a dívida pública em um ritmo maior do que nunca antes na história. Mantendo as taxas de juros elevadas, esses títulos se tornaram atraentes para os investidores privados, inclusive investidores estrangeiros. Pouco dinheiro novo foi criado, porque a maioria dos títulos foi comprada com dólares já existentes. Logicamente, este foi um ajuste temporário, no máximo.
Hoje, esses títulos estão continuamente amadurecendo, atingindo o tempo de renovação, e estão sendo substituídos por outros títulos que incluem a dívida original mais os juros acumulados. Eventualmente, esse processo precisará chegar ao fim e, quando isso acontecer, o Fed não terá escolha, senão comprar de volta literalmente toda a dívida dos anos 1980 — isto é, substituir todo o dinheiro privado investido anteriormente por dinheiro fiduciário recém-fabricado — mais uma quantia adicional substancial para cobrir os juros. Aí então compreenderemos o significado da palavra inflação.
Por outro lado, a Reserva Federal tem a opção de fabricar dinheiro mesmo se o governo federal não entrar profundamente em dívidas. Por exemplo, a tremenda expansão da base monetária que levou ao colapso da Bolsa de Valores em 1929 ocorreu em um tempo em que a dívida pública estava sendo paga. Em todos os anos de 1920 a 1930, a receita do governo federal excedeu as despesas, e havia relativamente poucos títulos do governo sendo oferecidos. O crescimento gigantesco da base monetária foi possível convertendo-se os empréstimos dos bancos comerciais em “reservas” na janela de desconto do Fed e com a compra por parte do Fed dos aceites bancários, que são contratos comerciais para a compra de produtos.
Agora, as opções são ainda maiores. A Lei do Controle Monetário de 1980 tornou possível para a Criatura da Ilha Jekyll monetizar virtualmente qualquer instrumento de dívida, inclusive Notas Promissórias de governos estrangeiros. O propósito aparente dessa legislação é tornar possível o socorro financeiro aos governos que estão tendo dificuldades em conseguir pagar os juros dos empréstimos contraídos junto a bancos americanos. Quando o Fed cria dólares fiduciários para dar aos governos estrangeiros em troca de seus títulos podres, o caminho do dinheiro é ligeiramente mais longo e mais sinuoso, mas o efeito é similar à compra de Títulos do Tesouro dos EUA. Os dólares recém-criados vão para os governos dos países estrangeiros, voltam depois para os bancos americanos, onde se transformam em reservas em dinheiro. Finalmente, eles fluem de volta para a base monetária dos EUA (multiplicados por 9) na forma de empréstimos adicionais. O custo da operação é mais uma vez suportado pelo cidadão americano por meio da perda do poder de compra. Portanto, a expansão da base monetária, e a inflação que ocorre, não mais requerem déficits federais. Enquanto alguém estiver disposto a tomar emprestados dólares americanos, o cartel terá a opção de criar esses dólares especificamente para comprar os títulos dos governos desses países estrangeiros e, fazendo isso, expandir a base monetária.
Entretanto, não devemos nos esquecer que uma das razões pelas quais o Sistema da Reserva Federal foi criado originalmente, foi para possibilitar ao Congresso gastar sem que o público saiba que está sendo tributado. O povo americano tem mostrado uma incrível indiferença a essa tosquia, que somente pode ser explicada pela falta de compreensão de como o Mecanismo Mandrake funciona. Consequentemente, no tempo presente, esse contrato amigável entre o cartel bancário e os políticos corre pouco risco de ser modificado. Portanto, como uma questão prática, embora o Fed possa também criar dinheiro fiduciário em troca da dívida comercial e de títulos dos governos de países estrangeiros, sua principal preocupação continuará sendo suprir o Congresso.
A implicação desse fato causa perplexidade em nossa mente. Como nossa base monetária, atualmente, pelo menos, está vinculada à dívida pública, pagar essa dívida faria o dinheiro desaparecer. Até mesmo uma redução séria da dívida paralisaria a economia. Portanto, enquanto a Reserva Federal existir, os EUA estarão, e precisarão estar, endividados.
A compra de títulos dos outros governos está se acelerando no atual clima político do internacionalismo. A base monetária americana está cada vez mais baseada nas dívidas de outros países, bem como na dívida pública interna, e esses países também serão impedidos de pagarem suas dívidas, mesmo se estiverem em condições de fazer isso.
A Expansão Leva à Contração
Embora seja verdadeiro que o Mecanismo Mandrake seja responsável pela expansão da base monetária, o processo também funciona da forma reversa. Exatamente como o dinheiro é criado quando a Reserva Federal compra títulos ou outros instrumentos da dívida, ele é extinto pela venda desses mesmos itens. Quando eles são vendidos, o dinheiro é dado de volta para o Sistema e desaparece da memória eletrônica do computador de onde veio. Então, o mesmo efeito das ondas secundárias sucessivas que criou o dinheiro por meio do sistema dos bancos comerciais faz com que o dinheiro seja retirado da economia. Além disso, mesmo se a Reserva Federal não contrair deliberadamente a base monetária, o mesmo resultado pode, e frequentemente ocorre, quando o público decide resistir à disponibilidade de crédito e reduzir seu endividamento. As pessoas somente podem ser tentadas a tomar empréstimos; elas não podem ser forçadas a isso.
Existem muitos fatores psicológicos envolvidos em uma decisão de entrar em dívidas que podem se contrapor à fácil disponibilidade de dinheiro e a uma baixa taxa de juros: uma desaceleração econômica, a ameaça de agitação civil, o temor de uma guerra iminente, um clima político instável, para citar apenas alguns. Embora o Fed possa tentar injetar dinheiro na economia para torná-lo disponível em abundância, o público pode estorvar essa ação simplesmente dizendo: “Não, obrigado”. Quando isso acontece, as antigas dívidas que estão sendo pagas não são substituídas por novas que tomem seus lugares, e a quantia geral de dívida dos consumidores e das empresas se reduz. Isso significa que a base monetária também se reduzirá, porque, atualmente, dívida é dinheiro. E é essa exata expansão e contração da base monetária — um fenômeno que não poderia ocorrer se estivesse baseada na lei da oferta e da procura — que está no centro de praticamente todas as expansões rápidas e estouro da bolha que têm sido uma praga para a humanidade em toda a história.
Em conclusão, pode-se dizer que o dinheiro moderno é uma grande ilusão conjurada pelos magos das finanças na política. Estamos vivendo em uma era de dinheiro fiduciário e é triste observar que todos os países na história que adotaram esse tipo de dinheiro eventualmente foram economicamente destruídos por ele. Além disso, não há nada em nossa atual estrutura monetária que ofereça alguma certeza que estaremos imunes desse mórbido destino.
Correção. Existe algo. O Congresso ainda tem o poder de abolir o Sistema da Reserva Federal.
Resumo
O dólar americano não tem valor intrínseco algum; ele é um exemplo clássico de dinheiro fiduciário sem limites na quantidade que pode ser produzida. Seu valor reside basicamente na disposição do público de aceitá-lo e, para essa finalidade, a lei requer que ele seja aceito como meio de pagamento.
É verdade que o dinheiro é criado a partir do nada, mas é mais exato dizer que ele está baseado em dívidas. Portanto, de certa forma, nosso dinheiro é criado a partir de menos do que nada. Toda a base monetária desapareceria se todas as dívidas fossem pagas.
Portanto, no Sistema da Reserva Federal, nossos líderes não podem permitir uma redução drástica na dívida pública ou no endividamento dos consumidores. Cobrar juros sobre empréstimos fictícios é usura, e isso se tornou institucionalizado dentro do Sistema da Reserva Federal.
O Mecanismo Mandrake, por meio do qual o Fed converte dívida em dinheiro pode parecer complicado a princípio, mas é simples se você lembrar que o processo não tem o objetivo de ser lógico, mas de confundir e de enganar. O produto final do Mecanismo é a expansão artificial da base monetária, que é a causa raiz para o tributo oculto chamado de inflação.
Essa expansão então leva à contração e, juntas, produzem o ciclo destrutivo da expansão rápida e estouro da bolha, que tem sido uma praga na história da humanidade onde quer que dinheiro fiduciário tenha existido.
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FONTE http://fimdostempos.net/mecanismo-mandrake.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+fimdostempos+%28FimdosTempos.net%29
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