Quem?
Os principais acionistas do Estado
brasileiro. Banqueiros, grandes corporações nacionais e internacionais e
latifúndio.
Quando a REDE GLOBO através do
FANTÁSTICO denunciou uma série de contratos fraudulentos de terceirização de
serviços públicos e colocou-se como paladina da moral e dos bons costumes,
estava, na prática, denunciando bagrinhos que despencavam nessas várias
cachoeiras da corrupção.
Se quisesse mesmo denunciar
corrupção de alto coturno teria pego empresas como a QUEIROZ GALVÃO, a NORBERTO
ODEBRECHT, a ANDRADE GUTIERREZ, os grandes bancos que operam no País, as
companhias que foram agraciadas com os serviços de telefonia e energia no
governo de FHC e todo o entorno da PETROBRAS que FHC conseguiu colocar em mãos
de companhias estrangeiras, descaracterizando a empresa brasileira.
Ou toda a malha de máfias que opera
os serviços públicos privatizados ou terceirizados e ainda os que executam obras
públicas sob contrato.
Não o fez e nem o fará, existe
concorrência entre essas máfias e a GLOBO é parte delas.
O mesmo vale para VEJA, hoje
caracterizada como revista de uma banda do crime organizado.
Carlinhos Cachoeira é uma queda de
pequeno porte diante das grandes quadrilhas financeiras e empresariais e
Demóstenes Torres um anão perto de FHC, José Serra, Pedro Malan, Geraldo
Alckimin, Aécio Neves, Daniel Dantas, Nagi Nahas, etc. Um fio d’água nesse
processo.
Capitalismo e corrupção são
inseparáveis. Um é parte intrínseca do outro.
Quando o então delegado Protógenes
Queiroz chegou perto da cúpula dessas máfias, a prisão de Daniel Dantas, a
reação foi imediata e fulminante. Gilmar Mendes, à época presidente do Supremo
Tribunal Federal – STF – concedeu dois habeas corpus em menos de duas horas, a
Operação Satiagraha foi desqualificada e Protógenes jogado no inferno da
execração pública por supostas irregularidades na investigação. Ele, o juiz e o
procurador que participaram da Operação.
Para tirar o foco da repercussão
negativa dos habeas corpus, num espaço ínfimo de tempo arranjaram uma gravação
de conversa entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, virou
capa de VEJA e a acusação estrondosa – o gabinete de Gilmar Mendes estava sendo
alvo de escutas ilegais por parte da ABIN. Lula não comprou a briga, como de
fato não comprou nenhuma briga grande em seu governo, contornou os momentos
difíceis – afinal é um clube de amigos e inimigos cordiais – e afastou o diretor
da ABIN.
Mataram o assunto, esvaziaram a
Satiagraha, recolocaram a “reputação” de Gilmar Mendes no seu lugar (um lugar
complicado), mas essencial dentro do clube.
A maior parte, esmagadora, de
deputados e senadores faz suas campanhas com doações de bancos, empresas e
latifundiários. É uma forma de ver o problema dos financiamentos de campanhas
eleitorais. No duro mesmo a esmagadora maioria dos deputados, senadores,
governadores, prefeitos, deputados estaduais, etc, etc, é resultado de ajustes
entre os principais acionistas do Estado. Compram, é simples.
Demóstenes Torres é um dos que
integram o grupo de faz tudo. Fac totum. Opera para bancos, para empreiteiras,
como opera para Carlinhos Cachoeira.
Desde as grandes quedas d’água como
a QUEIROZ GALVÃO, os bancos, etc, como as pequenas, aquelas denunciadas pela
GLOBO no FANTÁSTICO.
Há uma regra básica nas máfias. Se
alguém cai as “famílias” cuidam das famílias do que caiu, mas esse vai para o
brejo sozinho, pois se abrir a boca acorda no fundo de uma cachoeira preso a um
bloco de concreto.
Demóstenes sabe disso. Não vai
colocar em risco uma aposentadoria tranqüila. O argumento de seu advogado,
segundo o qual as escutas eram ilegais, pois como senador tem foro privilegiado
são ridículas. Carlinhos Cachoeira era o alvo das investigações, Demóstenes foi
um peixe pego em meio a queda do fio d’água. No momento da denúncia basta ao
procurador denunciá-lo ao STF e pronto. Não há como excluir essas escutas, essas
gravações.
Qualquer governo que se disponha a
governar segundo as regras do jogo acaba dentro dessa armadilha. Bancada
evangélica, bancada ruralista, quadrilhas específicas que atuam no Congresso
Nacional ao lado de figuras como Demóstenes, Stephan Nercessian, Roberto Freire,
ACM Neto e por conta disso acaba desfigurado em seus propósitos como aconteceu
com o governo Lula e acontece com o governo Dilma.
Refém de figuras como Michel Temer
por exemplo
Sob constante ameaça de escândalos
fabricados pela mídia de mercado.
Verdadeiros ou não.
Um exemplo? A GLOBO sabe que o sogro
de Sérgio Cabral é o “dono” do negócio de transportes coletivos em boa parte dos
municípios do estado do Rio, quer colocar as mãos no bonde de Santa Teresa e
transformá-lo em privilégio para turistas, mas não denuncia.
O que há é guerra de quadrilhas, ou
ajuste da placas tectônicas das máfias que operam e controlam o Estado como
instituição em suas três dimensões (nacional, estaduais e municipais), situação
que se repete historicamente desde a primeira quadrilha de banqueiros, ou
grandes empresários, ou latifundiários, na história da humanidade.
Num dado momento alguém vai para o
sacrifício. É preciso mostrar ao povo que “estão atentos” na vigilância da coisa
pública.
Não é nem o caso da Polícia Federal
nessa situação de Carlinhos Cachoeira. No duro mesmo entra de gaiato nessa
conversa toda. No tempo de FHC nem se movia diante de verdadeiras
monstruosidades no processo de privatizações.
Carlinhos Cachoeira, bandido sim,
vai pagar o pato até um determinado ponto. Demóstenes Torres idem ibidem e o rio
volta a correr normalmente até o momento em que vira a grande cachoeira de
banqueiros, empreiteiros, latifundiários, as grandes corporações multinacionais
que controlam o Brasil, o de sempre.
A questão é de modelo político e
sistema econômico. O capitalismo não leva a lugar nenhum diferente disso que
estamos vendo. A ênfase que a mídia de mercado coloca nas denúncias faz parte do
espetáculo, do show para manter inerte e ludibriada a esmagadora maioria dos
brasileiros.
Eike Batista, outro exemplo. Vira
modelo de empreendedor, de gerador de progresso, etc, mas salva o seu, afunda
suas empresas com o dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico – e vende tudo para um fundo de Abu Dhabi.
E o Brasil e os brasileiros vamos
para as cucuias.
Ao lado as privatizações do governo
FHC, um dos maiores crimes que se cometeu contra o País foi o acordo de livre
comércio entre o Brasil e Israel, no governo Lula. Grupos econômicos sionistas
começaram a comprar o País de forma voraz e o que chamam de potência emergente,
aquela que surge no cenário como protagonista, é apenas potência de ocasião, ou
seja, no tempo certo, a critério dos donos, vira entreposto.
Estão infiltrados em setores chaves
do Estado.
Por trás do fio d’água Carlinhos
Cachoeira, o senador Demóstenes Torres, o governador Marcondes Perrillo de Goiás
(que retirou de circulação a revista CARTA CAPITAL em seu estado por revelar
suas ligações com Cachoeira), existe uma corja muito maior.
Está aboletada no Estado, controla o
mundo institucional e nenhuma eleição vai resolver esse tipo de
problema.
A luta é nas ruas até porque nem
somos mais o ponto nevrálgico da América Latina como dizia Nixon e sempre
imaginaram os norte-americanos. Somos agora parte da Grande Colômbia.
E isso tudo com governo petista.
Imagine se fosse tucano.
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