sexta-feira, 11 de abril de 2014

AS FAVELAS DEVEM SER ABSORVIDAS E ACEITAS, MODIFICADAS E AMADAS, MAS SEM MUDARMOS AS BASES HISTÓRICAS, ASSIM SE TORNARÃO BONITAS E ACEITÁVEIS.

Jorge Mario Jáuregui, é um "carioca" de origem Argentina, que encontrou o seu lugar na arquitectura e no mundo ao lidar com o conflito entre a cidade formal e a cidade informal.
O Rio, cidade magnífica, cheia de contradições e de contrastes, apaixonou este arquitecto, que fez do corpo a corpo com as suas populações mais desfavorecidas, o seu dia a dia.
Arquitecto e Urbanista é um erudito, e faz da sua erudição uma arma para lidar com uma realidade tão rude e difícil como é a das favelas do Rio de Janeiro, trazendo às suas populações "poesia" feita em forma de urbanidade, em betão, ferro, tijolo e cor.
Jorge Mário Jauregui é formado pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Nacional de Rosario, Argentina. Vive no Rio de Janeiro desde 1978, onde tem o seu gabinete de arquitectura. É Arquitecto Urbanista pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em 1999 ganha o Grande Prémio da Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo e no ano seguinte o "Sixth Veronica Rudge Green Prize" em Desenho Urbano da Universidade de Harvard, galardão que já havia sido atribuído a Siza Vieira e a Norman Foster. Em 2002 recebeu o 1º Prémio de Investigação da Bienal Ibero-americana de Santiago do Chile.
Acaba de ter publicados "Estratégias de Articulación Urbana", pela Ediciones FADU da Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires, (editorial@fadu.uba.ar), e o "The Favela-Bairro Project, Jorge Mario Jáuregui Architects", pela Harvard University Graduate School of Design, Cambridge, Massachusetts.
Entre os seus principais trabalhos, todos na cidade do Rio de Janeiro, estão a Requalificação Urbana da Rua do Catete (programa Rio-Cidade) na zona Centro; o Mobiliário Urbano para a zona sul; um projecto para a Frente Marítima (Waterfront) e a Urbanização de mais de vinte favelas em diferentes locais da cidade (programa Favela-Bairro).

Como diz Jorge Mario Jáuregui,  direito à urbanidade fundamentam a proposta de reestruturação sócio-espacial, baseada numa hierarquia de pólos, centros e células de planejamento urbano que buscan reterritorializar e desestratificar o lugar. Hoje a luta é contra a informalidade da cidade em geral e não só da favela. Por isso, trata-se de pensar a lógica cultural necessária para transformar a subjetividade, indo de sujeitos excluídos da urbanidade a agentes de transformação. É necessário pensar em novos dispositivos destinados a fazer cooperar, em projetos eficazes e pactuados, programas públicos e privados relacionados com novos tipos de habitates e usos para segmentos populacionais múltiplos.

Vejamos na favela da Rocinha:

Pintura de artista da comunidade
Rocinha - Jornal Extra - 19 de dezembro de 2010
Rocinha
Rocinha
Rocinha

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