quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

[Carta O BERRO] Cartas para a Palestina - Vanderley - Revista

Camaradas
Ultimamente muitas cartas estão sendo escritas, escreva a sua também!
Para nós sua opinião é muito importante!
Segue abaixo:
1) Carta da Autoridade Nacional da Palestina para o presidente Lula no Brasil - 24/11/2010
2) Carta do Presidente Lula para a Autoridade Nacional Palestina -01/12/2010
3) Carta do governo de Israel criticando o presidente Lula – 3/12/2010
4) Carta do governo americano criticando o presidente Lula – 4/12/2010
5) Escreva sua carta de apoio a Palestina Livre e envie para a Delegação Especial da Palestina no Brasil palestine@uol.com.br . Envie também para nosso Embaixador da Palestina no Brasil, Sr. Ibrahim Al Zeben ialzeben@yahoo.com e para a Federação Palestina no Brasil – FEPAL fepal@globo.com. Envie uma cópia para comitepalestinasc@yahoo.com.br para colocarmos na Rede Palestina!

1) Carta da Autoridade Nacional da Palestina para Lula
Sua Excelência Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República Federativa do Brasil Brasília
24/11/2010
Saudações,
Inicialmente, gostaríamos de estender a Vossa Excelência nossas felicitações pelo sucesso das eleições gerais no Brasil, louváveis por sua elevada transparência e pelo alto nível do processo democrático, que levaram à vitória a candidata de seu partido como nova Presidente da República Federativa do Brasil. É com satisfação que também saudamos entusiasticamente o seu Governo, testemunha de um período de prosperidade econômica e mudança política qualitativa, que inscreve Vossa Excelência na história política moderna do Brasil.
Senhor Presidente,
A atual situação nos territórios palestinos evidencia uma grande escalada das ações israelenses. O Governo de Israel recusa-se a interromper suas atividades em assentamentos. Isso paralisou o lançamento de negociações diretas, apesar das posições e dos pedidos de países de todo o mundo para que Israel ponha fim aos assentamentos, e, dessa forma, não apenas torne possíveis as negociações, como também dê uma chance à paz. No entanto, Israel ainda desafia o mundo inteiro e insiste em suas atividades colonizadoras. Tal posição dificulta qualquer possibilidade de se alcançar um acordo por meio de negociações e cria também uma nova realidade no terreno, que inviabiliza a solução de dois Estados.
Enquanto expressamos a Vossa Excelência o nosso orgulho das valorosas e históricas relações brasileiro-palestinas, que refletem suas posições firmes em relação ao nosso povo ao longo dos anos e em nossos recentes encontros, esperamos, nosso caro amigo, que Vossa Excelência decida tomar a iniciativa de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967. Essa será uma decisão importante e histórica, porque encorajará outros países em seu continente e em outras regiões do mundo a seguir a sua posição de reconhecer o Estado palestino. Essa decisão levará também ao avanço do processo de paz e à promoção da posição palestina, que busca o reconhecimento internacional do Estado da Palestina. Esperamos que o nosso pedido possa receber sua bondosa aceitação e esperamos também que essa iniciativa possa ser tomada antes do fim de seu mandato presidencial.
Queira aceitar os protestos de nossa mais alta estima e consideração.
Mahmoud Abbas
Presidente do Estado da Palestina
Presidente do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina Presidente da Autoridade Nacional
2) Carta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
À Sua Excelência
Mahmoud Abbas
Presidente da Autoridade Nacional Palestina
Senhor Presidente,
Li com atenção a carta de 24 de novembro, por meio da qual Vossa Excelência solicita que o Brasil reconheça o Estado palestino nas fronteiras de 1967.
Como sabe Vossa Excelência, o Brasil tem defendido historicamente, e em particular durante meu Governo, a concretização da legítima aspiração do povo palestino a um Estado coeso, seguro, democrático e economicamente viável, coexistindo em paz com Israel.
Temos nos empenhado em favorecer as negociações de paz, buscar a estabilidade na região e aliviar a crise humanitária por que passa boa parte do povo palestino. Condenamos quaisquer atos terroristas, praticados sob qualquer pretexto.
Nos últimos anos, o Brasil intensificou suas relações diplomáticas com todos os países da região, seja pela abertura de novos postos, inclusive um Escritório de Representação em Ramalá; por uma maior freqüência de visitas de alto nível, de que é exemplo minha visita a Israel, Palestina e Jordânia em março último; ou pelo aprofundamento das relações comerciais, como mostra a série de acordos de livre comércio assinados ou em negociação.
Nos contatos bilaterais, o Governo brasileiro notou os esforços bem sucedidos da Autoridade Nacional Palestina para dinamizar a economia da Cisjordânia, prestar serviços à sua população e melhorar as condições de segurança nos Territórios Ocupados.
Por considerar que a solicitação apresentada por Vossa Excelência é justa e coerente com os princípios defendidos pelo Brasil para a Questão Palestina, o Brasil, por meio desta carta, reconhece o Estado palestino nas fronteiras de 1967.
Ao fazê-lo, quero reiterar o entendimento do Governo brasileiro de que somente o diálogo e a convivência pacífica com os vizinhos farão avançar verdadeiramente a causa palestina. Estou seguro de que este é também o pensamento de Vossa Excelência
O reconhecimento do Estado palestino é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio, objetivo que interessa a toda a humanidade. O Brasil estará sempre pronto a ajudar no que for necessário.
Desejo a Vossa Excelência e à Autoridade Nacional Palestina êxito na condução de um processo que leve à construção do Estado palestino democrático, próspero e pacífico a que todos aspiramos.
Aproveito a ocasião para reiterar a Vossa Excelência a minha mais alta estima e consideração.
*Documentos fornecidos pelo Itamaraty
3) Carta do governo de Israel criticando o presidente Lula
03/12/2010 - 20h28 folha de São Paulo
Israel se diz "desapontado" com apoio brasileiro a Estado palestino
O governo de Israel manifestou "seu pesar e desapontamento" com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manifestar apoio brasileiro a um Estado palestino com fronteiras anteriores a 1967.
O apoio foi reafirmado em carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em carta a Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), nesta quarta-feira (1º), informou mais cedo nesta sexta o Itamaraty.
O apoio não é uma novidade. O governo brasileiro já declarara apoio à formação de um Estado palestino nos territórios pré-1967 em uma votação da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1988. Mais recentemente, em fevereiro de 2006, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu em comunicado que Israel se retirasse dos territórios ocupados.
Em teoria, a afirmação corresponde à posição tradicional do Itamaraty, segundo a qual Israel tem o direito à segurança e à existência "dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas", expressão que equivale às fronteiras existentes antes de 1967. Paralelamente, a diplomacia brasileira também reconhece o direito palestino de exercer sua soberania sobre Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
ISRAEL REJEITA
Em comunicado, o governo israelense alegou que "o reconhecimento do Estado palestino constitui uma violação do acordo interino assinado entre Israel e a ANP em 1995, o qual determinou que o status da Cisjordânia e da faixa de Gaza será discutido e solucionado por meio de negociações".
Israel afirma ainda que o apoio brasileiro contradiz também o 'Mapa do Caminho', que foi adotado pelo Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, ONU, Rússia, e União Europeia). "Tal documento estabeleceu que o Estado palestino poderá surgir somente por meio de um processo de negociação entre Israel e os palestinos, e não como um ato unilateral."
"Toda tentativa de contornar este processo e decidir antecipada e unilateralmente os temas importantes que estão sob controvérsia apenas causará danos à confiança dos lados e em seu comprometimento no processo de negociação de paz", finaliza o comunicado israelense.
MEDIDA
O novo reconhecimento foi mais um gesto político de aproximação, feito por Lula em resposta a carta enviada por Abbas, no último dia 24 de novembro, com solicitação nesse sentido.
"A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina, cujas negociações diretas estão neste momento interrompidas, e está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967", disse o texto.
O Itamaraty ressalta, contudo, "a decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito".
Há tempos, o Brasil pleiteia uma voz na mediação de paz no Oriente Médio. Israelenses e palestinos entraram em uma nova rodada de negociações diretas este ano, sob mediação dos Estados Unidos. O esforço, contudo, foi por água abaixo em 26 de setembro, quando Israel anunciou o fim da moratória sobre as construções de mais casas nos assentamentos judaicos em territórios palestinos. O congelamento é tido como pré-requisito essencial para os palestinos participarem das negociações de paz.
Muitos países da comunidade internacional concordam que a criação de um potencial Estado para os palestinos --como parte da chamada "solução dos dois Estados" para o conflito no Oriente Médio-- deve ocorrer de acordo com as fronteiras existentes antes da Guerra de 1967, quando Israel deu início à anexação de territórios palestinos.
HISTÓRICO
O Itamaraty lembra que mais de cem países reconhecem o Estado palestino. "Entre esses, todos os árabes, a grande maioria dos africanos, asiáticos e leste-europeus. Países que mantêm relações fluidas com Israel - como Rússia, China, África do Sul e Índia, entre outros - reconhecem o Estado palestino. Todos os parceiros do Brasil no IBAS e no BRICS já reconheceram a Palestina".
A maior parte dos reconhecimentos veio após à Declaração de Independência adotada pelo Conselho Nacional Palestino, em novembro de 1988, em Argel. A declaração foi aprovada, no mesmo ano, pela Assembleia Geral da ONU --com o voto favorável do Brasil.
O Brasil reconhece ainda, desde 1975, a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) como legítima representante do povo palestino --dotada de personalidade de direito internacional público. Em 1993, lista ainda o Itamaraty, o Brasil autorizou a abertura de Delegação Especial Palestina, com "status" diplomático semelhante às representações das organizações internacionais. Em 1998, o tratamento concedido à Delegação foi equiparado ao de uma Embaixada, para todos os efeitos.
Em 2004, foi aberto Escritório de Representação em Ramallah, na Cisjordânia.
O Itamaraty destaca ainda que o Brasil apoia financeiramente a campanha palestina com doações de cerca de US$ 20 milhões à ANP, aplicados em projetos em segurança alimentar, saúde, educação e desenvolvimento rural, e mais US$ 2 milhões para projetos em benefício do povo palestino coordenados por fundos e agências internacionais como o PNUD, o Banco Mundial e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA).
Outros US$ 3 milhões foram investidos, por meio do Fundo IBAS, mantido com Índia e África do Sul, para construção de um centro poliesportivo em Ramallah e na recuperação de um hospital em Gaza.
CAUTELA
O mesmo comunicado do Itamaraty ressalta ainda as relações bilaterais com Israel, que "nunca foram tão robustas", em um claro esforço para amenizar os efeitos da declaração em Tel Aviv.
"Os laços entre os dois países têm-se fortalecido ao longo dos anos, em paralelo e sem prejuízo das iniciativas de aproximação com o mundo árabe e muçulmano", continua o texto.
O ministério lista ainda os "recordes históricos" da "corrente de comércio e o fluxo de investimentos bilaterais com Israel" e a primeira visita de um Chefe de Estado brasileiro ao Estado de Israel, em março deste ano.
4) Carta dos legisladores dos EUA criticam o presidente Lula
04/12/2010 - 07h35
Legisladores dos EUA criticam Brasil por reconhecer Estado palestino
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DA FRANCE PRESSE
Legisladores americanos criticaram a decisão do Brasil de reconhecer o Estado palestino com as fronteiras de 1967, afirmando que é "extremamente imprudente" e "lamentável".
A decisão brasileira, anunciada na sexta-feira (3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "é lamentável e só vai prejudicar um pouco mais a paz e a segurança no Oriente Médio", afirmou Ileana Ros-Lehtinen, que lidera os republicanos na comissão de Assuntos Externos da Câmara de Representantes.
Ros-Lehtinen afirmou que "as nações responsáveis" devem esperar para dar esse passo até o retorno de palestinos às negociações diretas com Israel.
O presidente Lula anunciou a decisão na sexta-feira em uma carta pública dirigida ao líder palestino Mahmud Abbas e publicada no site do ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A comunidade internacional apoia as demandas palestinas por um Estado em praticamente toda a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém oriental, todos os territórios ocupados por Israel em 1967, na Guerra dos Seis Dias.
Mas os Estados Unidos e a maioria dos governos ocidentais são reticentes em reconhecer um Estado palestino, afirmando que isso deve ser alcançado através de uma negociação de paz com Israel.
A postura do Brasil também gerou a ira do legislador democrata Eliot Engel, que a classificou de "extremamente imprudente", acrescentando que significava "o último suspiro de uma política externa [brasileira] que se isolou muito sob o governo de Lula".
Engel também citou as atitudes de Lula de "mimar" o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e advertiu que o Brasil "quer se estabelecer como uma voz no mundo, mas está fazendo as escolhas erradas".
"Só podemos esperar que a nova liderança que vem para o Brasil mude o curso e entenda que este não é o caminho para ganhar a preferência como uma potência emergente, ou para se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas"'.
"O Brasil está enviando uma mensagem aos palestinos de que eles não precisam fazer a paz para obter o reconhecimento como um Estado soberano", disse Engel.
Ele acrescentou que deu "um forte apoio ao Brasil como uma democracia dinâmica e diversificada, que um dia terá seu lugar ao lado as principais nações do mundo".
5) Faça a sua carta também! Juntos, sempre, na construção da Palestina Livre!
Palestina livre!
Viva a Intifada! Resitência até a vitória!
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
"Um beduíno sozinho não vence a imensidão do deserto, é preciso ir em caravana"
www.vivapalestina.com.br
www.palestinalivre.org

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