Além do dom de brilhante escritor, Cláudio Guerra é ideologicamente um autentico comunista. E quando digo isso, falo – e o que ele narra neste livro -, dos comunistas de antigamente. Uma vez ouvi dizer e concordei plenamente,”não se faz mais comunistas como antigamente.”
Cláudio Guerra descreve a luta desses comunistas numa cidade do Rio Grande do Norte, após a guerra, a cassação de Luiz Carlos Prestes e seus companheiros, deputado e vereadores eleitos.
Conta das reuniões, da rigorosa clandestinidade e ainda das tarefas a realizar, entre todas a luta pela paz (não iremos para a Coréia), pelo petróleo, no aniversário de Prestes, na luta pela legalidade.
Tudo isso num confronto com a elite empresarial, o Juiz, o papel da igreja anti comunista, o delegado de polícia e os milicos e as torturas e os assassinatos.
E mais, você vai conhecer o Partido e os militantes: o companheirismo: a solidariedade: a disciplina: a honra de não falar na tortura: a estrutura precária , mas eficiente para realizar as tarefas: as pichações, a panfletagem clandestina e as passeatas de surpresa e os confrontos.
Uma história real contada pelas mãos hábeis de Cláudio Guerra.
Sem exagero, na visão micro numa cidade de Natal, faz um paralelo aos Subterrâneos da Liberdade de Jorge Amado . É a minha opinião.
Vanderley Caixe
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