quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Minc: País manterá meta de emissão em qualquer cenário - Barbet

Rio - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu hoje no Rio que a meta de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 40% e o desmatamento em 80% no País será mantida ainda que o Brasil cresça de 5% a 6%, como prevê a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O projeto de Minc considerava um cenário de 4% de crescimento econômico.

Segundo o ministro, técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) contratados para desenhar a nova projeção já têm os novos valores de investimento necessário para manter a meta, que deverá ser apresentada na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em Copenhague, em dezembro. O ministro, no entanto, não havia sido comunicado dos novos números.


"A ministra (Dilma Roussef, da Casa Civil) questionou o porquê dos 4%. Se o Brasil crescer mais até lá, o que aumenta a emissão (CO2), qual vai ser o esforço complementar que teremos que fazer para chegar em 2020 com a mesma emissão de 2005?", comentou o ministro. Minc explicou que o crescimento médio de 4% até 2020, que ele mesmo considera "ousado", foi feito com base em dados que os ministérios do Planejamento e da Fazenda forneceram à pasta.


"O fato de ter mais de um cenário (de crescimento) não significa que vamos diminuir os nossos esforços de reduzir emissões. Significa apenas que num cenário de crescimento médio, muito improvável, de 5% ao ano até 2020, vamos precisar de um esforço maior ainda. Quando se faz (projeções com) cenários de 4% ou 5% não significa que vamos diminuir (a meta), mas temos que estar preparados para o esforço adicional, porque implica em custos", afirmou.


A base da proposta é chegar a 2020 com emissão semelhante a de 2005, para isso é necessário reduzir 40%, sendo 20% com recursos do governo e outros 20% com programas setoriais de mitigação que dependem de fundos privados e internacionais. Segundo o ministro, algumas opções são aumentar o investimento em energia eólica e em reciclagem, em hidrelétricas que não inundem a Amazônia e diminuição das térmicas.

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