segunda-feira, 19 de outubro de 2009
VEJAM ESTA INTERPRETAÇÃO DO QUE VEM A SER O G-20 - Bismarck Frota de Xerez
"autoproclamada liderança mundial dos países do G20 (um clube de elite criado pelo G7 para desviar a atenção de seu papel e responsabilidade ao provocar a crise) de aumentar os fundos e fortalecer a função do mesmo paradigma econômico e geopolítico; pelos governos; pelas instituições financeiras internacionais e pelas empresas, cujas políticas e práticas estão no centro dessa e de outras crises".
COMENTARIO:
1) O G7 não criou o G20 basta ler jornal com olhos voltados para o PROCESSO , para a sequencia de FATOS, dentro da cronologia em que aconteceram, para constatar que o G7 enfraquecido pela crise teve que dividir o poder com os emergentes. Luta que ainda não acabou, luta que tem pauta mais ampla. Muitas outras reivindicações dos emergentes;
2) as economias emergentes não provocaram a crise;
3) as economias emergentes são CAPITALISTAS, incluindo a China comunista, de fato EMERGEM DENTRO DO PARADIGMA ECONOMICO EXISTENTE;
3) "MESMO PARADIGMA ......GEOPOLITICO" , absolutamente NÃO. Novamente basta ler jornal para constatar o que os livros de Historia sempre mostraram: a sucessão de paradigmas geopoliticos, confirmando a certeza DE QUE TUDO MUDA, os Imperios se sucedem, todo movimento historico é ONDULATORIO, não repetitivo, novos atores surgem na Historia, o proprio capitalismo ao se expandir produz sua crise, pois os consumidores se transformam em produtores, e querem ter voz e vez. INDEPENDENTE DE QUEM OS GOVERNEM. Estes novos produtores se juntam, como o fazem no G20 para defender seus interesses frente aos antigos "donos do pedaço".
A União Europeia nasceu para que não dispersassem energias em guerras entre si, e concentrassem esforços comuns contra o inimigo comum. Abriram mão das nacionalidades para enfrentarem a hegemonia do novo gigante. Isto se mede pela participação DEcrescente do gigante no Comercio Internacional. Idem a tomada de CONSCIENCIA do Japão, aindas no século XIX, determinado a ser PROTAGONISTA e não COADJUVANTE, meta alcançada ainda no meio da segunda metade do século XX.
ÑÃO DÁ PARA DIZER QUE A GEOPOLITICA PERMANECEU A MESMA DESDE 1870, QUANDO A ALEMANHA UNIFICADA, SE TORNOU PROTAGONISTA.
Hoje outros povos, outras nações, outros blocos surgem desejosos de serem PROTAGONISTA e não coadjuvantes. E é neste cenário que surgem os diversos G´s.
Assistimos a GEOPOLITICA em ação, assistemos as novas composições, arreglos, dentro do paradigma economico existente, mas os atores vão assumindo novos papeis, expressando novos anseios de seus povos. As nacionalidades vão manifestando sua existencia e INTERESSES, expressos em lutas, em plena Globalização, dentro do paradigma economico existente.
NÃO DÁ PARA AFIRMAR QUE SEJA "MESMO PARADIGMA GEOPOLTICO".
A verdade está na REALIDADE e não nas idéias que fazemos DO QUE DEVERIA SER. O QUE VIRÁ A SER é construção humana de todos os envolvidos. Todo Poder é limitado, pode se impor por um tempo, mas a propria expansão do capitalismo gera a sua crise, pois ao fazer consumidores, em algum tempo os consumidores tomam CONSCIENCIA e reivindicam novos papeis.
Começa na elite local, de sócia do introdutor dos novos hábitos de consumo, quer assumir o controle. O processo não pára, se aprofunda nos demais niveis que terão o mesmo desejo de serem protagonistas.
Este processo se aprofunda com a complexificaçao da Sociedade que se Capitaliza, que consome, que se descobre igual em capacidade ao introdutor do capitalismo em seu meio.
Também os paradigmas se transformam, pois as tecnologias são responsaveis pelas MUDANÇAS HISTORICAS.
As Tecnologias levam junto com o "saber fazer" novas ideias, novos papeis sociais. Nova divisão do trabalho.
TODO PONTO DE VISTA É A VISTA DE UM PONTO. Bastou estar em outro "ponto" quer acima, quer abaixo, quer de banda, PARA TER OUTRA VISÃO DA REALIDADE. Nossas idéias nascem do tapete que pisamos.
As filosofias são criadas e se sucedem, proclamadas por "filosofos" para retratar as mudanças, justificar as mudanças, ou para retardar as mudanças, para defender os tapetes onde pisamos.
A VERDADE É A REALIDADE, E não a vista do ponto do qual observamos a realidade.
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