sábado, 24 de outubro de 2009

O BISPO DE ROMA SERÁ PATRIARCA DO OCIDENTE - Bismarck Frota de Xerez

Comissão ortodoxa-católica analisa papel do bispo de Roma
Em uma reunião realizada em Pafos, Chipre, em meio a protestos de radicais
Jesús Colina
PAFOS (CHIPRE), sexta-feira, 23 de outubro de 2009 (ZENIT.org).- A reunião realizada de 16 a 23 de outubro da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto, em Pafos, Chipre, avançou na reflexão comum sobre o tema decisivo para voltar a encontrar a unidade: o papel do bispo de Roma.

O ambiente de serenidade da reunião ficou alterado pelas manifestações de protesto de radicais ortodoxos contra o diálogo com a Igreja católica, em que a Polícia de Chipre prendeu quatro cidadãos e dois monges do Mosteiro de Stavrovunio, segundo confirma Amen.gr.

Um comunicado conjunto enviado pelos organizadores após a reunião confirma que neste encontro se avançou na redação de um documento conjunto sobre o tema "O papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milênio".

O documento se baseia em um projeto preparado por um Comitê ortodoxo-católico, que se reuniu na ilha de Creta, na Grécia, no ano passado.

"Durante esta reunião plenária, a Comissão analisou com muita atenção o projeto do Comitê misto de coordenação, e decidiu completar seu trabalho sobre o texto no próximo ano, convocando uma nova reunião da Comissão Mista", assinala a nota. Este documento responde ao pedido que lançou João Paulo II em sua encíclica "Ut unum sint" sobre o "compromisso ecumênico" (25 de maio de 1995), na qual propunha "encontrar uma forma de exercício do primado que, sem renunciar de nenhum modo ao essencial de sua missão, abra-se a uma situação nova" (n. 95).

Isto é possível, acrescentava, pois "durante um milênio os cristãos estiveram unidos pela comunhão fraterna de fé e vida sacramental, sendo a Sede Romana, com o consentimento comum, a que moderava quando surgiam dissensões entre elas em matéria de fé ou de disciplina", recordava.

O próprio Papa Karol Wojtyla convidou a buscar, "juntos, as formas com as quais este ministério possa realizar um serviço de fé e de amor reconhecido por uns e outros".

Na reunião de Pafos participaram 20 membros católicos e estiveram representadas todas as Igrejas ortodoxas, com a exceção do Patriarcado da Bulgária.

A Comissão trabalha sob a guia de dois copresidentes: em representação católica, o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos; em representação ortodoxa, o metropolita de Pérgamo, Ioannis Zizioulas.

No sábado, 17 de outubro, os copresidentes e outros participantes, entre os quais se encontrava o cardeal argentino Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, foram recebidos no palácio presidencial pelo presidente do Chipre, Dimitris Christofias, que expressou sua esperança neste "importante diálogo para um mundo ainda dividido, como acontece ao próprio Chipre, e expressou seus melhores desejos para o progresso na comunhão entre as duas Igrejas no futuro".

Segundo se explicou no comunicado final, os representantes ortodoxos "discutiram entre outras coisas sobre as reações negativas ao diálogo por parte de alguns grupos ortodoxos, e as consideraram unanimemente como totalmente injustificáveis e inaceitáveis, pois apresentam informação falsa e que cria confusão".

"Todos os membros ortodoxos da Comissão reafirmam que o diálogo continua com a decisão de todas as Igrejas ortodoxas e avança com fidelidade à Verdade e à Tradição da Igreja". Segundo o porta-voz da polícia, o comissário superior Miguel Katsunotós, os prisioneiros ocuparam a capela de São Jorge, que se encontra na sede de Pafos, na qual aconteceram as sessões de trabalho da Comissão ortodoxa-católica, propriedade da prefeitura de Pafos.

Precedentemente o próprio chefe da Igreja Ortodoxa na cidade, o metropolita Jorge, havia entrado na capela para tentar convencer os manifestantes a liberar o lugar sagrado.

Por sua parte, os representantes católicos, informa o comunicado, consideraram o projeto sobre o primado do bispo de Roma "como uma boa base para nosso trabalho e confirmaram a intenção de continuar o diálogo com confiança mútua, em obediência à vontade do Senhor
".

A Comissão mista, instituída pelo Papa João Paulo II e o patriarca ecumênico Demétrio I, em 30 de novembro de 1979, em Istambul, na festa de Santo André (Patrono da Igreja de Constantinopla), começou seu caminho em 1980 e reiniciou seu trabalho em 2006, após um parênteses de seis anos, devido a divergências.

COMENTARIOS: Se o papado para unir-se à Ortodoxia está dispostos a voltar ao seu papel até a data de separação com os Ortodoxos, considrando o paganismo europeu, o Bispo de Roma será Patriarca do "Ocidente" e das Igrejas nascidas do trabalho de seus missionarios (América, Ásia e África). Mas com a GLOBALIZAÇÃO, tanto os catolicos orientais como os ortodoxos estão presentes do Ocidente (Europa e America), onde padres casados de batina com crianças ao colo circulam ao lado da esposa. Acrescente-se o novo Status do Anglicanos cujo clero e seminaristas manterão o ministério presbiteral simultaneo ao matrimonio. Do lado evangelico, os luteranos na Alemanha e Holanda se unem aos Reformados (calvinistas), enquanto catolicos e luteranos assinam declarações conjuntas definindo pontos comuns. Esta é outra caminhada das Igrejas que perdem fiéis "esquecendo" velhas feridas. Como a pós-modernidade acentua a diversidade da vida, e a globalização mistura tudo, como ficará o "quebra-cabeça" já que do lado catolico também se acentua a divisão em seitas, fato não admitido, mas natural nesta pós-modernidade, Fato mais facilmente abserovivel pela Curia Romana, com seu pragmatismo historico. Dentro da Curia Romana existem grupos como os monges ortodoxos que tiveram que ser retirados pela policia do local da reunião. Mas com paciencia historica, esperando a morte dos opositores, o papel do Bispo de Roma vai sendo REDEFINIDO, Embora para nós Ocidentais nada mude, continuaremos uma Instituição Episcopal, sem clero feminino para facilitar o dialogo com os ortodoxos, continuaremos com bispos celibatários, para facilitar o dialogo com os ortodoxos, isto está bem claro, por escrito , em "linguagem vaticana" no comunicado da acolhida dos descontentes anglicanos. A insubordinação feminina continuará ordenado mulheres presbiteras e bispas, Por enquanto no 1o mundo, mas los macaquitos latinoamericanos logo logo copiarão. Em nome da união com os ortodoxos continuaremos episcopais, ensaiando estruturas presbiterais, enfrentando a pressão por estruturas congregacionais. Quem viver verá. Curiosidade: como andam as pressões da pós-modernidade, ascensão feminina, participação e sacerdocio comum batismal, nas igrejas ortodoxas??? A Grécia ainda luta para sair do subdesenvolvimento, mas a juventude ortodoxa grega já não procura o ministerio ordeando, como os nossos colonos, descobriram as possibilidades oferecidas pelo capitalismo. No Brasil o ministerio na igreja é procurado pelos das periferias, pelos excluidos. Os colégios confessionais, catolicos e evangelicos, já não confirmam as classes médias na fé. Os ortodoxos saídos do comunismo estão vivendo a euforia da liberdade, já os catolicos poloneses já não demonstram o mesmo fervor. Os catolicos orientais e seus patricios ortodoxos que vivem entre fundamentalistas islâmicos fogem para o Ocidente. Como se comportam? como vai o teor de sua VIVENCIA da fé?? Em perspectiva historica, esta união que levará décadas, unirá o que com que? Quanto a revisão do papel do Bispo de Roma, com ou sem união com a Ortodoxia, mudará, por diversas razões. Quem viver verá.






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