sábado, 30 de junho de 2012

A SEMANA - "GOLPE SUAVE" - BRASIGUAIOS ASSUMEM O CONTROLE ACIONÁRIO DO BRASIGUAI S/A - Laerte Braga

Dilma Roussef tomou duas trombadas dentro de “casa”. A primeira delas o chanceler Anthony Patriot (que alguns chamam de Antônio Patriota), um corpo estranho num governo que pretende a integração latino-americana, pelo menos no discurso e no papel, Na prática é outra coisa. A segunda com a declaração do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva legitimando o golpe no Paraguai S/A, empresa controlada por latifundiários brasileiros cognominados de brasiguaios, ao declarar que o novo governo, o governo golpista, deve ser punido até que realize eleições em abril do próximo ano.
Manoel Zelada foi deposto em junho/julho de 2009. O rito “constitucional” traçado na madrugada por forças golpistas, e as eleições em seguida legitimando o golpe. Pepe Lobo foi eleito. Está enchendo as cadeias de adversários, assassinando pessoas. Há cerca de quinze dias um helicóptero norte-americano cedido ao governo de Lobo para o combate ao tráfico de drogas disparou contra uma embarcação lotada de civis. Crianças, idosos, homens e mulheres. Matou mais de trinta pessoas. No dia seguinte um comunicado oficial falou em “equívoco”, “inquérito para apurar responsabilidades” e “pedido de desculpas”.
As prisões começam a ficar lotadas na empresa Paraguai S/A, sob controle de latifundiários brasileiros que lá residem e possuem terras. Os brasiguaios.
O golpe em Honduras, num primeiro momento, foi condenado pelo presidente dos EUA Barack Obama. Em dois ou três dias o líder republicano John McCain levou lideranças políticas do país ao Congresso norte-americano e legitimou o golpe à revelia do presidente. Daí para a frente faltou a Obama peito para reverter a situação. Peito e vontade.
Os brasiguaios diante da reação de Dilma Roussef, condenando publicamente o golpe e das sanções políticas inócuas adotadas pelos países do MERCOSUL, chamaram não John McCain, mas Álvaro Dias, senador tucano e irmão do governador do Paraná. É pelo porto de Paranaguá que o latifúndio paraguaio/brasileiro exporta grãos, principalmente soja.
Dilma ainda não entendeu que está sendo enrolada pelas beiradas e no centro do mingau está o seu chanceler, absolutamente sem compromisso com qualquer processo de integração latino-americana, mas subordinado aos interesses dos EUA e seus acionistas (bancos, grandes corporações sobretudo de armas, petróleo).
Ao olhar as pesquisas a presidente não vê por trás dos muros, pintados com elevados índices, as incoerências de seu governo e o precipício à frente. Vai tocar o barco de olho na reeleição em 2014.
A partir de abril de 2013 abre as portas ao consórcio BRASILGUAI S/A.
O que há naquele país é simples. As elites políticas e econômicas paraguaias são subordinadas aos interesses de grandes corporações do agronegócio e sustentadas politicamente pelo latifúndio brasileiro, base do governo de Dilma. Há dois dias Kátia Abreu, senadora e chamada de “miss moto serra”, defendeu abertamente a reeleição de Dilma e agradeceu a decisão do governo de criar linhas de crédito de 115 bilhões para “pequenos e médios” agricultores.
Me chama de pequeno e médio que eu gosto.
Farsa, pura farsa.
De concreto mesmo só a confirmação que a Venezuela faz parte do MERCOSUL. O veto até então era do Senado paraguaio. O Senado, naquele país, é um departamento de PARAGUAI S/A. a Razão social da empresa, aliás, deve mudar – BRASILGUAI S/A.
A nova data cívica a ser fixada vai ter um desfile de latifundiários, seus agregados, os carros alegóricos empurrados pelos camponeses escravos e na última alegoria Álvaro Dias e Kátia Abreu. Breve o novo Código Floresta brasileiro inserido dentro do contexto do Plano Grande Colômbia e Dilma Roussef com Patriot ao lado anunciando que somos uma grande potência.
Potência da ilusão. Do “capitalismo a brasileira”. O representante dos imigrantes brasileiros na corporação BRASILGUAI S/A vai ganhar lugar de destaque no desfile.
Brilhante Ustra já pode ser chamado de torturador. Uma corte de justiça reconheceu que o coronel torturou, assassinou e comandou um esquema brutal e violento durante a ditadura militar, em si, brutal e violenta.
A rateada de Cristina Kirchner deve ter sido inspiração de algum dos chefões da FOLHA DE SÃO PAULO. O jornal brasileiro – mídia de mercado – que chamou a ditadura de “ditabranda”. A FOLHA emprestava seus caminhões para a desova de corpos mortos nos porões da ditadura. A presidente argentina chamou o golpe de “golpe suave”.
Quem se lembrar dos velhos livros de história vai se lembrar da antiga Província Cisplatina, o hoje Uruguai. Pertencia ao Brasil. Lutou e conseguiu sua independência. O Paraguai fez o caminho inverso. As elites políticas e econômicas pegaram o país e entregaram a latifundiários. As contas em bancos estrangeiros devem estar recheadas.
Quem sabe não criam um império e coroam Álvaro Dias imperador e Kátia de Abreu imperatriz? Por que não? Aí não há necessidade de novas eleições e nem riscos de serem derrotados, o que vai criar a obrigação de outro golpe.
Se tiverem pretensões maiores podem aproveitar FHC, disponível para esse tipo de situação. É louco para ser imperador de alguma coisa. Numa entrevista no curso da semana declarou que o Plano Real, implantado no governo Itamar Franco, deveria ter o seu nome, Plano Fernando Henrique. O grande problema do “imperador tucano” é que não conseguiu desgarrar-se do espelho mágico do Palácio do Planalto. Mas, quem não tem Brasil quem sabe acaba sua majestade no BRASILGUAI S/A, empresa voltada para o agronegócio e controlada por latifundiários, DOW CHEMICAL e MONSANTO, entre outros menores?
Tenho certeza que Álvaro Dias e Kátia Abreu (a nova aliada de Dilma) vão se contentar com o título de duque e duquesa. O palácio imperial poderia ser construído no centro de Assunção e ganhar o nome de Palácio Imperial Alfredo Stroessner, em homenagem ao germânico que governou por décadas o extinto país.
Se José Serra perder as eleições em São Paulo pode vir a ser o ministro da Economia, o esquema FIESP/DASLU vai se sentir a vontade no novo consórcio. Sonegação e contrabando, aliadas do agronegócio.
Sem nos esquecermos, é lógico, da base norte-americana, em breve a principal atração turística do BRASILGUAI S/A.
Ah! Podem até criar um novo “vaticano”, concedendo a Edir Macedo o título de papa. Aí fecha o cerco golpista. Nomear Carlos Cachoeira para o Ministério das Obras Públicas, Demóstenes Torres para a pasta da Justiça e nessa faina de construir a nova empresa acham “mão de obra” aos montes no Brasil. William Waack – o preferido de Hilary Clinton – Secretário das Comunicações e VEJA sai do buraco virando diário oficial da empresa. Arnaldo Jabor vai para o Ministério da Cultura.
Uai! Primeiro Maluf e quem chega à frente do cortejo agrotóxico e desmatamento é Kátia Abreu. O que de pior pode acontecer?


FLOR
Barbet2
9 junho 2012 

Na total fragilidade,
Toda a ambiguidade,
DA força e fraqueza.
Naquele Rosa encontrei.

De tão Linda que era,
Não a quis arrancar,

Sentei e a observei,
No seu doce bailar.

A sinfonia era calma,
O AR soprava ao luar,
O mar cantava ao fundo,
E as estrelas a iluminar.

Era tudo tão perfeito,
Ela entregava-se ao vento,
Com seu perfume suave,
E todo seu encantamento.

Usava uma cor rubi,
Nas saias a combinar,
Saltos altos e pingentes,
Longas pernas a mostrar.

Tinha uma atitude faceira,
Fingia não ligar,
Sedutora e ingênua,
Apenas queria se mostrar.

Fiquei Ali muito tempo,
Cuidando daquela flor,
Para que naquele momento,
Ninguém a Tomasse
"por amor".

* * *


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A ERA DO ESPÍRITO

Paraguai - Laerte Braga On Time


Os mais fortes "chefes" de "estado" da América do Sul, os latifundiários, através dos funcionários paraguaios que destituíram o presidente constitucional do país, já comunicaram que não aceitam a suspensão imposta por países do MERCOSUL e que qualquer ato ou decisão desse grupo será inválida sem o Paraguai. Tudo indica que "tropas" da MONSANTO, DOW CHEMICAL e outras estejam preparando "invasões" d...a Argentina, Brasil e Uruguai, até porque depois da expressão "golpe suave" de Cristina Kirchner, fica evidente o tamanho e o poder da resistência aos latifundiários, lógico, escorados por banqueiros, grandes empresários e pela decadente igreja católica. Tamanho de uma unha do dedo mindinho. É possível que nos próximos dias Patriota emita nota com pedido de desculpas aos tais latifundiários e afirme que tudo não passou de um mal entendido. Lugo já foi jogado às feras e se estiver esperando socorro desse tipo de aliado pode esperar assentado. Quem tem aliados assim não precisa de inimigos. Não duvido nada aparecer por aqui um general paraguaio à frente de uma tropa de brasiguaios para implantar o novo código florestal e enquadrar quem ainda não tirou os sapatos. Patriota e Dilma nesse caso, já estão descalços faz tempo, desde o primeiro dia. Na hora da rendição cedem o aquífero Guarani, com aval das bancadas ruralista e evangélica, isso para colocar o nome de Deus no meio da trapalhada. Não vão deixar o Vaticano passar batido nessa história toda.

Laerte Braga e a Leoa Destentada


Qui, 28 de Junho de 2012 14:23 Laerte Braga
 
O ministro da Justiça Joaquim Cardozo disse em Lima, no Peru, que o Brasil ainda não tem definidas as sanções que possam vir a ser adotadas contra o Paraguai diante do golpe branco que depôs o presidente constitucional Fernando Lugo.
Diplomatas brasileiros, segundo o jornal FOLHA DE SÃO PAULO, confirmam a indecisão do governo sobre como proceder, ao afirmarem que o Brasil não quer "trucidar" o governo paraguaio. Quer "castigar".
O que isso indica é que o ministro das Relações Exteriores (fracasso absoluto na RIO + 20 e na tentativa de abortar o golpe paraguaio) deve permanecer no cargo e a velha prática lulista de uma no cravo e outra na ferradura permanece viva e cada dia mais acentuada.
Dilma, a se confirmar essa disposição, deve ter pensado nos latifundiários brasileiros, mentores do golpe ao lado de brasileiros latifundiários no Paraguai e no precário equilíbrio da aliança que sustenta o governo no Congresso, que inclui inclusive Paulo Maluf.
A brabeza da presidente cantada em prosa e verso por alguns de seus assessores é como dizia Getúlio Vargas, "guampada de boi manso". A política externa independente some numa tempestade de subserviência a interesses de grupos econômicos e o governo se perde nessa tempestade de poeira que o impede de enxergar que o País está sendo cercado por todos os lados e hoje é apenas parte do Plano Grande Colômbia, cujo objetivo maior é manter a América Latina na condição de quintal dos Estados Unidos.
Imagino que o ministro Anthony Patriot - há que acredite que seja Antônio Patriota - não tenha entendido até agora o discurso de Hilary Clinton, quando a secretária de Estado, na RIO + 20 disse que é a favor do "direito reprodutivo das mulheres". Nem só ela, todos os setores esclarecidos da opinião pública são a favor. O fato é que, ali, Patriot não percebeu o sarro que Hilary estava tirando, por conta de sua fraqueza ao retirar a expressão do texto do documento da Conferência, pressionado por autoridades da Igreja Católica.
Não tira os sapatos no aeroporto de New York, como tucano Celso Láfer, mas cumpre com presteza a agenda dos interesses internacionais (EUA/ISRAEL) dos donos do mundo.
Dilma é a leoa desdentada até que prove o contrário. Tire a faixa do armário, vista e comece a governar em função dos compromissos assumidos na campanha eleitoral. O governo da presidente não é mais que um cumpridor das políticas econômicas neoliberais, sustentando-se numa aliança que forças de direita têm um peso maior que seus compromissos e sua própria história é presa da incômoda presença de Lula que pensa que, até hoje, é o presidente.
O golpe de Estado no Paraguai foi dado por latifundiários brasileiros de origem européia, a maioria germânica, que lá está desde o governo de Alfredo Stroessner e detém o controle das terras mais férteis do país, onde fazem a alegria das empresas internacionais que controlam a agricultura mundial através do agro negócio, no caso MONSANTO, DOW CHEMICAL e outras, no entorno desse engole agrotóxico e não chia. Vale dizer também a dependência tecnológica que consegue o milagre de transformar o Paraguai, um país de pequenas dimensões territoriais, em um dos maiores exportadores de soja do mundo. E através do porto de Paranaguá.
O acordo que permitiu a chegada dos chamados brasiguaios ao Paraguai foi feito à época da ditadura militar e sacramentado agora pelo governo Dilma Roussef no recuo dos propósitos iniciais de adotar sanções rigorosas contra os golpistas.
Por trás de tudo isso os latifundiários brasileiros, que dispõem de um ponderável número de deputados e senadores na base do governo Dilma, como antes, na base do governo Lula.
Leoa da Metro. Ruge na tela, mas fica dócil longe da opinião pública, ou até a próxima atração do conglomerado que controla a ordem política e econômica do neoliberalismo e tem apoio entre as forças mais atrasadas do Brasil, dentre elas a mídia, capaz de transformar um golpe de Estado, em levante para a liberdade e ignorar as imensas manifestações populares em Assunção e todo o país, contra a volta da ditadura, agora disfarçada de democracia em seus nuances constitucionais.
A visão do governo Dilma começa na eleição municipal para a escolha do próximo prefeito de São Paulo e se derrama em cascatas/cachoeiras por todo o Brasil, sem ter consciência do que ocorre além das fronteiras do co-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
É relevante acrescentar que o ministro da Justiça está em Lima participando de uma reunião de ministros das relações exteriores de vários países. E não falou de graça, ou por palpite, ainda que tenha afirmando que não fala com Dilma há uma semana. Falou pelo governo e depois de instruído a abaixar o fogo da fogueira de reação ao golpe brasileiro/paraguaio contra o governo de Fernando Lugo.
A essa altura do campeonato o ex-presidente do Paraguai já é visto como "aliado incômodo" e a preocupação de algumas figuras da diplomacia brasileira é com os prejuízos que os "sacoleiros" que compram muambas no Paraguai possam vir a tomar como resultado de sanções ao governo golpista.
É a dimensão real do governo Dilma.
Lembra aquele malabarista com bola de futebol, capaz de proezas incríveis com a "pelota" e que um empresário daqui, José da Gama, levou a um clube português, apresentando-o como o novo Pelé. Vendeu bem vendido. Mas o atleta não sabia jogar futebol, só equilibrar a bola na ponta do nariz.
Já o aqüífero Guarani fica ao alcance de um droner, ou da invasão de grupos sionistas dentro do acordo de livre comércio firmado por Lula com Israel. No outro extremo, na Amazônia, a Colômbia já é parte do antigo SIVAM - SISTEMA DE MONITORAMENTO DA AMAZÔNIA - tudo na colaboração/concessão ao Plano Grande Colômbia.
Lugo dançou no baile de latifundiários brasileiros e brasiguaios, pois as elites paraguaias, ao contrário dos trabalhadores, se acostumaram a uma espécie de contrato de comodato, onde cedem seu país a latifundiários daqui.
E já anunciam que vão cantar de galo em Itaipu.
A leoa não morde, é desdentada.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

The Girl and the Fox from Base14 on Vimeo.


Laerte Braga - On Time

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner entrou na linha Dilma Roussef e afirmou que seu governo não adotará sanções econômicas contra o Paraguai para não prejudicar o povo paraguaio. Os paraguaios foram prejudicados pelo golpe de latifundiários brasileiros associados a políticos e mlitares daquele país. Pior, Cristina chamou o golpe de "golpe suave". É o fim da picada, inventou uma expressão,... "golpe suave", é como a "ditabranda" da Folha de São Paulo aqui para definir a ditadura militar. Torturadoros, mortos, exilados, essa gente Dilma, Cristina, etc, não tem a menor noção do que está acontecendo, até levando em conta que Kátia Abreu quer a reeleição de Dilma e Patriota é seu conselheiro em política externa. Vamos para o brejo mais cedo que imaginamos se não houver reação das ruas. O institucional é uma espécie de country club, clube de amigos e inimigos cordiais.

Laerte Braga - On Time

O embaixador Samuel Pinheiro Guimaãesr, um dos grandes nomes de nossa diplomacia em toda a História do Pais, renunciou ao cargo de Alto Comissário do Mercosul, para o qual fora indicado pelo governo brasileiro com o assentimento dos demais países participantes por "razões políticas", está em sua carta renúncia a explicação. Falta de apoio dos países partes. Ou seja, para fora a condenação do golpe..., caso do governo brasileiro, por dentro a cumplicidade com figuras como Kátia Abreu expoente do latifúndio e agora defensora da reeleição de Dilma Roussef. Samuel Pinheiro Guimarães tem várias obras de relevância publicadas e uma delas, especificamente, sobre a globalização, onde prevê não questões pontuais, mas a conjuntura vivida pela América Latina, particularmente a América do Sul. O Brasil sob Dilma não tem política externa, as políticas econômicas são neoliberais, não importa o índice de popularidade da presidente, importa as consequências que o País sofrerá ao longo dos anos futuro, pela incapacidade do governo de cumprir compromissos. À época da constituição do ministério de Dilma circularam em jornais dos EUA "o alívio" por não estar presente o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Foi substituído pelo ex-governador Moreira Franco (uma espécie de Maluf do Rio) na Secretaria de Assuntos Estratégicos. O golpe paraguaio, por baixo dos panos, tem o aval do Brasil e os protestos diplomáticos são para inglês ver, afinal o chanceler é Anthony Patriot e a presidente é Dilma Roussef, pequenos demais para compreender o momento histórico.
Pesquisa Afirma que ao Serem Usadas como "Muro de Lamentações", as Redes Sociais ganham - Barbet
Não dá para negar que as redes sociais são usadas como uma espécie de terapia virtual em grupo. Facebook, Twitter e até o moribundo Orkut se transformaram em murais de desabafos, lamúrias, reclamações e pedidos --sutis ou nem tanto-- de ajuda, compreensão, elogios etc. Entre um choramingo e uma frase de efeito, porém, há quem se beneficie não só com os comentários que suas queixas ou indiretas despertam, mas com o alívio que compartilhá-las proporciona.

Mas sob o ponto de vista dos especialistas em comportamento, será que todo esse movimento de autoajuda virtual funciona? "Não é possível afirmar que todas as pessoas que expõem opiniões, emoções, pensamentos ou vivências sentem efeito e repercussão positiva. Contudo, observa-se atualmente, tais práticas parecem ser válidas, principalmente, para os internautas que têm retorno ao publicar algo do tipo nas redes", diz a psicóloga Regiane Machado.
De acordo com Ari Brito, especialista em marketing e neuropsicologia e professor da Universidade Santa Cecília, em Santos (SP), as redes sociais acabam funcionando como uma companhia para muitas pessoas isoladas e solitárias, já que ali podem exercer uma socialização que fora da rede não têm. "Para essas pessoas, representar uma personagem nas redes tem um efeito terapêutico. Ao postar determinadas informações, recebem comentários positivos e se sentem acolhidas. As abordagens funcionam como uma autoafirmação", afirma. Mas tamanha exposição, no entanto, tem prós e contras.
Tipo de post: desabafo Objetivo: conseguir elogios
Para a psicóloga e coach Tália Jaoui, se a pessoa publica que está se sentindo um lixo, é porque já espera receber uma avalanche de mensagens motivadoras. Já o consultor em mídias sociais Felipe Agne afirma que desabafar é humano. "Mas, geralmente, fazemos isso com os mais próximos, pessoas que realmente se importam com a gente. É bom lembrar que nem todos os amigos no Facebook são realmente ‘amigos’. Assim como há pessoas que vão tentar levantar o seu astral, há quem vai vibrar por você estar mal", afirma. Há também o risco de virar motivo de piada e, em vez de apoio, receber um esculacho. Ari Brito, especialista neuropsicologia, afirma que "os elogios servem de reforço de sua posição e, portanto, consagram o seu reconhecimento e podem, sim, reforçar a autoestima".
Tipo de post: Frase de efeito Objetivo: virarem um mantra
De "memes" engraçadinhos a frases irônicas anônimas e citações atribuídas --muitas vezes erroneamente-- a gente de peso, como Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu e Chico Xavier, as redes sociais são uma verdadeira enciclopédia virtual de dizeres inspiradores. Muita gente adora postá-los, geralmente com o intuito de que aquilo reforce seus sentimentos e, principalmente, se torne verdade ou melhore seu astral. A psicóloga Tália Jaoui explica que essas frases poderosas funcionam. "No momento certo, fazem muita diferença. Conheço inúmeros casos que comprovam isso. Já aconteceu até comigo", diz. Ari Brito, porém, enxerga uma outra função nesses posts: "Normalmente, as pessoas querem demonstrar inteligência e articulação, pois buscam reconhecimento através destas frases, que no fim funcionam muito mais como marketing pessoal do que como uma demonstração positiva, de otimismo", afirma.
Tipo de post: confissão de problemas (financeiros, de relacionamento, no trabalho...) Objetivo: ter acolhimento e sincronicidade por parte de quem vive algo parecido
Tália Jaoui acredita que há a vontade de se exibir. "Se por um lado tais confissões podem gerar sincronicidade, por outro geram exposição demasiada de intimidade. Se você tem algum problema deste gênero, tudo bem comentar com amigos ou parentes, mas em uma conversa particular. Pode ser uma mensagem privada, mas dizer para todo mundo ver é estranho", declara a coach. Na opinião do consultor Felipe Agne, as pessoas se identificam com os problemas das outras, apoiando-se mutuamente por sentirem que não estão sozinhas. "Mas confessar esses problemas e atrair simpatias não os resolve. No caso dos relacionamentos, a outra pessoa pode se sentir constrangida pela exposição. Quanto a falar do trabalho, há casos que levam à demissão. Ou seja: pode gerar acolhimento, mas pode ser um fator de exclusão", afirma. "Muita gente se expõe para se vitimizar, buscando uma cobertura dos amigos em relação ao problema, como se fossem dividir a culpa --quando se sentem culpados pelo acontecido", afirma Ari Brito.
Tipo de post: xingar ou demonstrar raiva Objetivo: aliviar a ira
Com certeza, postar funciona como válvula de escape. Imagine caminhar na rua, bater com o pé em uma pedra e não poder soltar aquele palavrão? Mas isso é uma reação espontânea em um momento específico, que acaba quase tão rapidamente quanto começou. Quem viu a situação entende completamente o que você sentiu e a sua reação. "Nas redes sociais, as pessoas não estão vendo o que acaba de acontecer com você e o registro do seu descontrole é o que fica exposto e gravado. Talvez, essa não seja a imagem mais adequada para ter no espaço virtual", afirma o consultor em redes sociais Felipe Agne. "Em alguns casos, xingar na internet só mostra desequilíbrio e falta de inteligência", diz a psicóloga e coach Táila Jaoui.
Tipo de post: mandar indiretas ou lavar roupa suja Objetivo: catarse, liberar adrenalina, lavar a alma
"A ideia é chamar a atenção no grupo. Muitos postam frases com as quais nem concordam, mas, como despertarão eco na rede, apresentam tais argumentos buscando compreensão e, às vezes, se vitimizar”, diz Ari Brito, especialista em marketing e neuropsicologia. "Mandar indiretas é uma atitude infantil. Mostra inabilidade em lidar com o problema e resolvê-lo com quem deve. A pessoa pode até sentir-se de alma lavada, mas não fez nada para resolver a situação. E poucas coisas são mais desagradáveis do que falar mal de alguém supostamente pelas costas, ainda que em espaço teoricamente público", diz Felipe Agne.
Quando esses comportamentos se tornam prejudiciais
Além de ser uma espécie de fuga, substituir as atitudes reais pela catarse virtual pode se tornar um hábito extremamente nocivo. Compartilhar pensamentos e filosofias que não têm a sua cara, delirar que foi à desforra com alguém que nunca vai saber que você se referia a ele, buscar uma atenção virtual em substituição ao contato humano são ações que não trazem ganho nenhum.
"Redes sociais criam uma expectativa que, às vezes, faz o mundo parecer uma grande festa de gente compartilhando felicidade, sabedoria e sucesso, uma festa para a qual você não foi convidado. Mas, se você parar para pensar, é um espaço usado para as pessoas compartilharem sua solidão, carências e anseios", diz Felipe Agne. Para Ari Brito, o que funciona no mundo virtual e no real é o relacionamento, a conversa, a troca entre as pessoas. "Quem é acostumado a ter reconhecimento virtualmente pode se frustrar no mundo real, já que não terá o mesmo acolhimento”, explica o especialista.
Para a psicóloga Regiane Machado, usar as redes sociais com a função de terapia se torna prejudicial quando os comportamentos começam a ser extremistas ou descuidados. "Por exemplo quando a pessoa fala algo que não condiz com a realidade; quando a vivência na internet é maior do que o envolvimento social e outras atividades da vida ficam de lado”, diz.

A vida é frágil o espírito sim é forte - Barbet


A HISTÓRIA DE UMA FLOR
"EDELVAIS"

Barbet
28 junho 2012


Foi germinada em terreno fértil,
Sítio melhor certamente não obteria,
Protegida das pragas, animais e intempéries,
Nada seguramente a molestaria.

Um pássaro deve tê-la trazido,
Polinizando com cuidado a área escolhida,
Pois, melhor não encontraria,
Dentre tantas outras percorridas.

A cada dia mais forte ela ficava,
OS meses passando e ela já percebia,
Todos OS contornos que a transformavam,
Na mais bela flor com todo seu carisma.

Não tinha espinhos para seu espanto,
Era de uma brancura ofuscante,
A escuridão por hora imperava ao seu redor,
E uma batida ritmada a acompanhava sem dó.

De súbito todo aquele equilíbrio é rompido!
Momentos que parecem durar uma eternidade,
Ela sufoca em enorme túnel tenebroso,
Deparando com muita luz e certo desconforto.

Nasce Edelvais, Linda e Formosa,
Com saúde e um imenso sorriso,
Para encher de alegria OS corações dos pais,
Neste importante novo compromisso.

A menina flor Cresce sendo considerada um símbolo,
Um talismã do amor e sua luta constante,
Nos Alpes ou em qualquer lar bendito,
Onde Bata um coração amante.

* * *

quinta-feira, 28 de junho de 2012

C'est à travers de larges grilles...- Barbet




PALAVRAS AO VENTO

Barbet
28 junho 2012

Mensagens ditas naquele exato momento,
Nos quais por descuido ou intenção,
Falamos com o coração ou não,
E espargem por falta de atração.

Diferente de tudo que existe,
Elas podem viajar longas distâncias,
Ou perecer ali mesmo ao chão,
Causar grandes males ou comoção.

Quantas palavras não ditas, esquecidas,
Outras faladas, benditas, guardadas, queridas,
Todas marcadas, assinadas, reveladando,
Um momento registrado no livro da vida.

Se todos pudéssemos sequer imaginar,
As inferências infinitas de cada afirmação,
Calaríamos e pensaríamos muito melhor,
Antes de desfecharmos qualquer conclusão.

Palavras por palavra por que dizê-las?
Melhor calar e deixar passar,
Gotas de sabedoria são o que deveriam ser,
Por isso melhor esquecer.

* * *

 Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
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Portal A ERA DO ESPÍRITO
http://www.aeradoespirito.net/


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Laerte Braga - On Time

É revoltante, de causar engulhos, a forma como a mídia de mercado no Brasil noticia o golpe no Paraguai. Dão como normal a situação do país. Milhares de pessoas estão nas ruas, a tevê pública ocupada e transmitindo em microfone aberto a todas as pessoas a indignação popular com o golpe. Que tal a GLOBO, eterna golpista, mandar para lá o Arnaldo Jabor. Quem sabe a cretinice dá lugar a vergonha. Na ...entrevista do presidente do Irã, ao final, um jornalista desses carimbados em mentira, GLOBO evidente, reclamou de outro jornalista, esse ao contrário íntegro e determinado, corajoso, livre, que ele havia enchido a bola de Ahmadinejad. A resposta foi curta. "Eu não tenho compromisso senão com a verdade, o problema de disfaçar é com vocês. O disfarçar foi por educação, ou piedade do mentiroso global. O povo está nas ruas no Paraguai.

Elio Mollo

EU NÃO QUERO!
Barbet
22 junho 2012


Não,
Eu também não quero,
Um mundo onde as pessoas não se respeitam,
Onde OS olhares não se encontram,
OS nomes valem menos que a menor nota.
Onde as diferenças são execradas,
Onde a fome é aceita como legal
E a comida é jogada no lixo de forma normal.
Não! a um lugar onde permitimos matar
Fechando OS olhos à política criminosa internacional.
Não eu não quero um mundo de covardes,
Baluartes das palavras bonitas, fingidas,
Incapazes de defender OS pobrezinhos,
Um mundo de vendidos.
Eu quero uma Terra de corajosos,
Sábios na arte de amar,
Um mundo de Paz,
De amor universal,
De política humanitária,
Onde possamos dividir, somar e multiplicar,
Jamais subtrair.
Não quero ter que escolher quem deve viver,
Porque uma UTI está lotada,
Porque o planeta encontra-se sufocado,
Porque a violência impera insuportável
E a água esta contaminada.
Definitivamente não!
Quero que sejamos a solução,
E não o problema.
Desejo que consigamos ser irmãos,
Sem credos, títulos ou qualquer bandeira,
Apenas seres humanos,
Amparados,
Um pelo outro,
Com muito amor no coração.


***








O que os Estados Unidos podem ganhar com o golpe no Paraguai - Vanderley Caixe

publicado em 23 de junho de 2012 às 13:49
por Luiz Carlos Azenha
A reação de Washington ao golpe “democrático” no Paraguai será, como sempre, ambígua. Descartada a hipótese de que os estadunidenses agiram para fomentar o golpe — o que, em se tratando de América Latina, nunca pode ser descartado –, o Departamento de Estado vai nadar com a corrente, esperando com isso obter favores do atual governo de fato.
Não é pouco o que Washington pode obter: um parceiro dentro do Mercosul, o bloco econômico que se fortaleceu com o enterro da ALCA — a Área de Livre Comércio das Américas, de inspiração neoliberal. O Paraguai é o responsável pelo congelamento do ingresso da Venezuela no Mercosul, ingresso que não interessa a Washington e que interessa ao Brasil, especialmente aos estados brasileiros que têm aprofundado o comércio com os venezuelanos, no Norte e no Nordeste.
Hugo Chávez controla as maiores reservas mundiais de petróleo, maiores inclusive que as da Arábia Saudita. O petróleo pesado da faixa do Orinoco, cuja exploração antes era economicamente inviável, passa a valer a pena com o desenvolvimento de novas tecnologias e a crescente escassez de outras fontes. É uma das maiores reservas remanescentes, capaz de dar sobrevida ao mundo tocado a combustíveis fósseis.
Washington também pode obter condições mais favoráveis para a expansão do agronegócio no Chaco, o grande vazio do Paraguai. Uma das preocupações das empresas que atuam no agronegócio — da Monsanto à Cargill, da Bunge à Basf — é a famosa “segurança jurídica”. Ou seja, elas querem a garantia de que seus investimentos não correm risco. É óbvio que Fernando Lugo, a esquerda e os sem terra do Paraguai oferecem risco a essa associação entre o agronegócio e o capital internacional, num momento em que ela se aprofunda.
Não é por acaso que os ruralistas brasileiros, atuando no Congresso, pretendem facilitar a compra de terra por estrangeiros no Brasil. Numa recente visita ao Pará, testemunhei a estreita relação entre uma ONG estadunidense e os latifundiários locais, com o objetivo de eliminar o passivo ambiental dos proprietários de terras e, presumo, facilitar futura associação com o capital externo.
Finalmente — e não menos importante –, o Paraguai tem uma base militar “dormente” em Mariscal Estigarribia, no Chaco. Estive lá fazendo uma reportagem para a CartaCapital, em 2008. É um imenso aeroporto, construído pelo ditador Alfredo Stroessner, que à moda dos militares brasileiros queria ocupar o vazio geográfico do país. O Chaco paraguaio, para quem não sabe, foi conquistado em guerra contra a Bolívia. Há imensas porções de terra no Chaco prontas para serem incorporadas à produção de commodities.
O aeroporto tem uma gigantesca pista de pouso de concreto, bem no coração da América Latina. Com a desmobilização da base estadunidense em Manta, no Equador, o aeroporto cairia como uma luva como base dos Estados Unidos. Não mais no sentido tradicional de base, com a custosa — política e economicamente custosa — presença de soldados e aviões. Mas como ponto de apoio e reabastecimento para o deslocamento das forças especiais, o que faz parte da nova estratégia do Pentágono. O renascimento da Quarta Frota, responsável pelo Atlântico Sul, veio no mesmo pacote estratégico.
É o neocolonialismo, agora faminto pelo controle direto ou indireto das riquezas do século 21: petróleo, terras, água doce, biodiversidade.
Um Paraguai alinhado a Washington, portanto, traz grandes vantagens potenciais a interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares estadunidenses.

O GOLPE NO PARAGUAI - Laerte Braga

No dia anterior ao golpe branco contra o presidente Fernando Lugo – Paraguai – um outro presidente, o do Irã, Mahamoud Ahmadinejad, em entrevista coletiva que incluiu a mídia alternativa e virtual e num hotel no Rio de Janeiro, diagnosticou com precisão o que ocorre hoje no mundo. A ordem política, econômica e militar imposta pelos EUA, ao sabor das conveniências de Israel e seus aliados e que se estende tanto aos países do Oriente Médio, como aos da África, da Ásia e América Latina, sempre contra a liberdade, os seres humanos e com claro caráter colonizador.
Em 2008 o governo de Álvaro Uribe, a partir de orientação e dados do governo de Washington, determinou o bombardeio de um acampamento no território do Equador, onde estava o chanceler das FARCs-EP (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas – Exército Popular), Raul Reyes. Havia participado de um encontro de forças populares naquele país e se preparava para retornar aos quartéis da guerrilha. Foram assassinados, além de Reyes, dezenas de estudantes de vários países latino-americanos que lá estavam e participaram também do encontro.
A cumplicidade dos militares equatorianos ficou evidente. Se manifestou na passividade com que assistiram ao bombardeio feito pela força aérea colombiana. Evidenciou o caráter da maior parte das forças armadas dos países da América Latina. Não têm compromissos com seus países, mas são subordinadas aos norte-americanos. A esmagadora maioria dos militares brasileiros não é diferente.
Em 2009 o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi deposto num golpe “constitucional”, dado pela madrugada e com cumplicidade do congresso e da corte suprema de seu país, organizado pelo senador John McCain, republicano. Foi o adversário de Obama nas eleições presidenciais de 2008.
Em todos esses momentos, o golpe contra Lugo, o bombardeio colombiano e o golpe contra Zelaya, o governo dos EUA, de imediato, reconheceu e deu “legitimidade” a essas ações.
Em 2002, semelhante tentativa foi feita na Venezuela contra o presidente Hugo Chávez. Preso numa quinta-feira retornou ao poder no domingo diante de milhões de venezuelanos que, nas ruas de Caracas e de todo o país, exigiam a sua volta. Um referendo popular, em agosto daquele ano, legitimou por maioria absoluta o governo de Chávez e Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e enviado da ONU como observador para o referendo foi obrigado a reconhecer a legitimidade do presidente.
No dia da prisão de Chávez a tevê norte-americana (e a GLOBO aqui, Bonner por pouco não teve um orgasmo no ar) anunciaram que “o povo exigiu a saída de Chávez.
A Colômbia hoje é presidida por Manoel Santos que foi ministro da Defesa de Uribe, é ligado ao narcotráfico (como Uribe). A denúncia foi feita pelo Departamento anti-drogas dos EUA. As forças armadas desse país são inteiramente subordinadas aos norte-americanos e seus “conselheiros”, na prática, a Colômbia é uma colônia, faz parte de um plano de controle da América do Sul denominado Grande Colômbia. Já integra o antigo projeto SIVAM – SISTEMA DE MONITORAMENTO DA AMAZÔNIA -, antes restrito ao Brasil e aos EUA, controlado por empresas privadas e forças militares brasileiras e norte-americanas. O nível de subordinação aos interesses norte-americanos é total. O alvo é a Amazônia em toda a sua extensão.
As vitórias eleitorais de presidentes considerados hostis pelos EUA deflagraram um processo de retomada da América Latina como quintal daquele país. Se já detinham o controle do México e do Canadá (chamam o Canadá de “México melhorado”) essa ordem neoliberal, globalizada por ações políticas, econômicas e militares, se faz presente em quase todo o mundo.
Os pretextos são sempre os mesmos desde tempos passados. Democracia, direitos humanos, etc, etc.
Com o desaparecimento da União Soviética os norte-americanos escancararam seus objetivos. A paz anunciada não veio, pelo contrário, a escalada militar ganhou dimensões de barbárie, a guerra foi privatizada por Bush, a violência é a palavra de ordem dos interesses nazi/sionistas comandados por Israel e com os EUA desintegrados e transformados numa grande corporação terrorista comandada por bancos e grandes empresas, principalmente a indústria armamentista e a do petróleo, vivemos o terror de Estado, o terror capitalista.
A democracia e os direitos humanos foram para o brejo em situações como as guerras do Iraque (destruído), do Afeganistão, da Líbia (mais de cinco mil ações de bombardeios aéreos e um país esfacelado), países como o Paquistão se transformando numa espécie de geléia de interesses de generais com instinto primitivo de barbárie e as chamadas potências emergentes, caso do Brasil, em políticas de equilibrismo e alianças complicadas no padrão dá e toma, ou uma vela a Deus e outra ao diabo. O precário equilíbrio, por exemplo, de democracias montadas sob a tutela e o temor de ações golpistas de militares comprometidos com os EUA, como aconteceu em 1964.
Essa boçalidade se materializa no uso de armas químicas no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, em todos os cantos onde se faz necessário (muitos veteranos de guerra padecem de doenças provocadas pelo uso de tais armas), nas pressões econômicas, no campo de concentração de Guantánamo, no massacre constante de palestinos, na tentativa de destruir a revolução islâmica no Irã com denúncias falsas como sempre fazem e fizeram, principalmente, no controle das nações da União Européia, outro grande conglomerado de bancos e corporações.
Para países como Paraguai, o Brasil e outros, se associam a primatas conhecidos como latifundiários. Os donos da terra, hoje no chamado agronegócio.
O mundo privatizado.
Aqui, esse caráter ganhou dimensões plenas no governo do funcionário do Departamento de Estado e da Fundação Ford Fernando Henrique Cardoso. Uma espécie de “sargento Anselmo”, o célebre cabo da Marinha que infiltrado dedurou todos os companheiros. FHC chegou a sargento. Fulgêncio Batista também era sargento (felizmente muitos sargentos lutam a luta popular dentro e fora das forças armadas).
O golpe contra Fernando Lugo está dentro desse contexto. Uma das acusações contra o presidente foi a de “humilhar as forças armadas”. Lugo ficou ao lado de trabalhadores sem terra vítimas de militares e pistoleiros do latifúndio num conflito agrário, no qual latifundiários brasileiros estão envolvidos (são os donos do Paraguai), junto com empresas como a MONSANTO e a DOW CHEMICAL – o agrotóxico nosso de cada dia.
É impossível humilhar o que não existe. Forças armadas paraguaias? Onde? Bando de generais controlados à distância pelos senhores do mundo, abertos a qualquer grande negócio no mundo do contrabando, do tráfico de drogas, de toda a sorte de estupidez e crime possíveis em função de interesses, aí, pessoais.
Uma elite medieval. Não difere muito do latifúndio brasileiro. Uns grunhem outros nem isso.
O Plano Grande Colômbia, especificamente voltado para a América do Sul tem objetivos imediatos. Derrubar os governos da Venezuela, do Equador e da Bolívia, o controle das reservas de petróleo e gás desses países, isolar o Brasil e impedir que o País consiga avanços efetivos e consolide o processo democrático (mantê-lo sempre na corda esticada, no fio da navalha). Volta do curso tucano das “coisas”, mesmo com o caráter de “capitalismo a brasileira” inventado por Lula e o domínio de tecnologias essenciais longe do alcance dos brasileiros.
Em toda a América Latina, por fim à revolução cubana, derrubar Daniel Ortega na Nicarágua e impedir que governos considerados hostis aos interesses da corporação terrorista, ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A sejam eleitos.
A fórmula encontrada para derrubar Zelaya se manifestou agora no Paraguai.
E ainda, no Brasil, temos um chanceler de sobrenome Patriota, que vem a ser um dos mais terríveis mísseis norte-americanos. Não é o caso do chanceler, é apenas um funcionário obediente da corporação terrorista num governo de puro equilibrismo. E nem deve saber direito o que acontece, ou o que é, tamanha sua dimensão anã como diplomata.
Em relação ao golpe paraguaio, só foi possível com a debilidade de nossa política externa e a falta de informações precisas e corretas do governo. Se a proposta da presidente Dilma de expulsar o país do MERCOSUL e adotar sanções severas for real, ótimo. Caso contrário, breve circulando pelas ruas da cidade de Eduardo Paes os novos modelos de diligências da Wells Fargo, com espetáculos de clones/drones de Búfalo Bil em todas as paradas.
Como afirma com correção a professora Nezah Cerveira, é a “Operação Condor IV” em curso.
Há uma guerra total em curso afirma o presidente do Equador Rafael Corrêa. A resistência não será nos gabinetes fechados, via de regra cúmplices diretos ou por omissão dessa selvageria. Será nas ruas, na organização popular.
Ou, todos aprendendo inglês e treinando para carregar malas dos colonizadores. O velho “bwana” dos tempos de Tarz

Laerte Braga


A SEMANA – II

AHMADINEJAD – “ATACAM E INVADEM OUTROS TERRITÓRIOS PARA ESCRAVIZAR OS POVOS”

“Os norte-americanos e sionistas têm bombas de todas as espécies e as usam contra as pessoas”. A afirmação é do presidente do Irã Mahamoud Ahmadinejad em entrevista que concedeu num hotel do Rio, um dia depois de discursar na RIO+20 defendendo uma nova ordem mundial “baseada na paz e no respeito entre os povos”.
Sem citar uma única vez o nome da presidente Dilma Roussef, mas classificando de “definitivo” o documento firmado entre os governos do Brasil, da Turquia e do seu país sobre a questão nuclear, Ahmadinejad lembrou Lula, à época desse acordo o presidente da República.
Lúcido e seguro em sua análise o presidente iraniano não teve dúvidas em falar da guerra midiática, uma das frentes do complexo terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A. “Mostram nosso povo como pobre e atrasado. Somos a décima sétima economia do mundo, breve seremos a décima quinta e temos posição de ponta nas questões que envolvem biotecnologia”.
Distorcem para criar uma realidade que não existe, mas agrade aos seus interesses.
“Querem as nossas riquezas naturais, explorar nossos povos”.
Mahamoud Ahmadinejad fez alusão ao regime anterior à revolução islâmica, que definiu como de submisso aos interesses dos EUA. “Tínhamos uma população de 35 milhões de iranianos e 90% vivia na pobreza”. Hoje somos bem mais e a realidade é diferente daquela”. Enfatizou que quatro milhões de iranianos são judeus e muitos “foram tentar a vida em Israel após a revolução, mas voltaram, pois não conseguiram viver naquele país”.
Um estado islâmico não significa necessariamente restrição de liberdade religiosa. A Noruega, por exemplo, não é um estado laico e isso está escrito em sua constituição.
O presidente do Irã reuniu-se com intelectuais brasileiros e representantes dos movimentos sociais destacando a história de luta pela democracia, da qual todos foram partes.
Denunciou mais uma vez que a ONU faz o jogo dos EUA, através do controle do Conselho de Segurança. Com isso, países que dispõem de arsenais nucleares não são punidos com sanções, caso de Israel, com mais de 300 artefatos, enquanto o Irã que usa energia atômica para fins pacíficos sofre sanções severas e constantes ameaças.
“Temos sete mil anos de história e não nos submetemos nunca. Querem nos escravizar, voltar à ordem antiga, do regime antigo e assim explorar nossas riquezas. Por isso nos satanizam. Transformar o povo em escravo”.
“Os que querem o monopólio da energia nuclear são os que têm bombas e já usaram em tempos passados, na Segunda Guerra, contra seres humanos. Energia nuclear para todos, bombas para ninguém. São os mesmos desse passado”.
“Seis milhões de barris de petróleo dia os Estados Unidos tiravam do Irã no regime antigo e nosso povo estava na miséria”, disse Ahmadinejad. “É o que querem fazer de novo”.
O presidente lembrou a guerra Iraque e Irã. “Armaram Saddam contra nós, inclusive com armas químicas e biológicas, numa guerra que custou milhares de vidas e depois destruíram o Iraque para ficar com o petróleo”. “Não têm respeito pelos seres humanos”.
Citou o fato dos EUA apoiarem ditaduras no Oriente Médio como forma de assegurar o controle da região, de ignorar o arsenal nuclear de Israel e permitir a opressão contra o povo e o território palestinos.
Sobre a questão síria o presidente declarou que “tem que ser resolvida entre os sírios, pelo povo sírio e não com intervenção de outros países”.
“Não existem pessoas, seres humanos para os norte-americanos e sionistas, só interesses. Querem dominar para explorar”
Ahmadinejad deixou claro que só uma nova ordem mundial poderá assegurar a todos os povos “paz e respeito” e isso passa por contrariar os negócios das grandes potenciais mundiais, de Israel e dos Estados Unidos.
Citou a fome na África, as guerras do Afeganistão e travadas mundo afora pelos “colonizadores”, inclusive na América Latina, onde lembrou a exploração das riquezas pelos países que colonizaram a região e agora, pelos interesses norte-americanos diante das dificuldades com vários governos contrários a essa exploração.
“É uma luta de todos os povos oprimidos a nova ordem”.
A entrevista do presidente Ahamadinejad, ao contrário das normalmente concedidas por chefes de governo e estados, não registrou nenhuma paranóia típica de agentes norte-americanos e israelenses. Foi descontraída, a segurança limitou-se aos procedimentos normais e nenhum deles constrangedores. Nem o hotel onde estava hospedado e nem as ruas nas imediações foram fechadas, nada de franco atiradores. E pela primeira vez jornalistas das mídias alternativa e virtual lado a lado com os da mídia de mercado, fato que, numa certa medida, inibe a costumeira mentira de GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc.
Foram poucos os comentários sobre a RIO + 20, levando em conta que seu discurso abrangeu bem mais que as questões que ali estavam sendo discutidas. Foi um documento de amplo teor político com diagnóstico da conjuntura atual e a posição de seu país, sob constante ameaça de ataques tanto por parte dos EUA, como de Israel.
Coincidência ou não, no dia seguinte, na sexta-feira, as avaliações de Ahmadinejad sobre a intervenção norte-americana em função de interesses políticos, econômicos e militares, se materializou no Paraguai, no golpe que derrubou o presidente Fernando Lugo. Um dos objetivos dos norte-americanos é construir ali uma base militar que permita monitorar o Brasil e a posse do quinto maior aqüífero do mundo, o Guarani. A água hoje, segundo o presidente da Coca Cola, “vale mais que petróleo”. Afirmação que dá, mais uma vez, razão ao pensamento de Ahmadinejad.
A afirmação do presidente da Coca Cola foi feita na RIO + 20, num fórum restrito de empresários, quando defendeu a privatização plena e absoluta da água. Ou seja, o controle pelas grandes corporações e em função dos interesses que representam.
Ao contrário do “monstro” que a mídia de mercado (GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS, ESTADO DE SÃO PAULO, ÉPOCA, etc) vende, o presidente do Irã se mostrou lúcido, sereno e correto em suas avaliações e análises.
Não é um fato que possamos ignorar levando em conta o que ocorre em todo o mundo hoje.
A percepção que a luta transcende ao chamado mundo institucional, controlado em sua maioria – no Brasil inclusive – por grupos ligados a interesses do imperialismo norte-americano, do capitalismo internacional.
A luta é nas ruas como aconteceu na Cúpula dos Povos, evento paralelo à RIO + 20.

domingo, 24 de junho de 2012

O Ódio no Brasil – Leandro Karnal - Barbet

O que na história e no cotidiano do Brasil nos leva ao ódio e à violência? É possível sempre “amar o povo” (entendido como uma “multidão”), mesmo sendo invasivo, grosseiro, violento em suas manifestações históricas? Índio, negro e europeu: a “alma brasileira” detesta a si mesma? Apenas a fome leva o homem ao gosto pelo mal?
Eleições 2012 – A Boiada de Piranha - Haroldo Oliveira
 
*Franklin Maciel
Havia um velho hábito entre os pantaneiros no transporte de boiadas pelo Pantanal Matogrossense de sacrificar um boi velho e doente sempre que fosse preciso atravessar um rio cheio de piranhas, assim, enquanto as piranhas se ocupavam do boi dado em sacrifício, a boiada passava incólume do outro lado, preservando assim a vida da maioria.
Já na política, as coisas sempre funcionam ao contrário do interesse da maioria.
Para salvar o pescoço dos bois velhos e doentes (vereadores em exercício de mandato) que dificilmente conseguiriam se reeleger caso contassem apenas com os votos recebidos pelos eleitores, sacrificam, sem a menor cerimônia, todo um grupo de novos candidatos (boiada) cujos votos, assim com o sangue e a carne do boi de piranha pantaneiro, irão garantir uma reeleição segura para elementos que, na prática, são reprovados pelos eleitores.

Mas como isso acontece?

O sistema de eleição proporcional brasileiro (eleições legislativas para vereadores e deputados) funciona dividindo o número de vagas em disputa pelo número de votos válidos, desta divisão sai um número de votos à serem atingidos (quociente eleitoral) que garantirão aos grupos em disputa (partidos e coligações) eleger representantes para ocupar essas vagas sempre que atingirem esse número.
Peguemos como exemplo a cidade de São José dos Campos que na última eleição para vereador (2008) teve 21 cadeiras de vereador em disputa e um total de 332.900 votos válidos.

Dividindo esses votos pelas 21 vagas de vereador, chegamos à um quociente eleitoral de 15.852 votos, ou seja, sempre que a somatória dos votos de todos os candidatos de um determinado partido ou coligação atingiram 15.852 votos ou múltiplos deste, este partido garantiu a eleição do primeiro colocado da lista de candidatos. Algo que no papel parece justo, mas na prática revela-se uma armadilha para o eleitor que vota num candidato novo contando com a renovação da câmara de vereadores e seu voto neste candidato novato, só serve de boi de piranha para garantir a reeleição do vereador que encabeça a lista de candidatos.
Para se ter uma idéia do quanto esse sistema é lesivo e enganador, o vereador mais votado nas eleições 2008, foi Fernando Petiti (PSDB) que obteve 7.600 votos, nem a metade dos votos necessários para garantir a sua reeleição (15.850), ou seja, os outros 8.250 votos que garantiram a reeleição de Petiti vieram de candidatos novos, a “boiada de piranha” , gente que entrou para a política com a proposta de renová-la, mas acabou tendo seus votos abocanhados pelos políticos tradicionais.
E isso não é privilégio da situação, pois os vereadores da oposição também pegaram essa “via segura” criada pela boiada de piranha (candidatos novos que deram a cara à tapa nas eleições por nada). O menos votado deles, Tonhão Dutra (PT) garantiu sua reeleição com apenas 3.243 votos, ou seja, mais de 78% dos votos que garantiram a reeleição de Tonhão foram votos de cidadãos que queriam eleger candidatos novos e que em nenhum momento imaginavam que seu voto fosse parar na conta de Tonhão.

E como fazer para burlar isso?

Três em cada quatro eleitores joseenses, nas últimas eleições votaram em candidatos novos, rejeitando de maneira clara o clientelismo praticado pela grande maioria dos vereadores em exercício, entretanto, matreiramente, este vereadores, assim como acontece neste exato momento de olho nas eleições do ano que vem, simulam divergências internas para saírem do partido (Vejam o caso do PR e a saída dos vereadores Tampão e Jairo Santos e Cristiano Ferreira do PSDB) onde estão e migram silenciosamente para partidos que ainda não possuem vereadores com o intuito de encabeçar as chapas e se aproveitar dos votos dos novos candidatos, pois uma chapa constituída só por bois velhos (vereador em mandato) não conseguiria reeleger nem 1/3 deles, fazendo com que muitos deles morressem na praia.
A ÚNICA SAÍDA para quem quer ter a certeza de que seu voto não vai cair em mãos erradas, é VOTANDO EM CANDIDATOS DE PARTIDOS QUE NÃO POSSUEM VEREADORES EXERCENDO MANDATO.
Votando em candidatos novos que estejam disputando em condição de igualdade com candidatos novos, você garante que estes atuais vereadores preocupados mais em dobrar os próprios salários e adular o prefeito, nunca mais pisem na câmara como vereadores e cumpram seu papel de bois velhos e doentes dando espaço para a caravana passar.
Franklin Maciel
Cientista Socia



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