Começa nos próximos dias de junho a
conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável com o pomposo título de
RIO + 20. O espetáculo cambeta das grandes nações e seus “sábios”, a tentar
exibir aos que habitam o mundo cá embaixo, o nada.
A História mostra grandes impérios.
Ruíram todos na arrogância, na prepotência, em suas contradições, na própria
roda da História, um processo inexorável que já tentaram sepultar e que revive
hoje com vigor impressionante.
A luta de classes.
Débord em seu magnífico e definitivo
A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO (Contraponto, 2ª. Impressão, 2000, RJ) afirma que “a
classe ideológico totalitária no poder é o poder do um mundo invertido: quanto
mais forte ela é, mais afirma que não existe, e sua força serve em primeiro
lugar para afirmar sua inexistência. É modesta apenas nesse ponto, pois sua
inexistência oficial também deve coincidir com o nec plus ultra do
desenvolvimento histórico que ao mesmo tempo seria devido ao seu infalível
comando”.
A crise que transforma a União
Européia em meras bases militares do terrorismo de Estado
norte-americano/sionista vai custar 100 bilhões de euros a trabalhadores
espanhóis e europeus no geral, para salvar um sistema financeiro podre, falido,
a síntese do capitalismo.
Os milhões de desempregados, a
perspectiva negativa para os milhões de jovens que chegam ao mercado de trabalho
do mundo capitalista são meros detalhes para “essa classe ideológico
totalitária”.
Há um mundo a parte, castelos, onde
os donos das milhares de ogivas nucleares garantem esse nada se refugiam e se
impõem na crença da infalibilidade da qual fala Débord.
A RIO + 20 e um exercício de
masturbação de países ricos. Não está prevista nenhuma declaração ou compromisso
formal, apenas isso, masturbação.
O que não quer dizer que forças
populares sitiadas em cada canto do mundo, ainda que díspares, não devam se
expressar e fazer ecoar os tambores da luta contra um modelo falido, predador e
terrorista.
Há um golpe de estado em curso na
Síria. Houve antes na Líbia devastada por mais de cinco mil ações de bombardeios
aéreos. Ou a devastação do Iraque, do Afeganistão, o terror do ATO PATRIÓTICO
espalhando mortes por todos os lados.
Centenas de milhares de palestinos
expulsos de suas terras, presos, assassinados na sanha insana do
nazi/sionismo.
Gregos, espanhóis, portugueses,
norte-americanos (milhões na linha da pobreza ou abaixo dela), africanos,
árabes, chineses, enfim, a classe trabalhadora submetida a um tacão que não
difere do que Hitler imaginava que fosse durar dois mil anos.
E uma preocupação inexistente com o
que também não existe, o tal desenvolvimento sustentável. O show, o espetáculo.
A turba mantida ao longe por escudos e zumbis chamados de Polícia Militar (a ONU
recomendou o fim dessa aberração). E montes de agentes especiais para garantir a
nobreza.
Os grandes nomes das potências
terroristas não virão. Hilary Clinton será a atração do terror.
O presidente do Irã, Ahmhoud
Ahmadinejad, em sua cruzada mundo afora para manter a dignidade de seu povo e da
revolução islâmica vem trazer sua voz de protesto, de indignação e de coragem,
sabedor da força devastadora e cruel dos que se sustentam nesse terror
capitalista.
Sabe que resistir é preciso.
Como fica o Brasil, país sede nessa
história toda?
O governo Dilma Roussef não difere
do de Luís Inácio Lula da Silva. Desde a invenção do “capitalismo a brasileira”
– conceito preciso de Ivan Pinheiro –, o Brasil vive a ilusão incentivada de ter
se transformado em potência mundial. Mas fica à porta do convescote dos grandes
e vê os países que formam o chamado BRIC sentirem os ventos da crise
internacional.
Não é uma crise que decorre apenas
de políticas econômicas ou do neoliberalismo em si. Transcende a isso. É um
ajuste deliberado que o capitalismo ao se perceber falido, tenta se reorganizar
espalhando terror pelo mundo.
Dilma foi obrigada a engolir agora
um preciosismo jurídico – que atende pelo nome de covardia – que transforma os
documentos militares de confidenciais em secretos e estende o prazo para
conhecimento dos mesmos por mais 15 anos.
O Brasil senta em cima de sua
história e omite o período cruel e perverso do golpe de 1964 e da ditadura
militar.
Lula ainda se imagina senhor de tudo
e todos e deita falação enquanto vê suas alianças se desfazerem por conta entre
outras coisas de sua incontinência verbal, típica de quem perdeu o senso dos
fatos e corre o risco de terminar boquirroto.
A RIO + 20 vai propiciar matérias à
mídia de mercado sobre o próximo fim do mundo, as mudanças climáticas, a
necessidade de controle da poluição atmosférica, vão falar sobre a caça às
baleias pelos insanos governantes japoneses, o trabalho escravo na China
capitalista – o comunismo é eufemismo, rima –, a fome na África, expor as
vísceras espetaculares do drama dos trabalhadores e ao final marcar nova
conferência para absolutamente nada.
A destruição é intrínseca ao
capitalismo. Como a corrupção. São inseparáveis e com certeza ao final de tudo
vão dizer que o Brasil está apto a receber a copa do mundo de 2014 e as
olimpíadas de 2016.
E lógico, a foto oficial. Não sei se
o rei da Espanha vem, se vier que traga seu rifle de caçadas. É evidente que
Elizabeth II não vem, está às voltas com destempero do príncipe Philip que, na
patetice da nobreza pode sair pelas ruas de Londres nu e gritando “heil
Hitler”.
Da RIO + 20 vai sobrar a
possibilidade de percepção de todo esse nada transformado em espetáculo e a
conseqüente necessidade de organização das forças populares num consenso que é
inevitável sob pena de ficar a reboque de maneira permanente e assistir a esse
massacre capitalista.
A importância da luta popular. É nas
ruas, é de sobrevivência, não é por mandatos eletivos. É por enfrentar e jogar
por terra todo esse processo de destruição e escravidão transformado em show a
cada domingo, ou em cada edição de VEJA, GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADÃO,
ESTADO DE MINAS, RBS, etc, até porque não existe nada de FANTÁSTICO nisso.
Tanto é um desafio para partidos com
história de lutas, como para o movimento popular.
Tirar da inércia os que acreditam
que vivemos uma era de progresso e que estamos predestinados a ungir o mundo com
o equilibrismo de Dilma em cima dos passos e contrapassos de Lula na tentativa
frustrada de apagar os anos de FHC. Está ai, impávido não o gigante que continua
adormecido, mas o neoliberalismo imposto pelos tucanos.
A RIO + 20 vai valer pelo que se
puder aprender de luta popular e pela consciência que essa luta é nas ruas e não
em eleições de cartas marcadas
Gigantes são os trabalhadores e a
bola da vez do terror de ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A é a Síria.
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