quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Troco americano - Barbet

Ontem, China e Brasil andaram dizendo pelos corredores da Conferência do Clima em Copenhague que esperavam receber ajuda financeira dos países desenvolvidos para investir em ações de mitigaçnao e adaptação ao aquecimento global. Hoje, os americanos deram o troco. Todd Stern, negociador chefe dos Estados Unidos em Copenhague, desembarcou na cidade falando grosso. Disse que rejeita a ideia de que os americanos devem pagar uma espécie de reparação por estarem contribuindo há 200 anos com suas emissões para as mudanças climáticas. E mandou recado afirmando que os países de crescimento econômico rápido, leia-se Índia, China e Brasil, vão ter que se virar para cortar suas emissões se o mundo estiver mesmo interessado em produzir um acordo em Copenhague. “Nem todos os países em desenvolvimento terão que fazer contribuições substancias. mas para os grandes, não há dúvida que elas são necessárias”, avisou. Até que a admoestação de Stern não é descabida. Brasil e China têm muito a fazer para cortar suas emissões. Mas sua moral anda baixa para distribuir conselhos. Afinal, os Estados Unidos estão levando uma proposta pífia de redução para Cpenhague. E até agora, se recusaram a dizer com quanto contribuiriam para um fundo internacional para ajudar os países mais pobres a se adaptarem aos efeitos do aquecimento global.

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