quinta-feira, 11 de junho de 2009

GLOBALIZAÇÃO - Bismarck Xerez


conferência "Igrejas contra o racismo", que acontecerá de 14 a 17 de junho em Doorn, perto de Utrecht, nos Países Baixos, celebrará o 40º aniversário da conferência de Notting Hill, na qual se estabeleceram os fundamentos do Programa de Luta contra o Racismo (PLR) do Conselho Mundial das Igrejas (CMI).
O PLR contribuiu nas lutas para colocar fim aoapartheid na África do Sul e inspirou e apoiou povos indígenas de diferentes partes do mundo, grupos oprimidos na Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e do Sul, e comunidades dalits na Índia, informa o site do CMI.

"Nos Países Baixos, onde muitas pessoas têm vínculos familiares com a África do Sul, a maioria (se é maioria não é totalidade) das igrejas apoia firmemente os esforços do PLR contra o apartheid, já que comprova que o apelo em favor da justiça correspondia ao apelo do Evangelho", afirma o reverendo Klaas van der Kamp, secretário-geral do Conselho de Igrejas dos Países Baixos.
Depois de 40 anos, o Conselho de Igrejas dos Países Baixos decidiu hospedar outra conferência contra o racismo, porque, como diz Van der Kamp, "comprovamos que a luta pela inclusão ainda continua".
Inclusive em um país liberal e tolerante como os Países Baixos, "registraram-se em 2007 mais de 4.200 queixas oficiais de pessoas que sofrem racismo e exclusão. Em outros países com antecedentes menos democráticos, esta injustiça chega a ser aceita inclusive como normal".
Os participantes da conferência - cerca de 50 líderes eclesiais, ativistas e teólogos de diferentes partes do mundo - expressarão a unidade em seu compromisso por construir igrejas e comunidades inclusivas, resistir à discriminação étnica dentro de suas sociedades e dar poder aos excluídos.
"A conferência deve encontrar estratégias que sejam mais potentes que as armas militares, a fim de mudar a situação das minorias em diferentes países - assegura van der Kamp. Pensemos nos dalits da Índia, nas pessoas de origem africana na América Latina, nos aborígines na Austrália e nos ciganos da Europa."
Será inaugurada a conferência com um serviço de ação de graças pelo testemunho oferecido pelo PLR, no domingo, 14 de junho, na Maartenskerk (Igreja de São Martinho) de Doorn. Quem pregará o sermão é o secretário-geral do CMI, reverendo Samuel Kobia.
No encerramento da conferência, em 17 de junho, será lida uma mensagem de compromisso durante o serviço de culto.
A Rainha Beatriz, dos Países Baixos, assistirá ao serviço de encerramento e falará depois em uma recepção.
A análise, a reflexão teológica e a construção de redes para a ação comum serão os instrumentos mediante os quais a conferência procurará promover a inclusão como resposta teológica e ética ao racismo.
Para saber mais: http://www.oikoumene.org/es/cmi.html

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