quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AS COBRAS DO MEU BRASIL E DE OUTRAS PLAGAS - Laerte Braga


“Não vi, não conheço e nem sei quem é”. Foi mais ou menos desse jeito que o governador de São Paulo referiu-se à governadora tucana do Rio Grande do Sul atolada até alma em corrupção plena e absoluta. Serra teme que o fato, há um pedido de impedimento aceito pela Assembléia Legislativa, prejudique sua candidatura e pior, que a mania de investigar corrupção tucana chegue a São Paulo e aí afunde de vez seu sonho de ser o próximo presidente da República.
Em público, temeroso que Yeda Crusius abra o bico e ponha os podres para fora, desde os tempos do governo FHC, diz que não é nada disso, que a governadora é honesta e vai livrar-se do processo, sendo importante aliada na campanha presidencial. Por trás mandou a bancada tucana na Assembléia gaúcha apressar o processo para evitar que, longo, respingue em sua candidatura.

Aécio Neves que não é bobo, nem dorme de touca, mandou dizer a Yeda que está às suas ordens e pode contar com sua ajuda se essa se fizer necessária.
O maior medo, no entanto, é de FHC. O ex-presidente fez um acordo com a governadora e o marido de Yeda, ainda no governo Itamar Franco. Yeda virou ministra, era um dos xodós de Itamar, tipo agente duplo, gerou um grande problema com outra ministra Léa Franco (mulher do senador Albano Franco) e por pouco Itamar não vira prefeito de Aracaju passando por Niterói (não me perguntem por que), com escala em Porto Alegre.
Uma diretoria dum trem qualquer aquietou o marido da governadora. Aquietou e enriqueceu.
Daí para frente o casal resolveu fazer vôo solo e terminou no Palácio Piratini. Desafinou. O consorte já esteve em São Paulo buscando “proteção”. Não disse, mas insinuou que certas histórias poderiam cair em mãos indesejadas e a essa altura do campeonato não está muito preocupado com honra pessoal não, mas com o patrimônio amealhado em anos de trapaças, etc, etc.
Mas não é que um cara foi ao banheiro assentou-se sobre o vaso foi picado por uma cobra em local indesejado. Na China, onde mais? Como o veneno não é da espécie tucana não corre risco de vida, deve ser liberado do hospital em breve, tão logo esteja afastado o risco de infecção.
Ester Orrino, de 87 anos, foi picada por uma cobra da espécie Sílvio Berlusconi. Matou-a com as próprias mãos. Italiana, mora nos EUA e achou que esse tipo de réptil estivesse sendo exportado para a América do Norte, tal e qual para o Brasil. Aqui experiências genéticas com a espécie Gilmar Mendes, resultam em cobras com patas, já conhecidas também na China. O objetivo é chegar a um tipo de cobra outrora identificada como UDN, só que agora com bico de tucano.
Já na Inglaterra um supermercado decidiu patrocinar uma experiência destinada a verificar o volume de gases despejados por vacas na atmosfera e o que isso pode significar em termos de poluição ambiental. As vacas foram adornadas com colares especiais que de duas em duas horas aferem a quantidade de gases emitidos e seus efeitos.
Brincadeira? Olha aí, ninguém, pelo menos eu, vai entender nada, mas a cobra está lá. Em chinês e tudo.
Essa moça da foto é Alzbeta. Com o fim do comunismo deixou seu país, a Eslováquia. Foi parar na Inglaterra e acolhida por Denys Morley. O súdito de sua majestade a rainha Elizabeth II comprou-lhe roupas, um casaco de vison e casou-se com Alzbeta.
Segundo ela o advento do capitalismo gerou fome e miséria na Eslováquia e sair do país é um sonho de todos os jovens. E diziam que era o contrário. Mas vai daí que Alzbeta, que nunca ouviu falar em tucanos, mas conhece bem o esquema, recebeu proposta de 500 mil libras, perto de um milhão e meio de reais para largar Denys e ir viver com um banqueiro, Yann Samuellides, da Goldman Sachs (aquela que calcula o risco Brasil e outros riscos e faz a festa de Miriam Leitão).
Alzbeta Holmokova aceitou. Pediu o divórcio e já está na casa nova.
Segundo disse a jornalistas o novo marido, entre outros itens do acordo, vai incrementar a carreira de modelo, sonho dourado da moça. Sobre eventuais prejuízos causados a Denys, como o casaco de vison, disse que não tem o que explicar “não o obriguei a nada, deu porque quis”.
Alzbeta espera que a carreira decole em curto espaço de tempo e o contrato com o novo marido tem tempo certo. Terminado, vai ser necessária uma nova negociação e novas garantias, do contrário estuda outras ofertas.
Sobre voltar para Denys neca de pitibiriba. Denys não tem condições de abrir o mercado para que a moça se transforme em modelo e brilhe nas passarelas. Pode até estudar um eventual interesse de Sílvio Berlusconi, mas não aceita ser deputada no parlamento europeu pelo partido do primeiro-ministro italiano. Quer mesmo é ser modelo.
Na impossibilidade de perguntar a Alzbeta sobre se interessava em namorar o governador de Minas, ou ser governadora do Rio Grande do Sul, fica a sugestão para que a moça, agora numa grande casa do mercado financeiro, seja convidada a vir ao Brasil assistir ao carnaval, direito a camarote, com chance de conhecer Eike Batista que, num primor de justificativa para terras griladas, disse que seus filhos também têm direitos, pois “são filhos de índios”. Estava justificando os arrozeiros de Roraima.
O que não ficou claro é se a moça faz parte da Goldman Sachs, ou só do patrimônio pessoal de Yann ou se a compra foi feita após o cálculo dos riscos e no mercado futuro.
Com a palavra Miriam Leitão. Falsa astróloga da economia e cobra da espécie catástrofe iminente, resultado de cruzamentos GLOBO/TUCANOS, com laivos DEMocratas.
Ah! Obama fala palavrão, ou quase, se é que isso ainda é considerado como tal. O líder da organização Casa Branca chamou o deputado que o “ofendeu” com o epíteto de socialista, de “babaca”.
Cobra “Colômbia”, da espécie Uribe/cocaínas (assim mesmo).
Eu se fosse Lula, depois daquele negócio de “Lula é o cara” ia me benzer.
Sabe lá se levanta a tampa do vaso e lá está Alzbeta! Um milhão e meio de reais!
Putz! Artur Virgílio e Tasso Jereissati, da espécie “sou, mas quem não é” iam querer uma CPI e a serpente Kátia Abreu ia dar um bote do tamanho do seu latifúndio. Benze Lula, benze. Se fosse só isso, mas tem lá o Reinold Stephanes. Benze!




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