sábado, 28 de julho de 2012

Después de la olimpiadas Wikileaks tendrá su sede aquí en Quito, duela a quien le duela...Barbet

Laerte Braga - On Time

A declaração de Dilma Roussef, ao término da solenidades de abertura dos Jogos Olímpicos em Londres, que "faremos melhor", do ponto de vista diplomático foi gafe, do ponto de vista geral foi soberta pura e simples. Podia fazer melhor pela educação, negociando com os professores universitário e federais de um modo geral, melhores condições de trabalho, além de recuperação plena das universidades públicas no País, como fomentadoras de desenvolvimento. O que existe é produto da dedicação de professores, de cientistas. A abertura dos Jogos Olímpicos, por outro lado, foi típica de ingleses. Fria, sem sabor, tentando resgatar (não conseguiu passar essa imagem) o antigo poder da principal colônia européia dos EUA nos dias de hoje. O lance da rainha - sósia, simulação - pulando de paraquedas dá bem a impressão do que é o que chamam de Reino Unido hoje. Sua majestade foi protegida por James Bond e cá embaixo, na real, a cara da rainha era de puro "abestalhamento". Só espero que o simbolo das Olimpíadas no Brasil não seja o Zé Carioca, personagem criado por Walt Disney para seduzir o Brasil à época da Segunda Guerra e nem um tucano. Mas algo como o Saci, que com sua carapuça vermelha vai a qualquer lugar. E mesmo faltando quatro anos nada de colocar o Sacy com a cara de Lula, que aí todo o mundo vai pensar em Maluf. Esculhamba antes de começar. Ou a boneca Emília, a fantástica criação de Monteiro Lobato.




Dispa-me!
Barbet
26 julho 2012
Em determinado momento,
Não sei ao certo qual será,
Encontrar-me-ei frágil e distraída,
Neste instante pode vir.

Chega lento e seja rápido,
Leva OS sabores que me adoçam o dia,
Pega OS sonhos que fantasio,
OS sons que me encantam a vida.

Apaga das minhas lembranças,
Todas as pessoas fingidas,
As que me fizeram sofrer,
E sobretudo as mais queridas.

Tira do meu ser a liberdade,
A vontade DA igualdade e a
Possibilidade DA fraternidade,
Joga tudo no lixo.

Afasta da minha mente
Qualquer chance de te repelir,
Torna-me dócil e resignada,
Estagnada qual água parada.

Tira-me a força de vontade,
A bondade e a compaixão,
Leva tudo para longe de mim,
Onde não possa alcançar mais não.

Leva contigo meus livros,
Aquele Monte de papéis de Carta
E as frases rimadas, cantadas,
Surgidas do meu quase nada.

Recolhe e apaga o Sol,
A lua e as estrelas do céu,
A cadência ritmada do mar
E o Som do vento a sibilar.

Suga-me todo o sangue,
Aspira o ar que respiro,
Desliga o meu coração,
E mormente a "inspiração".

Leva tudo, deixa nada,
Se esqueci algo lembra por mim,
Talvez assim eu tenha Paz e
A alegria dos distantes e frios,

"Homens normais"


***

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quilombolas em risco - parem a remoção agora!

Participe!
Exmo Sr. Juiz de Direito da 10ª Vara Federal da Bahia Evandro Reimão dos Reis:
Como cidadãos brasileiros conscientes do direito constitucional das comunidades quilombolas, pedimos que o V. Exa. suspenda a remoção da Comunidade Quilombola do Rio dos Macacos até a conclusão do processo de reconhecimento de seu direto à terra por parte do Poder Executivo.
Você já é um apoiador da Avaaz? só precisa preencher seu email e clicar "Enviar"

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Primeira vez aqui? Por favor preencha o formulário.

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Avaaz.org vai proteger sua privacidade e lhe manter atualizado sobre essa e outras campanhas semelhantes.

Em poucos dias, 200 anos de cultura tradicional podem ser extintos. A comunidade quilombola de Rio dos Macacos na Bahia pode ser expulsa de suas terras para a construção de uma base da Marinha. Mas a solução para o problema está a nosso alcance!
A Marinha do Brasil quer expandir a Base Naval de Aratu a todo custo, mesmo que tenha que devastar uma tradição centenária e expulsar os quilombolas da região. Os pareceres técnicos do governo já afirmaram que os quilombolas têm direito àquela terra, mas eles só têm validade se publicados -- e a lentidão da burocracia pode fazer com que o juiz do caso determine a remoção da comunidade antes que seu direito seja reconhecido. Eles estão com a faca no pescoço e nós podemos ajudar a vencer essa batalha se nos unirmos a essa causa!
Não temos tempo a perder! O juiz decidirá na segunda-feira se retira os quilombolas ou espera a publicação do parecer do governo. A defensoria pública nos disse que somente uma grande mobilização popular pode impedir que a pressão da Marinha prevaleça. Junte-se a essa luta agora, e a Avaaz e o defensor público que defende os quilombolas entregarão a petição diretamente para o juiz quando alcançarmos 50.000 assinaturas.

Este é um dos mais bonitos e emocionantes filmes dos últimos tempos. Uma produção iraniana que recebeu muitos prêmios mundo afora. A Cor do Paraíso narra a comovente história de Mohammad, um menino cego que mora numa escola para deficientes visuais e que, nas férias, volta para seu vilarejo nas montanhas, onde convive com as irmãs e sua adorada avó. O pai, que é viúvo, se prepara para casar novamente. Mohammad é um garoto muito vivo, que tem uma enorme sensibilidade. Seu jeito simples de "ver o mundo" é uma lição de vida - Vanderley Caixe

Au fond de chaque âme il ya un trésor caché que seul l’amour à découvrir - Barbet

Tua solidão é a minha - Sabias? - Barbet

Tua Solidão é a minha
Barbet
25 julho 2012

Mais presente do que imaginamos
Esta senhora apresenta-se

Suave como a seda que te envolve,
Ondulando ao vento translúcida e fina,
Levando aos poucos a vontade, OS sonhos,
Indiferente OS que contigo convivem,
Dói-te no peito uma pontada surda,
Alguma coisa precisa ser dita,
Obstante a indiferença nua.

Toca uma Linda música ao fundo,
Embalando teus momentos mais queridos,
Lamentos, desejos, esperanças e pedidos,
Estes só por it e Ele conhecidos;
Fosse esta misteriosa senhora menos egoísta,
Ou pelo menos mais visível, acessivel,
Não haveria tanta gente triste
E o teu telefone tocaria.

Corre não espera acontecer e luta,
O conforto logo chegará em outra forma,
Ri DA solidão que ela pretenciosa vai
A procura de outro desavisado cora-
Ção lugar de Paz, amor e emoção;
Agora buscas o alento prometido,
O mais confiável e querido:

A amizade verdadeira,
Tua amiga derradeira,
De todas as horas companheira.


***

terça-feira, 24 de julho de 2012

Laerte Braga - On Time

O poder de uma foto - Barbet

A famosa foto do abutre observando o menino - do fotógrafo sul africano Kevin Carter - só foi publicada seis meses depois de ser tirada. Acabou ganhando o Pêmio Pulitzer. Mas a verdade é que nem sempre era assim. Existiam grandes fotos e elas ficavam "na gaveta", sem nunca serem vistas. Uma pena, nem precisamos escrever quando a foto fala por si e ela fala tão junto ao coração do homem que não precisa sequer uma palavra.

HypeScience - Barbet

11 aves que você não gostaria de encontrar

ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS
Por em 23.07.2012 as 19:00
Quando se fala em animais perigosos, as pessoas normalmente pensam em leões, tubarões, tigres ou outras criaturas de ar ameaçador.
Aves dificilmente entram em listas como essa, mas certamente existem algumas que merecem.
Conheça 11 aves que você deve evitar:

10 – Gaivota

Qual a pior coisa que uma gaivota pode fazer? Roubar seu almoço em um restaurante a beira-mar? Usar seu barco como banheiro? Não. Se você chegar perto de um ninho, será atacado sem piedade e com certeza vai achar que um pouco de sujeira no barco é o menor dos seus problemas.
9 – Velociraptor

Sim, sabemos que tal criatura já não caminha mais entre nós, mas isso não tira seu lugar nessa lista. Afinal, você certamente não gostaria de encontrar essa ave (sim, uma ave, não um lagarto gigante, como os criadores de Jurassic Park queriam que você pensasse) que caçava em bandos, era rápida e tinha um conjunto de garras extremamente afiadas. Se não estivesse extinto, o velociraptor estaria no topo da lista.
8 – Falcão

O nome, na verdade, não diz respeito a um único animal, mas a diversas espécies da família Falconidæ. De qualquer forma, praticamente todos são verdadeiras máquinas de caça: rápidos, de visão apurada e garras afiadas. Existem profissionais especializados em treinar falcões para caçar (ou espantar aves de aeroportos, para evitar acidentes).
7 – Ifrita kowaldi

Este simpático pássaro de “chapéu azul”, embora não seja agressivo, tem veneno nas penas (graças à sua dieta de besouros que produzem toxinas). Se algum dia encontrá-lo, controle a vontade de o levar para casa como bicho de estimação.
6 – Colluricincla megarhyncha

Da mesma forma que o anterior, esta criatura guarda toxinas em suas penas e é mais uma prova de que as aparências podem enganar (quem suspeitaria?).
5 – Pitohui

Cansou dos passarinhos tóxicos? Esperamos que não, porque as espécies do gênero Pitohui também entram nessa categoria, o que faz os habitantes de Nova Guiné (onde são normalmente encontradas) pensarem duas vezes antes de assá-las para o almoço.
4 – Águia

Praticamente tudo nesta ave impõe respeito: o tamanho (até 2 metros de envergadura), os olhos (capazes de detectar pequenos animais a dezenas de metros), as garras (precisa de explicações?)… Não é por acaso que as águias aparecem em brasões de exércitos.
3 – Abutre

Só o fato de eles se alimentarem de carne podre (e ficarem de olho em animais que estão à beira da morte) faz dos abutres uma péssima companhia. Eles têm um ácido estomacal tão forte que é capaz de eliminar vírus e bactérias que matariam qualquer outro animal.
2 – Avestruz

“Ei, esse não é aquele bicho que esconde a cabeça num buraco?”, pergunta um leitor. Na verdade, o avestruz apenas encosta a cabeça no chão, para detectar se algum outro animal se aproxima – além de ficar menos exposto. Com pernas extremamente fortes, eles conseguem correr a 65 km/h e dar coices capazes de mandar um predador pelos ares.
1 – Casuar

Esse bicho é uma boa razão para você nunca viajar à Oceania: suas garras pontiagudas, seu bico afiado e seu mau-humor constante fazem dele a ave mais perigosa do mundo. A fúria é tão grande que ele pode atacar vidros e espelhos, achando que seu reflexo é outro animal. Durante a Segunda Guerra Mundial, soldados americanos e australianos que estavam em Nova Guiné foram avisados para ficar longe do bicho.
Extra: Quero-quero

Como estamos no Brasil, é mais provável que nos deparemos com essa criaturinha do que com qualquer outra ave dessa lista. E, embora não gostem de brigar (eles geralmente fogem quando alguém se aproxima), os quero-queros podem causar um belo estrago em qualquer um que se chegue perto de seus ninhos. O fervor com que defendem seus filhotes pode ser comprovado por qualquer um que ameaçou chegar perto deles e saiu correndo cobrindo a cabeça, com medo de suas bicadas.[ListVerse]

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Eleições 2012
26 de Junho de 2012 - 21:46
Laerte Braga sai candidato pelo PCB
Um projeto de conscientização, sem grandes ambições eleitorais. Com este pensamento, o braço juiz-forano do PCB lançou uma chapa pura para as eleições majoritárias deste ano. O jornalista Laerte Braga, 68 anos, será o candidato a prefeito do Partidão no pleito que acontece no próximo dia 7 de outubro. O professor Rubens Ragone foi o indicado como vice-prefeito na composição comunista. A legenda também figurará na corrida por uma das 19 cadeiras da Câmara, com a confirmação da candidatura do servidor público Luiz Carlos Torres (Kaizim). Os nomes foram anunciados durante convenção realizada nesta terça-feira (26)à noite, na sede do Sindicato dos Professores (Sinpro), no Centro.
"O PCB não é um partido eleitoreiro. É revolucionário. Temos conhecimento de todos os obstáculos que são enfrentados na cidade, no país e no mundo. Por isso, neste momento, o partido se volta para o processo eleitoral que é visto como uma oportunidade de informar e conscientizar a população da cidade, que é a realidade imediata de todo cidadão, de que o socialismo é a única alternativa para acabar com a barbárie instaurada pelo sistema capitalista", afirma o candidato a prefeito.
Quinto nome confirmado na disputa pela Prefeitura, Laerte deve ser a última novidade do processo eleitoral que já tem a presença confirmada do prefeito Custódio Mattos (PSDB, candidato à reeleição), do deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB) e das professoras Margarida Salomão (PT) e Victória Mello (PSTU). Em seu histórico político, o candidato a prefeito pelo PCB destacou a disputa por uma vaga no Legislativo da cidade na década de 60, quando acabou terminando como suplente, e a militância constante em movimentos populares.

Por toi mon amour - Barbet

domingo, 22 de julho de 2012

Alienação social faz dos EUA terreno fértil para chacinas - Vanderley Caixe

O que mais chamou minha atenção no atirador que matou nesta segunda-feira pelo menos 12 pessoas num cinema do Colorado onde “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” estava sendo exibido foram a máscara de gás, o colete à prova de balas, o capacete e as três armas que ele usou –incluindo um fuzil.
MICHAEL KEPP
Uma testemunha disse que ele “parecia preparado para ir à guerra”.
Alguns podem dizer que o fato de o atirador parecer um soldado é um reflexo de todas as guerras que minha pátria vem travando, do Vietnã ao Iraque e ao Afeganistão, e de quão fortemente armados estão os seus cidadãos.
Mas há fatores menos óbvios que também fazem dos Estados Unidos um terreno fértil para chacinas.
Acho que a alienação social e a pobreza espiritual necessárias para cometer assassinatos em massa são um produto da cultura americana, mais que de qualquer outra.
É uma sociedade altamente competitiva e individualista, com pouco sentimento de comunidade. Cerca de 25% dos americanos vivem sós.
Não surpreende que as chacinas, incluindo a de ontem no Colorado, sejam quase sempre cometidas por homens brancos de classe média, o segmento da população mais pressionado a ter sucesso e que tem o menor senso de comunidade.
Acho que o Brasil é um terreno menos fértil para franco-atiradores devido ao senso maior de comunidade que existe aqui.
Os únicos crimes dessa natureza dos quais me recordo aqui foram o assassinato de três pessoas e ferimentos em quatro às mãos de um estudante de medicina em um cinema de São Paulo, em 1999, e a morte de 12 crianças e ferimentos em outras 11 numa escola no Rio em 2011, por um ex-aluno de 24 anos.
O atirador de São Paulo era um fanático da internet, solitário, perturbado e de alta classe média, o perfil do atirador americano típico.
O atirador do Rio tinha mais semelhanças com os dois estudantes que mataram 12 de seus colegas e um professor no colégio Columbine, de classe média, em 1999, também no Colorado.
O que esses massacres todos têm em comum: aconteceram em lugares onde as pessoas estavam reunidas. Normalmente nos sentimos mais vulneráveis quando estamos sozinhos.
Mas, em lugares como cinemas, estamos mais vulneráveis juntos. É isso o que é tão assustador nesses crimes todos. É por isso que os americanos podem pensar duas vezes na próxima vez em que quiserem assistir, não apenas a um filme de Batman, mas a qualquer filme.
MICHAEL KEPP, jornalista americano radicado há 29 anos no Brasil, é autor do livro “Tropeços nos Trópicos – crônicas de um gringo brasileiro”.

sábado, 21 de julho de 2012

França contra a SIDA - Barbet

Revelada gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC e morte de um Brasileiro  - Antônio Amâncio


Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.
Desarmamento unilateral
A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente
O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.
 
NOTA

Abaixo segue uma nota comentada pelo amigo Vladimir G. que também é muito interessante tratando se de possíveis sabotagens EUAxBrasil:
Em setembro de 2006, esse acidente se tornou a maior tragédia da história da aviação no Brasil, com 154 mortos. Aparentemente, uma colisão entre a ponta da asa de um jatinho Embraer com a fuselagem do 737 da Gol causou a queda do avião maior. Além de todas as notícias especulando as causas do acidente, a procura por corpos e destroços na floresta, os erros dos pilotos, as falhas dos radares... circulou na época um e-mail muito curioso, pra dizer o mínimo...
O autor do texto falava sobre uma equipe de cientistas brasileiros a bordo do avião. Segundo o texto, esses cientistas realizavam pesquisas sobre o uso de microorganismos em baterias elétricas, uma tecnologia revolucionária que permitiria a produção de baterias mais eficientes que as modernas baterias de lítio usadas em notebooks e celulares. Essa bateria de vírus seria mais potente, produzindo mais energia, em uma bateria menor e mais leve que as de lítio. Existem outras pesquisas sobre esse tipo de bateria, especialmente nos Estados Unidos, onde há um grande projeto sobre essas baterias. Porém, segundo o texto, o projeto brasileiro era ainda mais avançado e superava o americano. Infelizmente, a equipe de cientistas que trabalhava nesse projeto morreu no acidente.

Laerte Braga: “O CAVALEIRO DAS TREVAS”

James Holmes, um jovem, invadiu quatro salas de projeções num cinema numa cidade do estado do Colorado e munido de uma espingarda, um fuzil e uma pistola “Glock”, disparou a esmo matando pelo menos 12 pessoas e ferindo perto de 60, algumas das quais em estado grave.

O presidente Barack Obama, pela enésima vez diante de tragédias assim reuniu a mídia e disse que lamentava pelos mortos e feridos, apresentou seus pêsames à família, pediu a proteção divina e disse que “nós nunca vamos entender isso”.
Milt Romney, candidato republicano às eleições de novembro, tanto quanto Obama, disse mais ou menos a mesma coisa e ambos fizeram caras de compungidos diante da dor de familiares das vítimas. Os candidatos suspenderam os anúncios de suas campanhas no estado.
As quatro salas exibiam o filme BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS.
O fato aconteceu em Aurora e o chefe de Polícia da cidade disse que na casa do atirador foram encontradas armadilhas, dispositivos químicos e inflamáveis. O acusado vestia uma armadura de aço, dos pés à cabeça e proteção contra bombas de gás lacrimogêneo. No início desta semana um pai foi visitar o filho, irritou-se com o fato dele estar cantando músicas countries num karaokê, foi até o seu carro, muniu-se de uma pistola e atirou no filho. William Henry Oller Sr, de 70 anos é o nome do pai, o fato aconteceu em Shasta na Califórnia.
É claro que Obama entende os motivos que geram tragédias como essa aos borbotões nos EUA. Milt Romney, por outro lado, nem está aí para esse tipo de acontecimento. Quer saber se tem alguém ao alcance para demitir e que possa gerar mais recursos em suas contas bancárias nas Ilhas Cayman.Jung em seu “CHEGANDO AO INCONSCIENTE” (O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS, Ed. Nova Fronteira, 2002) ao falar dos sonhos diz o seguinte – “quanto mais a consciência for influenciada por preconceitos, erros, fantasias e anseios infantis, mais se dilata a fenda já existente, até chegar-se a uma dissociação neurótica e a uma vida mais ou menos artificial, em tudo distanciada dos instintos normais, da natureza e da verdade”.O conceito de nação pressupõe povo, língua comum, tradições e território, embora hoje sejam reconhecidas como nações povos que tem língua, costumes e tradições comuns, caso dos ciganos, dos próprios judeus antes de Israel e agora dos palestinos, depois de Israel. O território não se torna fator imprescindível.
Em boa parte dos casos se torna anseio.
Num dos mais importantes livros sobre a sociedade contemporânea o francês Guy Débord, afirma o seguinte – “a classe ideológica totalitária no poder, é o poder de um mundo invertido: quanto mais forte ela é, mais afirma que não existe, e sua força serve-lhe em primeiro lugar para afirmar sua existência. É modesta apenas nesse ponto, pois sua inexistência oficial também deve coincidir com o nex plus ultra do desenvolvimento histórico, que ao mesmo tempo seria devido a seu infalível comando. Espalhada por toda parte, a burocracia deve ser a parte invisível à consciência de modo que toda a vida social se torna demente. A organização social da mentira absoluta decorre dessa contradição fundamental” (DÉDORD, Guy, a SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Ed. Contraponto, 1997, 2ª impressão). possível comprar uma Glock em qualquer casa de armas em qualquer cidade dos Estados Unidos. Basta uma entidade e uma certidão negativa de crimes e pronto. Sem falar no comércio clandestino. Cada militar que participa de missões de guerra tem o direito de levar sua arma pessoal quando passa à reserva, ou dá baixa. fabricada por uma empresa austríaca, tem três travas de segurança, é leve em relação a outras e privativa de forças militares e policiais. A maior parte das polícias do mundo usa a Glock. uando num dos filmes do Superman o ator abre mão de seus poderes e liga-se a Lois Lane, a ameaça de uma catástrofe o traz de volta à sua mansão num dos pólos da Terra onde ludibria seus algozes. Salva a humanidade, é obrigado a fazer com Lois Lane esqueça o que aconteceu e se veja novamente de posse de sua eterna virgindade. s roteiristas do filme sabiam que o público reagiria a um Superman vivendo nos subúrbios de New York ou qualquer cidade dos EUA, aparando grama, ajudando Lois em suas matérias jornalísticas, enquanto o mundo capitalista estivesse enfrentando riscos permanentes. criador do super herói, na última edição da revista, renegou toda a ação do Superman e se declarou indignado com seu país.  No Brasil o máximo que conseguimos foi Jerônimo o Herói do Sertão e hoje o Saci foi substituído pela cabeça de abóbora do Haloween. Numa concessão de Walt Disney, tudo para levar o País a entrar na 2ª Grande Guerra, foi criado o personagem Zé Carioca, um papagaio esperto e safo, que se bem todas, mas não vai a lugar nenhum. ssa cultura da barbárie é exportada por essa corporação invisível, mas material e presente em cada canto do mundo. Quem disse que os EUA são ainda uma nação? esde os tempos de Ronald Reagan todo um delicado processo de transformação vem sendo construído e George Bush - o filho – exatamente por ser um “moita”, deu foros definitivos à corporação. Os controladores são grupos sionistas e essa sociedade “demente” é produto disso”.
ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A.
As mesmas empresas que receberam contratos de terceirização do governo dos EUA para recrutar, treinar e armar mercenários na guerra contra a Líbia, apoiados por bombardeios criminosos da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – atuam na Síria, recebem contratos de reconstrução dos países destruídos e começam a ocupar o Paraguai. São donas da Colômbia.  No filme, normal, típico filme de ação, CONSPIRAÇÃO, o ator Val Kilmer interpreta um ex-fuzileiro que vai a busca de um amigo mexicano numa cidade distante e lá percebe que o companheiro de tropa fora assassinado pelo grande empresário que fornece armas e equipamentos para a destruição de outros países e depois assume os contratos de reconstrução. “chefão”, cercado do aparato policial, fala com freqüência em patriotismo, em sociedade americana recuperando seus valores, sem “mestiços”. Mas explora a mão obra barata dos mexicanos, humilha-os e quando necessário mata. Para dar mais explosão ao filme, o personagem de Val Kilmer não tem uma parte da perna, perdeu-a em combate. No filme, o “mocinho” derrota a todos e ainda termina com a mocinha. á noutro filme, esse magistral, de Orson Welles, O PROCESSO, a obra de Franz Kafka, o personagem em busca de justiça abre uma porta e entra numa sala da justiça onde perto de duas mil máquinas de escrever batucam sem parar processos que nunca vão chegar a um fim. ames Holmes é produto desse meio demente que se espalha por todo o mundo. Como os traficantes que assumiram o poder no Paraguai com a contribuição da brasileira – conselheira de imigrantes - Marilene Sguarizi e o apoio disfarçado, invisível do governo brasileiro na omissão e cumplicidade, no cinismo de falar o contrário. Prática dos dois últimos governos, ligar a seta para um lado e virar para outro.
Trecho da carta de Marilene escrita aos brasileiros que moram no Paraguai:
A presidente Dilma se dirige a comunidade Brasileira no Paraguay através de minha pessoa a fim de transmitir "os bons ofícios do governo brasileiro para dar tranqüilidade no sentido de que não haverá travas comercias e econômicas entre o Brasil e Paraguay. O governo brasileiro fará todos os esforços para que os ´´Brasiguaios`` tenham a tranqüilidade te continuar trabalhando e de que não terão prejuízos de nenhuma índole na situação política atual do Paraguai. A mensagem dirigida aos senhores/as segue dizendo que a confiança entre os dois povos não foi alterada, da mesma forma que o novo governo do Paraguai é reconhecido pela sua legitimidade"
É a tal força invisível. É o que Débord chama de SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, é a barbárie numa Glock, na mídia de mercado a serviço das elites, e na compensação idílica do personagem do filme a A CONSPIRAÇÃO, sobre patriotismo. egundo o inglês Samuel Johnson, “o último refúgio dos canalhas”. Ou seja, Obama sabe e não quer saber e Milt Romney não quer ter a menor idéia, enquanto os negros em Israel são deportados como eram os judeus nos campos de concentração de Hitler. filme é o mesmo, mudaram os figurantes, o tempo e se acrescentou à violência algo em torno de cinco mil ogivas nucleares capazes de destruir o planeta cem vezes se necessário for. ai a suástica, entra a águia e a estrela de David. Já o HSBC lava o dinheiro dessa gente. E o dístico in God we trust.

Barbet - Douce France

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dona Europa e suas filhas - Frei Beto - Vanderley Caixe

Dona Europa livrou-se, há séculos, da tutela do Senhor Feudal, ao qual esteve submetida ao longo de mil anos. Cabeça feita por Copérnico, Galileu e Descartes, casou-se com o Senhor Moderno Liberal e montou casa no bairro da Democracia.Dona Europa puxou o tapete dos nobres, deu um chega pra lá no papa e elegeu governos constitucionais que trocaram a permuta pela moeda, evitaram fazer uso de mão de obra escrava, transformaram antigos camponeses em operários merecedores de salários.
Dona Europa passou a nutrir ambições desmedidas. Fitou com olho gordo o imenso mapa-múndi que enfeitava a sala de sua casa. Quantas riquezas naquelas terras habitadas por nativos ignorantes! Quantas áreas cultiváveis cobertas pela exuberância paradisíaca da natureza!
Dona Europa lançou ao mar sua frota em busca de ricas prendas situadas em terras alheias. Os navegantes invadiram territórios, saquearam aldeias, disseminaram epidemias, extraíram minerais preciosos, estenderam cercas onde tudo, até então, era de uso comum.
Dona Europa praticou, em outros povos, o que se negava a fazer na própria casa: impôs impérios, reinados e ditadores; inibiu o acesso à cultura letrada; implantou o trabalho escravo; proibiu a industrialização; internacionalizou normas econômicas que lhe eram favoráveis, em detrimento dos povos alhures.
Um dos povos de além-mar dominados por Dona Europa ousou rebelar-se em 1776, emancipou-se da tutela e se tornou mais poderoso do que ela – o Tio Sam.
O professor Maquiavel ensinou à Dona Europa que, quando não se pode vencer o inimigo, é melhor aliar-se a ele. Assim, ela associou-se a Tio Sam para exercer domínio sobre o mundo.
Dona Europa e Tio Sam acumularam tão espantosa riqueza, que cederam à ilusão de que seriam eternos o luxo e a ostentação em que viviam. Tudo em suas casas era maravilhoso. E suas moedas reluziam acima de todas as outras.
Ora, não há casa sem alicerce, árvore sem raiz, riqueza sem lastro. Para manter o estilo de vida a que se acostumaram, Dona Europa e Tio Sam gastavam mais do que podiam. E, de repente, constataram que se encontravam esmagados sob dívidas astronômicas. O que fazer?
A primeira medida foi a adotada em turbulência de viagem de avião: apertar os cintos. Não deles, óbvio. Mas de seus empregados: despediram alguns, reduziram os salários de outros, deixaram de consumir produtos importados. Assim, a crise da dupla se alastrou mundo afora.
Dona Europa e Tio Sam não são burros. Sabem onde mora o dinheiro: nos bancos. Tio Sam, ao ver o rombo em sua economia, tratou de rodar a maquininha da Casa da Moeda e socorreu os bancos com pelo menos US$ 18 trilhões.
Dona Europa tem várias filhas. Segundo ela, algumas não souberam administrar bem suas fortunas. A formosa Grécia parece ter perdido a sabedoria. Gastou muito mais do que podia. Os mesmo aconteceu com a sedutora Itália, a encantadora Espanha e a inibida Irlanda.
Como o cofre da família é de uso comum, Dona Europa se cobriu de aflições. Puniu as filhas gastadoras e apelou à mais rica de todas, a severa Alemanha, para ajudá-la a socorrer as endividadas.
A Alemanha é manhosa. Disse que só socorre as irmãs se puder controlar os gastos delas. O que significa cortar as asinhas das moças – o que em política equivale a anular a soberania.
Soberana hoje, na casa de Dona Europa, só a pudica Alemanha. O resto da família é dependente e está de castigo. A mais cheirosa das filhas, a França, anda rebelde. Após aparecer de mãos dadas com a Alemanha, agora que arrumou namorado novo encara a irmã com desconfiança.
Nós, aqui do sul do mundo, que ainda não cortamos o cordão umbilical com Tio Sam e Dona Europa, corremos o risco de ficar gripados se Dona Europa continuar a espirrar tanto, alérgica ao espectro de um futuro tenebroso: a agonia e morte do deus Mercado, cujos fiéis devotos mergulharam em profunda crise de descrença.

Ainda bem!
Barbet
20 julho 2012

Nada sossega,
Na ciranda frenética,
E encontro-me
Em mim.

Debaixo DA terra,
Uma Outra mulher,
Espera,
Estopim do porvir.

Na árvore cortada,
Serrada, espreita,
Frutifica e
Glorifica.

Toda a beleza,
De ser eu mesma,
Coberta,
Descoberta,

Enfim.

***

Karaokê country - Laerte Braga


Laerte Braga

A guerra civil na Síria, como na Líbia, surgiu do nada. "Combustão espontânea" com auxílio de Israel e dos Estados Unidos armando mercenários e grupos contrários ao presidente Bashar Al Assad.

William Henry Oller Sr, de 70 anos, segundo o LOS ANGELES TIMES, atirou em seu próprio filho por não suportar ouvi-lo cantar músicas country no karaokê. Aconteceu em Shasta, na Califórnia. O filho estava em sua casa e o pai fora visitá-lo.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu não tomar nenhuma atitude em relação ao atentado que matou autoridades sírias no último fim de semana. Um massacre. O que torna possível inferir que o organismo só toma atitudes que sejam favoráveis a Israel e aos EUA, a despeito dos vetos da China e da Rússia na questão síria.
O presidente do Irã Mahamoud Ahmadinejad presenteou a Prefeitura do Rio de Janeiro com um monumento. Eduardo Paes, tucano de plantão no PMDB escondeu o monumento. Não quer que os grupos sionistas que hoje assumem o controle do Brasil criem problemas para sua tentativa de reeleição, principalmente com doações de campanha.
Bombeiros espanhóis posaram nus em protesto contra os cortes que atingem salários e condições de trabalho impostos pelo governo daquele país em cumprimento a determinação da Fuher Ângela Merkel. A Espanha vive um processo de desintegração e estudos das Nações Unidas mostram a perspectiva de guerras separatistas se acentuarem no país. Deixarem o campo do protesto para ir às vias de fato.
No Brasil Roseane Collor, ex-mulher de Fernando Collor deu uma entrevista ao programa de bizarrices que a GLOBO apresenta aos domingos, o FANTÁSTICO, para despejar um monte de bobagens e reclamar da pensão de 18 mil reais que recebe do marido. Pastora evangélica, está lutando na justiça por um aumento.
Foi a primeira vez que a GLOBO, maior rede nacional de tevê, se referiu a religiões afro como "magia negra", rendendo-se ao galope ensandecido de grupos neopentencostais que começam a se transformar na maior ameaça ao Brasil.
São financiados por governos estrangeiros, grandes bancos, corporações e latifúndio e trazem claro um projeto político para o País. Representam hoje quase um quarto da população religiosa brasileira e no andar da carruagem serão maioria em menos de 55 anos segundo estudos do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Será a hora das pessoas de bom senso construírem a arca para saírem dessa loucura primitiva e totalitária. Nada contra o fiel, a fé é direito de consciência de cada um, como o não ter fé. Tudo contra os homens do dízimo.
Um estalar de dedos de Dilma e todos os grandes pastores do País, dessas novas seitas, estariam presos por vários crimes. Um deles, deputado estadual no Espírito Santo, por exemplo, tentou estuprar uma servidora pública e agora, candidato a prefeito anda espalhando outdoors com versículos de Mateus.
Mateus não está aqui para desmentir, mas não tem nada com isso. Com certeza.
Enquanto na Grécia, na Espanha, em Portugal, em vários países mundo afora, legiões de trabalhadores marcham pelas ruas para salvar direitos, ampliar conquistas e evitar a estupidez capitalista recheada de armas nucleares, no Brasil fiéis fanatizados marcham de forma insana aos berros e urros de seus "líderes", pagando pelo menos 10% por um pequeno lugar no céu.
Estamos sendo vítimas de um ataque maciço de toneladas de catchup, mostarda e filmes pornôs (as tropas norte-americanas quando invadiram o Iraque promoveram farta distribuição desses filmes até que os próprios iraquianos aliados pediram que parassem. A intenção era quebrar a fé muçulmana com dupla penetração)
O jornalista Paulo Francis costumava dizer que as crianças nos EUA, hoje em quase todo o mundo, crescem matando monstros nos vídeos games. Ao atingir a idade adulta não têm a menor preocupação em jogar toneladas de bombas sobre "monstros" cá embaixo, pois enxergam apenas a tela do computador de bordo, tal e qual a tela dos vídeos games.
Não se tem hoje a menor noção da importância da cadeira na porta da casa, mesmo que seja para olhar o movimento, ou da janela até como fator de paquera.
O mundo toma contornos de transformação do ser humano/trabalhador em mero objeto no totalitarismo capitalista.
O retorno dos preconceitos é visível na "evangelização" capitalista. Em Israel negros começam a ser deportados e o país, segundo seus principais líderes, é "judeu e branco".
Está clara a cumplicidade de governos como o da Colômbia, o novo "presidente" do Paraguai e agora o banco HSBC com a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas. Elites econômicas são amorais. Uma das principais fontes de exportação de países como o Afeganistão e o Paquistão é a heroína. E boa parte é através de chefes militares norte-americanos. Assunto já tratado em filme feito em Hollywood.
Os avanços esbarram na obtusidade religiosa quando negam direitos de homossexuais, lésbicas, direito da mulher ao aborto, de ser dona do próprio corpo, quando retoma com força o preconceito racial em várias partes do mundo.
Isso significa luta. Lutar para uma alternativa diversa a essa que vem se desenhando pelo poder terrorista do conglomerado ISRAEL/ESTADOS UNIDOS TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A.
A liberdade e os direitos humanos sumiram no campo de concentração de Guantánamo e no Ato Patriótico, um documento que, dado ao poder militar dos EUA, tem alcance mundial.
E não uma luta a ser travada dentro do mundo institucional. Esse comprime, soa como camisa de força, farsa.
É nas ruas, quarteirão a quarteirão, na consciência da realidade perversa e pérfida que estão nos impondo.
Quando ascendeu ao trono de Roma, o cardeal Giovanni Roncalli, o papa João XXIII, na encíclica MATER E MAGISTRA fala de direitos sociais, de direitos humanos e a certa altura afirma que esgotados os recursos pacíficos de luta, a luta armada é válida. João XXIII foi o antepenúltimo papa antes da Igreja de Roma, em franca decadência, cair nas mãos da organização terrorista OPUS DEI.
Cantar música country em sua própria casa, em seu karaokê pode significar um tiro de um pai descontente no país do hambúrguer, do catchup e da mostarda, o que chamam de american way life.
Não deve ser o que pensam os milhares de sírios mortos na aventura terrorista que ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A praticam na Síria via mercenários.