sexta-feira, 20 de julho de 2012

AS "ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS" - Laerte Braga

O governo dos EUA valeu-se da mesma e falsa acusação da presença de armas químicas e biológicas à época da guerra do Iraque, para "advertir" a Síria sobre "graves conseqüências" caso use esse tipo de armamento contra os rebeldes.
A Síria, além do Irã, no Oriente Médio, é o único país árabe a não aceitar a tutela de Israel, ou as políticas norte-americanas para o Oriente Médio. O Egito, por exemplo, após a longa ditadura de Osni Mubarak, vive o simulacro de democracia controlada por forças armadas sob o comando de Washington.
A democracia pode tudo desde que os militares aceitem ou concordem. Militares egípcios batem continência para militares de Israel. E fazem curvaturas.
É grande o número de veteranos de guerras nos EUA que sofrem de doenças provocadas pelo uso de balas de urânio empobrecido. As florestas do Vietnã foram devastadas pelo agente laranja através de bombas de napalm. O agente laranja é servido à mesa dos brasileiros e povos de quase todo o mundo no tal "milagre" do transgênico.
A Síria é a bola da vez, qualquer um sabe e só não caiu ainda graças aos vetos russo e chinês a qualquer ação militar contra aquele país. Caso contrário os aviões "libertadores" da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) já teriam destruído o país em nome dos direitos humanos.
O que o mundo assiste hoje, a realidade da globalização, do neoliberalismo, é apenas guerra de máfias nos velhos moldes do que acontecia em Chicago e outras cidades dos EUA.
Disputa de ponto.
A quadrilha mais forte e melhor preparada leva.
Cinco mil ogivas nucleares são um argumento suficiente para dissuadir muitos governos de resistência ao avanço do complexo militar, financeiro e empresarial que vai subjugando o mundo e criando uma era de terror ou sob o rótulo de democracia, ou através de ditaduras como em outros tempos e tempos atuais, caso da Arábia Saudita.
Os milhares de sírios mortos pagam o preço da disputa de ponto. O complexo ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A quer a Síria. Explorar os "negócios" na Síria e permitir o avanço de Israel sobre o que sobra de terras palestinas, esmagando um povo num dos genocídios mais cruéis de toda a história da humanidade, semelhante àquele que matou milhões de judeus em campos de concentração do nazismo.
Ressurge sob a efígie de David e se chama sionismo.
Num dado momento, a limpeza étnica começa a expulsar judeus negros de Israel pelo simples fato de serem negros. Um deputado ao tentar justificar no parlamento daquele país a necessidade de expulsar os negros afirmou que o "estado judeu" é um "estado branco". Hitler terá se posto em sentido, onde quer que esteja, estendido a mão direita e gritado Herr David!
Ou Herr Netanyahu.
As quase 360 ogivas nucleares que Israel dispõe, as guerras civis que destroçam países africanos não têm a menor importância na disputa do ponto Síria para os senhores do terror capitalista.
Obama foi flagrado pela câmera beija, um espetáculo norte-americano, recheado de cachorro quente com catchup e mostarda, que obriga o espectador de um jogo de basquete a beijar sua mulher, ou a mulher com quem estiver.
É ano de campanha eleitoral.
Segundo os republicanos Obama é socialista. Imagino o que serão os republicanos.
Sírios são detalhes para os interesses do capitalismo internacional. O Iraque está destruído até hoje por conta das tais armas químicas e biológicas que não existiam, mas saciavam o apetite da indústria petrolífera do Texas (George Bush era o presidente) e a Líbia voltou ao estado tribal.
É o que pensa e disse o deputado de Israel que afirmou que "negros são dispensáveis em nosso país, que é branco e judeu".
"Expulsa já" é o nome do movimento.
Como o muro em terras palestinas que mantém o domínio/saque de Israel sobre a água na região. Ou o que mantém mexicanos à distância na fronteira com os EUA.
"Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos". Frase de Lázaro Cárdenas o último presidente não gerente daquele país.

Onde entra o Brasil nisso?

A Amazônia é hoje parte do Plano Grande Colômbia e vai sendo desnacionalizada sistemática e gradativamente por corporações do terror capitalista através do eufemismo, digamos assim, ONGs. O avanço de estrangeiros sobre terras no Brasil e empresas brasileiras é estarrecedor. O acordo de livre comércio firmado por Lula com Israel abriu os portos do País ao domínio sionista.
O golpe no Paraguai, conseqüência das idas e vindas da política externa de Dilma, da absoluta falta de preparo da presidente para exercer o cargo, assegura o controle da tríplice fronteira pelos EUA através de uma única base, pois hoje operam com drones (aviões não tripulados). Um só operador monitora cinco drones num eventual ataque. Não há necessidade de soldados.
A União Européia se desmilingua no nazismo ressurreto na Alemanha via bancos, grandes corporações, tal e qual aconteceu nos tempos de Hitler. Trabalhadores são jogados às feras nas políticas econômicas de países como Espanha, Portugal, Itália, Grécia, no afã de sustentar todo esse modelo.
As armas químicas e biológicas que a Síria não tem, ou se tem não usa contra os rebeldes (autores de massacres inomináveis que a mídia podre atribui ao governo) resultam apenas da consciência que há necessidade de instrumentos de defesa que garantam a soberania de países que pretendem continuar independentes.
É simples entender isso, é só atentar para a proposta do presidente Mahamoud Ahmadinejad do Irã - "energia nuclear para todos, bombas nucleares para nenhum".
Isso não saiu e nem vai sair na GLOBO. A grande preocupação da líder da mídia de mercado no Brasil são os baixos índices de audiência de Fátima Bernardes.
Nada além disso.
Armas químicas e biológicas são o veneno servido pelo capitalismo aos povos do mundo e o pretexto para a barbárie que vai se instalando por todos os cantos.

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