Revelada gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC e morte de um Brasileiro - Antônio Amâncio
Telegramas revelam intenções de veto e ações
dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de
diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo
Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir,
dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas
estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos,
observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira,
bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma
exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos
EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência
tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.
Abaixo segue uma nota comentada pelo amigo Vladimir G. que também é muito interessante tratando se de possíveis sabotagens EUAxBrasil: Em setembro de 2006, esse acidente se tornou a maior tragédia da história da aviação no Brasil, com 154 mortos. Aparentemente, uma colisão entre a ponta da asa de um jatinho Embraer com a fuselagem do 737 da Gol causou a queda do avião maior. Além de todas as notícias especulando as causas do acidente, a procura por corpos e destroços na floresta, os erros dos pilotos, as falhas dos radares... circulou na época um e-mail muito curioso, pra dizer o mínimo...
O autor do texto falava sobre uma equipe de cientistas brasileiros a bordo do avião. Segundo o texto, esses cientistas realizavam pesquisas sobre o uso de microorganismos em baterias elétricas, uma tecnologia revolucionária que permitiria a produção de baterias mais eficientes que as modernas baterias de lítio usadas em notebooks e celulares. Essa bateria de vírus seria mais potente, produzindo mais energia, em uma bateria menor e mais leve que as de lítio. Existem outras pesquisas sobre esse tipo de bateria, especialmente nos Estados Unidos, onde há um grande projeto sobre essas baterias. Porém, segundo o texto, o projeto brasileiro era ainda mais avançado e superava o americano. Infelizmente, a equipe de cientistas que trabalhava nesse projeto morreu no acidente.
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta
que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o
desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma
de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de
Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel,
enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes
ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o
governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o
lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi
clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr
Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para
o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se
opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto
que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao
Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é
ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar
o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de
salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos
veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do
veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes,
bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o
TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário
esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste
esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais
dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável
salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos
países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o
lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a
gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente
porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos
esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer
área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as
metrópoles.
Bomba! Bomba!
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado
pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o
desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela
Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de
um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do
Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com
simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da
mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7
chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era
de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria
no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA,
endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares,
firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre
o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado
apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista
brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do
governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A
física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades
militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades
acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim,
vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se
a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de
acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem
às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de
uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também
o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está
ocorrendo.
Desarmamento unilateral
A revista publica providencial declaração do físico José
Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento
unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal
como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de
sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo
Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível
que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente
direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir
para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como
mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os
EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do
Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e
implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até
agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente
O semanário também publica franca e reveladora declaração do
ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o
Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?”
Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com
os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do
crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do
intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou
fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura
formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da
década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes
emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em
processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova
política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e
razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima
mencionados são divulgados pelo Wikileaks.
NOTA
Abaixo segue uma nota comentada pelo amigo Vladimir G. que também é muito interessante tratando se de possíveis sabotagens EUAxBrasil: Em setembro de 2006, esse acidente se tornou a maior tragédia da história da aviação no Brasil, com 154 mortos. Aparentemente, uma colisão entre a ponta da asa de um jatinho Embraer com a fuselagem do 737 da Gol causou a queda do avião maior. Além de todas as notícias especulando as causas do acidente, a procura por corpos e destroços na floresta, os erros dos pilotos, as falhas dos radares... circulou na época um e-mail muito curioso, pra dizer o mínimo...
O autor do texto falava sobre uma equipe de cientistas brasileiros a bordo do avião. Segundo o texto, esses cientistas realizavam pesquisas sobre o uso de microorganismos em baterias elétricas, uma tecnologia revolucionária que permitiria a produção de baterias mais eficientes que as modernas baterias de lítio usadas em notebooks e celulares. Essa bateria de vírus seria mais potente, produzindo mais energia, em uma bateria menor e mais leve que as de lítio. Existem outras pesquisas sobre esse tipo de bateria, especialmente nos Estados Unidos, onde há um grande projeto sobre essas baterias. Porém, segundo o texto, o projeto brasileiro era ainda mais avançado e superava o americano. Infelizmente, a equipe de cientistas que trabalhava nesse projeto morreu no acidente.
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