Barak Obama é o mais completo e genuíno produto do marketing político. Peça por peça é uma dessas máquinas que se imagina perfeita e capaz de todas as luzes possíveis ou impossíveis, quando, na verdade, mantém e dá seqüência a escuridão imposta ao mundo pelo império norte-americano.
As legiões de César foram capazes de se tornar Roma senhora absoluta do mundo conhecido num determinado tempo e espaço. A grama não medrava por onde passavam os cavalos de Átila, o rei dos Hunos.
Obama tem ao seu dispor um arsenal capaz de destruir o planeta tantas vezes quanto desejar para impor sua “democracia”, sua “justiça”, sua “paz” e transformar todos os seres humanos em escravos a sustentar uma única nação.
É como se na Terra existissem dez famílias e todas as galinhas do galinheiro fossem para a mesa de uma só família. Por que? A família detentora da borduna.
São cerca de 800 bases militares dos EUA espalhadas pelo mundo. São mais de cinco mil ogivas nucleares, armas químicas e biológicas, dispostas em cada base, ou frotas, a criar a realidade desse mundo dominado e sujeito aos interesses desses senhores.
Nos seus oito meses de governo já foram mortos mais de dois mil civis no Afeganistão e em outros cantos, por conta de operações de “paz”. Cogitam de povoar a América Latina com bases militares num pais governado pelo tráfico – a Colômbia – e assegurar em futuro breve o controle da Amazônia.
Os EUA tem um aliado de peso, na verdade um pequeno estado terrorista no Oriente Médio, Israel, forjado na medida exata da barbárie do poder militar e econômico que se espalha numa velocidade bem maior e bem mais letal que qualquer epidemia de gripe.
Os grupos que controlam Israel são os mesmos que controlam os EUA.
Obama é só uma vitrine enganosa e enganadora.
O historiador inglês Arnold Toynbee, num dos seus últimos trabalhos, pouco antes de morrer, escreveu que o conflito nuclear era inevitável, pois não havia sentido em duas potências (EUA e União Soviética) gastarem tanto dinheiro em armas dessa natureza para não usá-las.
A União Soviética foi vencida sem um só tiro, mas a perspectiva de confronto permanece viva e real. Não é entre o regime soviético e os EUA. É entre a espécie humana como tal e os norte-americanos. E os soviéticos perderam pelas virtudes e não pelos defeitos.
Uma luta de sobrevivência.
A decisão de construir sete bases militares na Colômbia ultrapassa todo e qualquer limite de respeito às nações latino-americanas, notadamente as sul-americanas. Viola soberania de países como o Brasil, a Argentina, a Venezuela, a Bolívia, todos.
É comum as forças armadas de países latinos por seus representantes emitirem constantes ordens do dia falando em patriotismo, em defesa das liberdades, dos valores isso e aquilo. É comum forças armadas latino-americanas golpearem as instituições populares, como agora em Honduras, escoradas nessa forma “patriótica”, que é o lado canalha e entreguista de militares em sua grande maioria.
A história está repleta de exemplos assim.
O complexo militar e industrial citado pelo ex-presidente dos EUA, um general, Eisenhower, comandante militar dos aliados na IIª Grande Guerra Mundial, envolve essas sub-forças espalhadas pelos países do mundo em sua grande maioria. E atrela elites econômicas.
Toda a arrogância européia não é nada. É só a aceitação passiva do controle exercido pelas bases da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE –.
Não existem inimigos visíveis, existem interesses.
O controle dos meios de comunicação, descrito de forma esplêndida pelo presidente do Equador Rafael Corrêa, deita sobre brasileiros, equatorianos, argentinos, o modelo norte-americano. A cultura norte-americana. O modo de ser norte-americano. Mas, se pensamos como eles, não vivemos como eles.
A posição do governo brasileiro na reunião da UNASUR – nações sul-americanas – de considerar problema da Colômbia a instalação ou não de bases dos EUA em seu território, equivale a aceitar num jogo incompreensível a perspectiva de controle da Amazônia brasileira – a maior parte da região – até pela existência de programas de cooperação mútua no combate ao narcotráfico, eufemismo para que tomem posse de parte do território nacional. O SIVAM, palco de corrupção ativas e desavergonhada no governo de FHC, até de chantagem, é um exemplo disso.
As constantes criticas de militares brasileiros ao sucateamento das forças armadas não fazem sentido se olhadas dentro da perspectiva histórica dessas forças armadas. As intervenções militares no Brasil sempre se fizeram em nome dos interesses internacionais. Foram raras as exceções e via de regra escoradas em chefes militares com consciência histórica e de fato patriótica, caso do marechal Lott em 11 de novembro de 1955.
Não existe um pacto de defesa nacional que envolva militares e civis no Brasil. Militares têm sido um estamento dentro da nação brasileira. Uma instituição à parte. Ou se constrói esse pacto, a partir da tomada de consciência dos militares, ou não há sentido algum em considerar forças armadas como garantia da soberania nacional e da integridade de nosso território. É só ouvir os discursos do general Augusto Heleno e entender seu “patriotismo”.
A ERA OBAMA quer acrescentar, definitivamente, jóias à coroa imperial dos EUA. O golpe militar em Honduras tem esse significado. Não aceitam discordâncias, ou posições contrárias aos seus interesses. Na terça-feira, 11 de agosto, o governo dos EUA falou em políticas de defesa da democracia (o pirulito) e do livre comércio (a razão de ser). A maior dessas jóias é o Brasil.
O jornal FOLHA DE SÃO PAULO, em edição da semana anterior, afirma que as bases militares na Colômbia são um assunto “trivial”. Não iria fazer de outra maneira, tratar o assunto com a importância que ele tem. A FOLHA, como os chamados grandes veículos de comunicação do País, faz parte da folha de pagamento dos donos, os norte-americanos. Foi partícipe do processo da ditadura militar no Brasil, imposta a partir de Washington e sob o comando de um general norte-americano Vernon Walthers.
As críticas à luta armada na Colômbia, FARCs e ELN (FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS COLOMBIANAS e EXÉRCITO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL) não tratam do acordo político de paz costurado num período recente da história daquele país e nem na transformação da guerrilha num partido político, a UP – UNIDADE PATRIÓTICA –. César Benjamin, um dos protagonistas desse acordo, a convite do próprio governo colombiano à época, lembra em artigo divulgado ontem, que passadas as eleições três mil e quinhentos integrantes UP foram assassinados, entre eles o candidato presidencial e todos os que obtiveram mandato e mandatos foram obtidos em todos os cantos da Colômbia.
Nessa circunstância a luta armada na Colômbia é mais que válida. É legítima sob todos os aspectos.
O próprio César, em seu artigo, fala do golpe midiático que transformou as FARCs em organização do tráfico de drogas, quando o tráfico está no governo do presidente Uribe, ele próprio um narcotraficante.
Quando William Bonner baba histérico a expressão “terrorista” para referir-se aos inimigos dos EUA, está ajoelhando-se para Washington e Wall Street e inoculando um vírus em milhões de “Homer Simpson”.
Obama deu um prazo ao Irã para aceitar o diálogo em torno do programa nuclear daquele país. Quem dá prazo aos EUA diante dos programas de armas de destruição em massa?
A bomba atômica iraniana, por mais estúpidas que sejam armas nucleares e são, é uma imperiosa necessidade de sobrevivência de um povo que decidiu que não vai viver de joelhos.
E até hoje, duas bombas atômicas foram despejadas sobre populações civis. Hiroshima e Nagazaki, exatamente pelos libertadores do mundo, os norte-americanos. E quando a guerra já estava ganha. Foi apenas para testar os efeitos do artefato ao vivo e mostrar ao mundo a face real dessa gente.
Usam armas químicas no Iraque, no Afeganistão, balas de urânio empobrecido. Inventaram as forças armadas terceirizadas (mercenários), eufemismo para comprar e usar militares de outros países em função de seus interesses. Recriaram os campos de concentração à semelhança dos nazistas (Guantánamo e prisões em Israel)
A resistência, seja aqui, seja em Honduras, há de ser pacífica enquanto puder ser pacífica.
Não tenha dúvidas meu caro, num dado momento, qualquer que seja a correlação de forças, vai ser imperiosa a resistência armada.
É que nesse momento vai se tornar questão de sobrevivência de valores e princípios que se manifestam na soberania e na integridade do território seja do Brasil, seja da Venezuela, na essência, do ser humano como tal.
A ERA OBAMA é a continuação da boçalidade da ERA BUSH. É que a era real, é a do império norte-americano.
Obama é só um boneco vendido como qualquer Barbie.
O Brasil não vai sobreviver como nação soberana, independente, com o modelo político e institucional que temos. É controlado pelo econômico, o sistema FIESP/DASLU, que por sua vez, é parte do esquema maior, o que vem Washington.
É só olhar o Senado, ou o presidente do STF. E o monte de ramos que deita país afora. E um presidente que na hora agá acha que bases na Colômbia são um problema da Colômbia.
A resistência não passa por esse caminho.
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