segunda-feira, 30 de novembro de 2009
[Carta O BERRO] O desespero da Folha é pior do que a mente de Benjamim - Vanderley Caixe
Para quem não se lembra, esse é o sujeito que “denunciou” Emir Sader quando a editora dele não foi escolhida para fazer um trabalho que o sociólogo coordenava.
Era amigo de Sader por muito tempo, mas como seus interesses comerciais não foram atingidos, decidiu acusá-lo publicamente de corrupto.
Este Cesar Benjamim também é o mesmo que trabalhou no programa de governo de Garotinho quando imaginava que aquele poderia ser o candidato do PMDB à presidência da República.
Era um dos “cérebros” do ex-governador na construção de um programa nacionalista.
Mas como a candidatura do ex-governador não emplacou pelo PMDB, este mesmo Cesar Benjamim se filiou ao PSol e saiu candidato à vice-presidência da República na chapa de Heloísa Helena.
Provavelmente porque passou a achar que Garotinho não era mais o caminho a verdade e a vida. Mas sim HH.
Não foi só do PT, partido ao qual foi filiado, que saiu atirando. Também tretou com Garotinho e com o PSol. Benjamim não é só craque em produzir inimigos. É especialista em delação pública sem provas.
Se alguém com um currículo desses procurasse seu jornal para denunciar o presidente da República de ter tentado enrabar (vamos usar o português claro) um jovem nos dias em que era preso político, o que você faria? Publicaria o artigo?
E se essa mente doentia ainda citasse nominalmente uma única pessoa como testemunha, o que você faria? Não ouviria a testemunha e publicaria o artigo?
Cesar Benjamim é uma pessoa sem caráter, um psicopata da política. Pessoas assim existem. E vivem buscando jornais para acusar seus adversários. Jornais, em geral, as ignoram.
Por isso, neste episódio, o que mais me assusta é ver a Folha valer-se de uma mente insana para tentar atingir a reputação de alguém a quem se contrapõe politicamente.
Se a direção deste jornal considera isso válido para atingir seus objetivos, por que não sustentaria um golpe para derrotar esses mesmos adversários políticos?
A iminente derrota da oposição em 2010 e a falta de perspectiva política desse grupo nos próximos anos estão levando a uma radicalização midiática que não é só nojenta. É preocupante.
É bom os partidos da base do governo ficarem atentos a isso.
Mais violência no Pará - Barbet
Dorothy morreu defendendo a permanência dos agricultores no Lote 55, que estava sendo grilado dentro da Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança, no Pará, for fazendeiros da região. Para condenar Taradão, Raniery é uma peça chave já que, após ser demitido, ajudou a polícia a montar o quebra-cabeça das transações do lote.
Para entender todos os elementos envolvidos na morte de Dorothy Stang assista aqui o triller do filme “Mataram Irmã Dorothy” que conta toda a estória em detalhes.
Fique de olho - Barbet
Mas ai vai uma pista: às vésperas da reunião do clima em Copenhague dá para adivinhar qual será o tema? Pois é, mais uma vez vamos dar o nosso recado sobre os compromissos que o Brasil deveria assumir na Dinamarca. Acompanhe a transmissão ao vivo amanhã (1/12) a partir das 7 horas. Vale a pena colocar o relógio para despertar mais cedo.
BOLETIM DE LUTA - RESISTÊNCIA HONDURENHA - Laerte Braga
BOLETIM DE LUTA – III – 29/11/2009
(Resistência Hondurenha)
A FARSA
Com apoio político, material e militar dos Estados Unidos o governo golpista tenta hoje seu último lance para “legalizar” o golpe de estado que derrubou o presidente constitucional Manuel Zelaya. “Eleições” dirigidas, com cartas marcadas onde o poder, qualquer que seja o vencedor, será sempre dos golpistas. O povo hondurenho está sendo ameaçado, coagido a comparecer para dar números que possam justificar o golpe e permitir que a barbárie ganhe contornos de “democracia”.
Todas as tentativas de retomar a legalidade foram feitas pela Resistência, com amplo apoio popular e não há como reconhecer a legitimidade dessas eleições se restritas aos grupos que controlam as instituições e a economia do país com o apoio das forças armadas ditas hondurenhas. São forças auxiliares do governo dos EUA e subordinadas aos comandantes da base militar norte-americana em Tegucigalpa.
Nós, os resistentes, não pretendemos impor nenhum governo, nenhuma ordem política, econômica e social que não seja o reflexo da vontade dos hondurenhos. Livre, sem a violência da ditadura sob a qual vivemos. Continuaremos a lutar apoiados por povos e governos democráticos da América Latina, de todas as partes do mundo, agora numa etapa diferente, a refundação de Honduras a partir de uma nova carta magna que seja elaborada pela vontade popular expressão numa assembléia nacional constituinte e sem perder de vista que o presidente legítimo dos hondurenhos é Manuel Zelaya.
Para que a farsa se consuma contam com apoio da chamada grande mídia internacional, controlada toda ela pelo capital dos grandes grupos econômicos que sustentam e formam o império norte-americano. Não toleram que deles se discorde, ou que modelos diversos existam no mundo.
A BARBÁRIE ANIMALESCA DOS “PATRIOTAS” FARDADOS
São bárbaros, são cruéis, são cínicos, são covardes e são desumanos. Obama não é diferente de George Bush, só no estilo, no sorriso hipócrita e nos acordos não cumpridos.
Essa característica, que é um desrespeito ao povo hondurenho, por extensão a todos os povos da América Latina, às nações livres do mundo, se mostra na ação criminosa de militares destituídos de princípios, honra e compromissos com o que chamam de pátria, na verdade, a deles, é o soldo que chega de Washington. São répteis na essência da palavra.
Prisões, invasões de domicílios de líderes oposicionista, assassinatos, tortura, estupro, tudo isso é o cotidiano de Honduras desde o golpe em julho.
Hoje a população está sendo coagida a votar por todos os meios de pressão possíveis. Desde ameaças de prisão pura e simples com flagrantes montados, a advertências sob risco de perder empregos com o não comparecimento às urnas, muitas vezes pessoas são presas em casa e levadas a votar – funcionários públicos principalmente – além das fraudes costumeiras de muitos deles votarem várias vezes. Não importa para eles o resultado que já está decidido em cédulas previamente marcadas, mas a presença para justificar ao mundo tamanha ignomínia.
Em todas as ruas de todas as cidades hondurenhas militares armados até os dentes se posicionam, inclusive franco atiradores para que a “democracia” deles se exerça e a farsa se consuma.
A grande mídia ignora isso, pois foi orientada pelas redes CNN e FOX a dizer que tudo é “uma festa democrática”.
Um exército subalterno armado enfrentando um povo desarmado, a típica covardia dos boçais, dos torturadores, dos criminosos assalariados por potência e interesses estrangeiros.
Militares assassinaram Mario Hernández e seu filho Henrý Hernández, de 24 anos. Mario era casado com a candidata a alcaideria (prefeitura) de San Francisco, no departamento de Atlántica. Ambos foram torturados antes de serem executados. O fato aconteceu ontem, 28 de novembro. Não admitem contestações quaisquer que sejam.
Hoje pela manhã duzentos bandoleiros fardados dos golpistas, ditos militares, mas com atitudes animalescas de bestas feras, invadiram o Sindicato dos Trabalhadores de Bebidas e Similares – STIBYS – local de reunião da resistência todos os dias desde o golpe. Pela manhã o esquadrão de assassinos deixou o local, mas lá ficou um jipe com soldados evitando a presença de resistentes.
O jovem Gencis Mario Orlando Umanzor Gutiérrez foi detido na madrugada de 28 para 29 de novembro na operação terror dos militares hondurenhos e levado para local desconhecido. A divulgação dos nomes é importante para que organizações internacionais de direitos humanos possam cobrar medidas de proteção, antes que os prisioneiros sejam assassinados. A prisão foi na colônia Centroamericana de Comayauela. Depois de preso foi entregue à patrulha MO3-03, um dos códigos do terrorismo financiado e montado por Washington.
Os observadores internacionais considerados suspeitos estão confinados em locais onde não podem tomar conhecimento de toda essa barbárie e só aqueles autorizados pelo governo golpista depois de ordens de Washington podem circular por Honduras. A CIA e o MOSSAD trabalham livremente no processo de escravização e brutalização do povo hondurenho e da nação hondurenha. São os tais “conselheiros”.
LISTA JÁ CONHECIDA DE PESSOAS DETIDAS EM 28 DE NOVEMBRO
Marcus Gualan Cortes, detido às 01h50m /am pela Polícia Nacional (esquadrão da morte).
Gustavo Adolfo Cortes Gualan detido às 01h50m/am, pela Polícia Nacional (esquadrão da morte).
Victor Corrales Danly, detido em El Paraíso, às 23horas, pela Polícia Nacional (esquadrão da morte).
Gencis Mario Orlando Umanzor Gutiérrez, Centroamericana, Comayaguela, 02h30/am, militares (soldados supostamente hondurenhos mas controlados pelos EUA).
Humberto Castillo, Oficina Selcon, Tegucigalpa, 6h/am, policiais militares (esquadrão da morte).
As notícias sobre presos e desaparecidos são enviadas pelo CENTRO DE PREVENCION, TRATAMIENTO Y REABILITACION DE LAS VICTIMAS DE LA TORTURA Y SUS FAMILIARES e enviadas por mail a FIAN, organismo da resistência.
O PODER É DO POVO! ZELAYA É O PRESIDENTE
RESISTIMOS A BRUTALIDADE MILITAR DOS EUA!
[Carta O BERRO] "EARTH SONG" cantado por Michael Jackson. Um clipe valioso, uma lição em defesa do nosso planeta - Vanderley Caixe
"EARTH SONG" cantado por Michael Jackson. Um clipe valioso, uma lição em defesa do nosso planeta.
No momento em que em Copenhagen se discute o Meio Ambiente, o texto (legendado em português) de M.J. é uma recomendação para viver em nosso planeta.
Hoje é Domingo, assista com carinho essa mensagem. (clique apenas uma vez para assistir em tela cheia)
Abraço.
Vanderley
ps. Depois da campanha pelos povos africanos de M.J., essa é mais contribuição à vida.
ELEIÇÕES MOSTRAM FRACASSSO DO GOLPE EM HONDURAS - Laerte Braga
Líderes da oposição foram presos, caminhões com urnas e cédulas previamente marcadas foram incendiados quando descobertos por organizações internacionais de direitos humanos e observadores internacionais, só os favoráveis ao golpe.
Nas eleições presidenciais de 2006 (o eleito foi Manuel Zelaya) o comparecimento às urnas foi de 56% do eleitorado e mesmo assim contando quase um milhão de eleitores hondurenhos que moram nos Estados Unidos.
Neste pleito o não comparecimento foi de cerca de 70% dos eleitores inscritos em território de Honduras e não se tem idéia ainda do número de votantes no exterior. Vários movimentos estavam em campanha dentro do território dos EUA para o boicote às eleições. As primeiras notícias dão conta que em New York o número de votantes hondurenhos não passou de 700, exíguo diante do contingente eleitoral naquela cidade.
O governo dos EUA é um dos únicos (os outros são Colômbia, Peru e Canadá) que se dispõe a reconhecer o pleito como legítimo, mesmo considerando que houve um golpe de estado. É possível que o congresso do país dê sequência à farsa devolvendo o governo a Zelaya e assim “cumprir” o acordo/mentira firmado entre os golpistas e o presidente deposto. Zelaya já declarou que não reassumirá nessas condições, pois não vai legitimar o golpe.
Há denúncias de irregularidades e coação em vários departamentos. Prisões, ameaças, casos dos funcionários públicos intimados a votar sob pena de sanções e empregados de grandes empresas norte-americanas no país ameaçados de demissão.
Sindicatos e emissoras de rádio que se opõem ao golpe desde julho foram ocupados e muitas vezes as transmissões foram cortadas, no caso das rádios. Manifestantes que defendiam na rua o não comparecimento foram presos e encaminhados a quartéis do exército, ou da polícia militar.
O governo golpista de Roberto Michelleti não conseguiu alcançar seus objetivos de um comparecimento maciço às urnas a despeito das versões oficiais dentro do território hondurenho e das divulgadas pelas redes CNN e FOX dos Estados Unidos. A grande parte da mídia latino-americana têm seus noticiários pautados por essas duas grandes redes de notícias, caso da GLOBO no Brasil.
O primeiro-ministro da Espanha reiterou o anúncio que não vai reconhecer o novo governo por considerá-lo ilegítimo.
Brasil, Argentina, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Equador, Bolívia, Nicarágua e Guatemala não vão também reconhecer o governo que resultar do pleito pelos mesmos motivos e El Salvador deve seguir esse caminho.
Países como o México, na prática colônias norte-americanas, devem reconhecer ainda que se mantenham em silêncio.
A contagem de votos está sendo realizada a portas fechadas e as listas de votação, que permitem a contagem do número de eleitores votantes não estão disponíveis para os veículos de comunicação. O governo golpista deve “completar” o número de eleitores que considera necessário para “legitimar” o pleito.
A determinação de cerrar as portas dos locais de votação partiu do tribunal superior eleitoral de Honduras, após reunião de alguns de seus integrantes com o presidente golpista Michelleti e chefes militares.
Todo o transcorrer do pleito foi monitorado pelo embaixador dos EUA tanto a partir do prédio da própria embaixada, como de adidos espalhados pelo país inteiro. A esses se acresce os militares da base em Tegucigalpa e agentes da CIA e MOSSAD especialmente enviados para esse fim, muitos deles, em território hondurenho desde o golpe.
O que se espera agora é uma declaração triunfalista do governo golpista como parte do plano de afastar qualquer possibilidade de retorno de Zelaya ou convocação de um referendo para decidir se os hondurenhos querem ou não uma nova constituição.
Com as declarações de Zelaya que não será fantoche na legitimação do golpe numa eleição que tem o caráter de farsa, o eixo da luta dos movimentos populares e de oposição passa a ser pela constituinte e novas eleições com participação do presidente deposto, ou seja, a refundação das instituições políticas no país.
Em países onde o novo governo pode ser reconhecido a impressão que deixam escapar é que as eleições não encerram a crise, há uma admissão clara que o pleito tem todas as características de uma gigantesca fraude e mais à frente o problema pode tomar um vulto maior.
O presidente constitucional do país Manuel Zelaya disse que os EUA defendem a democracia, mas praticam a tirania quando seus interesses são contrariados. Conclamou os hondurenhos a não aceitarem a fraude e a continuar a luta por Honduras livre e soberana.
O governo golpista deve divulgar alguns resultados na madrugada de domingo para segunda já reforçando a idéia que o país entrou na “legalidade.”
Todo o esforço dos golpistas e seus aliados norte-americanos agora vai se voltar para a mídia “aliada” difundir a idéia de ampla participação popular, de eleições limpas e democracia plena em Honduras.
O presidente Barack Obama deve anunciar que seu governo reconhece o “novo” governo hondurenho tão logo tenha os resultados públicos, numa tentativa de forçar aliados a tomar atitude idêntica.
As eleições deste domingo em Honduras lembram eleições dos velhos tempos dos ditadores centro-americanos, em que os resultados mostravam os tiranos como ungidos pelo povo de forma maciça.
No país, a despeito da votação ter se encerrado, dos votos estarem sendo contados, continuam protestos por todos os departamentos. A brutalidade de militares e policiais reflete o rancor contra o não comparecimento da maior parte dos eleitores inscritos. Camponeses e moradores de cidades menores são as grandes vítimas, pois fica mais fácil esconder a boçalidade.
Para amanhã já estão marcados e previstos atos de protesto por todo o país. O presidente Manuel Zelaya ainda não definiu seu futuro, sobre se fica na embaixada do Brasil ou se vem para o nosso País na condição de asilado político.
Em Honduras hoje caiu a máscara negra do governo branco de Barack Obama. Tem o mesmo tom ariano do de George Bush. Obama quer reconhecer o novo governo antes que Miriam Leitão o faça.
A INQUISIÇÃO ESTÁ VIVA E JÁ NÁO É MAIS CATOLICA, FOI APROPRIADA PELA MIDIA - Bismarck Frota de Xerez
O visitante que veio da Pérsia
Por Mauro Santayana
A movimentação diplomática do Brasil, tendo à frente a personalidade peculiar de seu atual chefe de Estado, vem sendo criticada pela oposição e meios de comunicação, e de forma ainda mais contundente, quando se dispôs a receber o presidente do Irã. Houve passeatas, muito bem organizadas, com dísticos e faixas caras, contra o visitante. Não houve os mesmos protestos quando o presidente recebeu, há poucos dias, o presidente de Israel.
O presidente do Irã é alvo da ira geral do Ocidente porque, em seu confronto com Israel – única potência nuclear do Oriente Médio – nega o Holocausto. Ele se inclui entre os revisionistas, alguns alemães, outros ingleses, outros ainda da hierarquia da Igreja, que também negam a existência dos campos de extermínio, ou tentam diminuir o número de mortos, judeus e não judeus, nos campos de concentração. Os judeus, os comunistas, os ciganos e os eslavos foram as vítimas preferenciais dos nazistas, dizimados pelo trabalho forçado, pela fome e pelo gás.
Há farta documentação do que ocorreu entre 20 de janeiro de 1942, quando os nazistas decidiram, no encontro de Wannsee, programar a “solução final” para o problema judaico, e 17 de janeiro de 1945, quando os soviéticos ocuparam o campo de Auschwitz. Nos três anos, milhões de seres humanos foram chacinados pelos nazistas. O presidente Ahmadinejad sabe disso, mas, em sua luta contra Israel, nega-se a aceitar a História. Se foram 6 milhões, 600 mil, ou 60 mil, o crime é o mesmo. Não é o número de vítimas que nos deve espantar, e sim a presunção de superioridade racial de que se arrogavam os alemães para a prática do genocídio.
O mesmo sentimento de horror que nos leva ao confrangimento da alma, diante do que fizeram os alemães, nos atinge, quando assistimos ao que se passa na Palestina. Não há, diante das tragédias de nosso tempo, bons culpados e vítimas más. Há culpados e há vítimas. A maior oposição que se faz ao Estado de Israel, e com razões históricas, é o fato de que os palestinos tenham sido privados de sua terra, privados de água, submetidos ao bloqueio de comida e de remédios, além de cercados pelo muro e bombardeados. Os palestinos nunca fizeram progroms, como os eslavos, jamais mandaram queimar judeus – como os cristãos, em Basileia, e em outros lugares. Não os submeteram aos autos de fé, como os ibéricos, durante a Inquisição. Não os eliminaram nos campos poloneses. Não lhes cabe purgar os crimes do antissemitismo, quando eles também são semitas, tanto quanto os que lhes ocupam o solo.
Estabeleceu-se, pela força do convencimento dos meios mundiais de comunicação, que os palestinos são terroristas, e os israelenses, democratas. Não nos incluímos entre os que admiram o presidente do Irã. Algumas de suas declarações espantam pela falta de senso. Mas não lhe falta bom senso quando defende o direito de o Irã desenvolver pesquisas nucleares. Se os iranianos são ameaça a Israel, com seu projeto, os senhores da guerra de Israel, que já dispõem de artefatos nucleares, como orgulhosamente proclamam, e anunciam que irão usar, são ameaça ainda maior. Nada os faz com mais ou com menos direitos no mundo. Nem a fé religiosa, nem os hábitos cotidianos. A língua persa não é menos importante do que a hebraica, com sua rica literatura. Nem o presidente Ahmadinejad é menos chefe de Estado pelo fato de dispensar o uso da gravata.
O segredo do presidente Lula é a sua percepção de homem comum. Ele acha, e com razão, que uma boa conversa pode resolver os problemas, desde que haja boa-fé entre todos os interlocutores. Disso se deu conta Obama, que pediu pessoalmente a Lula, durante o encontro do G-8, em Áquila, na Itália, no dia 9 de julho deste ano, que tentasse demover Ahmadinejad de desenvolver armas nucleares – conforme disse, no mesmo dia, à imprensa, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Ao que parece, o New York Times não cobriu o encontro de Áquila.
Os opositores domésticos de Lula se esquecem disso. Os Estados Unidos que admiram não é o de Obama, mas o de Bush e Chenney. É difícil que o presidente consiga, no Oriente Médio, uma paz negada há mais de 60 anos. Mas, se ele conseguir negociações entre as partes envolvidas, mesmo com progressos limitados, será bom para o mundo. Não são todos os judeus de Israel que querem eliminar os palestinos e bombardear Teerã, e nem todos os muçulmanos desejam o fim de Israel. É contando com eles que Lula busca a paz.
QUEM NÃO PREVIU A CRISE MUNDIAL CONTINUA ARROGANTE DIZENDO O QUE OS OUTROS DEVEM FAZER - Bismarck Frota de Xerez
COMENTÁRIO: a Curia "Romana" da Religião da Economia (cujo deus é mercado) reuniu seus "cardeais" para dizer aos "fiéis", fregueses, dizimistas, como se comportar. Não usar "camisinha" furada.
Temendo a formação de uma "bolha Brasil" que pode não se sustentar e atrapalhar os planos de finalmente, e mais uma vez, tentar formar um mercado acionário sólido no país, cerca de 300 analistas e dirigentes de empresas participaram do 1o Congresso do Instituto Nacional de Investidores.
"Hoje o que mais nos assusta é o ajuste fiscal, o principal risco do Brasil é achar que está tudo bem", disse o analista da Vince Partners Pedro Batista, palestrante do encontro. "O Brasil pode ser novamente campeão do mundo ano que vem (Copa 2010), mas tem que ter consciência que tudo pode mudar muito rápido", complementou.
COMENTÁRIO: dizia o Presidente da empresa onde eu trabalhava, nas Reunões Gerenciais, após a fala dos economistas: "voces são sempre pessimistas". Claro que tudo "pode mudar rápido". Mudou no sólido e experiente mercado acionário e financeiro norteamericano. Nem por isso o mundo desabou. Faz parte do jogo historico. O norteamericano achava "que está tudo bem". Neste e nas muitas crises pelas quais já passou. E daí? aprendizagem!!! No varejo vão-se as PANAM, mas o deus mercado aprende, as autoridades aprendem. As Instituições se aperfeiçoam. A Historia continua, mesmo depois do aqauecimento global, com um estoque de humanidade menor. Não será a primeira vez.
Ele destacou entre fatores contrários ao desenvolvimento do mercado de ações os elevados gastos públicos mal feitos, a falta de uma reforma na previdência e o risco que traz a interferência do governo em casos como da Vale e da revisão das tarifas elétricas.
COMENTÁRIO: receituário velho conhecido, com remetente conhecido, com destinatário conhecido E PRINCIPALMENTE COM BENEFICIÁRIO conhecido. Fazer capitalismo assim é mole, Tem sido assim nestes quinhentos anos. Ora se existe um mercado previdenciário privado, que cresce nas classes que têm renda, O que impede a aceleração deste mercado previdenciário é a falta de renda das classes cuja renda está empenhada noutras necessidades. Há o fator cultural (imprevidencia) , que permanecerá mesmo que o Estado se retire do mercado previdenciário. Ocorerrá a sobrecarga dos serviços sociais e a redução do mercado consumidor local. A quem devemos atender no atual estágio da nossa economia? No atual estágio de desenvolvimento do nosso povo? Ao mercado financeiro que vê no mercado previdenciario uma mina, ou a toda a cadeia produtiva que é alimentada pela miséria que a Previdencia Estatal paga, que movimenta as economias locais, levando o capitalismo aos rincões, retirando dos "coronéis" o Poder Patrimonialista?
"Até que ponto o Estado pode interferir em empresas? Essa questão da Vale chamou a atenção dos investidores", afirmou Batista.
COMENTÁRIO: as empresas privadas norteamericanas são proibidas de atuar em mercados onde a Geopolitica do Estado Americano assim determina. Perdem estes mercados para empresas de paises que não fazem a mesma restrição. A "biblia" e a leitura "fundamentalista" que o Pedro Batista faz da liberdade abstrai a realidade. A REALIDADE É A VERDADE. não existem principios em si verdadeiros. Nós não somos um povo latino, pois nem indios e africanos são povos latinos, mas aprendemos, por necessidade, a sermos pragmáticos. Foi assim que os povos desenvolvidos se desenvolveram. E é assim que o Estado Brasileiro, INDEPENDENTE DO GOVERNANTE, fez e fará para desatar as contradições que vivemos. Afinal os Estados não pautam suas agendas pelos grupos economicos. até porque existem contradições entre eles, eles grupos economicos passam, os Estados Nacionais ficam com seus interesses permanentes. Interesses que se projetam GEOPOLITICAMENTE, tanto no Espaço, físico, quanto social, economico, enfim, em todos os setores. A Historia humana sempre foi assim. E continuará assim sendo. mesmo que periodos curtos prevaleçam interesses particulares. Os Estados Nacionais se caracterizam pelo monopolio da FORÇA. Que é exercida sobre pessoas, organizações, sobre tudo e todos. Os religiosos economistas precisam estudar Ciencia Politica, e Historia. Poderiam aproveitar para estudar com a Esquerda que precisa dos mesmos estudos.
Desde o ano passado, quando demitiu 1.300 pessoas no início da crise financeira que abalou o mundo todo, a Vale foi alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a partir de então vem sendo pressionada a investir mais no país, principalmente em siderurgia, setor que havia afirmado que seria minoritária em todos os projetos.
Também no evento, o analista Pedro Rudge, da Leblon Equities, disse que o Brasil tem um espaço enorme para o mercado de ações e que nos últimos 30 anos nunca esteve em uma posição tão favorável para desenvolver o mercado.
Segundo ele, no entanto, existe um grande risco do Brasil virar uma bolha de investimento se não houver oferta suficiente de ações para atender a expectativa do investidor diante de tanta propaganda positiva.
COMENTÁRIO: Greenspan foi Presidente do FED (banco central norteamericano) por quatorze anos. Logo no inicio da sua gestão, ele disse que as açõies lá no mercado onde ele era o rei, estavam inflacionadas. depois disse que aquela (se referia uma das super valorizações) era uma bolha. E em 2008, quando a atual cr ise explodiu, o guru Greenspan disse que ele não viu nada. Que foi surpressa para ele. Ora, cara de pau estes caras se meterem a fazer prognostico. Muita cara de pau. Pior. Sendo religiosos fundamentalistas da seita da Religião da Economiia sem Controle, por que não deixam o mercado aprender? Que venham as bolhas e tudo que o "mercado corrige". Que venham os investidores incautos, ficarão os dolares aqui, as frustrações com os investidores que especulam.
"Para balancear essa demanda toda é necessário que haja oferta por parte das empresas, para acomodar essa demanda, é nisso que devemos focar", disse o analista.
Bem mais otimista, o diretor executivo de desenvolvimento e fomento da BM&FBovespa, Paulo de Sousa Oliveira Júnior, afirmou que o número de 5 milhões de acionistas é ousado mas compatível com o potencial do crescimento econômico do país.
"Hoje já tem 5 milhões de acionistas dos fundos de ações, já tem no Brasil 555 mil que estão apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, então você tem os outros Estados e cinco anos de crescimento", explicou, ressaltando também que a BM&F Bovespa conta com a entrada das classes B e C no mercado de capitais.
COMENTARIO: uns cautelosos, outros otmistas, diz a noticia acima. Pergunto: ESTA GENTE PALPITEIRA USA MODELOS MATEMÁTICOS SIMULANDO DIFERENTES CENÁRIOS OU USAM DA INTUIÇÃO? DA EXPERIENCIA? DO SENTIMENTO? Desconfio que NÃO USAM MODELOS MATEMÁTICOS, NÃO simulam diferentes CENÁRIOS. Isto não é possivel, é primitivismo, é atitude de curandeiro. Vivemos num mundo matematizado. Que geram hipoteses mensuráveis, que medem probabilidades. COMO DAR ATENÇÃO A "CURANDEIROS" que se metem a dar palpites?? Ou os jornalistas, que redigiram esta noticia, por não entenderam a parte matemática, só noticiaram a parte verborrágica. Um cego querendo guiar outros cegos. Por que não indicar onde encontrar os estudos matemáticos que fundamentam as afirmações acima? Será porque a Vanessa Stelzer nos avalia por ela? Será arrogancia de jornalista?? Ou porque não existem tais estudos, baseados em equações matemáticas, processadas em poderosos programas de computadores, capazes de medir as probabilidades de cada hipotese????
(Edição de Vanessa Stelzer)
“EL NEGRITO...” - Laerte Braga
McCain foi um dos articuladores do golpe e é um dos mais radicais defensores do processo que se seguiu e culminou ontem nas eleições/fraude para a escolha de um novo presidente.
Está claro que se é não é McCain quem manda de fato como disse Colindres, com certeza Obama não apita nada. Só serve cerveja e pronto.
Hugo Llorens, embaixador dos EUA em Honduras (o mesmo que era embaixador na Venezuela quando da tentativa frustrada de golpe contra Chávez em 2002) permaneceu todo o domingo, dia das eleições, no mesmo hotel onde estavam os ministros do tribunal eleitoral superior hondurenho. E hoje continua lá, neste momento, tentando resolver o impasse em torno da fraude ser ou não anunciada diante do elevado índice de não comparecimento dos eleitores, mais de 70%. E outras coisas mais.
Um grupo de ministros resolveu entender que a fraude está de tal ordem, em tal tamanho, que vai ficar difícil descer goela abaixo, até pela mídia assim tipo GLOBO, que gosta de perguntar via William Bonner ser alguém quer bom dia, para em seguida pedir que escolham a gravata a ser usada no noticiário da noite.
É possível que se o impasse persistir convoquem a “especialista” Miriam Leitão e um jeito seja achado de imediato. A senhora em questão é cobra criada nesse negócio de matar milhões de gripe suína em função dos interesses de laboratórios fabricantes de medicamentos.
Hugo Llorens, com certeza, em canal direto com a base militar do seu país em Honduras, EUA, está vendo como fazer para legitimar a farsa/fraude e “convencer” os reticentes que qualquer problema os “mariners” garantem, de quebra uma grana extra para o futuro de todo o tribunal.
“El negrito” que, na verdade é “el branquito” descansa hoje. A Cervejaria Casa Branca não abre às segundas, exceto se os pedidos forem muitos, aí a demanda é favorável. Ou então em caso de emergência, para evitar redução no estoque de colônias. Em todo caso se 40 mil caixas de “mariners” foram enviadas ao Afeganistão para “completar o serviço”, acredita-se que além dos que já estão em Honduras, mais umas dez mil caixas dessa cerveja prá lá de amarga possam ir lá fazer o mesmo.
A defesa da legalidade constitucional não implica, necessariamente, na defesa de Manuel Zelaya. Zelaya é o presidente constitucional deposto por um golpe militar financiado, armado e planejado por elites econômicas, políticas do país e norte-americanos. A devolução do poder a Zelaya, a convocação de novas eleições, inclusive do referendo sobre se os hondurenhos desejam ou não uma nova constituição, transcende a Zelaya diante da evolução dos fatos e não o autoriza a nenhum acordo com golpistas em troco de anistia. O povo não se levantou e nem os elevados índices de ausentes ao pleito significam que se queira exclusivamente a volta de Zelaya.
A luta dos movimentos populares, da resistência hondurenha é mais ampla, muito maior, escora-se na busca de mudanças estruturais decisivas para que o país possa se por de fé diante do colonizador (norte-americanos), reafirmar sua independência de fato e direito e construir-se segundo a vontade popular.
A decisão de “el branquito” de assentar em cima de outras “decisões”, daquelas de quem de fato manda, tira a máscara de nação defensora de democracia, direitos humanos e mostra a face real do capitalismo com todos os seus cânceres, dentre eles o maior de todos, a exploração e a escravização de trabalhadores, a criação de uma nova Idade Média montada na tecnologia e no terror militar do capitalismo.Em todos os momentos, por lugar comum que seja, Fernando Pessoa tem sempre razão – “navegar é preciso, viver não é preciso”.
Honduras hoje é a síntese da luta popular na América Latina como um todo. Diz respeito a todos os povos dessa parte do mundo. A época dos golpes de estado ou dos governos corrompidos pelo capitalismo só vai se encerrar com luta popular permanente e sem medo de confrontos, que acabam sendo indispensáveis.
Numa eleição democrática o esquerdista e ex-tupamaro, preso político e torturado por treze anos, José “Pepe” Mujica, participante ativo da guerrilha contra a ditadura militar venceu o candidato de direita. Soma-se a Chávez, Evo Morales, Corrêa, Fuenes, Ortega, Lugo, igualmente de esquerda e a Lula e Cristina Kirchnner, de centro-esquerda. Tem sido o rumo desejado e manifesto pelos povos da América Latina em eleições normais. Completa e fortalece a resistência do povo cubano há 50 anos longe do capitalismo, a despeito do bloqueio desumano dos EUA.
Não há acordo possível com golpistas sob pena de se perder a referência da luta e transformar-se numa espécie de PT da vida, colocando em risco o processo de avanço e conquistas (não significa que não tenham e nem estejam acontecendo com Lula, a decisão de abrigar Zelaya é de coragem e é um exemplo) que permitam à América Latina integrar-se e refazer-se longe do tacão nazista do capitalismo norte-americano. Em todos os sentidos.
E se me refiro a um “capitalismo norte-americano”, não excluo ou diferencio-o do capitalismo em si, mas especifico aquele que transforma-se na chamada nova ordem mundial num império de proporções e dimensões mundiais, num espectro de barbárie sem precedentes na História, presumindo que de fato estejamos no século XXI e não nos primórdios da civilização.
Não se luta por eleições que legitimem farsas, mas pela construção democrática de um processo socialista que nos conduza, a nós latino-americanos, a independência e soberania reais e não só de papel.
É como aquele artigo da constituição que afirma que todos os brasileiros são iguais perante à lei”. Será que Daniel Dantas é igual a um trabalhador na ótica do “justiceiro” Gilmare Mendes (com dupla nacionalidade, brasileira e italiana)?
Zelaya é o centro de uma luta num determinado momento, se deixar de encarnar o espírito e a determinação do povo hondurenho, manifesto ontem na ausência em massa aos locais de votação, nos protestos e nas manifestações desde julho, nos muitos presos, torturados, nas mulheres estupradas e nos assassinados pelo regime de bestas/feras militares e elites econômicas, deixa de ser um símbolo, um momento, vira apenas um deles.
A luta, no entanto, essa não. É maior que ele, pois os hondurenhos neste momento lutam por toda a América Latina e povos oprimidos do mundo e é por eles que todos os lutadores continuam a lutar.
[Carta O BERRO] AI-5 - Vanderley Caixe
Um grande documento histórico,
http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/index_ppal.html?var=site
[Carta O BERRO] MORRER PARA VIVER - FREI TITO DE ALENCAR - Vanderley Caixe
Este é o título do livro de Bernard (Ben) Strik sobre a Luta do Frei TITO DE ALENCAR contra a ditadura militar. O Prefácio é do Frei Betto, companheiro do Frei Tito na mesma luta.
Ben Strik foi missionário no Brasil durante 20 anos, realizando trabalhos de apoio ao movimento popular no nordeste, no sudeste e na Amazônia. De retorno à sua pátria (Holanda), criou o "Brasil op Weg" (Brasil caminhando), uma ONG formada para levar o conhecimento do que se pasava no Brasil , naqueles anos de chumbo, às comunidades católicas e protestantes holandesas. Traduzia canções brasileiras - cerca de 150 - para sua lingua pátria e as cantava nas comunidades. Com isso, tornou conhecido o Brasil, a ditadura e seus crimes e conseguia ajuda financeira para dezenas de trabalhos de base por ele apoiado.
Sabendo da morte do Frei Tito, e conhecendo sua vida através da família Alencar e de muitas e incansáveis pesquisas, dedicou-se a escrever o livo, tendo como pano de fundo a história da colonização do Brasil, as lutas do povo e os crimes da ditadura. Foram vários anos de trabalho árduo.
O livro está à venda no Brasil em várias cidades. Em São Paulo, está sob os cuidados da Pastoral Operária da arquidiocese (11) 3106-5531 (com Lucas o Cidinha), assim como deste que vos escreve. Seu preço? R$ 40,00. Pagas as despesas com a edição do livro, o demais Ben Strik está destinando à compra da casa onde Frei Tito nasceu, que será o museu sobre sua vida, luta e morte.
Se alguém quiser adquirir o livro entre em contato.
Abraços
Waldemar Rossi
O PODEROSO CHEFINHO - Laerte Braga
Não que a FOLHA tenha tido um ataque de bom caratismo em matéria de jornalismo. Pelo contrário, execução de um aliado que se tornou incômodo e que não tem tanta importância assim, ainda mais depois desses episódios, pois antes era um dos cotados para ser vice de José Jânio Serra. Candidato tucano e preferido de onze entre dez quadrilheiros da política brasileira, sem falar na preferência especial do garçom branco da Cervejaria Casa Branca, o tal Obama. Quer arrematar o resto do Brasil a preço de banana, levar o que FHC não conseguiu vender.
No filme “O poderoso chefão” de Francis Ford Coppola, o conselheiro do chefe da família Corleone, num dado momento, acho que no segundo filme, vai a um antigo mafioso preso e considerado testemunha chave numa comissão do Senado contra o “chefão”, lembrar-lhe dos velhos tempos de lealdade da máfia, em que aqueles que representavam risco para a organização saiam de cena. Se matavam. Na cena seguinte, seguindo os velhos ritos que remontam a Roma antiga, o preso aparece morto, suicidara-se na banheira da prisão cortando os pulsos e o “chefão” fica salvo.
“Dignidade” é isso.
O PPS, trailer que vai a reboque do carro tucano, naquele negócio de falsa virgem, já divulgou em nota oficial que está saindo do governo de José Roberto Arruda. Esqueceu-se seu chefe, o “chefinho” Roberto Freire que não poderia é ter entrado, o que em si e por si, para um partido dito socialista, é uma vergonha. Farsa. E ainda mais levando em consideração que Roberto Freire pega doze mil reais por mês do povo paulista para ser conselheiro duma arapuca qualquer em troca do apoio a Serra.
O DEM, partido de José Roberto Arruda, da senadora Kátia Abreu (capitulável em dez ou doze crimes diferentes em nome da democracia e do dinheirinho sagrado para ela, desde que público), que de início dizia não acreditar e que iria dar apoio ao governador já avisou que é hora de José Roberto Arruda entrar no banheiro e cortar os pulsos para não prejudicar o resto da quadrilha e não atrapalhar a candidatura do representante de Washington, da turma FIESP/DASLU, o tal José Jãnio Serra, mesmo porque, com a grana que recebeu ao longo de sua vida pública, não vai deixar ninguém passar fome em seu meio.
Cortar os pulsos nesse caso é renunciar.
A FOLHA só fez disparar a metralhadora, ou entregar a navalha por baixo dos panos, ou dar a dica. Lá estão acostumados com esse tipo de negócio, na ditadura seus caminhões eram parte do esquema Fleury, OBAN, essas coisas assim de ditaduras.
Se o “chefinho” vai entender ou não é outra história. Primeiro tem o tal juramento de lealdade das máfias e tanto PSDB, PPS, como o DEM querem que Arruda cumpra o seu. O que Arruda deve estar esperando é garantia de impunidade, ou seja, um Gilmar Mendes da vida para dar um habeas corpus caso venha a ser preso. São negociações complicadas, tipo “vocês garantem que não serei preso, pois se for abro a boca”. E os caras, de pronto, “fique tranqüilo, já entramos em contato com o Gilmar e o habeas corpus está garantido, depois rola devagar na justiça e pronto”.Aí o bandido pega o dinheiro público posto em lugar seguro e corre para o exterior, a fim de recuperar-se dos traumas sofridos, deixar a poeira baixar e FOLHA DE SÃO PAULO, os jornais das máfias tucana, DEM (PPS e “mafinha”, coisa de doze mil por mês) posam de incansáveis defensores da moral, dos bons costumes, etc, etc, enquanto continuam mentindo, iludindo, pegando por fora, o de sempre.
O arcebispo de Mariana vai ser chamado para abençoar a ação e celebrar a missa de sétimo dia de José Roberto Arruda. E vai chamá-lo, com certeza, de injustiçado. Sai mais uma reforma no palácio episcopal e convite especial para mais missas na base norte-americana em Honduras. Esse é pule dez para cardeal de Reichtzinger.
[Carta O BERRO] CartaCapital -Os vencidos não se entregam - Vanderley Caixe
Luana Lila, de Iaras
No acampamento Rosa Luxemburgo, como em tantos outros ligados ao MST, as condições de vida são precárias. As lonas esquentam em demasia durante o dia, falta água e energia elétrica. Mas o que mais incomoda as 180 famílias acampadas nos arredores de Iaras, no sudoeste de São Paulo, são as tempestades. “Você nunca sabe se vai deitar e amanhecer em pé ou não. Tudo sai voando, eu tenho um medo terrível. Se cai granizo é pior ainda, porque você vê que a lona não vai resistir. Depois que passa, a gente sai para ver o que sobrou, todo mundo tem de se ajudar para reconstruir”, afirma Rosalina Beatriz de Oliveira, acampada há cerca de um ano.
A fazenda Agrocentro, que dá lugar ao acampamento, foi declarada improdutiva pelo Incra e aguarda a conclusão do processo de desapropriação. Para chegar lá, depois de três horas pelas modernas estradas do estado, o progresso do agronegócio se faz mais tímido e grandes buracos no asfalto dificultam a circulação dos veículos. Em seguida, o carro segue derrapando na areia grossa, ao longo de 32 quilômetros de estrada de terra cercada de plantações de eucalipto e cana.
Na fazenda o pasto deu lugar aos barracos de lona que surgem no horizonte. Com o sol forte na cabeça e a terra fervendo sob os pés, o olhar insiste na busca por um abrigo, mas são poucas as árvores que sobraram. No interior dos barracos a temperatura é insuportável.
Na varanda improvisada com um puxadinho de lona está Marta Pereira da Silva, que mora há oito meses no acampamento. Marta parece ter bem menos idade do que os 40 anos que sua certidão de nascimento aponta, mas está doente. Tem pressão alta e diabetes e toma mais de vinte comprimidos por dia.
Quando vai ao pronto-socorro, em Bauru, sempre ouve que a primeira coisa a fazer, se quiser continuar viva, é deixar o acampamento o mais rápido possível. Os médicos sabem que, da próxima vez que passar mal, ela pode não chegar a tempo ao hospital. Dependerá da boa vontade de um companheiro de carro ou da polícia, que já foi acionada em momentos de emergência e não apareceu. Marta prefere correr o risco: “Os médicos falam para eu sair daqui, mas e a minha terra, e a minha luta? ”
O acampamento Rosa Luxemburgo não está ali por acaso. Na região existem 50 mil hectares de terras públicas indevidamente ocupados por particulares. A história começou em 1920, quando a União adquiriu a área, que abrange os municípios de Águas de Santa Bárbara, Iaras, Borebi, Lençóis Paulista e Agudos, para a colonização de famílias de imigrantes. O problema é que as terras não foram discriminadas regularmente e, com o passar do tempo, particulares começaram a tomar conta e registrar as áreas em cartório.
Foi só a partir de 1994 que o Incra começou a fazer um levantamento da área pública total, conhecida como Núcleo Colonial Monção. Em 2002, o Instituto passou a identificar os ocupantes irregulares, concluindo que os atuais proprietários não são os mesmos que tomaram as terras originalmente, pois, ao longo dos anos, elas foram vendidas diversas vezes. Isso acaba dando bases para longas disputas judiciais, enquanto o Incra solicita a devolução das terras à União, mediante indenização. Ele se baseia em artigo da Constituição que determina que as terras públicas devem ser prioritariamente direcionadas à reforma agrária.
Para complicar ainda mais, além das terras públicas, existem na região onze fazendas, cerca de 15 mil hectares, que já foram vistoriadas e consideradas improdutivas pelo Incra, mas aguardam uma certidão de uso e ocupação do solo da prefeitura de Agudos para que o processo de desapropriação tenha início. Mas o prefeito Everton Octaviani, que por enquanto concedeu o documento apenas para a fazenda Agrocentro, afirma que, dos onze imóveis, ao menos quatro proprietários entraram com ações na Justiça contra o laudo de improdutividade. Quanto aos outros, o prefeito explica a demora na emissão do documento: “Eu ainda não emiti porque não quero que venham para o município essas famílias de outras localidades, que são do MST. Eu tenho negociado com o Incra e exijo que sejam colocadas ali famílias da minha cidade, famílias de trabalhadores que vão fazer um bom uso da terra, que vão produzir. Eu não posso dizer que só quero agudenses, mas preferencialmente de Agudos, e que não sejam do MST”.
No meio desse entroncamento de interesses estão centenas de pessoas que, após uma história de despejos violentos e promessas não cumpridas, aguardam um lote para se estabelecer. Rosalina é uma delas. Aposentada, ela trabalhou em Bauru durante muitos anos como atendente de enfermagem. Sua experiência é útil ao acampamento, assim como os ensinamentos familiares sobre o uso de ervas medicinais. “O tradicional do hospital não serve para nada aqui.”
Enquanto as famílias vivem no acampamento, as pequenas hortas pipocam lá e cá, fartas. São plantações de mandioca, abóbora, chuchu, almeirão e alface. Mesmo com a situação indefinida, eles já podem se alimentar do que plantaram, mas não expandem o cultivo por medo de ser expulsos a qualquer momento, como aconteceu diversas vezes com Francisca Ângela dos Santos: “Quando acontece o despejo, a gente tem de levar a casa inteira nas costas. A minha casa está toda aqui, você já pensou se for para sair dentro de 24 horas, o que vou fazer com isso? Eu tenho de levar os animais, o que não puder ir fica”.
As primeiras ocupações do MST na região datam de 1995, quando o movimento percebeu a complexidade agrária do local e vislumbrou uma possibilidade para o assentamento de suas famílias. Desde então, a disputa judicial entre o Incra e os fazendeiros rendeu alguns frutos aos trabalhadores. Segundo o superintendente do Incra em São Paulo, Raimundo Pires Silva, entre Iaras e Bauru existem cerca de mil famílias assentadas. Algumas empresas preferiram fazer acordos de permuta nos quais cedem à União uma área equivalente à que ocupam, mas em outro local, para não perder as benfeitorias já instaladas. O mesmo tipo de acordo foi discutido durante seis meses com a Cutrale, mas ela decidiu continuar o processo judicial.
Para Paulo Beraldo, dirigente regional do MST, isso explica a ação do movimento na fazenda Santo Henrique, no início de outubro: “Ocupamos em 2008 em busca de um acordo para passar uma área equivalente para que a Cutrale não tivesse de mexer nas laranjas. Tendo o acordo, a gente respeitava aquela área como deles, só queríamos saber onde seria a nossa”.
O MST alega ainda que as acusações de depredação das benfeitorias da empresa e o roubo de funcionários não foram ações efetuadas por eles, e, sim, nas palavras de Paulo, por “alguém que se aproveitou da situação e, como estava lá, saiu na conta do movimento”. Segundo ele, alguns tratores destruídos estavam danificados na própria oficina da fazenda.
Enquanto as investigações sobre o caso não são concluídas, o superintendente do Incra critica a ação do MST na fazenda da Cutrale: “A reforma agrária não é um processo de revolução para fazer o socialismo. A reforma agrária implica um debate sobre a nossa dívida social. Estamos empregando uma família, dando condições de vida, de cidadania”.
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Por Frei Henri Burin des Roziers
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA DO SUL E SUDESTE DO PARÁ.
Segundo os relatos de trabalhadores rurais cerca de 200 policiais civis e militares, vários deles embriagados, realizaram operações nessas ultimas semanas nos acampamentos da Fazenda Rio Vermelho, Castanhais e Espírito Santo, todas na região de Xinguara.
Espancaram, torturaram até mulher grávida, humilharam, ameaçaram de prisão e de morte, apontaram armas para os trabalhadores, apreenderam pertences das famílias e destruíram suas roças.
Apenas para os 2 primeiros acampamentos existia ordem judicial de busca e apreensão de armas e munições e ainda assim a policia agiu com violência e arbitrariedade, extrapolando totalmente os limites da legalidade e ferindo a dignidade e os direitos humanos dos trabalhadores e trabalhadoras acampadas.
No dia 12.11.09, no Acampamento Alto Bonito, na Fazenda Castanhais, chegaram cerca de 50 policiais, dentre os quais, membros da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), Policiais Militares e integrantes da Tropa de Choque. Os acampados relatam que homens e mulheres foram constantemente humilhados e até ameaçados de morte pela policia durante a operação. Sofreram muita violência psicológica, a fim de que identificassem pelo nome todos os lavradores, bem como os coordenadores.
Destaca-se em particular a arbitrariedade e violência da policia com relação à lavradora Neidiane Rodrigues Resplandes, que mesmo estando grávida de poucos meses, foi obrigada a caminhar cerca de meio quilômetro, debaixo de ofensas e xingamentos. Após uma sequência de tortura psicológica para que dissesse os nomes dos coordenadores e onde estavam as armas, a mulher passou mal e teve sangramento ali mesmo na frente dos policiais, que ao perceberem o estado da lavradora, colocaram-na no carro e a deixaram no Acampamento.
Segundo os acampados, nenhuma arma de fogo foi apreendida, mas a policia levou muitas ferramentas de trabalho, tais como: facões, facas de cozinha, machados, bomba costal, uma antena de celular, alguns quilos de arroz, feijão, documentos pessoais, 06 motocicletas e até os galões de pegar água no córrego. Nenhuma família sabe para onde foram levados os seus pertences.
Dois dias depois, em 14.11.09, foi a vez do Acampamento João Canuto, na Fazenda Rio Vermelho, aonde chegaram cerca de 200 policiais, incluindo aproximadamente 15 militares da cavalaria. Esses cavaleiros adentraram as roças dos lavradores e destruíram parcialmente as plantações de milho, mandioca e feijão. Durante a revista, os policiais levaram também vários objetos pessoais das famílias, inclusive 02 bandeiras do MST e 04 facões.
Contudo a maior demonstração de vandalismo e brutalidade da policia ocorreu no Acampamento Vladimir Maiakovisk, na Fazenda Espírito Santo. Na noite de 22.11.09, por volta das 19:00 horas, chegaram cerca de 30 policiais militares do GOE (Grupo de Operações Especiais) e passaram a agredir os acampados. Eles desceram do ônibus trajando shorts e camisas tipo regata, todos armados com pistolas, rifles e espingardas calibre 12, gritavam xingamentos e palavras de baixo calão.
Um dos policiais fez a lavradora Rita de Cássia deitar no chão e apontou uma espingarda calibre 12 para a sua cabeça. Outro militar ameaçou de morte o acampado Weston Gomes e lhe deu um soco, na altura da costela. Outro policial apontou a arma para a agricultora Elione, abriu e chutou a sua bolsa.
Conforme as declarações dos acampados, a maioria dos policiais demonstrava visíveis sinais de embriaguez alcoólica e em nenhum momento apresentaram qualquer ordem judicial para adentrar e revistar o acampamento.
Lembramos que no IV Seminário Nacional da Proteção de Defensores de Direitos Humanos, estava presente a Comissária da ONU para assuntos de Direitos Humanos, Navy Pillay, que advertiu sobre excessos cometidos por policiais: "Agentes policiais tem que saber que não podem abusar de seu exercício profissional".
Parece que essa advertência não significa nada para esses policiais e seus superiores, pois o que se observa é a repetição das praticas violentas e de banditismo que caracterizaram a "Operação Paz no Campo" ocorrida no Sul do Pará em novembro de 2007 e que ficou conhecida pelos movimentos sociais como o "Terror no Campo". Até quando isso vai continuar?
Xinguara-PA, 25 de novembro de 2009.
O GOVERNADOR E O ARCEBISPO - Laerte Braga
Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) demitiu parte do conselho editorial do JORNAL PASTORAL e mandou retirar de circulação exemplares da edição de setembro. A denúncia foi feita pelo jornalista Danilo Augusto, no jornal BRASIL DE FATO. A tiragem do JORNAL PASTORAL é de dois mil exemplares, circulando em pelo menos 70 municípios da região.
Pensar que o arcebispo de Mariana era Dom Luciano Mendes de Almeida.
Dom Geraldo Lyrio não gostou de criticas feitas ao governador de Minas Aécio Neves e a prefeitos tucanos de cidades da região da sua arquidiocese. Para ser ter uma idéia de uma das mutretas abençoadas pela decisão do arcebispo, o prefeito de Piranga gastou 375 mil reais em obras numa praça da cidade, pelo menos 225 mil acima dos custos reais. O prefeito é Eduardo Sérgio Guimarães, do PSDB.
O jornal publicou ainda parte de trabalho do ESTADO DE MINAS que denuncia (deve ter escapado e o jornalista já deve ter sido demitido) que 81 dos 85 municípios da região com menor índice de desenvolvimento (renda, emprego, saúde e educação), no que diz respeito ao governo Aécio, a “pobreza caminha de mãos dadas com a corrupção”.
D. Geraldo Lyrio não gostou, tomou a decisão em caráter pessoal, bem ao estilo truculento do esquema montado desde o papado de João Paulo II. O JORNAL PASTORAL mostra também que as verbas públicas estavam e estão sendo empregadas em empresas privadas. “O governo Aécio, sob a diligência da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, canalizou recursos da ordem de 15 bilhões de reais para quatro empresas”
Vallourec, Sumitomo, CSN e Gerdau. São os tais que defendem a iniciativa privada, o deus mercado (que orienta D. Lyrio), mas tudo com dinheiro público. Esse valor, na denúncia formulada pelo jornal daria para a construção de 700 mil casas populares ao preço de 20 mil reais cada uma, quatro vezes mais que os bilhões reservados pelo governo federal para programas de moradia em todo o Brasil.
Em compensação as obras de caridade do arcebispo devem estar bem fornidas, o palácio episcopal deve ter a despensa sortida de caridade empresarial, tanto quanto a caixinha do governador de Minas para sua campanha presidencial.
E mais. “Se esse recurso fosse distribuído para as três cidades Congonhas Ouro Branco e Jeceaba, onde as empresas sortudas estão instaladas, a totalidade dos 70 mil habitantes teria em programas de saúde, educação, moradia, 219 mil reais por pessoa, cerca de um milhão por família”.
Os demitidos pelo gesto inquisitório de Dom Lyrio consideram que a decisão do arcebispo foi política e não religiosa. O santo homem não gostou de ver o governador de Minas exposto assim de público como corrupto e pilantra, naturalmente, movido por piedade cristã.
Não deve ser por outra razão que quando as máfias foram criadas na Itália (Marcinkus tinha ligações com mafiosos e foi pedida sua prisão por esse motivo) decidiram que os chefões seriam chamados de Dom.
O jornal apontou também que terras em áreas privilegiadas foram desapropriadas e entregues de mão beijada a essas empresas, com toda certeza para gerar “progresso”, “emprego”, etc, etc, essa pilantragem Aécio fez semana passada em Juiz de Fora, Minas, onde prefeita o corrupto tucano Custódio Matos.
Preocupado e com medo de perder os convescotes no Palácio em BH, o arcebispo Dom Lyrio, na edição de outubro diz que não concorda com as críticas.
A eminência vai de encontro, na visão correta dos demitidos à campanha de candidatos ficha limpa. A de Aécio é branquinha, mas de outra coisa. E não é pinga não.
Fica fácil explicar o motivo da queda do número de católicos no País nos últimos anos. Da ordem de 11% revela pesquisa do DATA FOLHA, feita em 2007.
Se já não recebeu a medalha Tiradentes, em Ouro Preto, com toda certeza Dom Lyrio vai recebê-la e mais muitas coisas. Um convite para uma semana em Honduras, onde o cardeal de lá apóia o golpe militar (prendeu, torturou, estuprou e matou mais de mil resistentes), com direito a estadia na base militar dos EUA, um fim de semana na CERVEJARIA/TRAMBIQUETERIA CASA BRANCA e se bobear ainda ganha de Obama o direito de abençoar os 40 mil homens que “vão completar o serviço no Afeganistão”.
Breve no Vaticano e em todas as dioceses e arquidioceses, a bandeira ornada com a suástica e Bento XVI de bigodinho, relembrando seus velhos tempos de juventude hitlerista.
O jornal BRASILDE FATO, que denuncia o esquema D. Lyrio/Aécio (Gerson Camata deve ter alguma participação no batismo imagino) tentou ouvir o Dom, mas não obteve resposta a seus pedidos.
Já já vira cardeal.
¿Solución? Curas mujeres o casados - Bismarck Frota de Xerez
JUAN G. BEDOYA
En España hay 23.286 parroquias; 10.615 no tienen sacerdote residente
A muchos pueblos sólo va el cura cuando hay un funeral
5.000 curas casados u obreros viven marginados aunque falten vocaciones
Los sacerdotes 'importados' del Este vienen con mujer e hijos
La idea de rebaño en la Iglesia romana es bíblica. No hay desprecio en el término. Es como veía el fundador Jesús a quienes le seguían, según el evangelista Mateo. "Al ver las multitudes, tuvo compasión de ellas, porque estaban desamparadas y dispersas como ovejas sin pastor". La comparación estaba ya en el relato de David, pastor antes que rey de Judea. Pablo Neruda la convirtió en metáfora. La realidad es que las ovejas se pierden cuando no tienen quien las guarde.
En los catecismos de los padres Astete y Vilariño, de obligado cumplimiento durante la dictadura nacionalcatólica, la misa dominical era "el primer mandamiento de la Iglesia". "Oír misa entera todos los domingos y fiestas", decía. "¿Vale mucho la misa?", preguntaba el catequista a los niños. "Es el principal acto de la religión cristiana". "¿A quién obliga este primer mandamiento?" "A todos los bautizados que tienen uso de razón". Para exigir cumplimiento tan explícito, en la España católica por decreto algunos sacerdotes reclamaban la intervención de la Guardia Civil, con multas de 25 pesetas en 1955, por ejemplo.
"Ahora, por aquí sube el cura sólo cuando nos morimos alguno, o a decirnos la misa en la fiesta del pueblo", dice un vecino de Avellanedo (Cantabria). No es una queja. Lo dice sentado displicentemente mientras observa los coches que suben o bajan del puerto de Piedrasluengas. Simplemente, le llaman la atención las enormes diferencias entre lo que vivió en su juventud y lo que comprueba en la jubilación.
Avellanedo está en el corazón de los Picos de Europa por el lado de Cantabria, en una comarca conocida como Liébana. Desperdigadas en media docena de valles, hay 85 pequeñas aldeas, con unos 6.000 habitantes en total. Administrativamente se llaman juntas vecinales o pedanías. La Iglesia católica las tiene catalogadas como 72 parroquias.
En 1966, Liébana estaba atendida por 32 sacerdotes, uno por cada tres parroquias, o casi. Hoy son cuatro curas. Uno de ellos ya ha cumplido 83 años, Benito Velarde, una institución en la comarca. De los otros tres, Manuel Gutiérrez, párroco en Tama y de otras ocho iglesias locales, tiene 72 años; 35 ha cumplido Elías Hoyal, con sede en Potes, y 47 años tiene Manuel Muela. Los cuatro reciben la ayuda de otros tantos monjes franciscanos del monasterio de Santo Toribio de Liébana, muy atareados en su convento porque dicen que allí se guarda el mayor trozo del madero donde fue crucificado el fundador.
El padre Muela atiende a 22 parroquias, desperdigadas por las montañas entre el valle de Cereceda y el de Pesaguero. No se conoce un caso parecido en España. El Derecho Canónico exige que para que un sacerdote pueda trinar -celebrar tres misas en un sólo domingo- necesita una dispensa especial de su obispo. La norma no ha cambiado pese a la crisis, pero Muela tiene un dilema moral: resignarse y cumplir, o multiplicarse por encima de sus fuerzas para que los fieles se sientan atendidos. Antes se decía: "Vives mejor que un cura con dos parroquias". El padre Muela corrige con creces la maledicencia. "A un pueblo le quitas la misa de domingo y muere. La misa es un aliciente religioso, pero también humano. Sin misa no hay comunidad eclesial", sostiene.
Es la opinión, también, de Manuel Gutiérrez. "Los vecinos están aislados y la misa es su único acto social. Llego a cada parroquia media hora antes de la misa y charlamos, les doy noticia de los otros pueblos, se intercambian opiniones". Como presume Muela, muy pocos vecinos faltan a la misa cuando la tienen. "Vienen hasta los perros del pueblo, acompañándolos", bromea.
De las 72 parroquias de Liébana, 15 tienen misa todos los domingos, otras tantas los sábados, y el resto cuando es la fiesta patronal, hay un entierro o una celebración especial. El tiempo corre en contra. Si gobernar es poblar, el fracaso de las autoridades de Cantabria en sus zonas rurales es estrepitoso. Cada año nacen en esta comarca 20 niños y mueren 100 personas, aproximadamente. "Aquí, los que mandan se preocupan más por los lobos y los osos que por las personas. Si le doy un tiro a una alimaña que ha entrado en mis fincas a comerme el ganado o las cosechas, no pago la multa ni vendiendo todas mis vacas", se queja un ganadero.
La situación no es mucho mejor en las comarcas más pobladas. En 1966, la diócesis de Santander tenía 460 sacerdotes. Hoy apenas llegan a la mitad, sumando los jubilados. También había 430 seminaristas. Hoy son 11, bien contados.
La situación es "apremiante, pero han quedado atrás las manifestaciones más agudas de la llamada crisis del sacerdocio de los años siguientes al Concilio Vaticano II", ha dicho a los obispos el cardenal Rouco. El prelado achacó la crisis "a los problemas doctrinales y existenciales derivados de interpretaciones del Concilio que se situaban en clara ruptura con la tradición de la Iglesia". Ya "han perdido virulencia", añadió.
La horfandad de las parroquias sin sacerdote -de los rebaños sin pastor- suscita el debate más enconado en el seno del cristianismo romano desde la noche de los tiempos: el celibato opcional y los curas casados. Muchas parroquias están atendidas por sacerdotes llegados de otros países, sobre todo del Este europeo. En Italia suman ya el 4% del total. En España se cuentan por cientos atendiendo a parroquias en Cataluña, Levante y Andalucía. En su mayoría son casados y vienen con sus esposas e hijos. Si fueran españoles no podrían ejercer, aunque el obispado de Tenerife ordenó sacerdote en 2005 a un pastor anglicano converso, con mujer e hijos, y el papa Benedicto XVI acaba de acordar con la jerarquía de esa iglesia la recepción de cientos de sacramentados más en esa situación.
No es seguro que el remedio para excitar vocaciones sacerdotales sea el de permitir que los sacerdotes se casen. Pero es una reivindicación clamorosa, incluso en boca de muy altos prelados, como el cardenal emérito de Milán, el jesuita Carlo María Martini. Los últimos papas se niegan a discutirla. No quieren ni oír ni hablar del asunto.
Otra solución es el sacerdocio de mujeres, inmensa mayoría en la Iglesia romana. Margarita Pintos, de la Asociación de Teólogos Juan XXIII, tiene un estudio sobre la cuestión, con el título La presencia de las mujeres en la Iglesia católica española. Sostiene que mientras la mujer sea excluida de los ministerios ordenados (diaconado, presbiterado, episcopado), la Iglesia romana no podrá espantar la acusación de negar derechos fundamentales a más de la mitad de sus fieles.
Personalidades tan relevantes como el padre Ángel García, el carismático fundador de Mensajeros de la Paz, sostienen que este Papa podría dar ese paso. "Tengo la firme esperanza de que, si Dios le da vida, este Papa pondrá en funcionamiento el sacerdocio femenino", afirma. Se ha apostado un café con su biógrafo, Jesús Bastante, a que ello ocurrirá "antes de cinco años".
El padre Ángel no es tan optimista sobre el celibato opcional. Tampoco José Catalán Deus, que acaba de publicar un meticuloso análisis del actual pontificado con el título Después de Ratzinger, ¿qué?. Cifra en 57.000 los sacerdotes casados y alejados del ministerio. Unos 6.000 son españoles. "Aunque los obispos son conscientes de la falta de sacerdotes, creen que la solución no es abolir el celibato, ni siquiera recurrir a los llamados viri probati, hombres casados de probada fe y virtudes a los que se concede la ordenación", sostiene.
Otro frente en el que los obispos pueden recuperar pastores para sus fieles es el de los curas obreros, algunos cientos en España. El Santo Oficio de la Inquisición condenó hace 50 años la experiencia de estos curas obreros, iniciada en 1944 por el dominico Jacques Loew como descargador en los muelles de Marsella (Francia). Roma pensó entonces, por boca de Pío XII, que la Iglesia católica, al aceptar ese camino, se implicaba "en la funesta lucha de clases". Juan XXIII y el Vaticano II levantaron el veto en 1962 y dio alas al movimiento en gran parte de Europa.
En España, las cosas no fueron fáciles. Muchos curas obreros se convirtieron en famosos sindicalistas o políticos, como Mariano Gamo o Paco García Salvé, en medio de una gran zozobra de los obispos de la época, en su mayoría franquistas, y con gran enfado de las autoridades de la dictadura. Incluso llegaron a abrir, de común acuerdo, una cárcel en Zamora sólo para curas.
Desaparecidos prácticamente del mapa eclesial, a los curas obreros les debe la Iglesia católica dos grandes favores: la superación del tradicional anticlericalismo de la izquierda y el haber salido viva de su estrecha implicación con la dictadura de Franco, que los obispos contribuyeron a instalar apoyando con entusiasmo el golpe militar de 1936. Fue gracias a los curas obreros que la jerarquía, acostumbrada a apoyarse en dictadores para apuntalar privilegios y poderes fácticos, dio la apariencia de estar enemistada con aquel brutal régimen.
"Ha sido el fenómeno más importante de la Iglesia católica en el siglo XX", afirma Julio Pérez Pinillos, él mismo cura obrero y casado. Acaba de publicar un informe con el título de Curas obreros (editorial Herder), con testimonios de muchos de ellos, entre otros el cura rojo por antonomasia, Mariano Gamo. Después de ejercer de capellán del Frente de Juventudes, Gamo renunció a una brillante carrera eclesiástica para irse a vivir a una barriada de Madrid. Antes lo habían hecho los jesuitas José María Llanos y José María Diaz-Alegría.
En algunas diócesis, estos sacerdotes tienen prohibido todavía compaginar el ministerio parroquial con el trabajo en una fábrica. Pero no en la universidad, por ejemplo, o en campos de la enseñanza media o la sanidad. "Se da por admitido que los curas podían estar en las cátedras pero no en las fábricas. Lo lamentable es que, por uno u otro motivo, se está traicionando el mandato del Concilio Vaticano II, que colocó la eucaristía como la fuente y el culmen de la comunidad cristiana", lamenta el cura Pinillos.
El laberinto del sexo y el caos del celibato
Alegría, esperanza, incluso una cierta sensación de regodeo, convencidos de que el tiempo y el Vaticano les irían dando la razón. Ésas fueron algunas de las sensaciones con que los sacerdotes católicos casados que hay en España, más de 5.000 según el Movimiento por el Celibato Opcional (Moceop), recibieron en 2005 la noticia de que el obispo de Tenerife había ordenado cura a un hombre casado y con dos hijas. Pese a que el nuevo sacerdote, el pastor anglicano Evans D. Gliwitzki, dijo más tarde que "pasarán 100 años antes de que se admita el matrimonio sacerdotal", los curas casados sostienen que esa ordenación en una diócesis española les reivindica "como curas católicos casados y, sobre todo, reivindica al Evangelio".
Fue la Conferencia Episcopal quien invitó a Gliwitzki a venir a ordenarse a Tenerife después de que su caso fuese estudiado y autorizado por la Congregación para la Doctrina de la Fe, presidida por el cardenal Ratzinger, hoy Benedicto XVI.
Su gozo en un pozo. Pese a la afirmación del cardenal Martini, uno de los grandes eclesiásticos contemporáneos -"la Iglesia debe tener el valor de reformarse"-, los últimos papas están cerrados a ordenar a hombres casados, o a mujeres. Los sacerdotes lebaniegos Muela y Manuel Gutiérrez creen que es el único camino para mitigar su heroico trabajo diario.
El sexo es un asunto que desata las iras en los papas desde que son solteros. Giacarlo Zizola, historiador de la Iglesia moderna, lo ilustra en su libro La otra cara de Wojtyla. Uno de sus protagonistas es el ya fallecido cardenal de Sevilla y ex presidente de la Conferencia Episcopal, José María Bueno Monreal, un gran colaborador de cardenal Tarancón.
Una mañana de 1980, en el Sínodo sobre la familia, el Papa había perdido la paciencia mientras hablaba con los cardenales alemanes: "Demasiados hablan de replantearse la ley del celibato eclesiástico. ¡Hay que hacerles callar de una vez!", les dijo. En la misma época, el cardenal español Bueno Monreal había osado decir al Papa durante una audiencia: "Santidad, mi conciencia de obispo me impone hacerle presente que existen problemas como los del celibato, la escasez de clero y la cantidad de sacerdotes que siguen esperando la dispensa de Roma". "Y mi conciencia de Papa me impone echar a su eminencia de mi despacho", fue la respuesta de Wojtyla. El bondadoso cardenal sufrió un infarto días más tarde y cesó en el cargo.
sábado, 28 de novembro de 2009
O PERDÃO DO PERU - Laerte Braga
É que amanhã é dia Ação de Graças, feriado nos Estados Unidos e milhões de perus serão servidos durante o almoço dos norte-americanos. Como o presidente Lincoln determinou que o peru fosse perdoado numa sugestão que norte-americanos deveriam se perdoar, todos os presidentes seguintes fizeram o mesmo.
A bem da verdade a intenção de Lincoln não logrou o resultado pretendido. A guerra civil – Guerra da Secessão – explodiu e os Estados Unidos continuam até hoje em guerra contra quem se lhe desafie ou contrarie seus interesses.
Vale registrar que caso Coragem, o peru perdoado, não tivesse um comportamento correto, um outro peru, reserva, estava pronto para substituí-lo e receber o perdão de Obama.
Coragem e o reserva viajam agora para a Califórnia em vôo especial e lá vão passar num local com características de hotel cinco estrelas, o resto de seus dias.
Amanhã outros milhões estarão sendo servidos às mesas norte-americanas. Dentro do território dos EUA, para os soldados espalhados pelo mundo nas bases e países ocupados e a democracia estará salva. O perdão mais uma vez fica como registro das intenções pacíficas, democráticas e cristãs deste maravilhoso país, onde as pessoas invadem escolas, escritórios, bases militares, matam colegas, e Obama, como todos, roga a proteção divina para que possam continuar garantindo a segurança mundial.
Na África, um exemplo, o maior, milhões morrem de fome e talvez nem saibam o que seja peru. No máximo galinha d”Angola.
Obama manifestou indignação com o fato de ter sido morta por apedrejamento uma cidadã da Somália, acusada de adultério. Criticou o atraso dessas tradições (são boçais sim, indiferente do aspecto e características culturais). Na França a cada dois dias morre uma mulher vítima de violência doméstica, via de regra praticada pelo marido. O governo está criando uma pulseira e um sistema para socorro imediato a essas vítimas.
Esse é outro tipo de boçalidade. É civilizado.
O governo golpista de Honduras distribuiu instruções sobre a votação de domingo quando querem eleger na marra um novo presidente. É simples de entender. O povo não está convocado a votar, isso é eufemismo. Ou vota ou leva porrete. Claro está que a ausência será vista como ação rebelde, terrorista, contra os que salvaram o país de Zelaya e garantiram os “negócios” da banana e do tráfico para os empresários, banqueiros, além da base militar dos EUA onde se treinam militares latino-americanos para golpes militares em seus países.
A ordem é simples. Baixar o porrete.
Nesse caso Obama não perdoou o povo hondurenho. Acobertou os golpistas.
Se pensarmos bem são cidadãos hondurenhos, não são perus norte-americanos. Há uma enorme diferença entre uns e outros. As democráticas instruções do governo golpista podem ser lidas na íntegra em com direito a timbre, chancela oficial e tudo.
http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/11/golpistas-e-torturadores-ameacam-quem.html
Significa dizer que hondurenhos não têm seu dia de peru. Ou por outra, de peru Coragem, mas sim de almoço para norte-americanos e seus sequazes militares e golpistas de um modo geral.
Outro que tem tomado bordoada por todos os lados é o presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad. O iraniano em momento algum disse que o Holocausto não existiu e foi inventado por Israel. Essa afirmação foi colocada em sua boca pela mídia cristã, democrática e ocidental para melhor atender à fome de perus palestinos dos insaciáveis sionistas de Israel.
O que Ahmadinejad disse foi simples. Israel usa o Holocausto como pretexto para o genocídio que pratica contra o povo palestino e que no Holocausto não morreram só judeus, mas homossexuais, ciganos, negros e adversários de Hitler. E disse algo que soou terrível às lideranças terroristas de Tel Aviv. Que muitos judeus (banqueiros), aderiram ao regime nazista, foram beneficiados por Hitler e alguns se tornaram colaboradores diretos do regime, do Reich.
Foi aí que aprenderam a como tratar palestinos.
Muito pior ainda, que esses judeus que aderiram a Hitler sequer tomaram conhecimento do sofrimento dos judeus prisioneiros em campo de concentração, voltaram as costas a essas pessoas e que o papa Pio XII, nazista de carteirinha, como Bento XVI, num acordo com Hitler, entregou judeus para salvar o Vaticano e suas riquezas.
É muita verdade de uma vez só para mentirosos contumazes e aí precisam do socorro da gravata de William Bonner.
Corre o boato que Obama é negro e viveu na África em condições miseráveis. Só boatos, isso é produção de Hollywood. Obama é branco da gema e se bobear ariano puro.
Por coincidência ou não, o peru Coragem, perdoado pelo presidente, é branco como neve.
Geyse Arruda, a moça do vestido curto, hostilizada por colegas e expulsa (depois expulsão revogada) pela direção da Universidade Bandeirantes (empresa que vende diplomas), desistiu de continuar seu curso, disse que vai prestar alguns vestibulares ano que vem e escolher o que for o melhor curso. Não conseguiu segurar a barra e está vivendo seus quinze minutos de glória e fama.
Num desses programas de tevê que pululam por aí no formato terror disfarçado de comédia e critica, não conseguiu responder a perguntas simples, assim do tipo dois e dois são quatro. Caiu de quatro.
Tudo bem, nada disso invalida a irracionalidade dos colegas e da UNIBAN, como é conhecida a Universidade, mas serve de sugestão. Que tal por exemplo sabatinar a apresentadora Maria Beltrão sobre cada um dos assuntos que trata no seu programa “ponto I”, ou qualquer coisa assim? Mas sem o teleprompter e o diretor.
Será que a moça tem idéia do papel que cumpre, toda sorridente, crítica e vai por aí afora?
Tem não, aposto, deve imaginar que tal e qual naquela propaganda os japoneses provavelmente inventaram a roda.
Esse perdão presidencial do peru lembra, nunca é demais, a história do judeu prisioneiro num campo de concentração que ao saber da morte do cachorro do comandante prontificou-se a substituí-lo fazendo melhor o papel que o cão fazia, ou cumpria. O general comandante pensou e aceitou. Ao final, quando o campo foi libertado pelas forças aliadas ele simplesmente não conseguia ser outra coisa que não cachorro.
Cair de quatro dá é nisso.
Obama deveria ter chamado Bento XVI para coadjuvar o perdão.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Uma Carta para Lula - Barbet
Nosso trabalho de mobilização pelo clima tem sido um desafio e tanto. Explicar para a população nas ruas temas como as consequências das mudanças do clima, a reunião da ONU em Copenhague ou o impacto de cada um de nós no aquecimento global é um trabalho que exige paciência, dedicação e muito compromisso.
Mas, durante nosso trabalho somos presenteados com momentos de esperança e inspiração, como a carta para o presidente Lula escrita pela aluna Luise, do Colégio Auxiliadora de Manaus. Além de pedir ao nosso presidente que zele pelo futuro das gerações, Luise fez um desenho de um mundo melhor - onde países, cidades, continentes, ONGs e pessoas estão juntos, determinados a lutar por um planeta sustentável.
Veja a carta
Ajude-nos a estender o banner gigante pelo Clima - Barbet
O ENCANTO DOS ORIXÁS segundo Leonardo Boff via Flávio Perri - Bismarck Frota de Xerez
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso país criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo, mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Álvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, "os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores".
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.
[Autor de Meditação da Luz. O caminho da simplicidade. Vozes 2009].
* Teólogo, filósofo e escritor
MINHAS DESCULPAS HOMER SIMPSON – ABÓBORA É BONNER E OS “ELEITORES DAS GRAVATAS” - Laerte Braga
Um desses amigos que você guarda no coração a vida inteira, não importa quanto tempo fique sem vê-lo, no caso até porque amizade é cimentada também por ser pai de duas lindas pequetitas, me alerta para o “twitter” de William Bonner.
Lá o robô coloca todos os dias a cor do terno que vai usar à noite no JORNAL NACIONAL e pede sugestões sobre a gravata. Perto de 250 mil abóboras sugerem um monte de combinações. Não raro o robô, claro a equipe, manda a pergunta “quem quer um bom dia responda eu”. Chovem as respostas, os “eus”.
Homer Simpson me perdoe tê-lo comparado a esse monte de abóboras. No máximo você bebe cerveja (mas, por favor não beba as da cervejaria Casa Branca) e assiste umas partidas de futebol (também gosto e hoje me ufano de ser tricolor). Não perca tempo com “twitter” dizendo que quer um bom dia, o tal “eu” e, a bem da verdade, a série onde você é o personagem principal, resta sendo uma crítica bem humorada e inteligente ao american way life.
E eu, fosse você como nós, sugeriria um processo numa corte distrital contra Bonner por tê-lo comparado aos abóboras que dizem “eu”.
Bonner não é a bem dizer um abóbora. É um mau caráter só isso. Um sujeito que se presta ao papel de mentir sem piscar os olhos e faturar em cima exatamente desse monte de abóboras, além, lógico, do que lhe pagam os patrões, os donos.
Eu cheguei, arrependido e chateado de ter comparado plantações de abóboras humanas (humanas?) a pensar em Aldous Huxley e seu conceito que enxerga o ser humano, pelo menos dito assim, como escravo de seus desejos e morto na ausência de valores imateriais e perenes.
Tenho certeza agora que está certa a OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) quando afirma que a depressão será a segunda maior causa de morte a partir do ano 2020, superada só pelas doenças cárdio/vasculares, que não deixam de ser parte desse processo.
Em caso de crise existencial corra ao “twitter” de Bonner, escolha a cor da gravata e proclame “eu”. Não precisa colocar o nome porque não existe esse eu como indivíduo, ser, sujeito de si próprio, tão somente uma abóbora transgênica. Se a crise persistir corra a um shopping e se não tiver jeito, espere a dose da noite, a edição do JORNAL NACIONAL.
Imagino que abóboras do “eu” iam entrar em desespero suicida se lessem Hegel, olhe o contrário de Marx, ou vice versa é mais correto dizer assim, que ”a consciência de si existe em si e para si quando e porque ela existe em si, e para si diante de uma outra consciência de si, isto é, ela só existe como ser reconhecido”.
Gilbert Bécaud, Et maintenant”, num dado momento, “dans le miroir ... Joguem os espelhos fora, quer dizer, deixem apenas os de FHC e Bonner, do contrário vão viver de que?
JORNAL NACIONAL é uma ficção? Um programa de entretenimento? Que tal sortear ou rifar as gravatas de Bonner para instituições de caridade? Com direito a autógrafo. Boninho, o tal que gosta de jogar água suja em “vadias” (que nem os caras do condomínio que assaltaram uma doméstica porque negra e parecia vadia), levar gravatas para o BBB e promover uma tarde de “quem quer um bom dia”.
Respostas pela net e por telefones celulares de qualquer operadora a um custo de tanto, mais comissões, lógico e impostos.
Milhões de abóboras com certeza. Num sei o que é pior se o aleluia de Edir Macedo ou o “eu” do pastor Bonner.
É um espetáculo, onde as pistas têm ranhuras como convém aos mais modernos aeroportos e onde o dinheiro, os “negócios” ficam sendo “a vida do que está morto se movendo em si mesma”, Hegel mais uma vez.
Não sei se você vai entender Homer, mas de qualquer forma, desculpe. Conhece Gabel? Estabelece que essa correlação entre ideologia do espetáculo e a esquizofrenia andam de mãos dadas.
Estão lá no “twitter” do Bonner, num monte de “eus”.
A “falha da faculdade do encontro”. Um fato alucinatório, a falsa consciência do encontro, a “ilusão do encontro”. E aí Debort – “numa sociedade que ninguém consegue se reconhecido pelos outros, cada individuo torna-se incapaz de reconhecer sua própria realidade. A ideologia está em casa; a separação construiu seu próprio mundo”.
“O espetáculo é a imagem do espelho”, o “pagamento dos limites do eu e do mundo do esmagamento do eu”.
E por fim, tudo isso é pedido de desculpas a você Homer, até por ter acreditado em Obama, “a necessidade anormal de representação compensa aqui o sentimento torturante de estar à margem da existência”.
“Eu”
Não precisa se preocupar com nada disso, beba sua cerveja, veja seu futebol, mas por favor, não assista ao tal JORNAL NACIONAL, do contrário você perde o que de idiota íntegro.
Começa a escolher cor de gravata e a gritar “eu”.
Vou mudar, trocar o número do telefone, vou olhar o mar, de repente me deu uma baita vontade de ouvir Chopin, Bécaud canta tudo isso.
Desculpe Homer Simpson, Bonner no duro é mau caráter, abóboras não têm nada a ver com você que tem nome e identidade e ainda usa crachá. Abóboras gritam ávidos apenas “eu”, sem saber que estão mortos.
Nem tente entender essas coisas, muito menos vá atrás de mescalina para encontrar as “portas da percepção”. Conforme-se com o admirável mundo novo”
E quando encontrar Bonner, faça como um dos seus fez, ou você mesmo, não me lembro, fez com Pelé. Logo em seguida ao anúncio das verdades sobre colgate, coloque sobre a mesa o monte de dinheiro/ração.
Pronto, está feito o serviço. Aí é só esvaziar e guardar na caixa até o bom dia seguinte.
Aposto que Bonner usa aquele spray que você coloca no carro e a mulher do caixa do pedágio larga tudo para segui-lo vida que segue. Ou aquele que “é tão inteligente quanto você” e a aproximação de “humanos” solta aromas da natureza. Não adianta ficar fazendo papagaiadas à frente do dito, ele é bem mais inteligente tenha a certeza, vai liberar aromas a cada trinta minutos ou a um toque.
No banheiro então! Diga apenas “eu”. É um monte com cara e cheiro de Bonner.
Muito cuidado com Arnaldo Jabor e Miriam Leitão, o Butantã ainda não conseguiu um antiofídico capaz de eliminar o veneno, é fatal. São anencéfalos e propagam a doença.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
QUE TAL ESCOLHER AS NOTÍCIAS AO INVÉS DA GRAVATA? - Laerte Braga
Como a prática da GLOBO é mentir em função de interesses que representa e formar no batalhão de veículos que procura moldar a opinião pública a esses interesses, resolveram transformar Bonner numa espécie de princípio, meio e fim da notícia, da verdade, daí o lançamento de livro, conferências compradas em universidade públicas e privadas e presença em programas dos vários canais da rede, até chegar ao ridículo de permitir que o telespectador escolha a gravata a ser usada na edição do dia do porta-voz oficial de Washington e Wall Street.
Entre nós, o esquema FIESP/DASLU e PSDB/DEM.
A própria forma como Bonner tem sido conduzido aos vários eventos mostra o conceito do jornalista e da rede sobre a vítima, a que vai ser bombardeada com todo aquele conjunto de mentiras e distorções de cada dia, tanto no JORNAL NACIONAL, como nos demais noticiários da rede.
O jornalista lembra um candidato a deputado federal em Minas, ao da graça de 1970. O cidadão incapaz de pensar decorou um discurso e a todos os lugares que chegava começava “quis o destino...”
Quis o destino que os brasileiros sejam vistos como um bando de Homer Simpson, um tipo abóbora e Bonner possa mentir sem a menor preocupação de vir a ser desmentido pelos fatos, à medida que uma dose de passividade tomou conta de boa parte da população, aquela que Nixon chamava de “maioria silenciosa”.
Que tal se um dia Bonner deixasse os telespectadores escolherem as notícias da noite? Ao invés da gravata.
Na greve dos professores mineiros em 1979 uma professora virou-se para um deputado e perguntou a ele se tinha noção do preço do pãozinho de sal. Não tinha a menor idéia. Foram dadas três chances ao deputado para acertar e em nenhuma delas o parlamentar passou perto.
Não consigo entender bem esse negócio de bonecos e bonecas infláveis, a não ser pelo lado da solidão produzida em massa pelo capitalismo.
Mas não tenho dúvidas que Bonner é um deles. Não pelo lado da solidão que em si significa a necessidade do outro, mas do absoluto vazio de quem acha que no dia agá vai ressuscitar dentre os mortos e ascender aos céus sob aplausos, transmissão direta com direção de Boninho (BBB), comentários de Miriam Leitão (vão morrer milhões no Brasil de gripe suína e a economia vai para o brejo) e toda aquela corte na qual não deixará de estar presente Xuxa e sua filha Sacha.
Se estiver chovendo vão dar um jeito de arrumar uma lona imensa para que os milhares de fãs possam despedir-se do ídolo. O discurso vai de Bial cercado de BBs e ex-BBs falando sobre heroísmo.
Alexandre Garcia vai estar presente autografando exemplares antigos de ELE e ELA.
Um minuto de silêncio na bolsa, nos estádios e a dançarina Gilmar Mendes vai mandar constar de ata o pesar de toda a boate.
Por onde o cortejo for passar terão sido feita ranhuras para evitar aquaplanagens.
O monte de seguranças em torno da gravata e seu adereço, Bonner, é para evitar que um terrorista chegue com um alfinete e flim, faça um furo. Deve ser esse o barulho do furo, flim.
O canal GNT – GRUPO GLOBO – no horário da madrugada, naqueles programas que mostra os novos tempos, os novos costumes, trouxe uma ilha na Venezuela para onde vão algumas mulheres comuns e lá recebem homens sem qualquer restrição a qualquer tipo de “negócio”, digamos assim.
Segundo o apresentador as moças vão para a tal ilha tentar ganhar um dinheiro para pagar universidades, pagar tratamento dentário, ajudar no sustento da família e envergonhadas voltam para suas casas com um bolo de notas, o que resta, segundo uma delas, compensando as vergonhas enfrentadas.
Na democracia cristã e ocidental aqui mesmo, no Nordeste, é possível comprar uma virgem de 12 anos por algo em torno de 200 reais e direto com os próprios país. Na Inglaterra uma jovem negociou sua virgindade por alguns milhões de libras e outra abandonou o marido depois de receber proposta financeira excelente de um banqueiro por contrato de casamento de dois anos, renováveis por mais dois.
No programa do canal GNT, o fundo era um discurso do presidente venezuelano Hugo Chávez. No Iraque, assim que as tropas derrubaram o regime de Saddam Hussein os comandantes militares norte-americanos chegaram a conclusão que a melhor forma de começar a diminuir a resistência popular a invasão era a farta distribuição de filmes pornográficos e a presença ao vivo de algumas atrizes especialistas no assunto.
Na avaliação desses comandantes militares não haveria Islã que agüentasse.
Tentavam fazer refletir apenas a sociedade capitalista. Podre, desumana, perversa e vazia.
É só um alfinete e flim.
A Venezuela é um dos países latino-americanos onde o analfabetismo foi plenamente erradicado, a saúde pública é de boa qualidade e a educação acessível a todos os venezuelanos entre outras coisas. Por isso é preciso dizer o contrário. Nos EUA 90 milhões de norte-americanos não dispõem de qualquer forma de assistência de saúde e por isso Obama (o branco disfarçado de negro) está lutando por um novo programa governamental para diminuir essa característica de barbárie da sociedade onde se mata em bases militares, em escolas, em escritórios, etc. Terra onde Barbra Bush, mulher do primeiro George e mãe do segundo, afirma que refugiados do furacão Katrina estão vivendo melhor nos acampamentos que em suas casas (destruídas), pois pelo “menos comem três vezes ao dia”. Piedosa senhora.
As gravatas e seu manequim William Bonner são objeto e boneco repulsivos, disformes, retratos de um mundo perverso e injusto onde se pretende uma verdade única, a do espetáculo, que permite às elites cada vez mais acumular e agregar capital nas novas formas de escravidão.
Bonner não deita e dorme. Guardam a gravata e a figura repugnante é esvaziada, dobrada e guardada numa caixa até começar a mentira do dia seguinte.