terça-feira, 17 de novembro de 2009

DEMOCRACIA? ONDE? - Laerte Braga

O desgovernador de São Paulo José Jânio Serra deu um dos seus típicos chiliques quando tomou conhecimento do desabamento de algumas vigas nas obras do Rodoanel. E após ter gritado com meia dúzia de assessores, secretários, mandou que fossem tomadas providências para evitar impacto negativo no noticiário.
Os prejuízos, essa rubrica fica para depois.
O que Serra chama de impacto negativo no noticiário é toda aquela pantomima mentirosa arrumada pela REDE GLOBO e veículos menores quando do apagão. Quer dizer, jornalistas ouvindo “especialistas” encomendados, repórteres perguntando a políticos e respondendo por eles num exercício de “mediunidade cretina” incrível, antecipando–se às respostas e colocando palavra que interessam aos donos na boca de senadores e deputados, enfim, o pânico assim que nem dona Miriam Leitão criou quando das primeiras notícias sobre a gripe suína. “Vão morrer milhões no Brasil”.

Temos uma das mais porcas e vergonhosas mídias dentre todas as mídias porcas e vergonhosas que pululam mundo afora.
Milhares de japoneses saíram às ruas em varias cidades do Japão para protestar contra a permanência da base militar dos EUA em Okinawa. Querem a retirada pura e simples da base que mantém em seu interior armamento nuclear. O governo anterior ao atual no Japão havia feito um acordo com o governo norte-americano para mudar a base de local. Iria para uma área menos habitada.
Japoneses votaram na oposição e querem os militares norte-americanos e suas armas nucleares fora do seu país. Claro, foram vítimas da boçalidade dos mesmos norte-americanos em dois momentos de maior crueldade em toda a história. Hiroshima e Nagasaki. Conhecem o terror nuclear de verdade e não aquela mentirada de armas químicas e biológicas no Iraque para que os EUA pudessem tomar conta, como tomaram, do petróleo iraquiano.
O branco disfarçado de negro que preside a Cervejaria Casa Branca disse que a base não pode sair do Japão, pois lá está para garantir a “segurança do Japão”.
Uai, quem decide sobre a segurança do Japão? Japoneses ou norte-americanos?
A relação entre um fato e outro? Simples de entender. Vivemos num mundo da verdade única, democrática, cristã e ocidental. O que não for percebido dessa forma ou é “terrorismo”, ou é “eixo do mal”.
Sustentamos um país falido, os EUA, por conta das constantes ameaças de “defesa da democracia em todo o mundo”, montados num arsenal capaz de destruir o mundo “n” vezes.
No Brasil a aposta dos EUA é em José Serra. Se isso não for possível, em Aécio Neves.
E o problema não é nem se Lula é bom ou ruim. É o que significam José Jânio Serra e Aécio Neves.
Tucanos passaram a semana inteira criticando o governo federal. Todas as responsabilidades pelo apagão foram atribuídas a Lula. Em nenhum instante falaram que esse precário equilíbrio, ou precário modelo energético, onde há abundância de energia e linhas de transmissão, entre outras coisas, é operado por empresas privadas, aquinhoadas com as benesses dos ganhos no vergonhoso processo de privatização do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, funcionário da Fundação Ford.
Não é a primeira vez que uma obra do desgoverno de São Paulo cai. Foi o buraco do metrô e agora o Rodoanel. Em todas elas estão envolvidas empreiteiras que contribuem à larga para as campanhas de candidatos tucanos.
Tipo assim se custa dez, usa material de oito, logo inferior, passa os vinte por cento da diferença para as campanhas tucanas.
Essa foi uma semana difícil no Brasil. Apagão, queda de vigas no Rodoanel e para completar o carrasco sionista/nazista Shimon Peres, presidente do estado terrorista de Israel.
Um dos programas da tevê fechada, apresentado pela jornalista Ana Beltrão, passou a semana inteira alertando para os “riscos” da Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 e a repercussão desses fatos no exterior, a preocupação de outros países com a capacidade do Brasil organizar e promover esses dois eventos.
A GLOBO, aberta ou fechada, é uma agência estrangeira de terrorismo midiático.
E assim o resto do corso. As redes menores, os chamados grandes jornais, revistas semanais, todo um processo envolvido na mentira e na informação distorcida do mau caratismo de gente padrão Alexandre Garcia.
Será que alguém vai levantar que as obras públicas em São Paulo se dão em concorrências viciadas com um percentual para o PSDB e particularmente para a campanha de um dos mais corruptos e insanos políticos brasileiro, o desgovernador José Jânio Serra?
Será que, para além de tentar crucificar o delegado Protógenes Queiroz, algum desses veículos ditos de comunicação vai investigar e mostrar a corrupção no STF a partir do seu presidente Gilmar Mendes?
Vinte e quatro horas por dia a serviço do banqueiro Daniel Dantas (para onde foi sua mulher depois de aposentada) e de gerar uma crise institucional no caso Cesare Battisti para facilitar o caminho de Serra, dificultar o de Lula.
Há uma farsa a que denominam democracia. Sugerem que o voto seja a representação popular, a vontade popular e quando o é, esbarra no mundo da verdade única, é só olhar o caso de Honduras e a forma como aquela “democracia” foi tratada pelos guardiões do mundo ocidental, o Estados Unidos.
Querem decidir sobre a segurança do Japão, à revelia dos japoneses. Japoneses não são capazes de compreender o que é bom para eles.
José Jânio Serra é uma gota de água nesse oceano cristão, ocidental e democrático, mas num ponto do mundo decisivo para o que existe de fato. Um modelo político, econômico e social que se pretende único, absoluto, perfeito, nem que para isso seja preciso a borduna.
O Brasil é esse ponto. E em todo o mundo resta sendo o ponto maior, uma espécie de viga que o capitalismo não quer perder de maneira e jeito algum.
O confronto, hoje ou amanhã, em maior escala, é inevitável, pois vai ser a alternativa à sobrevivência do próprio ser humano como tal.
As vigas do Rodoanel são um acidente de percurso na cabeça de gente como José Jânio Serra e os meios de comunicação, servis e podres, estão proibidos de tocar nesse assunto para evitar sejam causados danos ao condado FIESP/DASLU que sejam irreversíveis, na única verdade que conta para eles. Eleições.
Por via das dúvidas já foram colocadas no ar as chamadas para o Big Brother, estão chegando os “heróis” de Pedro Bial.









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