
AH! A grande loucura humana que habita cada um,
Levando-nos ao delírio inconsequente,
Escondida por trás de algum demente,
Quieta, sorrateira, insistente.
Adormecida em escritos, música, o que for,
Espreita a espera de um momento,
Qual vigilante embusteiro,
Para tomar conta sorrateira.
A bela loucura que nos fascina,
E nos coloca à beira do precipício,
Aflige a alma acostumada
Resignada à vida costumeira.
A mesma loucura que impulsiona o idealista,
O artista, eu e você,
Na dor mais atroz da inconsistência
Vislumbrando uma sutil pertinência.
Bendita loucura que coloca,
A comida na mesa do menor,
A possibilidade diante do pior,
A dignidade tão necessária.
Sejamos Todos loucos!
Por justiça, caráter, dignidade,
Atravessemos as barreiras da normalidade,
Sejamos humanos, por favor.
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