sábado, 23 de maio de 2009

NENÊ CONSTANTINO E ODILON DE OLIVEIRA - Por Laerte Braga


A desembargadora Sandra de Santis concedeu o direito de prisão domiciliar a Nenê Constantino. É o dono da GOL e acusado de mandante de assassinato. Segundo a decisão que concede o benefício, o estado de saúde do acusado é grave e existe a promessa de apresentação assim que estiver apto.

Enquanto isso...

Odilon de Oliveira é juiz na cidade de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Dorme num colchonete numa sala do fórum da cidade, sob a proteção de agentes federais. Só sai do fórum escoltado e em caso de absoluta necessidade. Sua família mora em Campo Grande onde vai de quinze em quinze dias guardado por um exército de policiais

Nenê Constantino é como o banqueiro Daniel Dantas. Um privilegiado numa sociedade construída em cima de privilégios. Odilon de Oliveira é um brasileiro que teima em cumprir seu dever e manter-se íntegro.
Nenê Constantino é “mola propulsora” do progresso – dele e dos seus comparsas FIESP/DASLU –, é empresário “ousado” e freqüenta a GLOBO na condição de patrocinador. Fortes verbas publicitárias. Já ganhou destaque em VEJA como empreendedor.
Odilon de Oliveira cismou que prender e condenar pequenos traficantes não resolvia o problema do tráfico de drogas e numa região onde esse esquema funciona a todo vapor, resolveu colocar na cadeia grandes traficantes, confiscar-lhes os bens, em suma, fazer cumprir a lei.
Gilmar Mendes nem deve saber quem é Odilon de Oliveira. Entre os condenados por ele estão doadores de campanhas de candidatos do PSDB. Gilmar Mendes é ponta de lança do PSDB no STF DANTAS INCORPORATION LTD e joga avançado na defesa dos interesses de banqueiros, latifundiários – é um deles – e grandes empresários – é um deles também –, emprega vários ministros do STF DANTAS INCORPORATION LTD –.
Em um ano de atuação o juiz Odilon de Oliveira condenou 114 traficantes a penas que somadas resultam em 919 anos de prisão, confiscou seus bens e como afirma, ele e os traficantes estão numa prisão, pois acabou confinado no fórum. No mercado do tráfico sua cabeça está cotada a 300 mil dólares.
“A única diferença entre eu e eles é que tenho a chave da minha prisão”. Imagem do “quarto do juiz.
O tráfico de cocaína e maconha região de Ponta Porá – MS – sofreu acentuada baixa desde junho do ano passado quando o juiz assumiu a vara federal da cidade. Foram confiscadas 12 fazendas num total de 12 832 hectares, três mansões uma delas em Ponta Porá e avaliadas em cinco milhões e 800 mil reais, três casas, dezenas de veículos e três aviões, todos bens gerados pelo tráfico de drogas.
Em junho do ano passado o jornal LA NACIÓN, Paraguai, informou que a cotação do juiz estava em alta e sua morte valia os 300 mil dólares.
Desde então o juiz passou a usar um carro blindado até para tiros de fuzil AR-15 e a andar escoltado. Mudou-se para um quartel do Exército, para um hotel e em seguida resolveu ficar no próprio prédio do fórum. Sua sala de despachos virou dormitório. Odilon Oliveira brinca com sua cotação. “Estou valorizado”.
O juiz em meio aos processos em sua Vara. Suas refeições são compradas em restaurantes diversos, almoça em marmitex, com medo de envenenamento e o jantar é feito por ali mesmo.
O juiz tem um filho e duas filhas. O sonho da família é vê-lo livre desse pesadelo. Costuma trabalhar até a madrugada, conta com apoio de funcionários do seu cartório. O juiz extraditou doze réus para o Paraguai – o governo daquele país está colaborando – e entre eles o “rei” da soja, Odacir Antônio Dametto, financiador da campanha de candidatos ao Senado pelo PSDB – partido da CPI da PETROBRAS e das privatizações –, Dametto contribuiu para as campanhas de FHC em 1994 e 1998 e tinha trânsito livre entre tucanos que depois disseram que “não sabíamos de nada.”
Estão começando a fazer o mesmo, sempre fazem, com Yeda Crusius, corrupta a postos no governo do Rio Grande do Sul.
Nenê Constantino é amigo dos tucanos e foi no governo de FHC que várias “operações” fraudulentas envolvendo o empresário foram montadas – aliás, houve alguma coisa no governo de FHC que não fosse fraude? Ou existe alguma coisa em José Serra que não seja fraude? –
Entre os amigos do empresário o banqueiro Daniel Dantas. Preso duas vezes pelo delegado Protógenes Queiroz foi posto em liberdade incontinenti por seu funcionário na STF DANTAS INCORPORATION LTD, Gilmar Mendes. Protógenes responde a inquérito e é acusado de perseguir o banqueiro. Segundo Gilmar usou métodos indevidos.
É que métodos indevidos para Gilmar e tucanos é agir de forma decente.
Onde vai o dinheiro da droga? Será que alguém de sã consciência acredita que Beira-mar guarda sua fortuna embaixo do colchão? Ou que lavar dinheiro seja jogar as cédulas de cem na máquina e lavar com OMO que lava mais branco (sabão preferido de onze entre dez tucanos)?
Lavam nos Itaús da vida. Nos Bradescos da vida. Nos Santander da vida. Nos HSBC da vida. Nos negócios de gente como Constantino, como Ermírio de Moraes. Lavam nas campanhas políticas de tucanos e DEMocratas e quando os fatos vieram a público envolvendo um senador do Mato Grosso, trataram de aumentar a verba de publicidade para a GLOBO e mídia de modo geral e pronto. Tudo resolvido.
Os caras elegeram o presidente da Colômbia e oficializaram o tráfico por ali.
Gozam de prestígio com gente tipo William Bonner e geralmente cedem passagens de cortesia para empresas como a GLOBO transportar comentaristas abalizados tipo Miriam Leitão e sua corte de economistas das catástrofes.
Já o juiz Odilon de Oliveira. Corre o risco de ser chamado de “otário”. De ouvir que “poderia estar rico, milionário”. Ser um Lalau da vida, ou um Gilmar, quem sabe chegar à presidência da STF DANTAS INCORPORATION LTD e empregar uma pá de “ministros”, todos “indé-pendentes”.
o crime em que é acusado de mandante, Nenê deu uma casa à viúva de uma determinada pessoa e a viúva afirmou em juízo que foi seu marido quem matou a vítima, Márcio de Brito. O assassino, sem receber ordem de ninguém, segundo sua viúva, resolveu acabar com o desafeto de Nenê.
O perigo desse trem todo é de repente Gilmar Mendes – anda calado depois de algumas trombadas, mas é tático, continua empregando seus pares – sair desse silêncio, afirmar que Protógenes é culpado da situação do juiz e mandar abrir novo inquérito. Qualquer problema arranja uma casa com Dantas ou com Nenê e resolve o assunto com uma viúva.
É a turma que quer que a PETROBRAS vire PETROBRAX. A idéia surgiu no governo do traficante FHC – trafica um país e dinheiro público para sua quadrilha –.
E terrorista é Cesare Battisti. E culpado é o Protógenes.




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