sábado, 23 de maio de 2009

O CASAMENTO ENTRE OS GALIBIS E A OBRIGAÇÃO DE TODOS TRABALHAREM IGUALMENTE - Ir Alberto


Os galibis desconheciam o namoro dos civilizados. Os pais se encarregavam de escolher os maridos e esposas para os filhos.
E não tinha esta de dizer que não gostou dela ou dele. O que um jovem guerreiro desejava era uma mulher para esposa. Se era bonita ou feia , isto´era irrelevante. Idem jovem.
O cacique era escolhido por eleição. Quando morria o cacique , os anciâos se reuniam e escolhiam seu sucessor, que poderia ser o filho masculino do cacique . Algumas escolhas recairam sobre o filho do cacique falecido

Mas para ser cacique o guerreiro tinha de comprovar que era valente, que era trabalhador, que cuidava bem do roçado, que sabia manejar bem o arco e flexa, que era vigoroso, forte , capaz de defender a tribo em caso de alguma agressão .

Ser cacique era só ônus, nenhum benefício pessoal..

O cacique não era patrão e nem comandante de nenhum indio.

Ele era um guerreiro que trabalhava mais do que os demais para dar o exemplo Era o primeiro a levantar e o ultimo a deitar. Era o primeiro a caçar e o ultimo a pegar a sua porção da caça. Era o primeiro a pescar e o ultimo a receber o seu quinhão.

Se o cacique mandasse um guerreiro lhe construir um arco e flexa , o guerreiro pensaria que o cacique estivesse brincando. O indio não recebe ordens de outro indio, ainda que seja o cacique.

Se o pajé dissesse a um indio que precisava trazer dez por cento do produto da sua roça ou das caças ou das pecarias para ele como Dizimo ao Grande Espirito, o indio iria rir do pajé. Ele não daria , já que o indio não tem cultura de exploração. Cada indio deve cuidar da roça , caçar pescar. E pajé como todo guerreiro tem de fazer tudo isto.

Jamais soube que pastores evangélicos solascritpuristas tenham adotado as praticas da religião dos indigenas.

Se o fizessem , adeus vida boa . Adeus riquezas fáceis.

Ir Alberto

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