segunda-feira, 4 de maio de 2009

Van Gogh foi assassinado por causa desse filme - Barbet



O cineasta Theo Van Gogh foi assassinado por causa desse filme, por um mulçumano, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que...

Submission - o filme

Juntamente com Hirsi Ali, van Gogh foi o autor do filme com o título "Submissão" (uma referência inequívoca ao Islão, que significa literalmente submissão a Alá). É um filme sobre a situação da mulher nas sociedades islâmicas, abordando temas como os casamentos arranjados, a violência doméstica ou o incesto. Após a estreia do filme, Van Gogh e Hirsi Ali receberam ameaças de morte. O filme foi exibido na televisão holandesa em 2004.

Van Gogh foi assassinado na manhã de terça-Feira, 2 de Novembro de 2004, em Amsterdão, na esquina entre as ruas Linnaeusstraat e Mauritskade, uma zona de Amsterdã onde vivem muitos imigrantes. Foi esfaqueado e alvejado a tiro (7 tiros) e faleceu imediatamente. O alegado assassino foi detido pela polícia após perseguição e após ter sido alvejado numa perna. Era um jovem de 26 anos, de dupla nacionalidade (holandesa e marroquina), muçulmano. [1]

Na altura em que foi assassinado, Van Gogh trabalhava num filme chamado (0605) acerca do assassínio do político holandês Pim Fortuyn. Aliás, van Gogh foi assassinado a caminho do seu escritório, a fim de trabalhar na produção desse filme. Tal como Pim Fortuyn, van Gogh não era protegido por guarda-costas, apesar das ameaças de morte.

Em Julho de 2005, um tribunal holandês condenou Mohammed Bouyeri, o assassino de Van Gogh, a cadeia perpetua. Durante as sessões do julgamento, Bouyeri acabou por confessar a autoria do crime, afirmando que agiu em nome da sua religião e que voltaria a repetir o acto.[2]

Segundo o autor e colunista holandês Leon de Winter, o caso de Theo van Gogh é um resultado trágico do confronto cultural entre uma cultura holandesa tradicionalmente tolerante e liberal e o fluxo de imigração de zonas do mundo que não têm esse mesmo caracter. Van Gogh foi um símbolo da liberdade de expressão e do pensamento crítico, por vezes exacerbado, que são característicos de uma sociedade pluralista e moderna. Em forte contraste com este modelo estão os imigrantes do Magrebe, hoje um sector numeroso da sociedade holandesa, pouco habituados ao confronto de ideias e à crítica à religião (secularização).

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